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Traumatismo cranioencefálico
        em pediatria
                    Adriana Azevedo
      Membro do Comitê de Reumatologia Pediátrica da SOPERJ
    Reumatopediatra do Hospital Federal dos Servidores do Estado
  Pediatra e Reumatologista pediátrica Corpo de Bombeiros Militar RJ
         Professora de Pediatria da Faculdade Souza Marques
                  Pediatra Hospital Municipal Jesus
TCE
GSE= causa morte em 25% dos pacientes
traumatizados.
TODOS os pacientes com trauma de
crânio ou face têm lesão medular até que
se prove o contrário.
MORBIDADE significativamente longa.
TCE
Lesões primárias X secundárias
 Primárias = ocorrem no momento do
 trauma e não podem ser evitadas

  Secundárias = PODEM ser evitadas
                 Se devem à hipóxia,
diminuição de perfusão do tecido lesado.
  => Proteger VAS, dar O2 e manter PA
Exame Primário/Inicial
do TCE= politraumatizado
AVDI- Avaliação inicial do nível de
 consciência (perfusão cerebral)
Avaliação secundária
CAB
D (disability) = ECG
E (exposure)
Pesquisa de sinais neurológicos focais (reflexos
pupilares, superficiais e profundos, pares
cranianos)
Oto e rinoscopia
FO = pesquisa de hemorragias retinianas =
maus tratos ou HIC grave
Escala de coma de Glasgow




              Escala modificada para crianças até
              2 anos
           5- palavras apropriadas, sorriso, fixa e acompanha
           4-choro consolável com pais
           3-persistentemente irritado
           2-agitado
           1-nenhuma
Escala de Coma de Glasgow
      não é perfeita...
Sinais de fratura de
   base de crânio
     Sinal de Battle
                       hemotímpano e
                      otorréia liquórica
               (VII e VIII nn cranianos)
PUPILAS
*anisocoria= compressão III par craniano=
         herniação uncal ipsilateral
  * Isocoria e puntiformes= lesão pontina
     * midríase e não reação à luz= lesão
               mesencefálica
 *nistagmo= lesão cerebelar ou vestibular
  *desvio conjugado olhar= lesão cortical,
  disfç nervos oculomotores ou atividade
                  convulsiva
   *S. Horner= (miose, ptose e anidrose
 unilat)= lesão hipotalâmica ou herniação
                transtentorial.
Classificação do TCE
LEVE = Glasgow 14-15
Moderado = 9 a 13
Grave = 3 a 8 => intubação!!!!
Classificação do TCE em crianças

  LEVE do grupo 1= Responder aos “ 6 SEM”
1-SEM perda consciência (mesmo que breve< 1 min)?
2-SEM convulsão?
3-SEM amnésia?
4-SEM letargia progressiva?
5-SEM cefaléia?
6-SEM vômitos?


  LEVE do grupo 2 (quando 1 das respostas acima positiva)
  MODERADO A GRAVE = 20% (isoladamente 1 ou 2=
  GRAVE) ou < 2 anos ou ex neurológico alterado
TCE do grupo 3 (Moderado a grave)
   SE 1 das perguntas abaixo for Positiva

Idade < 2 anos?
Politrauma?
Trauma não testemunhado?
Perda consciência prolongada> 1 min
Mais do que 1 episódio convulsivo
Suspeita maus tratos?
Dç neurológica prévia?
Dç hemorrágica prévia?
Lesão SUSPEITA ou CONFIRMADA de col cervical
Ex Físico anormal
CONDUTA
Exame Primário
Anamnese
EX Físico secundário (REAVALIAR REAVALIAR)
CAB DE
Pesquisa de sinais neurológicos focais, oto, rinoscopia e FO


SUSPEITA DE LESÃO COLUNA CERVICAL
Dor na linha média em reg cervical posterior?
Deficits neurológicos focais? Consciência anormal?
Intoxicação exógena?
Dor em outros lugares que possam mascarar a percepção da dor
cervical?
SE todas estas perguntas negativas (99% sensibilidade)= chance de
lesão muito baixa
Cinemática do trauma medular
TRAUMA PEDIÁTRICO
TRAUMA CRANIANO SEVERO x OBSTRUÇÃO VIAS
     AÉREAS OU PARADA RESPIRTÓRIA

