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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ
                     UNOCHAPECÓ




  GRUPO 14: LADRILHO HIDRÁULICO, LAJOTAS DE CONCRETO, PISOS
INTERTRAVADOS DE CONCRETO, REVESTIMENTOS TEXTURADOS E
               ARGAMASSADOS EM GERAL




                                    Bruna Mendes
                                    Chymene Grando
                                    Fernanda dos Santos
                                    Lindsey Todeschini
                                    Curso de Engenharia Civil
                                    Disciplina de Construção Civil II




                    Chapecó – SC, mar. 2012
LISTA DE FIGURAS


Figura 1: Modelos de Ladrilhos Hidráulicos................................................................. 5
Figura 2: Materiais utilizados para assentamento de Ladrilhos Hidráulicos. ............... 6
Figura 3: Preparação do contrapiso. ........................................................................... 6
Figura 4: Nivelamento das peças. ............................................................................... 6
Figura 5: Acabamento. ................................................................................................ 7
Figura 6: Aplicação da resina sobre os Ladrilhos Hidráulicos. .................................... 7
Figura 7: Cuidados pós-assentamento dos Ladrilhos Hidráulicos. .............................. 7
Figura 8: Piso de concreto Sextavado. ........................................................................ 9
Figura 9: Piso Intertravado do Tipo Raquete. .............................................................. 9
Figura 10: Pisos Intertravados do tipo 16 Faces. ........................................................ 9
Figura 11: Piso Intertravado do Tipo Retangular. ........................................................ 9
Figura 12: Piso Intertravado do tipo Onda. ................................................................ 10
Figura 13: Piso Intertravado do tipo Grama............................................................... 10
Figura 14: Execução das camadas necessárias para assentamento de Pisos
Intertravados. ............................................................................................................ 11
Figura 15: Regularização e compactação da base. .................................................. 12
Figura 16: Colocação de guias de confinamento. ..................................................... 12
Figura 17: Assentamento das peças dos Pisos Intertravados. .................................. 13
Figura 18: Espalhamento de areia sobre os blocos assentados. .............................. 13
Figura 19: Passeio público e rodovia, pavimentados com pisos intertravados. ........ 13
Figura 20: Modelos de placas pré-moldadas de concreto. ........................................ 14
Figura 21: Aplicação da argamassa para assentamento. ......................................... 15
Figura 22: Saca-placas para manutenção das placas de concreto. .......................... 16
Figura 23: Monocamanda, uma alternativa ao reboco tradicional. ............................ 17
Figura 24: Equipamentos necessários para execução da monocamada. ................. 19
Figura 25: Aplicação mecânica da monocamada. ..................................................... 20
Figura 26: Aplicação manual da monocamada. ........................................................ 21
Figura 27: Tipos de acabamentos da monocamada. ................................................ 22
Figura 30: Textura do tipo Grafito.............................................................................. 24
Figura 28: Aplicação do Marmoratto com desempenadeira de aço. ......................... 24
Figura 29: Polimento da superfície com ajuda de uma politriz. ................................. 24
Figura 31: Aplicação do Grafiato. .............................................................................. 25

                                                                                                                            2
SUMÁRIO


1         LADRILHO HIDRÁULICO............................................................................ 4
1.1       TIPOS DE LADRILHOS HIDRÁULICOS ...................................................... 4
1.2       ASSENTAMENTO ........................................................................................ 5
2         PISOS INTERTRAVADOS ........................................................................... 8
2.1       TIPOS DE PISOS INTERTRAVADOS.......................................................... 8
2.2       ASSENTAMENTO ...................................................................................... 10
3         PLACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO (LAJOTAS) ....................... 14
3.1       ASSENTAMENTO ...................................................................................... 14
3.1.1     Assentamento de Placas Fixas ............................................................... 15
3.1.2     Assentamento de Placas Removíveis .................................................... 15
4         ACABAMENTOS TEXTURADOS DE REVESTIMENTOS ........................ 16
4.1       REVESTIMENTO MONOCAMADA ............................................................ 17
4.1.1     Execução da Monocamada ...................................................................... 18
4.1.1.1   Aplicação mecânica .................................................................................... 19
4.1.1.2   Aplicação manual ....................................................................................... 20
4.1.1.3   Acabamentos.............................................................................................. 21
4.2       EFEITO CRAQUELADO OU CRAQUELÊ.................................................. 22
4.2.1     Execução do Efeito Craquelado ou Craquelê ........................................ 22
4.3       EFEITO MARMORATTO ............................................................................ 23
4.3.1     Execução Marmoratto .............................................................................. 23
4.4       GRAFIATO ................................................................................................. 24
4.4.1     Execução do Grafiato ............................................................................... 24
4.5       DEMAIS TEXTURAS .................................................................................. 25
5         REFERÊNCIAS BILLIOGRÁFICAS .......................................................... 26




                                                                                                                     3
1       LADRILHO HIDRÁULICO


        Os ladrilhos hidráulicos são peças de pequenas placas de cerâmica, feitos
com cimento branco, quartzo, diabásio e pó-de-pedra. Podem ser coloridos,
normalmente com até cinco tons, com base em 30 cores de tinta. Os produtos levam
o nome de ladrilho hidráulico porque passam cerca de oito horas debaixo d'água
para a cura.
        A espessura das peças varia de 2 cm a 3 cm e o tamanho padrão é de 20 cm
x 20 cm com resistência à tração na flexão de até 5 MPa.
        Os ladrilhos possuem alta durabilidade desde que a instalação e manutenção
sejam feitas de acordo com a orientação do fabricante. São de alta resistência ao
desgaste para acabamento de pisos localizados em zonas de trânsito intenso (T.I.).
        As normas técnicas dos ladrilhos são:
        •   NBR 9457 - Ladrilho Hidráulico;
        •   NBR 9459 - Ladrilho Hidráulico - Formatos e Dimensões;
        •   NBR 9458/86 - Assentamento de Ladrilho Hidráulico.



1.1     TIPOS DE LADRILHOS HIDRÁULICOS


        Ladrilhos Hidráulicos Liso: são aplicados em ambientes internos e
externos, é muito utilizado também em decoração de fachadas. Pode fazer
composição com ladrilhos decorados para dar o acabamento aos ambientes.
        Ladrilhos Hidráulicos Decorado: são utilizados para compor tapetes,
bordas e rodapés de ambientes internos e externos. Possuem diversos tamanhos e
formas de decorações, sendo as mais utilizadas, florais e formas geométricas.
        Ladrilhos Antiderrapante: é indicado para áreas externas, calçadas e
rampas, todos com características antiderrapante. O ladrilho antiderrapante é um
material de alta resistência à abrasão. Empregado em áreas como: passeio público,
garagem, rampa.
    Ladrilhos em Faixa: são peças fabricadas de forma artesanal e personalizada. Os
Ladrilhos são feitos de cimento e na prensa hidráulica. Os ladrilhos em faixa são na
maioria das vezes utilizados para dar acabamento ao ambiente.




                                                                                     4
Ladrilhos Florais: são produtos de antiguidade, cuja utilização tem sido
buscada por arquitetos e decoradores. São muitas opções de cores que dão a cada
produto uma originalidade única. A fabricação de ladrilhos florais é feita de uma
matriz de metal que separa as cores que formam o desenho criando os bonitos
motivos florais. São utilizados para compor tapetes, bordas e rodapés de ambientes
internos e externos.
      Ladrilhos Centrais: trazem requinte ao ambiente, pois são aplicados como
tapetes, trazendo luxo e sofisticação. A aplicação do ladrilho hidráulico central pode
ser feita em conjunto com outros materiais, como cimento queimado com pó de
mármore ou madeira.
      Ladrilhos Contínuos: são peças criadas de forma artesanal e trazem ao
ambiente um aspecto moderno sem perder a origem de sua história na arquitetura
brasileira. Os ladrilhos contínuos são fabricados especialmente para harmonizar o
ambiente.
      Ladrilhos Rodapé: aplicados em forma de rodapé, o ladrilho de Rodapé tem
sua característica para proteger, mas também é muito utilizado de forma decorativa.
O que traz qualidade e requinte ao ambiente.
      Ladrilhos Tozeto: vem sendo utilizado em ambientes internos e externos,
isto, devido à grande variedade de estilos que trazem vida e elegância ao ambiente.
A principal função é para decorar e personalizar.




                        Figura 1: Modelos de Ladrilhos Hidráulicos.


1.2   ASSENTAMENTO


      Por serem produzidos um a um, os ladrilhos são vendidos sob encomenda e é
preciso cuidados extras na armazenagem e assentamento: as peças devem ser

                                                                                     5
guardadas sobre paletes face a face e ser assentadas no estágio final da obra, para
evitar que sujem ou quebrem devido à porosidade do ladrilho.
      A aplicação em calçadas e áreas públicas dispensa a resina protetora, mas a
área também deve estar livre de sujeiras.
      Normalmente o assentamento é feito com junta seca, sendo as peças
colocadas próximas uma das outras. Caso o cliente opte pela colocação rejuntada,
deverá utilizar rejunte especial fornecido pelo fabricante. A seguir está apresentado
como assentar esse tipo de revestimento.


      Material utilizado e equipamentos de
segurança: Luva,     óculos      de    segurança,
máscara,        desempenadeira        de       aço,
desempenadeira denteada, régua de alumínio de
1 m, colher de pedreiro, uma caixa de massa e
trincha. Para o acabamento: rolo de pêlo curto,
resina especial (fornecida pelo fabricante) e           Figura 2: Materiais utilizados para
                                                      assentamento de Ladrilhos Hidráulicos.
pano úmido alvejado limpo.


      Preparação     do      contrapiso: Com     o
contrapiso nivelado e limpo faz-se uma camada
de argamassa de aproximadamente 1 cm de
espessura. Utiliza-se a caixa de massa para
evitar sujar o espaço e a desempenadeira
denteada. No caso de peças com tons claros
como bege, branco e craft-claro, opta-se pelo
uso de argamassa branca.
                                                         Figura 3: Preparação do contrapiso.


