O documento descreve um caso de obsessão onde Jesus curou um menino possuído. Jesus repreendeu o espírito imundo e ordenou que saísse da criança. A fé do pai na cura de Jesus e os ensinamentos de que a oração e o jejum espiritual são os melhores meios para afastar maus espíritos.
2. ” Ninguém ignora
que quando o
Cristo encarnou-se
na Judéia,
aquela região
havia sido
invadida por
legiões de
Espíritos
malévolos”,
Erasto
3. Mateus XVII 14-20,
Marcos IX 15 a 29 e
Lucas IX 37-43
A cura de um lunático
4. 14 Quando chegaram aonde estavam os discípulos, viram ao redor deles uma grande
multidão, e alguns escribas a discutirem com eles.
15 E logo toda a multidão, vendo a Jesus, ficou grandemente surpreendida; e correndo
todos para ele, o saudavam.
16 Perguntou ele aos escribas: Que é que discutis com eles?
17 Respondeu-lhe um dentre a multidão: Mestre, eu te trouxe meu filho, que tem um
espírito mudo;
18 e este, onde quer que o apanha, convulsiona-o, de modo que ele espuma, range os
dentes, e vai definhando; e eu pedi aos teus discípulos que o expulsassem, e não
puderam.
19 Ao que Jesus lhes respondeu: Ó geração incrédula! até quando estarei convosco? até
quando vos hei de suportar? Trazei-mo.
20 Então lho trouxeram; e quando ele viu a Jesus, o espírito imediatamente o
convulsionou; e o endemoninhado, caindo por terra, revolvia-se espumando.
21 E perguntou Jesus ao pai dele: Há quanto tempo sucede-lhe isto? Respondeu ele:
Desde a infância;
5. 22 e muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas se podes fazer
alguma coisa, tem compaixão de nós e ajuda-nos.
23 Ao que lhe disse Jesus: Se podes! - tudo é possível ao que crê.
24 Imediatamente o pai do menino, clamando, [com lágrimas] disse: Creio! Ajuda a minha
incredulidade.
25 E Jesus, vendo que a multidão, correndo, se aglomerava, repreendeu o espírito imundo,
dizendo: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e nunca mais entres nele.
26 E ele, gritando, e agitando-o muito, saiu; e ficou o menino como morto, de modo que a
maior parte dizia: Morreu.
27 Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu; e ele ficou em pé.
28 E quando entrou em casa, seus discípulos lhe perguntaram à parte: Por que não pudemos
nós expulsá-lo?
29 Respondeu-lhes: Esta casta não sai de modo algum, salvo à força de oração [e jejum.]
6. Obsessão
É uma espécie de enfermidade de ordem psíquica e emocional, que
consiste num constrangimento das atividades de um Espírito pela
ação de um outro.
7. Tipos de obsessão
• Obsessão simples
É um tipo de influência
que, de forma sutil, que
constrange a pessoa a praticar
atos ou ter pensamentos
diferentes do que geralmente
possui. O obsedado, às vezes,
nem percebe o que lhe está
ocorrendo. Em outras, têm
consciência da influência
daninha, mas não consegue se
livrar dela. Pode agravar-se,
dependendo da natureza do
Espírito atrasado envolvido e das
disposições morais do paciente
• Fascinação
Trata-se de uma ilusão
provocada por um Espírito
hipócrita que domina a mente do
paciente, distorcendo seu senso
de realidade. O Espírito obsessor
planeja muito bem seu intento
destrutivo e busca envolver o
indivíduo em artimanhas mentais
bem preparadas.
8. Tipos de obsessão
• Subjugação
É quando um Espírito obsessor adquire forte domínio sobre o
psiquismo do indivíduo, levando-o a tomar decisões contrárias ao
seu desejo.
Na fascinação há uma ilusão.
Na subjugação, o paciente tem consciência do que lhe acontece.
Em certos casos, além de exercer o domínio psíquico, o obsessor
domina o corpo físico do obsedado e, às vezes, numa crise
semelhante à epilepsia, atira-o ao chão.
Como o obsedado fica quase sempre sem as energias necessárias
para dominar ou repelir o mau Espírito, carece da intervenção de
uma terceira pessoa com ascendência moral sobre ele, para
auxiliá-lo a sair da difícil situação.
9. Como ocorre:
Quando um Espírito quer
agir sobre uma pessoa,
dela se aproxima e a
envolve, por assim dizer,
com o seu perispírito,
como num manto; os
fluidos se interpenetram,
os dois pensamentos e as
duas vontades se
confundem e, então, o
Espírito pode servir-se
daquele corpo como se
fora o seu próprio, fazê-lo
agir à sua vontade, falar,
escrever, desenhar, etc.
(Revista Espírita 1862)
10. Estudo sobre os possessos
de Morzine.
(Causas da obsessão e meios de
combatê-la)
11. A medida que elas falam, sempre com a mesma veemência, suas fisionomias tem um
só aspecto: o do furor. Por vezes o pescoço incha e a face se injeta; noutras,
empalidece, como nas pessoas normais, num violento acesso de cólera; os lábios
estão sempre úmidos de saliva, o que leva a dizer que as doentes espumam.
