Este relatório descreve as atividades de alfabetização e letramento realizadas com alunos do 1o ano do Ensino Fundamental, com foco em desenvolver habilidades socioemocionais e o aprendizado de forma lúdica e coletiva. Atividades como jogos didáticos, produção de textos e passeios ao ar livre visam ensinar as crianças a ler, escrever, desenvolver raciocínio matemático e aprender sobre o meio ambiente e convivência social de forma prazerosa.
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
Alfabetização e letramento
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA – EaD
Relatório de Estágio
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
ROSINARA MARTINS AZEREDO
Encruzilhada do Sul, 2013.
2. Rosinara Martins Azeredo
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Supervisor do Estágio CLPD: Lilian Lorenzato
Supervisor do Estágio Escola: Fátima Elaine Prestes
Encruzilhada do Sul, 2013.
Relatório de Prática Docente I apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia- UFPel/UAB, como requisito à conclusão do Estágio Supervisionado de Séries Iniciais.
3. Equipe docente responsável:
Professores a distância: Raquel Souza de Oliveira
Professores presenciais: Edeni Aparecida Leal e Fernanda da Silva Rosa
Professor Formador: Marcia Berenice Pereira
4. RESUMO
Este relatório/artigo tem como objetivo mostrar a importância da alfabetização e letramento nos três primeiros anos do Ensino Fundamental de Nove Anos, na Escola Estadual de Ensino Fundamental Dr. Mariano da Rocha, no turno da manhã (1º ano), formado por alunos com suas heterogeneidades e familiaridades com o intuito de compartilhar seus aprendizados até o momento.
Todos os alunos estão entre os seis e sete anos, oriundos da educação infantil presente no entorno dessa escola, com a certeza da necessidade de ser uma continuação desse nível de ensino pretende-se introduzir um aperfeiçoamento de aprendizado muito lúdico e coletivo, com grande troca de experiências e conhecimentos, na sua individualidade e ao mesmo tempo sociabilidade, com cordialidade e carinho. Oferecer oportunidades de ter contato com o concreto e não um aprendizado abstrato, mesmo porque nessa faixa etária ainda não há abstração.
Disponibilizar muitos jogos didáticos, recreativos e integradores, não só competitivos, mas também cooperativos para que haja cada vez mais integração e prazer em estar na companhia de professor e colegas, não se descuidando da finalidade educativa, alfabetizadora.
Palavras-chave: Alfabetização, Letramento, Sociabilidade, Meio Ambiente, Lúdico, Coletividade.
5. SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................ 5
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................ 7
COMO APRENDER A LER E ESCREVER? ............................. Erro! Indicador não definido.
LIÇÃO DE CASA ............................................................................................................... 10
MATEMÁTICA ................................................................................................................. 11
SOCIABILIDADE ............................................................... Erro! Indicador não definido.
MEIO AMBIENTE ............................................................. Erro! Indicador não definido.
COLETIVIDADE ............................................................................................................... 14
CONCLUSÃO ................................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 16
6. APRESENTAÇÃO
"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores [e educadoras], antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deviam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos." Rubem Alves
Ter a oportunidade de ser um educador é como ser um mágico que tem o dom de encantar e transformar a vida de um sujeito, e um alfabetizador em especial é ser o mediador entre o que cada um já sabe e pode transmitir aos demais como um combustível para ver o mundo com outros olhos.
Alfabetizar propriamente dito é transformar, é fazer parte da construção de um individuo pensante, critico e consciente da sua importância na sociedade em que faz parte. Cabem a cada um transformar-se com alegria e espontaneidade, sem sentir-se obrigado a realizar tarefas repetitivas e maçantes no decorrer de seu aprendizado. É poder agrupar-se e buscar o conhecimento junto de seus companheiros de todos os dias na escola, cada um com sua bagagem de aprendizado com a família no entorno de onde moram com as demais pessoas que o cercam (letramento).
Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a. Isso o professor faz diariamente. Johann Goeth
Sim é possível com a transmissão de amor induzir uma criança a amar.
Quando o professor mostra sua paixão pelas músicas, poesias e outras formas de expressão da escrita como transmitir diariamente histórias, fábulas, contos de fada e mostrar que todos são capazes de através da escrita e leitura expressar o que sentimos, contar o que já vivemos de forma imaginária transmitir o que queremos para o futuro, pode sim influenciar e incentivar uma criança a fazer parte do universo da escrita e da imaginação.
Sendo assim se transformar numa extensão da escola, num ambiente que complementa e valoriza o que é passado na instituição escolar é possível ter domínio e apropriar-se com mais propriedade e rapidez desse universo tão
7. mágico e encantador da leitura e escrita, sabendo conviver com os que o cercam, repartindo e dividindo cordialidade e conhecimentos é possível viver melhor.
Relacionar a importância do que a escola transmite como sendo complemento a sua rotina familiar, que a matemática está em tudo e em todos os momentos das nossas vidas, preservar o ambiente em que vivem com sua natureza exuberante e essencial para a vida de todos os seres vivos.
8. COMO APRENDER A LER E ESCREVER?
Pode-se destacar que a partir da década de 90 há um novo conceito de alfabetização: o de letramento. Segundo Soares (1998), o termo letramento é a versão para o Português da palavra de língua inglesa literacy, que significa o estado ou condição que assume aquele que aprende a ler e escrever, mas para nós professores de anos iniciais com o intuito de instruir e instigar as crianças na faixa etária dos seis aos oito anos a ler e escrever deve-se ter consciência de que o termo letramento não substitui a palavra alfabetização, mas sim se associa.
Sabe-se que uma criança que ainda não se apropriou da escrita alfabética, se envolve em práticas de leitura e escrita no meio em que vive, em seu entorno. Nessas práticas, desenvolve conhecimento sobre os textos que circundam na sociedade (REGO, 1998; MORAIS E ALBUQUERQUE, 2004). Por isso iniciou-se uma prática de leitura de imagens diariamente no inicio das atividades escolares com intuito de desenvolver a oralidade e a interpretação do que está o nosso redor.
“Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrario: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o individuo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado.” (Soares, 1998, p.47) Sendo assim trabalham-se diferentes tipos de textos dentre eles: músicas, poesias, narrativos, dissertativos entre outros. Não se pode deixar de destacar a produção coletiva de diferentes tipos de textos, com intuito de desenvolver a imaginação e a transcrição dos conhecimentos já adquiridos, partindo desse ponto também fica claro para criança que se escreve com letras, com símbolos que não podem ser inventados que eles possuem determinados sons, que são um repertório finito e que são diferentes de números e outros símbolos, que as letras têm formatos fixos e com pequenas variações, embora seja fundamental apresentar desde o começo que uma letra apresenta varias formas de escrita e que a ordem delas é que compõem uma palavra. Uma palavra para existir é preciso consoante e vogal juntas formando os sons, e que alguns têm mais de um valor sonoro e que muitos sons são iguais, mas a escrita é diferente. Mas tudo isso de forma muito descontraída e animada, cantamos, gesticulamos e transcrevemos tudo muito lúdico e diversificado. Com uso de cruzadinhas, caça-palavras, adivinhas, entre outros. Essas atividades lúdicas são utilizadas como ferramenta didática procura criar oportunidades onde o desafio e a curiosidade é favorecida, facilitando o trabalho de construção do conhecimento. Exerce uma função como um apoio didático eficaz que inventa situações vivas e variadas, desenvolvendo as
9. probabilidades no ensino. Desse modo, a utilização das palavras cruzadas em sala de aula tem por objetivo desenvolver entre outras habilidades a de estimular a memória, e ao mesmo tempo tornar as aulas mais atrativas, porém para que isso aconteça é necessário que o professor utilize-se dessa ferramenta com a criatividade, e segurança em abordar os conteúdos como um elemento motivador.