      Nivelamento das peças: O ladrilho
possui de 2 cm a 3 cm de espessura e a
diferença tolerável entre as peças é de até 2
mm. Essa diferença deverá ser tirada durante o
assentamento,    colocando     mais   ou    menos
                                                         Figura 4: Nivelamento das peças.


                                                                                               6
argamassa na face interior do ladrilho. É preciso ficar sempre atento para que as
peças estejam com a mesma altura. Importante: certificar-se de que as pontas do
ladrilho também estão com argamassa, para evitar que as peças trinquem depois de
assentadas.


      Assentamento: Pressiona-se a peça para fixá-la. Nunca se deve utilizar
martelo de borracha, pois o ladrilho pode trincar e marcar, ficando visível quando
estiver molhado ou resinado. Caso haja respingos ou sobras, deve-se limpar
imediatamente com esponja umedecida em água ou pano limpo para evitar que a
argamassa seque e manche a peça. Se isso acontecer, será necessário passar
levemente lixa d'água nº 100.


      Acabamento: Limpar a peça com um pano
bem úmido e esperar secar. Passar lixa d'água nº 100
bem de leve e depois com a trincha remover a poeira.

                                                               Figura 5: Acabamento.

      Aplicação da resina: Utilizar rolo de lã curto ou rolo de espuma para passar
a resina, sempre no mesmo sentido (vaivém) e nunca
em cruz. Serão necessárias três demãos, com intervalos
de oito horas entre cada uma. É aconselhável também
passar uma demão de cera industrial. Observação: após
a primeira demão de resina, fazer o reparo de pequenos
espaços entre as peças com pó de rejunte. Limpar o
excesso com a lixa.
                                                           Figura 6: Aplicação da resina
                                                          sobre os Ladrilhos Hidráulicos.


      Cuidados pós-assentamento: Certificar-se de que
as peças estão niveladas. Liberar a passagem sobre o piso
após 12 horas. Caso não seja possível, cobrir os ladrilhos
com um plástico e, por cima, utilizar papelão microondulado.
Jamais colocar papelão ou jornal diretamente sobre o piso
para não manchar.                                               Figura 7: Cuidados pós-
                                                                   assentamento dos
                                                                 Ladrilhos Hidráulicos.


                                                                                          7
Dicas importantes:
      •   Iniciar a colocação dos ladrilhos puxando a linha para manter o caimento
          do contrapiso, alinhando e movendo o esquadro normalmente;
      •   Começar o assentamento pelo lado aparente para que, em caso de
          recortes, estes fiquem menos visíveis;
      •   É ideal realizar o assentamento de até 1 m² por vez;
      •   Em ambientes internos, pode-se aplicar uma camada de resina antes de
          realizar o assentamento. Para isso, limpar a peça, passar a resina e
          esperar o tempo indicado de secagem. Com isso, haverá menos risco de
          manchar a peça;
      •   A manutenção posterior requer apenas água e sabão neutro e, se houver
          preferência, cera líquida incolor a cada 15 dias, para conservar a resina.



2     PISOS INTERTRAVADOS


      Os pavimentos intertravados são formados por blocos de concreto os quais,
em sua fabricação, têm a possibilidade de acrescentar a composição de duas ou
mais cores na superfície. Possuem várias formas e tamanhos, sendo chamados
comercialmente de Paver. Podem ser usados em pavimentos de passeio público ou
viárias, estacionamentos, condomínios residenciais, jardins, indústrias, praças, etc.
      Apresentam características como permeabilização, sendo considerado
ecologicamente correto, permitindo a drenagem das águas da chuva e evitando a
impermeabilização do solo, podem ser aplicados piso táteis, os quais norteiam
pessoas com deficiências visuais e físicas, permitindo sua independência na
locomoção,    podem    ser   retirados   e   recolocados,   permitindo   manutenções
subterrâneas, apresentam menor temperatura superficial durante o dia e melhor
visibilidade a noite. Além disso, seu assentamento é fácil, possui vida útil longa,
baixa manutenção e não requer mão-de-obra especializada para a sua aplicação.


2.1   TIPOS DE PISOS INTERTRAVADOS


      São várias as formas, cores, tamanhos e características mecânicas que estão
citadas a seguir.


                                                                                        8
Sextavado:




                  Figura 8: Piso de concreto Sextavado.


Raquete:




               Figura 9: Piso Intertravado do Tipo Raquete.


16 Faces:




              Figura 10: Pisos Intertravados do tipo 16 Faces.


Retangular:




              Figura 11: Piso Intertravado do Tipo Retangular.




                                                                 9
Onda:




                       Figura 12: Piso Intertravado do tipo Onda.


      Grama:




                       Figura 13: Piso Intertravado do tipo Grama.


2.2   ASSENTAMENTO


      O assentamento deve ser projetado conforme a finalidade dos pisos
intertravados. De forma geral, é necessário preparar a base, acrescentar camadas
de pedrisco e areia para posterior assentamento dos blocos, conforme descrito a
seguir.
      Para o tráfego leve, como em pavimentos para passeio, é necessário ter
blocos com resistência a 35 MPa e espessura de 6 cm. É preciso uma camada de 3
a 5 cm de areia acima da camada de solo, denominada base.
      Já para tráfego médio, os blocos devem resistir de 35 a 50 MPa com
espessura de 8 cm. Acima da base deve ser acrescentada uma camada de 10 cm
de pedrisco e outra camada de areia com 3 a 5 cm de espessura.
      Para tráfego pesado, como em vias mais movimentadas e com fluxo de
automóveis pesados, é necessário obter camadas de 30 cm de brita, 15 cm de
pedrisco, 3 a 5 cm de areia. Os blocos devem resistir de 35 a 50 MPa com
espessura de 10 cm.




                                                                              10
Em Pisos Grama, acima do solo deve-se adicionar apenas areia com
                                            se
espessura de 2 a 3 cm. Em meio aos vazados dos blocos adiciona
                                                      adiciona-se a terra e a
grama.
         A Figura a seguir ilustra estas camadas.




       Figura 14: Execução das camadas necessárias para assentamento de Pisos Intertravados.
                :                                       assentamento


         Como citado anteriormente, a forma de execução das camadas necessárias
ao assentamento dos pisos intertravados são iguais, variando apenas a espessura.
Portanto a execução deve segui os seguintes passos:
                         seguir


   •     Equipamentos necessários: Placa vibratória, Linha de náilon, Colher de
                      necessários:
         pedreiro, Enxada, Trena, Martelo de borracha, Blocos de Paver, Pedrisco e
         Areia fina.
   •     Fazer reforços (se necessário) na base para obter um melhor travamento;

         Fazer a regularização e a compactação da base com placa vibratória ou rolo
compactador, conforme cada caso O caimento mínimo é de 1%, + 5mm/metro na
                           caso.                        %, +-
planicidade do piso.




                                                                                               11
Figura 15: Regularização e compactação da base.

•   Colocar brita no caso de tráfego pesado ou pedrisco para tráfego médio, que
    pode ser espalhada com carrinho manual ou pá carregadeira em grandes
    áreas, uniformizando com réguas metálicas, e em seguida compactar.
•   Colocação de areia ou pó de pedra, no caso de tráfegos médio ou pesados.
    Para o caso de tráfego leve, a camada de areia é colocada logo após a
    compactação do solo (base).
•   Instalação de guias de concreto para confinamento do piso intertravado.
    Estas contenções laterais evitam que os blocos deslizem.




                   Figura 16: Colocação de guias de confinamento.
•   Logo após começa o assentamento das peças, em áreas maiores usa
                                                                usa-se uma
    linha a cada 2 metros, tanto no sentido transversal quanto no longitudinal do
    paver para que não se perca o alinhamento das peças;




                                                                               12
Figura 17: Assentamento das peças dos Pisos Intertravados.
                     17:


•   A fuga deixada entre as peças não pode ultrapassar 5 mm;
•   Depois de terminado o assentamento das peças, é passado a placa vibratória
    ou rolo compactador para fazer o assentamento definitivo dos blocos;
•   Em seguida é feit o selamento das juntas com areia fina, que é espalhada
                 feito                             eia
    sobre o piso com auxilio de uma vassoura e passado o rolo compactador
    novamente;




             Figura 18: Espalhamento de areia sobre os blocos assentados.
                      :


•   Para finalizar, varrer todo o piso para a retirada da areia que ficou em cima O
                                                                             cima.
    pavimento já pode ser liberado para o tráfego.




       Figura 19: Passeio público e rodovia, pavimentados com pisos intertravados.
                :



                                                                                     13
•   Deve-se tomar cuidado para o piso não ser lavado nos primeiros sete dias
          para um melhor selamento das juntas.



3         PLACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO (LAJOTAS)


          As placas pré-moldadas de concreto, mais conhecidas como lajotas, podem
ser fabricadas com as mais variadas cores, texturas e tamanhos, porém devem
possuir resistência a compressão do concreto de 35 MPa e espessura mínima de 30
mm.
          As características das lajotas resumem-se em elevada durabilidade, conforto
de rolamento, sendo adequado ao tráfego de cadeirantes e deficientes visuais por
aceitarem pisos táteis, são antiderrapantes e dependendo do projeto, podem ser
drenantes, quando as placas são removíveis.
          Podem ser usados em pavimentos de passeio público ou onde há tráfego
pesado, estacionamentos, condomínios residenciais, jardins, praças, etc.
          A figura a seguir ilustra as variadas texturas, cores e tamanhos.




                      Figura 20: Modelos de placas pré-moldadas de concreto.


3.1       ASSENTAMENTO


          Há duas formas de assentar as lajotas. Pode ser fixa, assentada com
argamassa sobre base de concreto, ou removível, a qual é assentada diretamente



                                                                                   14
sobre a base ou como piso elevado. Porém, há ainda a finalidade do pavimento fixo,
que pode ser para pedestres, veículos leves ou para veículos pesados.
       As placas removíveis são destinadas somente para veículos leves.
       A seguir é descrito os processos para a execução do assentamento,
separados por método.