                                     Transsecção da
  Contusão                           medula cervical,
  medular ou                         com conseqüente
  cerebral                           parada
                                     respiratória
Fechamento de vias aéreas
superiores devido a obstrução por
tecidos moles, língua e epiglote,
fato que ocorre quando da perda de
consciência
TRAUMA PEDIÁTRICO




Combinação de manobras : elevação da
  mandíbula, junto a de estabilização
  cervical
                                          Manobra contra-
A cabeça e o pescoço devem ser
   firmemente colocados em posição      indicada em trauma
   neutra para que seja prevenida a
   movimentação cervical
TRAUMA PEDIÁTRICO
        Imobilização com Colar
   COLAR DE EXTRICAÇÃO SEMIRÍGIDO
                (colocação perfeita)

           excessivamente largo
•pode não evitar uma flexão ou hiperextensão de
pescoço ou se for
                    pequeno
• não promove uma imobilização cervical
• pode atrapalhar as manobras iniciais de
estabilização da criança com múltiplas injúrias
TRAUMA PEDIÁTRICO
       Imobilização em Tábua Longa
           A fixação deve ocorrer da
          fronte/tábua, colar/tábua e
        tronco/tábua, não esquecendo
               dos apoios laterais

             problema na fixação
         de criança pequena ter um
        grande occipito - tendência a
          flexão do pescoço, quando
        colocado na tábua totalmente
                    plana
Estabilizador lateral de cabeça


                 Deve ser leve para
                permitir a lateralização da
                prancha do paciente se
                necessário.
                 Evitar ao máximo
                imobilizações
                improvisadas.
ESTABILIZAÇÃO

C - Circulatório
A - Vias Aéreas            6H
B - Respiração        •HIPOTERMIA
                      •HIPOXEMIA
D – Disability -SNC   •HIPERCAPNIA
E - Exposição         •HIPOVOLEMIA
                      •HIPOTENSÃO
                      •HIPOGLICEMIA
Conduta no TCE leve grupo 1
American academy of pediatrics. Minimal head trauma in children revisited: Is routine hospitalization
                                   required? Pediatrics 1998


   Risco de lesões
   intracranianas é
   desprezível (< 1/5mil)                                Orientação aos pais...
   Eventual retardo nas cd
                                                         Retorno à EP SE NAS 72H A
   neurocirúrgicas sem
                                                         CRIANÇA APRESENTAR:
   influência na morbi-                                  QUALQUER COMPORTAMENTO
   mortalidade neste grupo.                              ESTRANHO
   Apenas observação                                     DESORIENTAÇÃO
   clínica e cuidados                                    INCAPACIDADE DE ACORDAR
                                                         A CRIANÇA
   superficiais (gelo,                                   SONOLÊNCIA INCOMUM
   curativo)                                             VÔMITOS (> 2X)
   OBSERVAÇÃO 24h                                        CONVULSÕES
Por que não é necessário RX de Crânio?
                            QUANDO RADIOGRAFAR?
BAIXA ACURÁCIA....
   Valor muito limitado       Ferimento penetrante no
   BAIXA SENSIBILIDADE        encéfalo?
      Pode haver lesão        Afundamento de crânio?
    encefálica com RX n       Fratura composta?
   BAIXO VALOR                Craniotomia prévia?
   PREDITIVO POSITIVO         < 2 anos com hematoma
      RX com fraturas não     subcutâneo volumoso?
significa necessariamente     Suspeita de maus-tratos
lesão encefálica
Quando TOMOGRAFAR?
                             TCE MODERADO A GRAVE
TCE LEVE do Grupo 2

  Risco de lesão               SEMPRE TC cerebral e
  intracraniana =7%            de coluna cervical (pode
  Necessidade de               haver lesão na medula
  intervensão                  cervical sem fraturas)
  neurocirúrgica= 2 a 5%       RM= bastante sensível,
  Não sendo possível TC=       mas muito demorada
  observação clínica por       para ser realizada
  72h
  TC normal= alta e obs no
  lar.
TCE MODERADO A GRAVE
80% TCE leves