A utilização de jogos didáticos em sala de aula vem também a acrescentar nesse período de alfabetização e letramento, com jogos como bingos, troca letras, rimas, trilhas, memória, nominar figuras, entre outros. Como já dizia Carlos Drummond de Andrade:
Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver menino sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados, tolhidos e enfileirados em uma sala de aula sem ar, com atividades mecanizadas, exercícios estéreis, sem valor para formação dos homens críticos e transformadores de uma sociedade.
Analisando essas palavras de Carlos Drummond de Andrade, leva-nos a concluir que quando ouvimos falar em jogos ou brincadeiras pensamos logo em diversão, alegria e prazer concluíram que o lúdico induz a motivação e à diversão. Representa liberdade de expressão, renovação e criação do ser humano. Sendo assim, pode-se afirmar que aprender brincando é possível e muito prazeroso.
LIÇÃO DE CASA
É possível desenvolver em sala de aula uma rotina prazerosa com ótimos resultados no aprendizado de cada indivíduo que busca o conhecimento em qualquer faixa etária de seu desenvolvimento. É necessário levar a rotina da sala de aula para casa com atividades que devem ser realizadas com auxilio de familiares para haver um maior envolvimento família e escola para os estudantes aprenderem mais e melhor. Segundo Romano (2012).
A Lição de Casa como atividades, representa uma oportunidade de auto-aprendizagem, auto-conhecimento, reflexão, expressão e crescimento pessoal do aluno. Para isto, é preciso repensar duas crenças arraigadas: a de que a tarefa de casa tem como objetivo que o aluno aprenda o que foi trabalhado em classe, fazendo exercícios repetitivos e mecânicos, ou seja, que aprendemos pela repetição; e a crença de que a obrigatoriedade da lição diária gera, por si só, a responsabilidade e o hábito de estudo.
Nesse sentido, a Lição de Casa se torna um momento de reflexão, e autoavaliação onde os exercícios de casa têm o papel fundamental de possibilitar esse aprendizado.
10. MATEMÁTICA Em matemática, por exemplo, os assuntos abordados são adição e subtração simples, resoluções de histórias matemáticas, onde os objetivos eram proporcionar aos alunos a solução e compreensão das operações matemáticas, desenvolver o raciocínio lógico e aprimorar a capacidade de resolver problemas diversos por meio da interpretação de informações, utilizando conhecimentos matemáticos prévios como quantidades, numerais. Nesse sentido, os PCNs, (Parâmetros curriculares nacionais 1997 p, 26), diz que: “É importante destacar que a Matemática deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação”. Sendo assim, a matemática deve ser vista como uma matéria simples e objetiva, pois, a matemática é um instrumento de grande valia usada em quase todos os momentos da vida e partindo desses conhecimentos dos vários momentos (seu cotidiano, seu entorno). SOCIABILIDADE Tratando-se de sociabilidade, o que é fundamental para o bom andamento e desenvolvimento da rotina em sala de aula, é muito importante uma boa convivência. Segundo Cury (2007), os alunos não sabem a importância de conviver com pessoas diferentes. Não compreendem que os maiores erros cometidos pela humanidade ocorrem por não aceitar e respeitar as diferenças. Sendo assim, devemos trabalhar esses valores, e mostrar às crianças como o respeito é o mais básico de todos os valores, é um valor que dá sustento a todos os demais, que devemos respeitar aos demais para que eles também nos respeitem. Anteriormente, esses valores eram instituídos desde a educação infantil, os sujeitos chegavam às séries iniciais com valores bem definidos, mas infelizmente na atualidade não ocorre precisando que nos primeiros anos sejam bastante intensificados na sua importância. MEIO