3.1.1 Assentamento de Placas Fixas


   •   Compactação do solo
   •   Preparação da base.
       Para pedestres: a base deve ser em concreto magro com espessura de 3 a 5
       cm aplicada sobre o solo compactado.
       Para veículos leves (entrada de carros): concreto traço 1:2:4 com 5 cm de
       espessura, armado com tela de aço CA 60 de 4,2 mm e malha de 10 x 10 cm.
       A cura deve ser de 3 dias.
       Para veículos pesados (Caminhões, carro-forte): deve-se consultar o
       fabricante.
   •   Aplicação de uma camada de argamassa tipo
       “farofa”, ou seja, com consistência seca,
       levemente úmida, traço 1:6 (cimento:areia).
   •   Antes de assentar as placas, verificar o
       nivelamento do contrapiso e corrijir eventuais
       diferenças de nível. A argamassa deve ser
       adensada e nivelada.
   •   Umedecer a superfície do contrapiso e as Figura 21: Aplicação da argamassa
       placas a seres assentadas.                           para assentamento.
   •   Assentamento das placas. Pode ser utilizado um martelo de borracha. O
       tempo mínimo de cura da argamassa é de 2 dias.
   •   Aplicação do rejunte.
   •   Limpeza final. Deverá ser efetuada duas semanas após rejuntamento.


3.1.2 Assentamento de Placas Removíveis


   •   Compactação do solo, que servirá como base.
   •   Lançamento de 3 a 4 cm de brita graduada ou bica corrida compactadas e
       uma armação com tela de aço CA 60 de 4,2 mm e malha de 10 x 10 cm.
   •   Assentamento das placas sobre o pó-de-brita.
   •   Para manutenção, as placas devem ser retiradas e recolocadas com a ajuda
       de um saca-placas.


                                                                                  15
Figura 22: Saca-placas para manutenção das placas de concreto.



4     ACABAMENTOS TEXTURADOS DE REVESTIMENTOS


      O revestimento é a camada externa que cobre a alvenaria, metais ou
madeira, dando-lhes um aspecto visual mais agradável. Sua principal finalidade é
regularizar as superfícies de paredes, tetos, muros e fachadas, resguardando-as das
intempéries do desgaste de maneira geral.
      Como qualidades essenciais de um revestimento podem ser citadas a
resistência ao choque, a esforços de abrasão, a durabilidade, impermeabilidade e a
estética. É importante ressaltar que não é função do revestimento dissimular
imperfeições grosseiras da base.
      Os revestimentos das paredes consistem em camadas de chapisco, emboço,
reboco e um acabamento, podendo este ser papel de parede, tinta ou efeitos
texturizados.
      Massa raspada, travertino, nomocamada e granito lavado são exemplos de
argamassas decorativas que criam efeitos e texturas variadas, atuando como reboco
e pintura. A seguir é especificado o método de aplicação destes efeitos.
    Efeito            Composição                                Aplicação e cuidados
                                              A aplicação da massa é manual, sempre de cima para
                   Cimento (branco ou           baixo. A lavagem da nata com água é seguida pela
                     cinza) e pedras         lavagem com ácido muriático, feita depois da cura. Por
Granito lavado
                    naturais moídas             último, retira-se o excesso de ácido com água. Na
                         britadas                lavagem da nata, utilizar nebulizadores para não
                                                                 arrancar a granilha
                   Cimento (branco ou          Aplicação mecânica (projetada) ou manual, feita com
                   cinza), minerais, cal         desempenadeira e colher de pedreiro. Assim que
Massa raspada
                 hidratada, pigmentos e        adquire mais resistência, a massa é raspada com as
                         aditivos                               costas de um serrote
                                               Aplicação mecânica (projetada) ou manual, feita em
                                            duas fases. A primeira cobre o substrato (camada plana)
   Travertino
                  Cimento, cal, calcário,   e a segunda é chapiscada e depois parcialmente alisada
(imita mármore
                  pigmentos e aditivos       com desempenadeira de aço dando o efeito travertino.
   travertino)
                                              Em dias quentes, hidratar a base para que o substrato
                                                          não absorva água da argamassa



                                                                                                 16
Em casos de reformas, para realizar os acabamentos de revestimento com
qualidade, é necessário que as superfícies estejam preparadas. A superfície deve
estar firme, limpa, seca, sem poeira ou mofo. As partes soltas ou mal aderidas
devem ser eliminadas, raspando, lixando ou escovando a superfície. As partes
mofadas podem ser lavadas com água sanitária. Com relação a imperfeições
profundas, as mesmas devem ser corrigidas com reboco, porém deve-se ter cuidado
com o tempo de secagem, no mínimo 28 dias de cura.
             A maioria dos produtos já vem prontos de fábrica para o uso, no
entanto para todos os produtos deve-se fazer a homogeneização e diluição para
melhor aproveitamento dos mesmos. Na maioria das vezes, existem tintas
específicas que garantem as texturas.
      São várias as formas de acabamento do revestimento. A seguir serão
apresentados os revestimentos texturizados, ou texturados mais utilizados no
mercado.


4.1   REVESTIMENTO MONOCAMADA


      O revestimento monocamada é utilizado como revestimento externo de
paredes, em alternativa ao reboco tradicional. Consiste em uma argamassa aplicada
em uma só camada que cumpre todas as funções de proteção e decoração como
um reboco tradicional, conforme ilustra a figura a seguir.




                Figura 23: Monocamanda, uma alternativa ao reboco tradicional.


      A ARDM (Argamassa para Revestimento Decorativo Monocamada) é
constituída pela mistura homogênea de materiais básicos, os quais podem variar
conforme o fabricante: cimento branco estrutural, agregado leve de diâmetro máximo




                                                                                 17
1,2 mm, cal hidratada, pigmentos minerais inorgânicos, retentor de água,
incorporador de ar, fungicidas e plastificantes.
       O produto consiste de um material em pó, industrializado, fornecido em sacos
de 30 kg para ser misturado com água e resultar em uma argamassa pronta para ser
aplicada, o produto já vem preparado sendo apenas necessário adicionar água em
obra, desta forma, não há risco do reboco ser mal dosado.
       Esta facilidade proporciona um maior rendimento de mão-de-obra uma vez
que sua aplicação é direta e dispensa acabamento. Suas principais vantagens são:
uma vasta gama de cores, impermeabilidade, elasticidade, resistência mecânica,
elevada aderência e fácil manutenção, porém não é recomendado em superfícies
inclinadas ou que vão ser enterradas ou submersas em água.
       A monocamada é ideal para edifícios em alvenaria estrutural, sistema em que
o prumo e a planicidade são os mais precisos possíveis. Ela torna-se antieconômica
em basses muito irregulares.
       Um dos principais problemas da monocamada é a fendilhação. Busca-se que
o RDM não apresente manifestações patológicas com o passar do tempo, uma vez
que no Brasil as obras mais antigas que empregaram esse tipo de revestimento têm
em torno de quatro anos e não há, ainda, um longo histórico de utilização.


4.1.1 Execução da Monocamada


       A maioria das monocamadas pode ser aplicada manualmente, em alguns
casos usam-se máquinas para se fazer a aplicação. Para uma maior durabilidade e
estética é necessário que a execução seja de qualidade para evitar patologias.
       Para execução da monocamada são necessários os seguintes materiais e
ferramentas: Argamassa para RDM, Água, Tela de Fibra de vidro, tratada com
poliéster, com malha 9 x 9 mm, Perfis metálicos tipo “U”, Régua lisa usualmente
denominada     “penteadeira”,   Desempenadeira     metálica     com   cantos   virados,
Equipamento de projeção (mistura, transporte e aplicação do material), Misturador
de eixo horizontal (se for aplicação manual), Régua de perfil I e desempenadeira
“gang nail”.
       A figura a seguir ilustra os equipamentos necessários.




                                                                                     18
Figura 24: Equipamentos necessários para execução da monocamada.


4.1.1.1 Aplicação mecânica


      A aplicação do revestimento com projeção exige equipamento provido de
mangote e bico projetor. Além disso, são empregadas as ferramentas anteriormente
apresentadas.
      A projeção de argamassa da primeira demão é feita de forma circular, na
espessura de 5 a 7 mm, ilustrado na foto 10, da Figura 25 . Em seguida, executa-se
o estriamento com a desempenadeira denteada. Essa primeira demão pode ser
chamada de demão de sacrifício ou regularização, cuja função é uniformizar a
superfície do substrato, de bases com características diferentes (alvenaria, concreto
e, eventualmente, algum chapisco).
      Com essa primeira demão obtém-se um único substrato, o qual receberá a
camada final do revestimento. Isso é importante porque uniformiza a base,
considerando a capacidade de absorção, temperatura e planicidade.
      Após essa demão, aplica-se a tela de reforço de fibra de vidro, recomendada
pelos fabricantes para ser utilizada na interface estrutura-vedação e nos cantos dos
vãos de janelas e portas (foto 11 da Figura 25).
      A segunda demão é feita de cima para baixo na forma de filetes contínuos
horizontais, formando faixas menores de 2,0 m de largura, conforme ilustra a foto 12
na Figura 25.




                                                                                   19
Após a projeção dessa demão, a argamassa é imediatamente estriada com
uma régua penteadeira a fim de tornar a superfície mais plana possível. Isso elimina
possíveis bolhas de ar no interior do revestimento e facilita posterior sarrafeamento,
executado com o lado liso da mesma régua.
      Para o acabamento raspado deixa-se a argamassa endurecer até atingir o
ponto de raspagem que varia, dependendo da temperatura ambiente, de 3 a 5 h.




