3. INTRODUÇÃO
OBJETIVO: Orientar os educadores como desenvolver um senso crítico na elaboração de objetivos quando da preparação das aulas, priorizando-os às suas próprias vidas, antes de provocar transformações nos educandos.
4. INTRODUÇÃO
•A missão do ensino cristão de levar as pessoas até Cristo somente é possível mediante um ensino com autoridade.
•Ditado popular: “A exemplo fala mais auto do que o discurso”.
•As pessoas com quem convivemos, geralmente, esquecem muito daquilo que dizemos, mas raramente se esquecem do que fazemos.
•O exemplo de Jesus – Mt 7:28-29.
•Você como educador cristão têm a responsabilidade de ensinar com autoridade!
5. INTRODUÇÃO
•Para alcançar o objetivo serão apresentadas algumas características essenciais e necessárias ao educador cristão:
1.O educador como despenseiro;
2.O educador como mentor e testemunha.
7. I – A AULA COMEÇA COM O PLANEJAMENTO
•Antes do educador entrar na sala de aula deve:
•Ter em mente quem o espera;
•Qual conteúdo irá abordar;
•Metodologia que irá utilizar para abordar o assunto;
•Quais os recursos serão necessários para desenvolver a aula,
•Entre outros preparativos de acordo com a aula
8. I – A AULA COMEÇA COM O PLANEJAMENTO
•Conteúdo mínimo de um planejamento:
•Ementa;
•Objetivos;
•Metodologia;
•Sistema de avaliação;
•Referências.
9. I – A AULA COMEÇA COM O PLANEJAMENTO
•O conteúdo da lição deve ser elaborado de forma planejada e objetiva contendo:
•Introdução (5-10%): deve ser introduzido o assunto a ser estudado de forma criativa para que os(as) educandos(as) tenham interesse pelo assunto. Neste momento discorre-se sobre o que vai se falar, destacando os pontos mais importantes da lição;
•Desenvolvimento (aprox. 85%): apresentar os principais pontos da lição em forma de tópicos (geralmente de 03 a 05). Os tópicos devem responder ao título da lição/aula;
•Considerações finais/conclusão (5-10%): devem ser revisados os principais ensinos a serem aplicados pelos(as) educandos(as), de acordo com os tópicos e objetivos propostos.
10. I – A AULA COMEÇA COM O PLANEJAMENTO
•O planejamento da revista da CPAD não pode ser questionado?
•Coerência entre o texto bíblico e o título da lição;
•Uma introdução que desperte o interesse do aluno de forma objetiva;
•Coerência entre o título da lição e os tópicos do desenvolvimento da lição;
•Considerações finais que abordem os pontos principais abordados na lição.
11. ALGUMAS DICAS – TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO
Adaptabilidade – adaptar o plano de aula ao público, se necessário. Simplicidade - usar palavras simples, comuns, adequadas ao tema, ao grupo e ao momento. O foco não é ser admirado, mas transmitir o evangelho e “apontar” para Cristo. Entusiasmo – Contagiar o público com seu entusiasmo. Não faça por obrigação ou para agradar alguém. Naturalidade – Agir, fazer gestos e manter postura de forma natural. Entretanto, cuidado com o excesso ou falta de gestos.
12. DICAS – TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO
•Mãos atrás das costas;
•Braços cruzados;
•Gestos abaixo da linha da cintura;
•Gestos acima da linha da cabeça;
•Apontar para baixo, enquanto está falando de algo motivador ou similar;
•Apoiar-se sobre o púlpito, mesa, cadeira, entre outros móveis;
•Colocar-se à frente do projetor de multimídia;
•Movimentar-se desordenadamente (leão enjaulado);
•Não confie na memória, utilize um roteiro da apresentação;
•Não fique lendo o texto, mas destaque os pontos principais;
13. DICAS – TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO
•Esteja preparado!
•Seja cordial e simpático;
•Valorize as participações do público;
•Use slides com letras, figuras e cores apropriadas
•Use os recursos audiovisuais sempre que possível (3 dias após: 10 ou 65%);
•Tenha o seu próprio estilo (confortável, confiante, natural);
•Conforme orientações anteriores, gesticule com moderação;
•Mantenha constantemente o contato visual com o público;
•Incentive a participação do público;
•Coordene os tempos de acordo com o conteúdo (introdução, desenvolvimento e considerações finais/conclusão).
14. A AULA COMEÇA COM O PLANEJAMENTO
Aplicação prática:
•Você tem feito um planejamento prévio, mesmo que a revista da CPAD forneça a sugestão?
•Você tem revisto os objetivos, de acordo com seu público?