AMBIENTE Atualmente dentro das instituições de ensino infantil, as crianças, por vezes, ficam muito presas dentro de salas de aula ou em pátios com solo de cimento, o que dificulta sua interação com o meio ambiente. Elas, em geral, são muito curiosas e gostam do contato com a natureza, de olhar como as formigas se comportam, de abrir as torneiras e brincar com a água, fazem festa no pátio de areia, querem subir nas árvores, enfim, procuram por cada canto de sua escola um vestígio de natureza com a qual possam ter contato. Nesse sentido é importante utilizar-se de recursos como passeios fora do ambiente
11. escolar para assim haver a interação das crianças com os animais, plantas, ar e água; conhecer o habitat de vários animais e distinguir, por exemplo, a necessidade de água para sobrevivência de animais aquáticos como os peixes, o quanto é fundamental para os pássaros subir em árvores e deslizar entre os galhos, observar a natureza de perto como ela realmente é e sua diversidade. Em seu terceiro volume, o RCNEI (Referencial Nacional Curricular para a Educação Infantil) traz um capítulo sobre a “Natureza e Sociedade”, no qual aborda as relações existentes entre ambos, e sugere como os temas propostos podem ser trabalhados. Segundo o RCNEI o “trabalho com os conhecimentos derivados das Ciências Humanas e Naturais deve ser voltado para a ampliação das experiências das crianças e para a construção de conhecimentos diversificados sobre o meio social e natural” (BRASIL, 1998, p. 166). O RCNEI explica que os mitos, as lendas, as brincadeiras, o faz-de- conta, podem ser instrumentos utilizados pelo professor para esclarecer junto às crianças fenômenos da natureza e da sociedade, a diversidade de culturas e crenças entre os povos, a geografia e hidrografia dos lugares, questões sobre o céu, o tempo e o espaço, entre outros. Acrescenta também que as práticas adotadas nas instituições de educação infantil têm desconsiderado “o interesse, a imaginação e a capacidade da criança pequena para conhecer locais e histórias distantes no espaço e no tempo e lidar com informações sobre diferentes tipos de relações sociais” (BRASIL, 1998, p. 165), limitando a riqueza dos conteúdos trabalhados com a criança. Contudo, o RCNEI propõe caminhos para que: [...] as crianças tenham contato com diferentes elementos, fenômenos e acontecimentos do mundo, sejam instigadas por questões significativas para observá-los e explicá-los e tenham acesso a modos variados de compreendê-los e representá-los. (BRASIL, 1998, p. 166) . Mas é possível organizar visitas aos Parques da cidade, tanto os Urbanos quanto os Naturais, às reservas, enfim, aos locais onde a criança possa ter contato amplo e direto com a natureza. Vasconcellos (2006) fez uma pesquisa sobre a caminhada em trilhas na floresta, considerando esta uma modalidade de jogo. Ao se fazer uma investigação dos jogos de percurso ligados ao brincar e à natureza, e uma observação de campo de inspiração, para descobrir a estrutura da atividade, apresentam-se o universo simbólico que rodeia a caminhada por trilhas na floresta, as reações que esta desperta nas crianças. A contribuição fundamental que esta atividade pode oferecer à escola é: [...] descortinar as possibilidades que se abrem quando não apenas preservamos o aspecto simbólico dos jogos, mas vamos além, investindo neles. Ao subtrairmos os aspectos simbólicos inscritos os