"Limitados inicialmente às partes superiores, os movimentos vão ganhando o tronco
e os membros inferiores; a respiração torna-se ofegante; as doentes redobram o
furor, tornam-se agressivas, deslocam os móveis, atiram as cadeiras, os tamboretes,
tudo quanto lhes cai às mãos, sobre os assistentes; precipitam-se sobre estes para
lhes bater, tanto nos parentes quanto nos estranhos; jogam-se por terra, sempre com
os mesmos gritos; rolam-se, batem as mãos no solo ou no peito, no ventre, na
garganta e procuram arrancar algo que parece incomodar nesses pontos. Viram-se e
reviram-se de um salto; vi duas que, levantando-se como que por uma mola,
voltavam-se para trás de tal modo que a cabeça tocava o solo ao mesmo tempo que
os pés.
Esta crise dura, mais ou menos, dez, vinte minutos, meia hora, conforme a causa que
a provocou. Se em presença de um estranho, sobretudo um padre, é raro que
termine antes que a pessoa se afaste. Neste caso os movimentos convulsivos não são
contínuos: depois de terem sido violentos, enfraquecem e param para recomeçar
imediatamente, como se a força nervosa esgotada repousasse um momento para se
refazer”.
Revista Espírita
13. Qual a semelhança nos 2 casos ?
• “A ignorância, a fraqueza das faculdades, a
falta de cultura intelectual, lhes dá
naturalmente mais ação; por isso maltratam,
de preferência, certas classes, embora as
pessoas inteligentes e instruídas deles não
estejam isentas” .
14. 19 Ó geração incrédula! até quando
estarei convosco?
15. Recursos utilizados nos casos de
obsessão
Todos os socorros da medicina e da religião falharam nestes casos, apesar dos exorcismos , dos tratamentos médicos e
dos internamentos nos hospitais, os casos não cessaram.
• “O cura, querendo exorcizar
esses infelizes, na maioria
crianças, os fizera levar à
igreja, conduzidos por homens
vigorosos. Apenas pronunciara
as primeiras palavras latinas, e
uma cena assustadora se
produziu: gritos, pulos
furiosos, convulsões, etc., a tal
ponto que mandaram buscar a
polícia e uma companhia de
infantaria, para colocar a boa
ordem”.
• Não são os médicos, mas
magnetizadores,
espiritualistas ou espíritas
que seria preciso enviar
para dissipar a legião dos
maus Espíritos, perdidos em
vosso planeta
16. Fé
A fé alavanca poderosa capaz por si só de levantar o mundo constitui o meio único
de que podemos lançar eficazmente para afastar os Espíritos atrasados e
sofredores.
• Da fé nasce a prece,
acompanhada do jejum espiritual • Versículos
• 23 Ao que lhe disse Jesus:
Se podes! - tudo é possível
ao que crê.
• 24 Imediatamente o pai do
menino, clamando, [com
lágrimas] disse: Creio! Ajuda
a minha incredulidade.
17. A fé se alia a esperança e ambas se desdobram em caridade
Não tendo ainda os nossos corações bastante abertos para agasalharmos essas virtudes
esforcemo-nos pelo estudo pela meditação dos ensinos e exemplos do nosso Salvador,
aprendendo a pedir somente o que possa ser de justiça aos olhos de Deus.
18. Os demônios desta casta não podem ser expulsos
senão pela prece e pelo jejum.
20. A verdadeira prece
São os atos da vida
praticados com o
pensamento em Deus e
sempre a Deus
reportados. É um arroubo
contínuo do pensamento,
uma aspiração
incessantemente dirigida
ao Criador e a guiar-nos
na prática da verdade da
caridade e do amor a bem
do nosso progresso moral
e intelectual .
21. O Jejum que Jesus
recomendou
Consiste em nos abstermos de
pensamentos culposos, inúteis,
frívolos mesmo em sermos
sóbrios na satisfação das nossas
necessidades matérias
reservando do supérfluo para o
repartirmos com os nossos
irmãos, em sermos sinceros na
modéstia da regularidade dos
costumes na austeridade do
proceder. Estes são o jejum e a
prece que expelem os
demônios da pior espécie que
nos tronam surdos mudos e
cegos ocasionando a nossa
queda hora no fogo hora na
agua.
22. Meios de combater a
obsessão
Certas pessoas preferem, uma receita
mais fácil para afastar os maus
Espíritos: algumas palavras a dizer ou
alguns sinais afazer, o que seria mais
cômodo ,mas não conhecemos
nenhum outro procedimento mais
eficaz para vencer um inimigo do que
ser mais forte do que ele.
É preciso, pois, se persuadir de que
não há, para alcançar esse objetivo,
nem palavras sacramentais, nem
fórmulas, nem talismãs, nem
quaisquer sinais materiais, os maus
Espíritos disso se riem e se alegram .
Antes de esperar domar os maus
Espíritos, é preciso domar a si mesmo.
De todos os meios de adquirir a força
para a isso chegar, o mais eficaz é a
vontade secundada pela prece, a
prece de coração se entende, e não
de/ palavras às quais a boca tem mais
parte que o pensamento.