                      Figura 25: Aplicação mecânica da monocamada.
4.1.1.2 Aplicação manual


      Na aplicação manual apenas o equipamento de mistura e projeção não é
exigido. Pode-se misturar a argamassa em uma argamassadeira de eixo horizontal.
As demais ferramentas são as mesmas empregadas na execução com projeção
mecânica.
      A aplicação da primeira demão é feita com a régua lisa ou desempenadeira
metálica na espessura de 5 a 7 mm sobre o substrato conforme ilustra a foto 13 da
Figura 26.
      Em seguida, é executado o estriamento com a régua penteadeira,
aguardando-se aproximadamente 10 min para a aplicação da segunda demão. Após
a primeira demão, caso seja necessário, aplica-se a tela de reforço de fibra de vidro
(foto 11 da Figura 25).
      A segunda demão é aplicada da mesma forma que a primeira, em faixas
menores de 2,0 m, conforme ilustra a foto 14 da Figura 26. Após a aplicação dessa
demão, a argamassa é imediatamente estriada com uma régua penteadeira a fim de
tornar a superfície mais plana possível. Assim, eliminará prováveis bolhas de ar no
revestimento, facilitando posterior sarrafeamento, executado com o lado liso da
mesma régua.


                                                                                    20
Figura 26: Aplicação manual da monocamada.


4.1.1.3 Acabamentos


       A próxima etapa de aplicação do produto depende do tipo de acabamento que
se deseja obter podendo-se ter quatro tipos distintos: raspado, alisado, chapiscado e
travertino.
       O acabamento raspado é o mais utilizado e está ilustrado na foto 15 da Figura
27. Para que se obtenha o acabamento raspado, quando o revestimento atingir o
ponto de raspagem (que varia, dependendo da temperatura ambiente, de 3 a 5 h),
deve-se utilizar a régua metálica perfil "I" ou a desempenadeira do tipo gang nail
para raspar a argamassa.
       O acabamento alisado, apresentado na foto 16 da Figura 27, é executado
com desempenadeira lisa logo após a aplicação da última camada. No acabamento
chapiscado (foto 17 da Figura 27), o chapisco é aplicado com equipamento de
projeção ou chapiscadeira manual logo após a segunda demão, em uma camada de
2 a 3 mm de espessura.
       Para o acabamento travertino, ilustrado na foto 18 da Figura 27, realiza-se
todos os passos do acabamento chapiscado e em seguida amassa-se ligeiramente o
chapisco com desempenadeira metálica ou colher de pedreiro.




                                                                                   21
Figura 27: Tipos de acabamentos da monocamada.


Durante a execução devem ser tomados os seguintes cuidados:
      •   Misturar a argamassa sempre mecanicamente, respeitando-se, a cada nova
          mistura, o mesmo tempo de mistura e a mesma quantidade de água
          adicionada ao pó, em função da orientação de cada fabricante específico;
      •   A argamassa não pode ser aplicada sob tempo úmido ou chuvoso, já que a
          água pode infiltrar pelo revestimento ainda fresco alterando a relação
          água/materiais secos e, por conseqüência, a coloração;
      •   A aplicação e a raspagem do RDM em uma determinada fachada devem ser
          feitas sempre de maneira uniforme, ou seja, não se deve, na mesma fachada,
          raspar um mesmo pano em períodos diferentes. Caso esse procedimento não
          seja seguido, poderá acarretar diferenças de tonalidade em um mesmo pano.



4.2       EFEITO CRAQUELADO OU CRAQUELÊ


          Trata-se de um efeito especial que deixam as paredes com uma aparência de
tinta "quebrada".


4.2.1 Execução do Efeito Craquelado ou Craquelê


          Os materiais utilizados para este efeito são: rolo de aplicação de textura,
texturatto liso, brocha, lixa fina, tinta acrílica com efeito metalizado, rolo de lã de
carneiro de pelos baixos e bandeja para tinta.




                                                                                     22
Primeiro isola-se as paredes laterais com fita crepe, então se aplica na
superfície já preparada, sem partículas soltas, uma demão de texturatto liso sobre a
superfície com o rolo de aplicação de textura, tomando o cuidado em se deixar a
camada fina e homogênea. Com a textura ainda úmida, usa-se a brocha para dar
batidas leves sobre a superfície, criando-se uma textura baixa e pontilhada.
        Depois de 24 horas de secagem deve-se lixar a superfície suavemente e
remover o pó. Em seguida, aplicam-se duas ou três demãos com tinta de efeito
metalizado com um rolo de lã de carneiro de pelos baixos, respeitando sempre o
intervalo de secagem entre as demãos.
        Criam-se cada vez mais materiais específicos, para facilitar a vida dos
decoradores. Pensando nisso, a Plaid criou o Craquelê de Tintas para paredes, que
é capaz de transformar facilmente qualquer ambiente.
        O craquelador pode ser utilizado com tintas Glaze, Latex ou Acrílicas. O efeito
é duradouro, podendo ser utilizado tanto em paredes internas quanto externas.
O produto é vendido em embalagem de 1,42L. Para aplicá-lo, é necessário preparar
a parede com tinta acrílica fosca ou latex acetinado, aplicar uma demão de
craquelador, esperar secar de três a seis horas e, por fim, aplicar uma nova demão
de tinta glaze, acrílica fosca ou latex acetinado.
        A aplicação deve ser feita sempre em uma única direção, sem voltar o pincel,
pois a tinta vai craquelando quase que instantâneamente.


4.3     EFEITO MARMORATTO


      O marmoratto cria um impressionante efeito de uma pedra de mármore. O
mármore faz parte da antiga história greco-romana, onde já era utilizado na
arquitetura, seu brilho espelhado produz um toque de sofisticação e requinte aos
ambientes.


4.3.1 Execução Marmoratto


        Os materiais utilizados para a execução do marmoratto são: desempenadeira
de aço com cantos arredondados, espátula de aço, texturatto, cera incolor pastosa,
politriz.



                                                                                     23
Para a execução do marmoratto aplica-se a textura
com a desempenadeira de aço com bordas arredondadas,
espalhando a textura e deixando a superfície irregular .
       Após a secagem da primeira demão, em um
intervalo de tempo de 06 a 08 horas, aplica-se a segunda
demão. Aguarda-se a secagem e em seguida aplica-se a
terceira demão, criando as manchas, nivelando e                         Figura 28: Aplicação do
                                                                           Marmoratto com
compactando a superfície, obtendo-se um acabamento                      desempenadeira de aço.
manchado.
       Depois de seca a terceira demão aplica-se a
cera   em     toda   superfície    com      a    ajuda     da
desempenadeira        e     espera-se       15       minutos
aproximadamente para a secagem. Com a ajuda de
uma politriz deixa-se a superfície polida e brilhante.
                                                                   Figura 29: Polimento da superfície
                                                                       com ajuda de uma politriz.

4.4    GRAFIATO


       Este estilo de pintura texturizada consagrou-se na área de desing de
interiores e aos poucos, novas técnicas são criadas para modernizar o grafiato.
       A imagem a seguir ilustra a textura deste estilo, que pode ser em qualquer
cor.




                             Figura 30: Textura do tipo Grafito.


4.4.1 Execução do Grafiato


             Os materiais utilizados na execução do grafiato são: lona de plástico,
seladora acrílica, textura em lata, desempenadeira de aço, espátula de aço, rolo de
espuma, desempenadeira de plástico, fita crepe, pano de algodão, bandeja grande,
rolo de espuma grande ou pequeno, lixa e escova.


                                                                                                  24
Para sua execução, é necessário preparar corretamente a superfície,
removendo partículas soltas com lixa e escova. Se no caso a alvenaria não tiver
emboço é necessário que se faça um acabamento com argamassa nas juntas, para
dar um melhor aspecto.
      Em seguida, aplica-se na parede um fundo preparador ou seladora, que
regula a absorção da base e garante maior aderência do produto à superfície.
Depois que o fundo estiver seco pode-se aplicar a massa que já vem pronta para ser
aplicada, com uma desempenadeira de aço é aplicada à massa na parede, para se
produzir o efeito é utilizada uma desempenadeira de plástico.
      Os efeitos podem ser variados, vertical, horizontal e inclinado. É importante
salientar que o serviço deve ser executado de forma contínua para evitar emendas.
      O grafiato tem opções de algumas cores, porém se utilizado na cor branca
pode ser pintado da cor desejada.




                            Figura 31: Aplicação do Grafiato.


4.5   DEMAIS TEXTURAS


      Com o avanço da tecnologia, empresas voltadas a estética das edificações
vem apostando em novas texturas que garantam conforto e elegância aos
ambientes.
      Desta forma, existem muitas outras texturas já lançadas no mercado, sendo a
maioria adquirida com uma massa ou simplesmente tintas específicas, cujas
execuções aproximam-se ou igualam-se às citadas anteriormente.
      Podem ser citados ainda efeitos como Travertino, Trapeado, Chapiscado,
Chapiscado ondulado ou com bandeirola, Repuxado, Casca de Árvore, madeira,
efeito aço escovado, metalizado, jeans, esponjado, camurça ou outros tecidos.
      Pode-se ainda soltar a imaginação e inventar no momento da aplicação das
massas.



                                                                                    25
5     REFERÊNCIAS BILLIOGRÁFICAS



NAKAMURA, Juliana. Assentamento de piso cimentício. Disponível em:
<http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139195-1.asp>.
Acesso em: 15/03/2012.

Prefeitura da Cidade de São Paulo. Conheça as regras para arrumar a sua
calçada. 1º Seminário Paulistano de Calçadas - São Paulo 2004 e Fórum Paulistano
de Passeio Público - São Paulo 2005.

Prefeitura da Cidade de São Paulo. Sistemas Integrados de Calçadas.


Calçadas com placas de concreto. Disponível em:
<http://www.euseiquemtem.com.br/home/index.php?option=com_content&view=articl
e&id=68&Itemid=84>. Acesso em: 15/03/2012.

Calçadas com placas de concreto. Disponível em:
<http://www.paranaobras.com.br/index.php/revestimentos/pisos/calcadas/calcadas-
de-placas-concreto>. Acesso em: 15/03/2012.

TATEOKA, Thays. Ladrilhos hidráulicos. Disponível em:
<http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/19/artigo103311-1.asp>.
Acesso em: 03/03/2012.