12. jogos, não apenas retiramos o seu caráter lúdico; roubamos-lhes, também, o seu encantamento. (VASCONCELLOS, 2006, p. 161) Nesta pesquisa, Vasconcellos (2006, p. 146) aponta que “a valorização das atividades recreativas e contemplativas junto à natureza é devido ao caos urbano e a natureza identificada como princípio de ordem ecológica”, e que devido a esse caos, o homem passa a estabelecer uma relação com a natureza como se essa fosse um objeto, que pertence ao homem, sem fazer parte dele. Nesse sentido, a ideia da necessidade de se re-encantar o olhar humano, ou seja, que o homem seja capaz de olhar a natureza e se re- encantar com ela, pois a natureza nunca perdeu seu encanto, foi o olhar do homem que se desencantou. Outro aspecto das trilhas abordado pela autora é o autoconhecimento que esse proporciona. Ao percorrer as trilhas, enquanto enfrentam obstáculos e desafios, a criança traça metas para alcançar seu objetivo e vai se conhecendo, se descobrindo. O centro temático do jogo envolve a: [...] preservação da natureza, do patrimônio natural e paisagístico, dos valores e atitudes ambientais. Ou seja, esse jogo de trilha se desenrolava sob a égide da educação ambiental, ainda que, em nenhum momento, se tivesse feito, formalmente, uma intervenção nesse sentido. (VASCONCELLOS, 2006, p. 159) Vasconcellos não explicita a idade das crianças em seu artigo, entretanto, pela sua narrativa, pode-se concluir que é possível fazer este trabalho na Educação Infantil e séries iniciais, talvez de forma mais simples, como levando as crianças em Parques Naturais que possuem trilhas das mais fáceis as mais difíceis, sempre considerando o lado lúdico do passeio, fazendo com que a trilha não seja simplesmente uma atividade, mas uma brincadeira, uma diversão, como uma história, com início, meio e fim, onde cada etapa da trilha tenha um significado especial, criando laços entre a criança e o ambiente que a cerca. Nesse contexto, percebe-se que são muitas as maneiras de se trabalhar a Educação Ambiental na esfera escolar, sem que esta necessite ser de maneira formal, mas no cotidiano da sala de aula, aproveitando que as crianças são facilmente seduzidas pelo meio que as cerca. A união da Educação Ambiental, da Educação Infantil e das Séries Iniciais é primordial para criar uma nova geração que conheça e compreenda a natureza, tratando- a com respeito e admiração, reconhecendo-se parte integrante dela.
13. COLETIVIDADE
Pode-se observar pelo desenvolvimento do planejamento que as aulas foram previstas com muita interação e participação coletiva dos sujeitos (crianças).
Foram trabalhados jogos recreativos que além de envolverem os participantes com cordialidade e cooperação, não apenas com competição até porque se observou uma resistência na competição em não serem os vencedores, nessa faixa etária de seis anos sendo algumas das crianças filhas únicas justifica-se essa egocentricidade e não saber compartilhar derrotas e vitórias, mas foi possível amenizar e obter avanços positivos nessa maneira de agir, sendo possível que ocorresse uma socialização positiva.
Ainda na coletividade se obteve ótimos resultados na construção de pequenas frases e pequenos textos coletivos com participação colaborativa da grande maioria dos presentes, onde todos opinaram e contribuíram com ideias e aperfeiçoamento da escrita.
Houve uma participação da grande maioria com cordialidade e companheirismo na concretização do passeio por um sítio com certa diversidade de animais e plantas, obtendo com isso um excelente contato com a natureza e o habitat dos animais existentes no local, concretizando assim um aprendizado incrível para conservação do meio ambiente e a visualização do que foi desenvolvido dentro da sala de aula.
Com a utilização de jogos didáticos foi possível obter melhores resultados para alfabetização de mais alguns alunos que ainda não estavam familiarizados com os sons e grafias das palavras, jogos de rimas, formação de nomes de figuras entre outros já citados anteriormente. Favorecendo também a associação da matemática com a vivência do dia-a-dia familiar, podendo ter certeza de que a matemática está em tudo nas nossas vidas.