5% morrem no local do trauma
apesar do APH (Pré-hospitalar)
Qualidade do APH e do atendimento na emergência = >
previne lesões secundárias = Prognóstico
Diferenças anatômicas de acordo com idade e tipo
              de lesões associadas
  Lactentes
  Lesões por mecanismo de aceleração-desaceleração com
  CISALHAMENTO (deslocamento de um plano sobre o outro) de vasos e
  neurônios = Hemorragias e lesão axonal difusa (cabeça> corpo; mais água
  no encéfalo e mielinização incompleta)
  Pela calota craniana ser mais complacente = mais deformidades e fraturas
  e lesões intracranianas ocultas e diretas no encéfalo (Lesões por golpe)
  Sangramentos de couro cabeludo e subgaleais = facilita choque
  hemorrágico
  Fontanelas e suturas cranianas ainda abertas= maior tolerância aos
  aumentos de PIC



  Lesões por contra-golpe em escolares e adolescentes
  (projeção do encéfalo contra protuberâncias ósseas do lado oposto ao impacto)
Lesões primárias no crânio
DIRETAS (impacto contra uma superfície)
Sangramento couro cabeludo
Hematoma subgaleal
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Hematoma epidural
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POR MECANISMO DE INÉRCIA (movimento violento
contra crânio)
Hematoma subdural
Hemorragia subaracnóide
Concussão
Lesão axonal difusa
FSC- fluxo sanguíneo cerebral
PPC = PAM-PIC
Redução FSC nas 1as 6h pós-trauma:
Adequação metabólica pelo < consumo de O2
Desacoplamento (extração celular aumentada por ISQUEMIA)
Hipocapnia empírica
agrava mais isquemia
Emprego com adequada monitorização da hemodinâmica e metabolismo
cerebral.

Após 6h = swelling FSC excessivo à demanda
metabólica = > PIC = hipocapnia otimizada =
medir PIC : RN (até 5), crianças (6-15), adolescentes e adultos
(<15)
Trauma grave:
             obrigados CTI e TC

   Sinais neurológicos focais
   Fraturas com afundamento
1/3 laceração dural e ¼ laceração cortical
   Fraturas abertas
   Lesões penetrantes
   Glasgow < ou = 10 OU redução de 2 pontos não devida
   a convulsões,drogas, alt PIC ou distúrbios metabólicas
TCE Grave – Intubação
                 risco de broncoaspiração (vômitos)
Obstrução respiratória e risco de hipoventilação (queda língua, flacidez
                        musculatura orofaringe)

   Qualquer incapacidade
de ventilar bolsa-máscara
   Hipóxia e/ou hipoventilação
   Necessidade ventilação prolongada
   Choque resistente à ressuscitação
volumétrica
   Glasgow < ou = 9
   Via orotraqueal pq naso mais sangra/       e > PIC
NUNCA NASOTRAQ se fratura base cranio suspeita.
SEMPRE sob sedação X HIC
HIPERVENTILAR se clínica de herniação ou HIC (tardia: HAS,
Bradicardia e bradipnéia)
Padrão respiratório:
Apnéia secundária à paralisia
diafragma(sugere lesão medular alta)
Cheyne-Stokes= lesão de hemisférios
cerebrais
Lesão apnêustica (pausas expiratórias
prolongadas) sugere lesão pontina
Exame clínico- Pupilas e gravidade do
         dano neurológico
Herniação transtentorial= Anisocoria com
dilatação ipsilateral ao trauma sem reação à luz