Colocação. Disponível em: <http://www.dallepiagge.com.br/colocacao.php>. Acesso
em: 03/03/2012.

Ladrilhos Hidráulicos. Disponível em:
<http://www.rochbeton.com.br/ladrilhos/hidraulicos.php>. Acesso em: 18/02/2012.

Efeitos Especiais. Disponível em:
<http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/efeitos-especiais-85197-1.asp>.
Acesso em: 18/02/2012.

Argamassas decorativas. Disponível em:
<http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/115/artigo33039-1.asp>. Acesso
em: 14/03/2012.

NBR 13756- Revestimento de piso interno ou externo- Procedimento.


Como fazer o assentamento de piso de concreto intertravado. Disponível em:
<http://www.fkct.com.br/pisos_de_concreto_intertravados.html>.     Acesso        em:
15/03/2012.




                                                                                   26
Panaobras. Disponível em:
<http://www.fkct.com.br/pisos_de_concreto_intertravados.html>. Acesso em:
15/03/2012.


Calçadas. Disponível em:
<http://www.euseiquemtem.com.br/home/index.php?option=com_content&view=articl
e&id=68&Itemid=84>. Acesso em: 15/03/2012.




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Pisos de ladrilho hidráulico, lajotas e revestimentos texturados

  • 1. UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ UNOCHAPECÓ GRUPO 14: LADRILHO HIDRÁULICO, LAJOTAS DE CONCRETO, PISOS INTERTRAVADOS DE CONCRETO, REVESTIMENTOS TEXTURADOS E ARGAMASSADOS EM GERAL Bruna Mendes Chymene Grando Fernanda dos Santos Lindsey Todeschini Curso de Engenharia Civil Disciplina de Construção Civil II Chapecó – SC, mar. 2012
  • 2. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Modelos de Ladrilhos Hidráulicos................................................................. 5 Figura 2: Materiais utilizados para assentamento de Ladrilhos Hidráulicos. ............... 6 Figura 3: Preparação do contrapiso. ........................................................................... 6 Figura 4: Nivelamento das peças. ............................................................................... 6 Figura 5: Acabamento. ................................................................................................ 7 Figura 6: Aplicação da resina sobre os Ladrilhos Hidráulicos. .................................... 7 Figura 7: Cuidados pós-assentamento dos Ladrilhos Hidráulicos. .............................. 7 Figura 8: Piso de concreto Sextavado. ........................................................................ 9 Figura 9: Piso Intertravado do Tipo Raquete. .............................................................. 9 Figura 10: Pisos Intertravados do tipo 16 Faces. ........................................................ 9 Figura 11: Piso Intertravado do Tipo Retangular. ........................................................ 9 Figura 12: Piso Intertravado do tipo Onda. ................................................................ 10 Figura 13: Piso Intertravado do tipo Grama............................................................... 10 Figura 14: Execução das camadas necessárias para assentamento de Pisos Intertravados. ............................................................................................................ 11 Figura 15: Regularização e compactação da base. .................................................. 12 Figura 16: Colocação de guias de confinamento. ..................................................... 12 Figura 17: Assentamento das peças dos Pisos Intertravados. .................................. 13 Figura 18: Espalhamento de areia sobre os blocos assentados. .............................. 13 Figura 19: Passeio público e rodovia, pavimentados com pisos intertravados. ........ 13 Figura 20: Modelos de placas pré-moldadas de concreto. ........................................ 14 Figura 21: Aplicação da argamassa para assentamento. ......................................... 15 Figura 22: Saca-placas para manutenção das placas de concreto. .......................... 16 Figura 23: Monocamanda, uma alternativa ao reboco tradicional. ............................ 17 Figura 24: Equipamentos necessários para execução da monocamada. ................. 19 Figura 25: Aplicação mecânica da monocamada. ..................................................... 20 Figura 26: Aplicação manual da monocamada. ........................................................ 21 Figura 27: Tipos de acabamentos da monocamada. ................................................ 22 Figura 30: Textura do tipo Grafito.............................................................................. 24 Figura 28: Aplicação do Marmoratto com desempenadeira de aço. ......................... 24 Figura 29: Polimento da superfície com ajuda de uma politriz. ................................. 24 Figura 31: Aplicação do Grafiato. .............................................................................. 25 2
  • 3. SUMÁRIO 1 LADRILHO HIDRÁULICO............................................................................ 4 1.1 TIPOS DE LADRILHOS HIDRÁULICOS ...................................................... 4 1.2 ASSENTAMENTO ........................................................................................ 5 2 PISOS INTERTRAVADOS ........................................................................... 8 2.1 TIPOS DE PISOS INTERTRAVADOS.......................................................... 8 2.2 ASSENTAMENTO ...................................................................................... 10 3 PLACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO (LAJOTAS) ....................... 14 3.1 ASSENTAMENTO ...................................................................................... 14 3.1.1 Assentamento de Placas Fixas ............................................................... 15 3.1.2 Assentamento de Placas Removíveis .................................................... 15 4 ACABAMENTOS TEXTURADOS DE REVESTIMENTOS ........................ 16 4.1 REVESTIMENTO MONOCAMADA ............................................................ 17 4.1.1 Execução da Monocamada ...................................................................... 18 4.1.1.1 Aplicação mecânica .................................................................................... 19 4.1.1.2 Aplicação manual ....................................................................................... 20 4.1.1.3 Acabamentos.............................................................................................. 21 4.2 EFEITO CRAQUELADO OU CRAQUELÊ.................................................. 22 4.2.1 Execução do Efeito Craquelado ou Craquelê ........................................ 22 4.3 EFEITO MARMORATTO ............................................................................ 23 4.3.1 Execução Marmoratto .............................................................................. 23 4.4 GRAFIATO ................................................................................................. 24 4.4.1 Execução do Grafiato ............................................................................... 24 4.5 DEMAIS TEXTURAS .................................................................................. 25 5 REFERÊNCIAS BILLIOGRÁFICAS .......................................................... 26 3
  • 4. 1 LADRILHO HIDRÁULICO Os ladrilhos hidráulicos são peças de pequenas placas de cerâmica, feitos com cimento branco, quartzo, diabásio e pó-de-pedra. Podem ser coloridos, normalmente com até cinco tons, com base em 30 cores de tinta. Os produtos levam o nome de ladrilho hidráulico porque passam cerca de oito horas debaixo d'água para a cura. A espessura das peças varia de 2 cm a 3 cm e o tamanho padrão é de 20 cm x 20 cm com resistência à tração na flexão de até 5 MPa. Os ladrilhos possuem alta durabilidade desde que a instalação e manutenção sejam feitas de acordo com a orientação do fabricante. São de alta resistência ao desgaste para acabamento de pisos localizados em zonas de trânsito intenso (T.I.). As normas técnicas dos ladrilhos são: • NBR 9457 - Ladrilho Hidráulico; • NBR 9459 - Ladrilho Hidráulico - Formatos e Dimensões; • NBR 9458/86 - Assentamento de Ladrilho Hidráulico. 1.1 TIPOS DE LADRILHOS HIDRÁULICOS Ladrilhos Hidráulicos Liso: são aplicados em ambientes internos e externos, é muito utilizado também em decoração de fachadas. Pode fazer composição com ladrilhos decorados para dar o acabamento aos ambientes. Ladrilhos Hidráulicos Decorado: são utilizados para compor tapetes, bordas e rodapés de ambientes internos e externos. Possuem diversos tamanhos e formas de decorações, sendo as mais utilizadas, florais e formas geométricas. Ladrilhos Antiderrapante: é indicado para áreas externas, calçadas e rampas, todos com características antiderrapante. O ladrilho antiderrapante é um material de alta resistência à abrasão. Empregado em áreas como: passeio público, garagem, rampa. Ladrilhos em Faixa: são peças fabricadas de forma artesanal e personalizada. Os Ladrilhos são feitos de cimento e na prensa hidráulica. Os ladrilhos em faixa são na maioria das vezes utilizados para dar acabamento ao ambiente. 4
  • 5. Ladrilhos Florais: são produtos de antiguidade, cuja utilização tem sido buscada por arquitetos e decoradores. São muitas opções de cores que dão a cada produto uma originalidade única. A fabricação de ladrilhos florais é feita de uma matriz de metal que separa as cores que formam o desenho criando os bonitos motivos florais. São utilizados para compor tapetes, bordas e rodapés de ambientes internos e externos. Ladrilhos Centrais: trazem requinte ao ambiente, pois são aplicados como tapetes, trazendo luxo e sofisticação. A aplicação do ladrilho hidráulico central pode ser feita em conjunto com outros materiais, como cimento queimado com pó de mármore ou madeira. Ladrilhos Contínuos: são peças criadas de forma artesanal e trazem ao ambiente um aspecto moderno sem perder a origem de sua história na arquitetura brasileira. Os ladrilhos contínuos são fabricados especialmente para harmonizar o ambiente. Ladrilhos Rodapé: aplicados em forma de rodapé, o ladrilho de Rodapé tem sua característica para proteger, mas também é muito utilizado de forma decorativa. O que traz qualidade e requinte ao ambiente. Ladrilhos Tozeto: vem sendo utilizado em ambientes internos e externos, isto, devido à grande variedade de estilos que trazem vida e elegância ao ambiente. A principal função é para decorar e personalizar. Figura 1: Modelos de Ladrilhos Hidráulicos. 1.2 ASSENTAMENTO Por serem produzidos um a um, os ladrilhos são vendidos sob encomenda e é preciso cuidados extras na armazenagem e assentamento: as peças devem ser 5