•Você tem utilizado adequadamente o tempo disponível?
•Você está satisfeito com sua performance em sala de aula?
16. INTRODUÇÃO
•Uma das características essenciais ao educador é ser bom despenseiro (1 Co 4.1-2).
•Despenseiro é aquele empregado de confiança que zela pela correta utilização dos bens de outra pessoa, geralmente o pai da família, bem como de seus familiares.
•Stott (2002, p. 19-22), ao falar sobre o assunto, apresenta as figuras de Deus como Pai e a Igreja como sua família/casa.
17. INTRODUÇÃO
•Nos ensinos de Jesus a figura do despenseiro/mordomo também é utilizada para exemplificar a sua responsabilidade.
•Um bom exemplo é a parábola do mordomo em Mt 24:45-51.
•Vejamos então duas atribuições importantes para o bom despenseiro.
19. MANTENDO A DESPENSA CHEIA
•O despenseiro fiel procura ficar a par de todo o conteúdo da despensa.
•Despenseiro deverá manter a despensa bem provida para o momento que os membros da família precisarem se alimentar.
•O que priorizar?
21. MANTENDO A DESPENSA CHEIA
•Participações em:
•Palestras;
•Treinamento para professores;
•Encontros;
•Seminários específicos;
•Troca de experiências com os demais educadores;
•Vídeos;
•Entre outros.
22. MANTENDO A DESPENSA CHEIA
•Sugestões de aquisições:
1.Teologia Sistemática;
2.Hermenêutica bíblica;
3.História de Israel;
4.História da Igreja;
5.História das Religiões;
6.Geografia Bíblica;
7.Introdução e Teologia do Antigo e Novo Testamento;
8.Comentários específicos de livros do Antigo e Novo Testamento.
23. MANTENDO A DESPENSA CHEIA
•Curso básico em teologia.
•Curso superior em teologia.
•Isso é tudo?
24. MANTENDO A DESPENSA CHEIA
“[...] mesmo quando tiver entendido plenamente o texto, o trabalho do pregador ainda está pela metade, porque a elucidação do seu sentido precisa levar à sua aplicação a alguma situação realista da vida do homem moderno.” (STOTT, 2002, p. 38-39)
25. MANTENDO A DESPENSA CHEIA
•O despenseiro deve ensinar a Palavra com autoridade e ao mesmo tempo se submeter a ela. “Se forem completamente submissos ao seu governante celestial, então conduzirão outros a se submeterem a ele, e alimentá-los com a verdade e o seu próprio exemplo e simpatia por eles. Para aqueles que assim servirem o Mestre, haverá um respeito ainda maior e honra moral, quando ele vier”. (LOCKYER, 2001, p. 269)
26. MANTENDO A DESPENSA CHEIA
•Portanto, a autoridade do educador depende da proximidade entre ele e o texto que está expondo (compreensão e prática).
•Assim, poderá servir aos membros da família de seu Senhor.
•Exemplo de Timóteo: disciplina na busca e manutenção do conhecimento, bem como na transmissão do mesmo (2 Tm 3:14-15; 2 Tm 2:2).
27. MANTENDO A DESPENSA CHEIA
Aplicação prática:
•Como está a sua despensa?
•Tem dedicado tempo satisfatório em pesquisa?
•Tem aplicado a Palavra primeiro à sua própria vida?
29. MANTENDO O RELACIONAMENTO COM O PAI E SUA FAMÍLIAA
•Outra característica do despenseiro é o envolvimento sentimental com os membros da família e a demonstração do cuidado com os mesmos.
•Além, do relacionamento com o Pai da família.
31. MANTENDO O RELACIONAMENTO COM O PAI E SUA FAMÍLIA
•Segundo Stott (2002, p. 131), infelizmente, poucos são os líderes que mantêm esta disciplina na oração.
•Ele cita o exemplo de Jesus (ver apostila p. 8).
32. MANTENDO O RELACIONAMENTO COM O PAI DA FAMÍLIA
•Só seremos diligentes neste ofício, se amarmos as pessoas a ponto de não lhes negar o benefício de nossa oração.
•Intercessão verdadeira sem amor é impossível. “A oração deve ser tão vital para o desenvolvimento de nosso ministério quanto nossa pregação. Não prega de todo o coração às pessoas quem não ora por elas também”. Richard Baxter
33. •Segundo Hendricks (1999, p. 50-51), a epístola de Tiago ensina mais sobre a doutrina da oração que qualquer outro livro do Novo Testamento.
•Quem inspirava o “joelho de camelo”?
•Elias mantinha sempre os canais de comunicação com Deus (1 Rs 17-18).