Midríase bilateral não reagente à luz =
compressão bilateral de 3º par = hipoxia-
isquemia de todo encéfalo.
Monitorização
  Sistêmica = oximetria de pulso, PA não
  invasiva,Pressão venosa central (PVC),
  tax, diurese, glasgow
IDEAL= capnografia e PA invasiva
  Metabólica=> gaso, eletrólitosséricos,
  osmolaridade sérica e densidade urinária
  Cerebral=>PIC, PPC,oximetria de bulbo
  da jugular, extração cerebral de O2 e EEG
  contínuo
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
 Expansão volumétrica (20ml/kg de SF- várias etapas)
 Sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular
 10% convulsionará= diazepan e hidantalização
 Cabeceira 30 graus
 Hiperventilação, controle de temperatura
 Manitol e furosemida X HIC
 Aumentar a PAM: normovolemia, dopa 5 a 15 mcg/kg/min (ppal/ se
 barbitúricos) e vasoconstritores NORA (0.05 a 1mcg/kg/min) e fenilefrina
 (0,1 a 0,5)
 Craniotomia descompressiva, drenagem LCR e descartar efeitos de massa
 Metilprednisilona e dexametasona (s/ evidências para baixar PIC)
 Dexanabiol –diminui efeito neuroexcitotóxico do glutamato e faz ef
 antihipotensor nas 1as 6h.
 Terapia de Lund= reduzir pressão microvasculatura cerebral
 Antibioticoterapia profilática?
 Suporte nutricional enteral no fim 1ª semana.
PROGNÓSTICO
Melhor que adultos:
morrem 6 a 35% das crianças com ECG 3-5.
Se igual a 3 morrem 50 a 60%


90% precisarão de reabilitação pós-alta
Glasgow entre 6 e 8 = maioria recupera
consciência em 3 semanas, mas 1/3 fica com
deficits neurológico e aprendizado ppalmente se
coma > 3 semanas.
Alt comportamentais (Sínd pós-traumática e
cefaléia pós traumátática).
Legislação
Portaria n.º 2048/GM
Ambulância tipo C – Ambulância de Resgate: veículo de atendimento de
urgências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou pacientes
em locais de difícil acesso, com equipamentos de salvamento (terrestre,
aquático e em alturas).
Legislação
Portaria n.º 2048/GM
Ambulância tipo D – Ambulância de Suporte Avançado: veículo destinado
ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-
hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que necessitam de cuidados
médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos médicos necessários
para esta função.
Legislação
Portaria n.º 2048/GM
Ambulância tipo E – Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa
fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-hospitalar de pacientes e
aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos
médicos homologados pelo Departamento de Aviação Civil - DAC.
Transporte do paciente gravemente
             enfermo
Legislação
Portaria n.º 2048/GM
Ambulância tipo F – Embarcação de Transporte Médico: veículo
motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via marítima ou
fluvial. Deve possuir os equipamentos médicos necessários ao
atendimento de pacientes conforme sua gravidade.
Legislação