  • 6. guardadas sobre paletes face a face e ser assentadas no estágio final da obra, para evitar que sujem ou quebrem devido à porosidade do ladrilho. A aplicação em calçadas e áreas públicas dispensa a resina protetora, mas a área também deve estar livre de sujeiras. Normalmente o assentamento é feito com junta seca, sendo as peças colocadas próximas uma das outras. Caso o cliente opte pela colocação rejuntada, deverá utilizar rejunte especial fornecido pelo fabricante. A seguir está apresentado como assentar esse tipo de revestimento. Material utilizado e equipamentos de segurança: Luva, óculos de segurança, máscara, desempenadeira de aço, desempenadeira denteada, régua de alumínio de 1 m, colher de pedreiro, uma caixa de massa e trincha. Para o acabamento: rolo de pêlo curto, resina especial (fornecida pelo fabricante) e Figura 2: Materiais utilizados para assentamento de Ladrilhos Hidráulicos. pano úmido alvejado limpo. Preparação do contrapiso: Com o contrapiso nivelado e limpo faz-se uma camada de argamassa de aproximadamente 1 cm de espessura. Utiliza-se a caixa de massa para evitar sujar o espaço e a desempenadeira denteada. No caso de peças com tons claros como bege, branco e craft-claro, opta-se pelo uso de argamassa branca. Figura 3: Preparação do contrapiso. Nivelamento das peças: O ladrilho possui de 2 cm a 3 cm de espessura e a diferença tolerável entre as peças é de até 2 mm. Essa diferença deverá ser tirada durante o assentamento, colocando mais ou menos Figura 4: Nivelamento das peças. 6
  • 7. argamassa na face interior do ladrilho. É preciso ficar sempre atento para que as peças estejam com a mesma altura. Importante: certificar-se de que as pontas do ladrilho também estão com argamassa, para evitar que as peças trinquem depois de assentadas. Assentamento: Pressiona-se a peça para fixá-la. Nunca se deve utilizar martelo de borracha, pois o ladrilho pode trincar e marcar, ficando visível quando estiver molhado ou resinado. Caso haja respingos ou sobras, deve-se limpar imediatamente com esponja umedecida em água ou pano limpo para evitar que a argamassa seque e manche a peça. Se isso acontecer, será necessário passar levemente lixa d'água nº 100. Acabamento: Limpar a peça com um pano bem úmido e esperar secar. Passar lixa d'água nº 100 bem de leve e depois com a trincha remover a poeira. Figura 5: Acabamento. Aplicação da resina: Utilizar rolo de lã curto ou rolo de espuma para passar a resina, sempre no mesmo sentido (vaivém) e nunca em cruz. Serão necessárias três demãos, com intervalos de oito horas entre cada uma. É aconselhável também passar uma demão de cera industrial. Observação: após a primeira demão de resina, fazer o reparo de pequenos espaços entre as peças com pó de rejunte. Limpar o excesso com a lixa. Figura 6: Aplicação da resina sobre os Ladrilhos Hidráulicos. Cuidados pós-assentamento: Certificar-se de que as peças estão niveladas. Liberar a passagem sobre o piso após 12 horas. Caso não seja possível, cobrir os ladrilhos com um plástico e, por cima, utilizar papelão microondulado. Jamais colocar papelão ou jornal diretamente sobre o piso para não manchar. Figura 7: Cuidados pós- assentamento dos Ladrilhos Hidráulicos. 7
  • 8. Dicas importantes: • Iniciar a colocação dos ladrilhos puxando a linha para manter o caimento do contrapiso, alinhando e movendo o esquadro normalmente; • Começar o assentamento pelo lado aparente para que, em caso de recortes, estes fiquem menos visíveis; • É ideal realizar o assentamento de até 1 m² por vez; • Em ambientes internos, pode-se aplicar uma camada de resina antes de realizar o assentamento. Para isso, limpar a peça, passar a resina e esperar o tempo indicado de secagem. Com isso, haverá menos risco de manchar a peça; • A manutenção posterior requer apenas água e sabão neutro e, se houver preferência, cera líquida incolor a cada 15 dias, para conservar a resina. 2 PISOS INTERTRAVADOS Os pavimentos intertravados são formados por blocos de concreto os quais, em sua fabricação, têm a possibilidade de acrescentar a composição de duas ou mais cores na superfície. Possuem várias formas e tamanhos, sendo chamados comercialmente de Paver. Podem ser usados em pavimentos de passeio público ou viárias, estacionamentos, condomínios residenciais, jardins, indústrias, praças, etc. Apresentam características como permeabilização, sendo considerado ecologicamente correto, permitindo a drenagem das águas da chuva e evitando a impermeabilização do solo, podem ser aplicados piso táteis, os quais norteiam pessoas com deficiências visuais e físicas, permitindo sua independência na locomoção, podem ser retirados e recolocados, permitindo manutenções subterrâneas, apresentam menor temperatura superficial durante o dia e melhor visibilidade a noite. Além disso, seu assentamento é fácil, possui vida útil longa, baixa manutenção e não requer mão-de-obra especializada para a sua aplicação. 2.1 TIPOS DE PISOS INTERTRAVADOS São várias as formas, cores, tamanhos e características mecânicas que estão citadas a seguir. 8
  • 9. Sextavado: Figura 8: Piso de concreto Sextavado. Raquete: Figura 9: Piso Intertravado do Tipo Raquete. 16 Faces: Figura 10: Pisos Intertravados do tipo 16 Faces. Retangular: Figura 11: Piso Intertravado do Tipo Retangular. 9
  • 10. Onda: Figura 12: Piso Intertravado do tipo Onda. Grama: Figura 13: Piso Intertravado do tipo Grama. 2.2 ASSENTAMENTO O assentamento deve ser projetado conforme a finalidade dos pisos intertravados. De forma geral, é necessário preparar a base, acrescentar camadas de pedrisco e areia para posterior assentamento dos blocos, conforme descrito a seguir. Para o tráfego leve, como em pavimentos para passeio, é necessário ter blocos com resistência a 35 MPa e espessura de 6 cm. É preciso uma camada de 3 a 5 cm de areia acima da camada de solo, denominada base. Já para tráfego médio, os blocos devem resistir de 35 a 50 MPa com espessura de 8 cm. Acima da base deve ser acrescentada uma camada de 10 cm de pedrisco e outra camada de areia com 3 a 5 cm de espessura. Para tráfego pesado, como em vias mais movimentadas e com fluxo de automóveis pesados, é necessário obter camadas de 30 cm de brita, 15 cm de pedrisco, 3 a 5 cm de areia. Os blocos devem resistir de 35 a 50 MPa com espessura de 10 cm. 10
  • 11. Em Pisos Grama, acima do solo deve-se adicionar apenas areia com se espessura de 2 a 3 cm. Em meio aos vazados dos blocos adiciona adiciona-se a terra e a grama. A Figura a seguir ilustra estas camadas. Figura 14: Execução das camadas necessárias para assentamento de Pisos Intertravados. : assentamento Como citado anteriormente, a forma de execução das camadas necessárias ao assentamento dos pisos intertravados são iguais, variando apenas a espessura. Portanto a execução deve segui os seguintes passos: seguir • Equipamentos necessários: Placa vibratória, Linha de náilon, Colher de necessários: pedreiro, Enxada, Trena, Martelo de borracha, Blocos de Paver, Pedrisco e Areia fina. • Fazer reforços (se necessário) na base para obter um melhor travamento; Fazer a regularização e a compactação da base com placa vibratória ou rolo compactador, conforme cada caso O caimento mínimo é de 1%, + 5mm/metro na caso. %, +- planicidade do piso. 11
  • 12. Figura 15: Regularização e compactação da base. • Colocar brita no caso de tráfego pesado ou pedrisco para tráfego médio, que pode ser espalhada com carrinho manual ou pá carregadeira em grandes áreas, uniformizando com réguas metálicas, e em seguida compactar. • Colocação de areia ou pó de pedra, no caso de tráfegos médio ou pesados. Para o caso de tráfego leve, a camada de areia é colocada logo após a compactação do solo (base). • Instalação de guias de concreto para confinamento do piso intertravado. Estas contenções laterais evitam que os blocos deslizem. Figura 16: Colocação de guias de confinamento. • Logo após começa o assentamento das peças, em áreas maiores usa usa-se uma linha a cada 2 metros, tanto no sentido transversal quanto no longitudinal do paver para que não se perca o alinhamento das peças; 12
  • 13. Figura 17: Assentamento das peças dos Pisos Intertravados. 17: • A fuga deixada entre as peças não pode ultrapassar 5 mm; • Depois de terminado o assentamento das peças, é passado a placa vibratória ou rolo compactador para fazer o assentamento definitivo dos blocos; • Em seguida é feit o selamento das juntas com areia fina, que é espalhada feito eia sobre o piso com auxilio de uma vassoura e passado o rolo compactador novamente; Figura 18: Espalhamento de areia sobre os blocos assentados. : • Para finalizar, varrer todo o piso para a retirada da areia que ficou em cima O cima. pavimento já pode ser liberado para o tráfego. Figura 19: Passeio público e rodovia, pavimentados com pisos intertravados. : 13
