1. O documento discute os principais grupos político-religiosos da época de Jesus, como os saduceus, fariseus, essênios, zelotes e herodianos.
2. Analisa como Jesus conviveu com esses grupos, apontando seus erros, mas respeitando suas crenças.
3. Explica que embora tenha vivido em um contexto de pluralismo religioso, Jesus afirmou sua exclusividade como o Filho de Deus e único caminho para Deus.
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Lição 3 ebd jesus e os grupos político religiosos de sua época
1. JESUS E OS GRUPOS
POLÍTICO-RELIGIOSOS DE
SUA ÉPOCA
2º Trimestre de 2015
Lição 3
Profa. Nayara Damasceno
2. TEXTO DO DIA
2
“Mas ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas! Pois que
fechais aos homens o Reino
dos céus; e nem vós entrais,
nem deixais entrar aos que
estão entrando” (Mt 23.13).
4. OBJETIVOS
4
APRESENTAR os grupos
político-religiosos da época de
Jesus;
COMPREENDER a postura de
Jesus frente a tais grupos;
MOSTRAR como o cristão deve
se comportar diante da diversidade
religiosa contemporânea.
5. INTERAÇÃO
O homem é, essencialmente,
um ser religioso. Jesus também
viveu dentro de um contexto
social de diversidade religiosa,
e com Ele aprendemos como
nos posicionar frente às seitas
religiosas, com respeito, mas
defendendo a verdade do
Evangelho. 5
7. INTRODUÇÃO
7
No contexto do Novo Testamento, a
nação judaica não era homogênea. Ao
contrário disso, ela estava dividida em
vários grupos e partidos com
doutrinas, ideologias e tradições
distintas, movidos ora por motivações
políticas, ora religiosas.
Nesse sentido, saduceus, fariseus,
essênios, zelotes e herodianos
formavam os principais partidos
políticos e seitas religiosas daquela
época
8. INTRODUÇÃO
8
Nesta lição, veremos as
características desses grupos, e
como Jesus, com sua sabedoria e
coragem, conviveu e reagiu a eles,
nos deixando o exemplo de como
viver dentro de um ambiente de
pluralismo religioso como o
presenciado nos dias atuais, com
respeito e defesa da verdade.
9. I. SADUCEUS E FARISEUS
9
Profa.NayaraDamasceno
1. Saduceus.
2. Fariseus.
10. 10
1. Saduceus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
Apesar da pequena quantidade,
os saduceus representavam a
aristocracia dominante do
judaísmo nos tempos do Novo
Testamento.
O nome desse grupo, segundo
Merrill Tenney, originou-se
provavelmente de Zadoque, o pai
da linhagem de sumo sacerdotes
durante o reinado de Salomão
(1Rs 1.32,34,38,45).
11. 11
1. Saduceus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
Eles formavam o escalão
superior dos sacerdotes e
parte do Sinédrio, exercendo,
por isso, grande influência
política.
Ao contrário dos fariseus, que
reconheciam a importância da
tradição oral, os saduceus
aceitavam somente a Lei
escrita (Torá).
12. 12
1. Saduceus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
Por influência do helenismo
e da cultura pagã, era uma
religião materialista e
secularizada, que negava a
existência do mundo espiritual
(At 23.8) e não cria na
ressurreição dos mortos
(Mc 12.18) nem na vida
futura.
13. 13
1. Saduceus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
A vida para eles, portanto,
se resumia ao aqui e agora,
sobre a qual Deus não tinha
nenhuma interferência.
Quanto a esse grupo, Jesus
disse aos seus discípulos para
tomarem cuidado com o seu
“fermento” (Mt 16.6), símbolo
do mal e da corrupção.
14. 14
1. Saduceus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
Em sua maioria, eram sacerdotes e ricos aristocratas.
É provável que tenham surgido no período macabeu.
1. Não reconheciam a autoridade da tradição oral.
2. Negavam a existência do mundo espiritual.
3. Não criam na ressurreição dos mortos nem na
vida futura.
4. Aceitavam como canônicos apenas os livros de
Moisés.
15. 15
1. Saduceus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
5. Interpretavam a Lei de maneira literal.
6. Eram simpáticos à cultura helenista.
7. Contavam com pouco apoio popular.
8. Eram renhidos adversários dos fariseus
(Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD,
16. 16
2. Fariseus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
Em maior número que os saduceus, os
fariseus (hb. parash: “separar”)
representavam o núcleo mais rígido do
judaísmo, formado basicamente por
pessoas da classe média e com grande
influência entre o povo (Jo 12.42,43).
Eram meticulosos quanto ao
cumprimento da Lei mosaica e, por isso, a
maioria dos escribas (Mt 15.1; 23.2)
pertencia a esse grupo.
17. 17
2. Fariseus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
Enfatizavam mais a tradição oral
do que a literalidade da lei.