MANTENDO O RELACIONAMENTO COM O PAI E SUA FAMÍLIA
34. •Elias orou:
•Para que não chovesse ( 1 Rs 17.1; Tg 5.17),
•Antes de ir se encontrar com Acabe (1 Rs 18.16),
•Para Deus enviar fogo do céu (1 Rs 18.36-37) e
•Para que chovesse novamente (1 Rs 18.42-44).
•O fervor da oração (1 Rs 18.42),
•A expectativa da oração (1 Rs 18.43-44),
•O efeito da oração (1 Rs 18.45).
•Ver citações na apostila, p. 9.
MANTENDO O RELACIONAMENTO COM O PAI E SUA FAMÍLIA
35. •Muitos educadores pensam que uma boa formação acadêmica, conhecimento teórico, bons métodos de ensino, e dedicação de tempo para ensino é o suficiente, não precisa de oração.
•Devemos ser um exemplo de oração aos nossos discípulos, e ao mesmo tempo, orar por eles. “A vida não é uma sequência de tentativas e fracassos, mas de confiança naquele que tudo pode” Howard Hendricks
MANTENDO O RELACIONAMENTO COM O PAI DA FAMÍLIA
36. Aplicação prática:
•Você tem sido um exemplo de oração?
•Você tem orado pelos seus alunos?
•Quanto tempo dedica à oração?
•Ore! Ore! Ore!
MANTENDO O RELACIONAMENTO COM O PAI E SUA FAMÍLIA
38. INTRODUÇÃO
•O educador não pode fazer tudo sozinho, nem viverá para sempre.
•Ele precisa ter um plano de sucessão e manter uma vida exemplar e deixar um legado para futuros educadores.
40. APRENDENDO A MENTOREAR
•Mentorear é manter um relacionamento no qual uma pessoa investe de si mesma na vida de outro.
•Exemplo do relacionamento de Elias e Eliseu.
•Elias na caverna: “eu fiquei só e procuram tirar-me a vida” (1 Rs 19.14).
•Deus ordena que ele ungisse o profeta Eliseu, um dos fiéis. Descarte??
41. APRENDENDO A MENTOREAR
•Na realidade, Elias foi “liberado” para assumir um estágio superior: foi elevado aos céus para estar com o Senhor.
•Há uma falta muito grande de mentores em nossos dias (alguém que acredite, que dedique tempo junto).
•Todas as pessoas precisam de apoio, da sabedoria, do exemplo e da força de um mentor.
42. APRENDENDO A MENTOREAR
•Hendricks (1999, p. 97-99) extrai do exemplo de Elias, 03 passos para o mentoreamento:
•Tomar a iniciativa (1 Rs 19:19): Muitos dizem: “Eu sou o mestre”. Se esse rapaz quiser seguir meus passos, vai ter de me procurar e pedir minha ajuda”
•Estar disponível - O bom relacionamento entre os dois foi o que mais contribuiu para influenciar Eliseu (não havia livros, áudios ou vídeos).
•Servir de exemplo/modelo - esse é o principal aspecto do processo. Elias deu a Eliseu a oportunidade de observá-lo em ação.
43. APRENDENDO A MENTOREAR
O maior exemplo de mentor foi o senhor Jesus. Desde o início de seu ministério teve a preocupação de preparar seus discípulos para dar continuidade aos seus ensinos, sem se preocupar se fariam com mais ou menos perfeição.
(Jo 14-12-13).
44. Aplicação prática:
•Será que estamos permitindo que Deus nos use para que as pessoas aprendam conosco?
•Temos servido de modelo?
•Temos dedicado tempo para ensinar caminhando junto a líderes ou educadores em potencial?
•Temos dado oportunidade para que outras pessoas se desenvolvam?
APRENDENDO A MENTOREAR
46. TESTEMUNHANDO POR MEIO DA EXPERIÊNCIA
•Segundo Stott (2002, p. 78), para sermos uma testemunha verdadeira precisamos de duas qualidades especiais:
•Experiência; e
•Humildade.
•Nosso testemunho falado precisa do apoio e da autoridade da experiência pessoal com Cristo, e da evidência de uma vida coerente.
•Os discípulos podiam testemunhar de Jesus: Jo 15:27 e Lc 24:48.
47. TESTEMUNHANDO POR MEIO DA EXPERIÊNCIA
•As palavras da mensagem transmitida, por mais claras e poderosas que sejam não terão o som da verdade, a não ser que brotem da convicção que vem da experiência.
•Nosso testemunho falado precisa do apoio e da autoridade da experiência pessoal, e da evidência de uma vida coerente.