  • 14. Deve-se tomar cuidado para o piso não ser lavado nos primeiros sete dias para um melhor selamento das juntas. 3 PLACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO (LAJOTAS) As placas pré-moldadas de concreto, mais conhecidas como lajotas, podem ser fabricadas com as mais variadas cores, texturas e tamanhos, porém devem possuir resistência a compressão do concreto de 35 MPa e espessura mínima de 30 mm. As características das lajotas resumem-se em elevada durabilidade, conforto de rolamento, sendo adequado ao tráfego de cadeirantes e deficientes visuais por aceitarem pisos táteis, são antiderrapantes e dependendo do projeto, podem ser drenantes, quando as placas são removíveis. Podem ser usados em pavimentos de passeio público ou onde há tráfego pesado, estacionamentos, condomínios residenciais, jardins, praças, etc. A figura a seguir ilustra as variadas texturas, cores e tamanhos. Figura 20: Modelos de placas pré-moldadas de concreto. 3.1 ASSENTAMENTO Há duas formas de assentar as lajotas. Pode ser fixa, assentada com argamassa sobre base de concreto, ou removível, a qual é assentada diretamente 14
  • 15. sobre a base ou como piso elevado. Porém, há ainda a finalidade do pavimento fixo, que pode ser para pedestres, veículos leves ou para veículos pesados. As placas removíveis são destinadas somente para veículos leves. A seguir é descrito os processos para a execução do assentamento, separados por método. 3.1.1 Assentamento de Placas Fixas • Compactação do solo • Preparação da base. Para pedestres: a base deve ser em concreto magro com espessura de 3 a 5 cm aplicada sobre o solo compactado. Para veículos leves (entrada de carros): concreto traço 1:2:4 com 5 cm de espessura, armado com tela de aço CA 60 de 4,2 mm e malha de 10 x 10 cm. A cura deve ser de 3 dias. Para veículos pesados (Caminhões, carro-forte): deve-se consultar o fabricante. • Aplicação de uma camada de argamassa tipo “farofa”, ou seja, com consistência seca, levemente úmida, traço 1:6 (cimento:areia). • Antes de assentar as placas, verificar o nivelamento do contrapiso e corrijir eventuais diferenças de nível. A argamassa deve ser adensada e nivelada. • Umedecer a superfície do contrapiso e as Figura 21: Aplicação da argamassa placas a seres assentadas. para assentamento. • Assentamento das placas. Pode ser utilizado um martelo de borracha. O tempo mínimo de cura da argamassa é de 2 dias. • Aplicação do rejunte. • Limpeza final. Deverá ser efetuada duas semanas após rejuntamento. 3.1.2 Assentamento de Placas Removíveis • Compactação do solo, que servirá como base. • Lançamento de 3 a 4 cm de brita graduada ou bica corrida compactadas e uma armação com tela de aço CA 60 de 4,2 mm e malha de 10 x 10 cm. • Assentamento das placas sobre o pó-de-brita. • Para manutenção, as placas devem ser retiradas e recolocadas com a ajuda de um saca-placas. 15
  • 16. Figura 22: Saca-placas para manutenção das placas de concreto. 4 ACABAMENTOS TEXTURADOS DE REVESTIMENTOS O revestimento é a camada externa que cobre a alvenaria, metais ou madeira, dando-lhes um aspecto visual mais agradável. Sua principal finalidade é regularizar as superfícies de paredes, tetos, muros e fachadas, resguardando-as das intempéries do desgaste de maneira geral. Como qualidades essenciais de um revestimento podem ser citadas a resistência ao choque, a esforços de abrasão, a durabilidade, impermeabilidade e a estética. É importante ressaltar que não é função do revestimento dissimular imperfeições grosseiras da base. Os revestimentos das paredes consistem em camadas de chapisco, emboço, reboco e um acabamento, podendo este ser papel de parede, tinta ou efeitos texturizados. Massa raspada, travertino, nomocamada e granito lavado são exemplos de argamassas decorativas que criam efeitos e texturas variadas, atuando como reboco e pintura. A seguir é especificado o método de aplicação destes efeitos. Efeito Composição Aplicação e cuidados A aplicação da massa é manual, sempre de cima para Cimento (branco ou baixo. A lavagem da nata com água é seguida pela cinza) e pedras lavagem com ácido muriático, feita depois da cura. Por Granito lavado naturais moídas último, retira-se o excesso de ácido com água. Na britadas lavagem da nata, utilizar nebulizadores para não arrancar a granilha Cimento (branco ou Aplicação mecânica (projetada) ou manual, feita com cinza), minerais, cal desempenadeira e colher de pedreiro. Assim que Massa raspada hidratada, pigmentos e adquire mais resistência, a massa é raspada com as aditivos costas de um serrote Aplicação mecânica (projetada) ou manual, feita em duas fases. A primeira cobre o substrato (camada plana) Travertino Cimento, cal, calcário, e a segunda é chapiscada e depois parcialmente alisada (imita mármore pigmentos e aditivos com desempenadeira de aço dando o efeito travertino. travertino) Em dias quentes, hidratar a base para que o substrato não absorva água da argamassa 16
  • 17. Em casos de reformas, para realizar os acabamentos de revestimento com qualidade, é necessário que as superfícies estejam preparadas. A superfície deve estar firme, limpa, seca, sem poeira ou mofo. As partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas, raspando, lixando ou escovando a superfície. As partes mofadas podem ser lavadas com água sanitária. Com relação a imperfeições profundas, as mesmas devem ser corrigidas com reboco, porém deve-se ter cuidado com o tempo de secagem, no mínimo 28 dias de cura. A maioria dos produtos já vem prontos de fábrica para o uso, no entanto para todos os produtos deve-se fazer a homogeneização e diluição para melhor aproveitamento dos mesmos. Na maioria das vezes, existem tintas específicas que garantem as texturas. São várias as formas de acabamento do revestimento. A seguir serão apresentados os revestimentos texturizados, ou texturados mais utilizados no mercado. 4.1 REVESTIMENTO MONOCAMADA O revestimento monocamada é utilizado como revestimento externo de paredes, em alternativa ao reboco tradicional. Consiste em uma argamassa aplicada em uma só camada que cumpre todas as funções de proteção e decoração como um reboco tradicional, conforme ilustra a figura a seguir. Figura 23: Monocamanda, uma alternativa ao reboco tradicional. A ARDM (Argamassa para Revestimento Decorativo Monocamada) é constituída pela mistura homogênea de materiais básicos, os quais podem variar conforme o fabricante: cimento branco estrutural, agregado leve de diâmetro máximo 17
  • 18. 1,2 mm, cal hidratada, pigmentos minerais inorgânicos, retentor de água, incorporador de ar, fungicidas e plastificantes. O produto consiste de um material em pó, industrializado, fornecido em sacos de 30 kg para ser misturado com água e resultar em uma argamassa pronta para ser aplicada, o produto já vem preparado sendo apenas necessário adicionar água em obra, desta forma, não há risco do reboco ser mal dosado. Esta facilidade proporciona um maior rendimento de mão-de-obra uma vez que sua aplicação é direta e dispensa acabamento. Suas principais vantagens são: uma vasta gama de cores, impermeabilidade, elasticidade, resistência mecânica, elevada aderência e fácil manutenção, porém não é recomendado em superfícies inclinadas ou que vão ser enterradas ou submersas em água. A monocamada é ideal para edifícios em alvenaria estrutural, sistema em que o prumo e a planicidade são os mais precisos possíveis. Ela torna-se antieconômica em basses muito irregulares. Um dos principais problemas da monocamada é a fendilhação. Busca-se que o RDM não apresente manifestações patológicas com o passar do tempo, uma vez que no Brasil as obras mais antigas que empregaram esse tipo de revestimento têm em torno de quatro anos e não há, ainda, um longo histórico de utilização. 4.1.1 Execução da Monocamada A maioria das monocamadas pode ser aplicada manualmente, em alguns casos usam-se máquinas para se fazer a aplicação. Para uma maior durabilidade e estética é necessário que a execução seja de qualidade para evitar patologias. Para execução da monocamada são necessários os seguintes materiais e ferramentas: Argamassa para RDM, Água, Tela de Fibra de vidro, tratada com poliéster, com malha 9 x 9 mm, Perfis metálicos tipo “U”, Régua lisa usualmente denominada “penteadeira”, Desempenadeira metálica com cantos virados, Equipamento de projeção (mistura, transporte e aplicação do material), Misturador de eixo horizontal (se for aplicação manual), Régua de perfil I e desempenadeira “gang nail”. A figura a seguir ilustra os equipamentos necessários. 18
  • 19. Figura 24: Equipamentos necessários para execução da monocamada. 4.1.1.1 Aplicação mecânica A aplicação do revestimento com projeção exige equipamento provido de mangote e bico projetor. Além disso, são empregadas as ferramentas anteriormente apresentadas. A projeção de argamassa da primeira demão é feita de forma circular, na espessura de 5 a 7 mm, ilustrado na foto 10, da Figura 25 . Em seguida, executa-se o estriamento com a desempenadeira denteada. Essa primeira demão pode ser chamada de demão de sacrifício ou regularização, cuja função é uniformizar a superfície do substrato, de bases com características diferentes (alvenaria, concreto e, eventualmente, algum chapisco). Com essa primeira demão obtém-se um único substrato, o qual receberá a camada final do revestimento. Isso é importante porque uniformiza a base, considerando a capacidade de absorção, temperatura e planicidade. Após essa demão, aplica-se a tela de reforço de fibra de vidro, recomendada pelos fabricantes para ser utilizada na interface estrutura-vedação e nos cantos dos vãos de janelas e portas (foto 11 da Figura 25). A segunda demão é feita de cima para baixo na forma de filetes contínuos horizontais, formando faixas menores de 2,0 m de largura, conforme ilustra a foto 12 na Figura 25. 19