Além de dar grande valor às
tradições religiosas, como a
lavagem das mãos antes das
refeições (Mc 7.3) e ao
recolhimento do dízimo (Mt
23.23), os fariseus jejuavam
regularmente (Mt 9.14) e
enfatizavam a observância do
sábado (Mt 12.1-8).
18. 18
2. Fariseus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
Entretanto, eram avarentos
(Lc 16.14) e, em suas
orações, gostavam de se
vangloriar de seus atributos
morais (Lc 18.11,12).
19. 19
2. Fariseus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
Em razão do seu legalismo,
Jesus os repreendeu de forma
corajosa (cf. Mt 23), chamando-
os de amantes dos primeiros
lugares, hipócritas e condutores
cegos, pois a religiosidade deles
estava baseada no exterior, nos
rituais e na justiça própria, em
desprezo à parte mais
importante da Lei: o juízo, a
misericórdia e a fé (v.23).
20. 20
2. Fariseus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
Um dos exemplos era a
invocação da tradição de
Corbã (Mc 7.11) como
subterfúgio para não cuidar
de seus pais na velhice,
dizendo que seus bens
haviam sido consagrados
como oferta a Deus e ao
Templo e, por isso, não
poderiam ser utilizados.
21. 21
2. Fariseus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
Jesus disse que eles haviam invalidado a lei pela tradição
(Mc 7.13).
Eis o motivo pelo qual Jesus declarou aos seus discípulos:
“[...] se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus” (Mt
5.20).
22. 22
2. Fariseus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
A conduta dos fariseus nos faz
lembrar que a verdadeira
santidade não se alcança através
do legalismo e do esforço
pessoal, mas pela fé em Cristo
(Gl 2.16) e através da sua
maravilhosa graça (Hb 4.16).
23. 23
2. Fariseus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
“Sucessores dos hassidim (‘os piedosos’) do século II
a.C., formavam um partido religioso puritano.
1. Seu principal interesse era a observância da Lei de
Moisés.
2. Conferiam igual valor às tradições dos anciãos e às
Escrituras Sagradas.
3. Criam na existência dos anjos e demônios.
4. Criam na vida após a morte.
24. 24
2. Fariseus.
I. SADUCEUS E FARISEUS
5. Davam grande ênfase aos aspectos práticos de seus
ensinamentos, como a oração, o arrependimento e as
obras assistenciais.
6. Embora poucos, em número, sua influência social e
política era considerável.
7. A maioria dos escribas pertencia a este grupo.
8. Sua rigidez e separatismo degenerou-se em mero
legalismo, em arrogância e menosprezo pelos demais.
9. Jesus não criticou a ortodoxia dos seus
ensinamentos, mas a sua falta de amor e orgulho.
29. 29
1. Essênios.
II. ESSÊNIOS, ZELOTES E
HERODIANOS
Embora a Bíblia não mencione
diretamente esse grupo religioso, os
essênios formavam uma pequena seita
judaica na época do Novo Testamento,
que vivia de forma reclusa no deserto da
Judeia, às margens do Mar Morto.
Merrill Tenney diz que no ato da
admissão à seita, todas as pessoas
entregavam suas propriedades a um
fundo que era igualmente disponível a
todos.
30. 30
1. Essênios.
II. ESSÊNIOS, ZELOTES E
HERODIANOS
Banhavam-se antes das
refeições e vestiam-se de branco.
Além disso, consideravam a si
mesmos “os filhos da luz”, e
viviam completamente separados
do judaísmo de Jerusalém, o qual
consideravam apóstata.
31. 31
1. Essênios.
II. ESSÊNIOS, ZELOTES E
HERODIANOS
As práticas místicas dos
essênios destoam dos
ensinamentos de Jesus, que
não impôs nenhum ritual de
purificação, a não ser a
purificação pela Palavra (Jo
13.10; 15.3). Além disso, os
cristãos foram chamados para
ser sal da terra e luz do mundo
(Mt 5.13,14), o que implica
viver e influenciar a sociedade
e a cultura, e não viver em
reclusão.
32. 32
2. Zelotes.
II. ESSÊNIOS, ZELOTES E
HERODIANOS
Os zelotes formavam um grupo
extremista que usava a rebelião e a
violência contra a dominação dos
romanos, pois acreditavam que tal
submissão era uma traição a Deus.
De acordo com o Dicionário
Wycliffe, “alguns sugeriram que o
Senhor Jesus favoreceu os
Zelotes, e escolheu Simão, o
Zelote (Lc 6.15) para expressar
sua aprovação em relação às suas
táticas.
33. 33
2. Zelotes.
II. ESSÊNIOS, ZELOTES E
HERODIANOS
Nada poderia ser tão oposto à
verdade, uma vez que todo
ministério de Jesus era baseado
em meios pacíficos, e Simão
provavelmente experimentou
uma mudança de coração em
relação a toda atividade dos
Zelotes.