Ambulâncias não são imunes a acidentes.
Obrigada!!!!!
drica.azevedo@globo.com

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  • 1. Traumatismo cranioencefálico em pediatria Adriana Azevedo Membro do Comitê de Reumatologia Pediátrica da SOPERJ Reumatopediatra do Hospital Federal dos Servidores do Estado Pediatra e Reumatologista pediátrica Corpo de Bombeiros Militar RJ Professora de Pediatria da Faculdade Souza Marques Pediatra Hospital Municipal Jesus
  • 2. TCE GSE= causa morte em 25% dos pacientes traumatizados. TODOS os pacientes com trauma de crânio ou face têm lesão medular até que se prove o contrário. MORBIDADE significativamente longa.
  • 3.
  • 4. TCE Lesões primárias X secundárias Primárias = ocorrem no momento do trauma e não podem ser evitadas Secundárias = PODEM ser evitadas Se devem à hipóxia, diminuição de perfusão do tecido lesado. => Proteger VAS, dar O2 e manter PA
  • 6.
  • 7.
  • 8. AVDI- Avaliação inicial do nível de consciência (perfusão cerebral)
  • 9. Avaliação secundária CAB D (disability) = ECG E (exposure) Pesquisa de sinais neurológicos focais (reflexos pupilares, superficiais e profundos, pares cranianos) Oto e rinoscopia FO = pesquisa de hemorragias retinianas = maus tratos ou HIC grave
  • 10. Escala de coma de Glasgow Escala modificada para crianças até 2 anos 5- palavras apropriadas, sorriso, fixa e acompanha 4-choro consolável com pais 3-persistentemente irritado 2-agitado 1-nenhuma
  • 11. Escala de Coma de Glasgow não é perfeita...
  • 12. Sinais de fratura de base de crânio Sinal de Battle hemotímpano e otorréia liquórica (VII e VIII nn cranianos)
  • 13. PUPILAS *anisocoria= compressão III par craniano= herniação uncal ipsilateral * Isocoria e puntiformes= lesão pontina * midríase e não reação à luz= lesão mesencefálica *nistagmo= lesão cerebelar ou vestibular *desvio conjugado olhar= lesão cortical, disfç nervos oculomotores ou atividade convulsiva *S. Horner= (miose, ptose e anidrose unilat)= lesão hipotalâmica ou herniação transtentorial.
  • 14. Classificação do TCE LEVE = Glasgow 14-15 Moderado = 9 a 13 Grave = 3 a 8 => intubação!!!!
  • 15. Classificação do TCE em crianças LEVE do grupo 1= Responder aos “ 6 SEM” 1-SEM perda consciência (mesmo que breve< 1 min)? 2-SEM convulsão? 3-SEM amnésia? 4-SEM letargia progressiva? 5-SEM cefaléia? 6-SEM vômitos? LEVE do grupo 2 (quando 1 das respostas acima positiva) MODERADO A GRAVE = 20% (isoladamente 1 ou 2= GRAVE) ou < 2 anos ou ex neurológico alterado
  • 16. TCE do grupo 3 (Moderado a grave) SE 1 das perguntas abaixo for Positiva Idade < 2 anos? Politrauma? Trauma não testemunhado? Perda consciência prolongada> 1 min Mais do que 1 episódio convulsivo Suspeita maus tratos? Dç neurológica prévia? Dç hemorrágica prévia? Lesão SUSPEITA ou CONFIRMADA de col cervical Ex Físico anormal
  • 17. CONDUTA Exame Primário Anamnese EX Físico secundário (REAVALIAR REAVALIAR) CAB DE Pesquisa de sinais neurológicos focais, oto, rinoscopia e FO SUSPEITA DE LESÃO COLUNA CERVICAL Dor na linha média em reg cervical posterior? Deficits neurológicos focais? Consciência anormal? Intoxicação exógena? Dor em outros lugares que possam mascarar a percepção da dor cervical? SE todas estas perguntas negativas (99% sensibilidade)= chance de lesão muito baixa
  • 19. TRAUMA PEDIÁTRICO TRAUMA CRANIANO SEVERO x OBSTRUÇÃO VIAS AÉREAS OU PARADA RESPIRTÓRIA Transsecção da Contusão medula cervical, medular ou com conseqüente cerebral parada respiratória Fechamento de vias aéreas superiores devido a obstrução por tecidos moles, língua e epiglote, fato que ocorre quando da perda de consciência
  • 20. TRAUMA PEDIÁTRICO Combinação de manobras : elevação da mandíbula, junto a de estabilização cervical Manobra contra- A cabeça e o pescoço devem ser firmemente colocados em posição indicada em trauma neutra para que seja prevenida a movimentação cervical