•Stott (2002, p. 100) afirma que a preparação do ensino começa bem antes da elaboração do estudo ou sermão (ler citação).
•Para ensinar com autoridade e transformação de vidas é necessário ter uma experiência pessoal com Jesus que seja inquestionável!
48. Aplicação prática:
•Você tem sido uma testemunha de Cristo?
•Em sua vida, você tem sido um exemplo?
•Qual a sua experiência com Cristo?
TESTEMUNHANDO POR MEIO DA EXPERIÊNCIA
50. TESTEMUNHANDO POR MEIO DA HUMILDADE
•A segunda qualidade da testemunha, a humildade, pode ser bem percebida na vida de João Batista.
•Os discípulos de João progressivamente foram deixando-o para seguir a Jesus (Jo 1.35-42).
•“[...] Convenha que ele cresça e que eu diminua”.
•A ausência desta qualidade tem impedido que muitos educadores sejam usados por Deus como instrumentos de transformação de seus educandos.
51. TESTEMUNHANDO POR MEIO DA HUMILDADE
•Stott (2002, p.116) e Ayres (2003, p. 28) evidenciam que ao invés de nos considerarmos superiores, nós devemos possuir o sentimento de empatia (ler citações).
•Paulo, ao comentar sobre as dissensões que havia em Corinto afirma que devemos ser servos.
•O perigo da bajulação.
•O importante é o Cristo proclamado e não o homem que o proclama.
52. TESTEMUNHANDO POR MEIO DA HUMILDADE
•Stott (2002, p. 119), com base em Hb 13.17 e 2 Tm 2.24-25, afirma que a pessoa humilde tende a ser perseverante, nunca desanima ou entrega os pontos.
•Imparcialidade da Bíblia: exemplo de Elias (indispensável?): “Tenho sido zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.”
53. TESTEMUNHANDO POR MEIO DA HUMILDADE
•Muitos educadores imaginam que podem ditar as regras de como Deus deve agir.
•Não importa se seu trabalho é de grande ou pequena escala.
•Deus nos convida a andar com ele nas avenidas principais de uma grande cidade como em uma estrada deserta como fez com Filipe na estrada de Gaza.
•Educador - Humildade para ensinar a Palavra de Deus, como para aplicá-la à sua vida.
54. Aplicação prática:
•Você tem espelhado no exemplo de João Batista que não se preocupou com o crescimento de Jesus?
•Qual a motivação de seu trabalho para o Reino de Deus?
•Você se sente exclusivo? “Digno de toda atenção?”
•Que a humildade seja o árbitro para seu comportamento!
TESTEMUNHANDO POR MEIO DA HUMILDADE
56. CONSIDERAÇÕES FINAIS
•A educação cristã pode, em muito, contribuir para a transformação das pessoas e da sociedade em que vivemos.
•Os educadores precisam ousar, repensar e rever sua formação, buscando se aprimorar no conhecimento teórico e prático.
•Para isso, a elaboração de objetivos com aplicação prática, tanto para o educador (objetivo próprio) como para o educando, deve ser priorizada.
57. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Meu desejo é que possamos verdadeiramente viver o que ensinamos e que os/as participantes da EBD sejam transformados(as) a cada dia, de glória em glória, e influenciem o meio em que vivem.
O autor
59. AYRES, Antonio Tadeu. Como tornar o ensino eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. BELLO, Rui de Ayres. Filosofia da Educação. São Paulo: Editora do Brasil S/A, 1965. BERBEL, Neusi A. Naves. Questões de Ensino na Universidade: conversas com quem gosta de aprender para ensinar. 2ª Ed. Londrina: UEL, 1998. CARVALHO, Irene Mello. O processo didático. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1987. CURY, Augusto. O mestre inesquecível. São Paulo: Academia de Inteligência, 2003. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
60. HENDRICKS, Howard. Aprenda a mentorar. Belo Horizonte: Betânia, 1999.
HENRY, Mathew. Comentário bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
JONES, Laurie Beth. Jesus Coach. São Paulo: Mundo Cristão, 2005.
LIBANEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LOCKYER, Herbert. Todas as parábolas da Bíblia. São Paulo: Vida, 2001
PRICE, J. M. A pedagogia de Jesus: o mestre por excelência. Rio de Janeiro, JUERP, 1988.
61. ROGERS, Carl. Liberdade para Aprender. Belo Horizonte: Editora Interlivros, 1977.
STOTT, John. O perfil do pregador. São Paulo: Sepal, 2002.
Contato com o autor:
Natalino das Neves
Fones: 3076 3589 ou 8409-8094.
E-mail: natalino6612@gmail.com ou natalinoneves@yahoo.com.br