34. 34
3. Herodianos.
II. ESSÊNIOS, ZELOTES E
HERODIANOS
Os evangelhos também
mencionam os chamados
herodianos (Mc 3.6; 12.13;
Mt 22.16).
Tinham características
de agremiação partidária,
apoiando a dinastia dos
Herodes, que deviam seu
poder às forças romanas
de ocupação.
35. 35
3. Herodianos.
II. ESSÊNIOS, ZELOTES E
HERODIANOS
Os herodianos se
opunham a Jesus por receio
que Ele pudesse promover
perturbações públicas por
meio de seus ensinamentos
morais.
Eram movidos mais por
interesses políticos do que
religiosos, tanto que não
tinham uma ortodoxia clara.
36. 36
3. Herodianos.
II. ESSÊNIOS, ZELOTES E
HERODIANOS
Ainda hoje, alguns
grupos religiosos são
mais movidos por
interesses políticos do
que pelas convicções
bíblicas.
37. 37
PENSE!
O Evangelho não é uma
causa política. É o poder
de Deus para a
transformação de todo
aquele que crê (Rm 1.16).
38. 38
PONTO
IMPORTANTE!
Os ensinos e o exemplo
de vida de Jesus
evidenciam que Ele não
pertencia a nenhum
grupo político-religioso
de Israel.
39. III. A QUESTÃO DO
PLURALISMO RELIGIOSO
39
1. Jesus e as religiões
do seu tempo.
2. A exclusividade de
Cristo hoje.
40. 40
1. Jesus e as religiões do seu tempo.
III. A QUESTÃO DO
PLURALISMO RELIGIOSO
Como podemos observar,
Jesus viveu dentro de um
contexto de pluralidade
religiosa, com a existência
de diversas teologias e
concepções sobre Deus e
espiritualidade.
Embora respeitasse a crença de cada grupo e tivesse
dialogado com muitos deles (Lc. 7.36), Ele não deixou
de apontar os seus erros e de lhes falar a verdade.
41. 41
1. Jesus e as religiões do seu tempo.
III. A QUESTÃO DO
PLURALISMO RELIGIOSO
Jesus não se apresentou
como mais uma opção
religiosa entre tantas, mas
como o próprio Filho de
Deus (Jo 6.57), afirmando a
sua exclusividade ao dizer:
“Eu sou o caminho, e a
verdade, e a vida. Ninguém
vem ao Pai senão por
mim” (Jo 14.6).
42. 42
2. A exclusividade de Cristo hoje.
III. A QUESTÃO DO
PLURALISMO RELIGIOSO
Nos dias atuais, como
discípulos de Jesus,
devemos respeitar as
demais confissões
religiosas, sem perder
o senso crítico e a
coragem de dizer o
que convém à sã
doutrina (Tt 2.1).
43. 43
2. A exclusividade de Cristo hoje.
III. A QUESTÃO DO
PLURALISMO RELIGIOSO
Precisamos estar preparados
(1Pe 3.15) para confrontar
toda religião que fuja dos
princípios bíblicos, seja por
legalismo, misticismo ou
mundanismo, enfatizando a
superioridade de Cristo, o
autor e consumador da
nossa fé (Hb 12.2), e o
fundamento da verdadeira
espiritualidade.
47. 47
CONCLUSÃO
Vivemos hoje em um contexto de grande
diversidade religiosa, no qual muitos
escolhem suas religiões de forma
descompromissada e baseados em
simples preferência pessoal ou agenda
política.
Ainda assim, os princípios básicos dos
ensinos do Mestre permanecem válidos,
servindo-nos de orientação para a defesa
da verdade e da ortodoxia bíblica, contra
as religiões enganosas, heresias e falsas
doutrinas.
48. 48
HORA DA REVISÃO
1. Quais as características dos saduceus?
Era uma religião materialista e secularizada,
negavam a existência do mundo espiritual (At
23.8) e não criam na ressurreição dos mortos (Mc
12.18) nem na vida futura.
2. Por que Jesus repreendeu os fariseus?
Em razão do legalismo e da hipocrisia.
49. 49
HORA DA REVISÃO
3. Por que os essênios destoavam dos
ensinamentos de Jesus?
Jesus não impôs nenhum ritual de purificação, a não ser
a purificação pela Palavra (Jo 13.10; 15.3). Além disso,
os cristãos foram chamados para ser sal da terra e luz
do mundo (Mt 5.14), o que implica viver e influenciar a
sociedade e a cultura, e não viver em reclusão.
4. Por que os herodianos se opunham à liderança de
Jesus?
Por receio de que Ele pudesse promover perturbações
públicas por meio de seus ensinamentos morais,
alterando o status quo daquela época.
50. 50
HORA DA REVISÃO
5. Hoje, como os cristãos devem se portar diante da
diversidade religiosa?
Nos dias atuais, como discípulos de Jesus devemos
respeitar as demais confissões religiosas, sem perder o
senso crítico e a coragem de dizer o que convém à sã
doutrina (Tt 2.1).