  • 21. TRAUMA PEDIÁTRICO Imobilização com Colar COLAR DE EXTRICAÇÃO SEMIRÍGIDO (colocação perfeita) excessivamente largo •pode não evitar uma flexão ou hiperextensão de pescoço ou se for pequeno • não promove uma imobilização cervical • pode atrapalhar as manobras iniciais de estabilização da criança com múltiplas injúrias
  • 22. TRAUMA PEDIÁTRICO Imobilização em Tábua Longa A fixação deve ocorrer da fronte/tábua, colar/tábua e tronco/tábua, não esquecendo dos apoios laterais problema na fixação de criança pequena ter um grande occipito - tendência a flexão do pescoço, quando colocado na tábua totalmente plana
  • 23. Estabilizador lateral de cabeça Deve ser leve para permitir a lateralização da prancha do paciente se necessário. Evitar ao máximo imobilizações improvisadas.
  • 24. ESTABILIZAÇÃO C - Circulatório A - Vias Aéreas 6H B - Respiração •HIPOTERMIA •HIPOXEMIA D – Disability -SNC •HIPERCAPNIA E - Exposição •HIPOVOLEMIA •HIPOTENSÃO •HIPOGLICEMIA
  • 25. Conduta no TCE leve grupo 1 American academy of pediatrics. Minimal head trauma in children revisited: Is routine hospitalization required? Pediatrics 1998 Risco de lesões intracranianas é desprezível (< 1/5mil) Orientação aos pais... Eventual retardo nas cd Retorno à EP SE NAS 72H A neurocirúrgicas sem CRIANÇA APRESENTAR: influência na morbi- QUALQUER COMPORTAMENTO mortalidade neste grupo. ESTRANHO Apenas observação DESORIENTAÇÃO clínica e cuidados INCAPACIDADE DE ACORDAR A CRIANÇA superficiais (gelo, SONOLÊNCIA INCOMUM curativo) VÔMITOS (> 2X) OBSERVAÇÃO 24h CONVULSÕES
  • 26. Por que não é necessário RX de Crânio? QUANDO RADIOGRAFAR? BAIXA ACURÁCIA.... Valor muito limitado Ferimento penetrante no BAIXA SENSIBILIDADE encéfalo? Pode haver lesão Afundamento de crânio? encefálica com RX n Fratura composta? BAIXO VALOR Craniotomia prévia? PREDITIVO POSITIVO < 2 anos com hematoma RX com fraturas não subcutâneo volumoso? significa necessariamente Suspeita de maus-tratos lesão encefálica
  • 27. Quando TOMOGRAFAR? TCE MODERADO A GRAVE TCE LEVE do Grupo 2 Risco de lesão SEMPRE TC cerebral e intracraniana =7% de coluna cervical (pode Necessidade de haver lesão na medula intervensão cervical sem fraturas) neurocirúrgica= 2 a 5% RM= bastante sensível, Não sendo possível TC= mas muito demorada observação clínica por para ser realizada 72h TC normal= alta e obs no lar.
  • 28. TCE MODERADO A GRAVE 80% TCE leves 5% morrem no local do trauma apesar do APH (Pré-hospitalar) Qualidade do APH e do atendimento na emergência = > previne lesões secundárias = Prognóstico
  • 29. Diferenças anatômicas de acordo com idade e tipo de lesões associadas Lactentes Lesões por mecanismo de aceleração-desaceleração com CISALHAMENTO (deslocamento de um plano sobre o outro) de vasos e neurônios = Hemorragias e lesão axonal difusa (cabeça> corpo; mais água no encéfalo e mielinização incompleta) Pela calota craniana ser mais complacente = mais deformidades e fraturas e lesões intracranianas ocultas e diretas no encéfalo (Lesões por golpe) Sangramentos de couro cabeludo e subgaleais = facilita choque hemorrágico Fontanelas e suturas cranianas ainda abertas= maior tolerância aos aumentos de PIC Lesões por contra-golpe em escolares e adolescentes (projeção do encéfalo contra protuberâncias ósseas do lado oposto ao impacto)
  • 30. Lesões primárias no crânio DIRETAS (impacto contra uma superfície) Sangramento couro cabeludo Hematoma subgaleal Fraturas (fechadas, abertas e com afundamento) Hematoma epidural Contusões e lacerações cerebrais POR MECANISMO DE INÉRCIA (movimento violento contra crânio) Hematoma subdural Hemorragia subaracnóide Concussão Lesão axonal difusa
  • 31. FSC- fluxo sanguíneo cerebral PPC = PAM-PIC Redução FSC nas 1as 6h pós-trauma: Adequação metabólica pelo < consumo de O2 Desacoplamento (extração celular aumentada por ISQUEMIA) Hipocapnia empírica agrava mais isquemia Emprego com adequada monitorização da hemodinâmica e metabolismo cerebral. Após 6h = swelling FSC excessivo à demanda metabólica = > PIC = hipocapnia otimizada = medir PIC : RN (até 5), crianças (6-15), adolescentes e adultos (<15)