Pode-se afirmar que os alunos que não apresentam crescimento no seu nível de aprendizado ficam cada vez mais confirmados, são os que raramente frequentam e fazem parte da rotina na sala de aula, infelizmente não são poucos os alunos que possuem uma frequência inferior a 40% das aulas, isso prejudica o desenvolvimento e aprendizado, não há uma sequencia uma rotina com o complemento da família, que na maioria das atividades previstas para serem desenvolvidas em casa com seu auxilio e apoio não retornam ou se retornam realizadas por outras pessoas que não a criança que compõem aquele ambiente escolar. É real e concreto que a família é uma extensão da escola e vice-versa, ambas se completam, complementam no desenvolvimento de cada individuo em ser um cidadão critico e consciente de sua importância na sociedade em que fazem parte.
14. CONCLUSÃO
Pode-se concluir nesse período de estágio que, para obterem-se bons resultados no que se espera do desenvolvimento das atividades de Séries Iniciais onde é priorizada a alfabetização nos três primeiros anos do Ensino Fundamental de nove anos, o aprendizado ocorre de forma mais espontânea e natural utilizando-se uma metodologia mais lúdica, que assim a criança tende a aprender brincando. Com a organização em sala de aula mais compartilhada na forma de grupos há uma maior troca de conhecimentos que vem a acrescentar em cada individuo qualidades satisfatórias e concretas (o que foi descoberto raramente é esquecido).
Segundo Luckesi (2000, apud GRILO etal, 2002, p.2), o que caracteriza o lúdico “é a experiência de plenitude que ele possibilita a quem vivencia em seus atos”. Seguindo esse entendimento o lúdico não está restrito somente a brincadeiras e jogos e sim associado a algo alegre, agradável, que a criança faz de forma livre e espontânea, faz parte do cotidiano de qualquer criança desde a mais breve idade.
Sendo assim, aplicar o lúdico em sala de aula diariamente é considerado um desafio para o professor, ser um mediador, mas com muito cuidado e responsabilidade para não frustrar aqueles que ainda não alcançaram o mesmo nível de conhecimento dos outros, por isso deve-se ter cuidados ao realizar os agrupamentos que dependendo da atividade proposta deverá ser pelo critério da heterogeneidade quanto aos conhecimentos já adquiridos para assim quando um avança contribui para o desenvolvimento das outras, agrupá-los de forma a ter aproveitamento e que todos tenham crescimento no seu processo de descoberta e aprendizado, que uns contribuam com os outros nesse processo de alfabetização e letramento.
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORAIS, Artur e ALBUQUERQUE, Eliana. Alfabetização e letramento: o que são? Como se relacionam? Como alfabetizar letrando? .In: LEAL, Telma Ferraz e ALBUQUERQUE, Eliana (Org.). Alfabetização de jovens e adultos em uma perspectiva de letramento. Belo Horizonte; Autêntica, 2004.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
REGO, Lúcia L. B. A Literatura Infantil: Uma Nova Perspectiva da Alfabetização. 3.ed. São Paulo: FTD, 1988. ROMANO, Eliane Palermo. Lição de casa – que prática é esta. Disponível em: http://www.ecc.br/site/pasta_258_0__licao-de-casa- %C3%82%E2%80%93-que-pratica-e-esta-.html acesso em 23 de novembro de 2013. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: matemática / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. CURY, Augusto. Filhos Brilhantes, alunos fascinantes. São Paulo: Planeta do Brasil, 2007.
BRASIL. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3 v.
VASCONCELOS, Tânia. Crianças em trilhas na natureza: jogos de percurso e reencantamento. Revista do Departamento de Psicologia - UFF, v. 18 - n. 2, p. 143-162, Jul./Dez. 2006.
Disponível em: <www.scielo.br> Acesso em: 23 de novembro de 2013.
GRILO, Ana Paula Santiago, QUEIROZ, Cátia Souza de, SOUZA, Ionara Pereira de Novais, PINTO, Rita de Cássia Silva. O lúdico na formação do professor. Universidade Federal da Bahia – UFBA. Salvador- BA, 2002. Disponível em: www.periodicodacapes.com. Acesso em: 23 de novembro de 2013.