  • 20. Após a projeção dessa demão, a argamassa é imediatamente estriada com uma régua penteadeira a fim de tornar a superfície mais plana possível. Isso elimina possíveis bolhas de ar no interior do revestimento e facilita posterior sarrafeamento, executado com o lado liso da mesma régua. Para o acabamento raspado deixa-se a argamassa endurecer até atingir o ponto de raspagem que varia, dependendo da temperatura ambiente, de 3 a 5 h. Figura 25: Aplicação mecânica da monocamada. 4.1.1.2 Aplicação manual Na aplicação manual apenas o equipamento de mistura e projeção não é exigido. Pode-se misturar a argamassa em uma argamassadeira de eixo horizontal. As demais ferramentas são as mesmas empregadas na execução com projeção mecânica. A aplicação da primeira demão é feita com a régua lisa ou desempenadeira metálica na espessura de 5 a 7 mm sobre o substrato conforme ilustra a foto 13 da Figura 26. Em seguida, é executado o estriamento com a régua penteadeira, aguardando-se aproximadamente 10 min para a aplicação da segunda demão. Após a primeira demão, caso seja necessário, aplica-se a tela de reforço de fibra de vidro (foto 11 da Figura 25). A segunda demão é aplicada da mesma forma que a primeira, em faixas menores de 2,0 m, conforme ilustra a foto 14 da Figura 26. Após a aplicação dessa demão, a argamassa é imediatamente estriada com uma régua penteadeira a fim de tornar a superfície mais plana possível. Assim, eliminará prováveis bolhas de ar no revestimento, facilitando posterior sarrafeamento, executado com o lado liso da mesma régua. 20
  • 21. Figura 26: Aplicação manual da monocamada. 4.1.1.3 Acabamentos A próxima etapa de aplicação do produto depende do tipo de acabamento que se deseja obter podendo-se ter quatro tipos distintos: raspado, alisado, chapiscado e travertino. O acabamento raspado é o mais utilizado e está ilustrado na foto 15 da Figura 27. Para que se obtenha o acabamento raspado, quando o revestimento atingir o ponto de raspagem (que varia, dependendo da temperatura ambiente, de 3 a 5 h), deve-se utilizar a régua metálica perfil "I" ou a desempenadeira do tipo gang nail para raspar a argamassa. O acabamento alisado, apresentado na foto 16 da Figura 27, é executado com desempenadeira lisa logo após a aplicação da última camada. No acabamento chapiscado (foto 17 da Figura 27), o chapisco é aplicado com equipamento de projeção ou chapiscadeira manual logo após a segunda demão, em uma camada de 2 a 3 mm de espessura. Para o acabamento travertino, ilustrado na foto 18 da Figura 27, realiza-se todos os passos do acabamento chapiscado e em seguida amassa-se ligeiramente o chapisco com desempenadeira metálica ou colher de pedreiro. 21
  • 22. Figura 27: Tipos de acabamentos da monocamada. Durante a execução devem ser tomados os seguintes cuidados: • Misturar a argamassa sempre mecanicamente, respeitando-se, a cada nova mistura, o mesmo tempo de mistura e a mesma quantidade de água adicionada ao pó, em função da orientação de cada fabricante específico; • A argamassa não pode ser aplicada sob tempo úmido ou chuvoso, já que a água pode infiltrar pelo revestimento ainda fresco alterando a relação água/materiais secos e, por conseqüência, a coloração; • A aplicação e a raspagem do RDM em uma determinada fachada devem ser feitas sempre de maneira uniforme, ou seja, não se deve, na mesma fachada, raspar um mesmo pano em períodos diferentes. Caso esse procedimento não seja seguido, poderá acarretar diferenças de tonalidade em um mesmo pano. 4.2 EFEITO CRAQUELADO OU CRAQUELÊ Trata-se de um efeito especial que deixam as paredes com uma aparência de tinta "quebrada". 4.2.1 Execução do Efeito Craquelado ou Craquelê Os materiais utilizados para este efeito são: rolo de aplicação de textura, texturatto liso, brocha, lixa fina, tinta acrílica com efeito metalizado, rolo de lã de carneiro de pelos baixos e bandeja para tinta. 22
  • 23. Primeiro isola-se as paredes laterais com fita crepe, então se aplica na superfície já preparada, sem partículas soltas, uma demão de texturatto liso sobre a superfície com o rolo de aplicação de textura, tomando o cuidado em se deixar a camada fina e homogênea. Com a textura ainda úmida, usa-se a brocha para dar batidas leves sobre a superfície, criando-se uma textura baixa e pontilhada. Depois de 24 horas de secagem deve-se lixar a superfície suavemente e remover o pó. Em seguida, aplicam-se duas ou três demãos com tinta de efeito metalizado com um rolo de lã de carneiro de pelos baixos, respeitando sempre o intervalo de secagem entre as demãos. Criam-se cada vez mais materiais específicos, para facilitar a vida dos decoradores. Pensando nisso, a Plaid criou o Craquelê de Tintas para paredes, que é capaz de transformar facilmente qualquer ambiente. O craquelador pode ser utilizado com tintas Glaze, Latex ou Acrílicas. O efeito é duradouro, podendo ser utilizado tanto em paredes internas quanto externas. O produto é vendido em embalagem de 1,42L. Para aplicá-lo, é necessário preparar a parede com tinta acrílica fosca ou latex acetinado, aplicar uma demão de craquelador, esperar secar de três a seis horas e, por fim, aplicar uma nova demão de tinta glaze, acrílica fosca ou latex acetinado. A aplicação deve ser feita sempre em uma única direção, sem voltar o pincel, pois a tinta vai craquelando quase que instantâneamente. 4.3 EFEITO MARMORATTO O marmoratto cria um impressionante efeito de uma pedra de mármore. O mármore faz parte da antiga história greco-romana, onde já era utilizado na arquitetura, seu brilho espelhado produz um toque de sofisticação e requinte aos ambientes. 4.3.1 Execução Marmoratto Os materiais utilizados para a execução do marmoratto são: desempenadeira de aço com cantos arredondados, espátula de aço, texturatto, cera incolor pastosa, politriz. 23
  • 24. Para a execução do marmoratto aplica-se a textura com a desempenadeira de aço com bordas arredondadas, espalhando a textura e deixando a superfície irregular . Após a secagem da primeira demão, em um intervalo de tempo de 06 a 08 horas, aplica-se a segunda demão. Aguarda-se a secagem e em seguida aplica-se a terceira demão, criando as manchas, nivelando e Figura 28: Aplicação do Marmoratto com compactando a superfície, obtendo-se um acabamento desempenadeira de aço. manchado. Depois de seca a terceira demão aplica-se a cera em toda superfície com a ajuda da desempenadeira e espera-se 15 minutos aproximadamente para a secagem. Com a ajuda de uma politriz deixa-se a superfície polida e brilhante. Figura 29: Polimento da superfície com ajuda de uma politriz. 4.4 GRAFIATO Este estilo de pintura texturizada consagrou-se na área de desing de interiores e aos poucos, novas técnicas são criadas para modernizar o grafiato. A imagem a seguir ilustra a textura deste estilo, que pode ser em qualquer cor. Figura 30: Textura do tipo Grafito. 4.4.1 Execução do Grafiato Os materiais utilizados na execução do grafiato são: lona de plástico, seladora acrílica, textura em lata, desempenadeira de aço, espátula de aço, rolo de espuma, desempenadeira de plástico, fita crepe, pano de algodão, bandeja grande, rolo de espuma grande ou pequeno, lixa e escova. 24
  • 25. Para sua execução, é necessário preparar corretamente a superfície, removendo partículas soltas com lixa e escova. Se no caso a alvenaria não tiver emboço é necessário que se faça um acabamento com argamassa nas juntas, para dar um melhor aspecto. Em seguida, aplica-se na parede um fundo preparador ou seladora, que regula a absorção da base e garante maior aderência do produto à superfície. Depois que o fundo estiver seco pode-se aplicar a massa que já vem pronta para ser aplicada, com uma desempenadeira de aço é aplicada à massa na parede, para se produzir o efeito é utilizada uma desempenadeira de plástico. Os efeitos podem ser variados, vertical, horizontal e inclinado. É importante salientar que o serviço deve ser executado de forma contínua para evitar emendas. O grafiato tem opções de algumas cores, porém se utilizado na cor branca pode ser pintado da cor desejada. Figura 31: Aplicação do Grafiato. 4.5 DEMAIS TEXTURAS Com o avanço da tecnologia, empresas voltadas a estética das edificações vem apostando em novas texturas que garantam conforto e elegância aos ambientes. Desta forma, existem muitas outras texturas já lançadas no mercado, sendo a maioria adquirida com uma massa ou simplesmente tintas específicas, cujas execuções aproximam-se ou igualam-se às citadas anteriormente. Podem ser citados ainda efeitos como Travertino, Trapeado, Chapiscado, Chapiscado ondulado ou com bandeirola, Repuxado, Casca de Árvore, madeira, efeito aço escovado, metalizado, jeans, esponjado, camurça ou outros tecidos. Pode-se ainda soltar a imaginação e inventar no momento da aplicação das massas. 25
  • 26. 5 REFERÊNCIAS BILLIOGRÁFICAS NAKAMURA, Juliana. Assentamento de piso cimentício. Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/artigo139195-1.asp>. Acesso em: 15/03/2012. Prefeitura da Cidade de São Paulo. Conheça as regras para arrumar a sua calçada. 1º Seminário Paulistano de Calçadas - São Paulo 2004 e Fórum Paulistano de Passeio Público - São Paulo 2005. Prefeitura da Cidade de São Paulo. Sistemas Integrados de Calçadas. Calçadas com placas de concreto. Disponível em: <http://www.euseiquemtem.com.br/home/index.php?option=com_content&view=articl e&id=68&Itemid=84>. Acesso em: 15/03/2012. Calçadas com placas de concreto. Disponível em: <http://www.paranaobras.com.br/index.php/revestimentos/pisos/calcadas/calcadas- de-placas-concreto>. Acesso em: 15/03/2012. TATEOKA, Thays. Ladrilhos hidráulicos. Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/19/artigo103311-1.asp>. Acesso em: 03/03/2012. Colocação. Disponível em: <http://www.dallepiagge.com.br/colocacao.php>. Acesso em: 03/03/2012. Ladrilhos Hidráulicos. Disponível em: <http://www.rochbeton.com.br/ladrilhos/hidraulicos.php>. Acesso em: 18/02/2012. Efeitos Especiais. Disponível em: <http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/efeitos-especiais-85197-1.asp>. Acesso em: 18/02/2012. Argamassas decorativas. Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/115/artigo33039-1.asp>. Acesso em: 14/03/2012. NBR 13756- Revestimento de piso interno ou externo- Procedimento. Como fazer o assentamento de piso de concreto intertravado. Disponível em: <http://www.fkct.com.br/pisos_de_concreto_intertravados.html>. Acesso em: 15/03/2012. 26
  • 27. Panaobras. Disponível em: <http://www.fkct.com.br/pisos_de_concreto_intertravados.html>. Acesso em: 15/03/2012. Calçadas. Disponível em: <http://www.euseiquemtem.com.br/home/index.php?option=com_content&view=articl e&id=68&Itemid=84>. Acesso em: 15/03/2012. 27