  • 32. Trauma grave: obrigados CTI e TC Sinais neurológicos focais Fraturas com afundamento 1/3 laceração dural e ¼ laceração cortical Fraturas abertas Lesões penetrantes Glasgow < ou = 10 OU redução de 2 pontos não devida a convulsões,drogas, alt PIC ou distúrbios metabólicas
  • 33. TCE Grave – Intubação risco de broncoaspiração (vômitos) Obstrução respiratória e risco de hipoventilação (queda língua, flacidez musculatura orofaringe) Qualquer incapacidade de ventilar bolsa-máscara Hipóxia e/ou hipoventilação Necessidade ventilação prolongada Choque resistente à ressuscitação volumétrica Glasgow < ou = 9 Via orotraqueal pq naso mais sangra/ e > PIC NUNCA NASOTRAQ se fratura base cranio suspeita. SEMPRE sob sedação X HIC HIPERVENTILAR se clínica de herniação ou HIC (tardia: HAS, Bradicardia e bradipnéia)
  • 34. Padrão respiratório: Apnéia secundária à paralisia diafragma(sugere lesão medular alta) Cheyne-Stokes= lesão de hemisférios cerebrais Lesão apnêustica (pausas expiratórias prolongadas) sugere lesão pontina
  • 35. Exame clínico- Pupilas e gravidade do dano neurológico Herniação transtentorial= Anisocoria com dilatação ipsilateral ao trauma sem reação à luz Midríase bilateral não reagente à luz = compressão bilateral de 3º par = hipoxia- isquemia de todo encéfalo.
  • 36. Monitorização Sistêmica = oximetria de pulso, PA não invasiva,Pressão venosa central (PVC), tax, diurese, glasgow IDEAL= capnografia e PA invasiva Metabólica=> gaso, eletrólitosséricos, osmolaridade sérica e densidade urinária Cerebral=>PIC, PPC,oximetria de bulbo da jugular, extração cerebral de O2 e EEG contínuo
  • 37. OBJETIVOS DO TRATAMENTO Expansão volumétrica (20ml/kg de SF- várias etapas) Sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular 10% convulsionará= diazepan e hidantalização Cabeceira 30 graus Hiperventilação, controle de temperatura Manitol e furosemida X HIC Aumentar a PAM: normovolemia, dopa 5 a 15 mcg/kg/min (ppal/ se barbitúricos) e vasoconstritores NORA (0.05 a 1mcg/kg/min) e fenilefrina (0,1 a 0,5) Craniotomia descompressiva, drenagem LCR e descartar efeitos de massa Metilprednisilona e dexametasona (s/ evidências para baixar PIC) Dexanabiol –diminui efeito neuroexcitotóxico do glutamato e faz ef antihipotensor nas 1as 6h. Terapia de Lund= reduzir pressão microvasculatura cerebral Antibioticoterapia profilática? Suporte nutricional enteral no fim 1ª semana.
  • 38. PROGNÓSTICO Melhor que adultos: morrem 6 a 35% das crianças com ECG 3-5. Se igual a 3 morrem 50 a 60% 90% precisarão de reabilitação pós-alta Glasgow entre 6 e 8 = maioria recupera consciência em 3 semanas, mas 1/3 fica com deficits neurológico e aprendizado ppalmente se coma > 3 semanas. Alt comportamentais (Sínd pós-traumática e cefaléia pós traumátática).
  • 39. Legislação Portaria n.º 2048/GM Ambulância tipo C – Ambulância de Resgate: veículo de atendimento de urgências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e em alturas).
  • 40. Legislação Portaria n.º 2048/GM Ambulância tipo D – Ambulância de Suporte Avançado: veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergências pré- hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos médicos necessários para esta função.
  • 41. Legislação Portaria n.º 2048/GM Ambulância tipo E – Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pelo Departamento de Aviação Civil - DAC.
  • 42. Transporte do paciente gravemente enfermo
  • 43. Legislação Portaria n.º 2048/GM Ambulância tipo F – Embarcação de Transporte Médico: veículo motorizado aquaviário, destinado ao transporte por via marítima ou fluvial. Deve possuir os equipamentos médicos necessários ao atendimento de pacientes conforme sua gravidade.
  • 44. Legislação Ambulâncias não são imunes a acidentes.