O documento descreve as principais etapas do tratamento de efluentes, incluindo tratamento preliminar, primário, secundário e terciário. É detalhado o funcionamento de cada etapa através de processos físicos, químicos e biológicos.
3. Programa
II UNIDADE
Caracterização e tratamento dos efluentes
industriais:
galvanoplastia, ind. papel e celulose, têxtil,
laticínios, abatedouros e frigoríficos,
curtumes, ind. química e petroquímica,
farmacêutica, ind. alimentícia e bebidas.
Controle de Processo e Análise de Custo
Visita Técnica: CETREL (Polo Camaçari) – Data a definir
3
4. UNIDADES QUE COMPÕEM O SISTEMA DE SANEAMENTO
DISINFECÇÃO
BARRAGEM
CONSUMIDOR
RIO
ETA
DISTRIBUIÇÃO ETE
5. Tratamento de Efluente
Efluente Industrial
Fonte
geradoras
Tratamento visando Tratamento
atendimento aos padrões visando reuso
Pré Tratamento Atendimento aos
tratamento completo padrões de reuso
Rede Corpo Processo produtivo
pública receptor ou utilidades
ETE
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7. Esquema Convencional
Destino final do
Remoção
efluente tratado (lago,
rio, corpo d´água) especial
Entrada
ETE
Caixa de Decantador Decantador
areia primário secundário
grades
Retorno sobrenadante Reator
Legenda: Bomba
biológico
• Fase liquida sendo clarificada de lodo
• Sobrenadante retorno a ETE Recirculação de lodo
• Lodo (sólido) remoção e
tratamento
Espessador Flotador
Destino final do de lodo
lodo desidratado
(aterro sanitário)
Condicionamento e
Digestor de lodo
secagem de lodos
8. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Pré • Processos Físicos
Tratamento
Tratamento
• Processos Físicos
primário
Tratamento
• Processo Biológico
secundário
• Remoção de
Tratamento nutrientes
terciário
• Desinfecção
8
9. Tratamento de Efluente
efluente
Fases do Tratamento
Tratamento • Objetivo: remoção física de sólidos grosseiros e areia
Preliminar • Unidades:caixas de areia, grades, peneiras,...
• Objetivo: remoção física e bioquímica dos sólidos
facilmente sedimentáveis
Tratamento primário • Unidades: fossas sépticas, reatores anaeróbios,
decantadores primários,...
• Objetivo: remoção bioquímica da matéria orgânica
Tratamento dos esgotos
secundário
• Unidades: lodos ativados, biofiltros, reatores
anaeróbios, lagoas de estabilização,....
• Objetivo: remoção de microrganismos patogênicos,
Tratamento terciário remoção de nutrientes e processos específicos
• Unidades: reatores com UV, ozônio, precipitação dos
fosfatos, stripping de amônia, etc.
afluente 9
11. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Pré Tratamento
o esgoto é sujeito aos processos de
separação dos sólidos mais
grosseiros através do gradeamento
que pode ser composto por grades
grosseiras, finas e/ou peneiras
rotativas, em seguida a areia é
removida através das caixas de
areia e a remoção de óleos e graxas
através das caixas de gordura ou
em separadores água/óleo
11
12. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Pré Tratamento
Nesta fase, o esgoto é, desta
forma, preparado para as fases
de tratamento subsequentes,
podendo ser sujeito a uma pré-
areação e a uma equalização
tanto de vazão como de cargas
poluentes.
12
14. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Tratamento Primário
A primeira fase de tratamento
é designada por tratamento
primário, onde a matéria
poluente é separada da água
por sedimentação nos
sedimentadores primários.
14
15. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Tratamento Primário
Este processo exclusivamente
de ação física pode, em alguns
casos, ser ajudado pela adição
de agentes químicos que
através de uma coagulação/
floculação possibilitam a
obtenção de flocos de matéria
poluente de maiores dimensões
e assim mais facilmente
decantáveis. 15
17. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Tratamento Secundário
Objetivo: remoção de matéria
orgânica dissolvida e da matéria
orgânica em suspensão não
removida no tratamento primário
Consistindo num processo
biológico, do tipo lodo ativado ou
do tipo filtro biológico, onde a
matéria orgânica (poluente)
coloidal é consumida por
microrganismos nos chamados
reatores biológicos. 17
19. Tratamento de Efluente
Tratamento Secundário
Matéria orgânica + bactérias + O2 CO2 + H2O + biomassa
contato entre os
Reator microrganismos e o
biológico material orgânico
contido no esgoto
Participação de
microrganismos
19
21. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Tratamento Secundário
O efluente saído do reator
biológico contêm uma
grande quantidade de
microrganismos, sendo muito
reduzida a matéria orgânica
remanescente.
Os microrganismos sofrem posteriormente um
processo de sedimentação nos sedimentadores
(decantadores) secundários.
21
22. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Tratamento Secundário – Sistemas Aeróbios
Sistema são adequados a
quase todos os tipos de
efluentes, e dentre os tipos de
sistemas aeróbios podemos
citar:
Lodos ativados
Lagoas aeradas
Vasos de oxidação
22
23. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Tratamento Secundário
A eficiência de um tratamento
secundário pode chegar a 95%.
Findo o tratamento secundário,
as águas residuais tratadas
apresentam um reduzido nível
de poluição por matéria
orgânica, podendo na maioria
dos casos, serem admitidas no
meio ambiente receptor.
23
24. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Tratamento Terciário
Normalmente, antes do lançamento final
no corpo receptor, é necessário proceder
à desinfecção das águas residuais
tratadas para a remoção dos
organismos patogénicos
em casos especiais, à remoção de
determinados nutrientes, como o
nitrogênio e o fósforo, que podem
potencializar, isoladamente ou em
conjunto, a eutrofização das águas
receptoras. 24
25. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Remoção de Nutrientes
As águas residuais podem
conter altos níveis de nutrientes
como nitrogênio e fósforo. A
emissão em excesso destes
pode levar à acumulação de
nutrientes, fenômeno chamado
de eutrofização, que encoraja o
crescimento excessivo de algas
e cianobactérias.
25
26. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Remoção de Nutrientes
A maior parte destas algas
acaba morrendo, porém a
decomposição das mesmas por
bactérias remove oxigênio da
água e a maioria dos peixes
morrem. Além disso, algumas
espécies de algas produzem
toxinas que contaminam as
fontes de água potável.
26
27. Tratamento de Efluente
Fases do Tratamento
Desinfecção
A desinfecção das águas
residuais tratadas tem
como objetivo a remoção
dos organismos
patogénicos.
27
28. Tratamento de Efluente
Métodos
Como tratar um efluente industrial ?
A remoção dos contaminantes presentes em
efluentes industriais se dá através de métodos
físicos, químicos e biológicos envolvendo
processos e operações unitárias de natureza
física, química e biológica utilizadas
isoladamente ou em uma multiplicidade de
combinações. (Cavalcanti, – Manual de
Tratamento de Efluentes Industriais)
28
29. Tratamento de Efluente
Métodos
Operações Processos
unitárias unitários
Reação
Forças
química ou
físicas
biológicas
29
34. Tratamento de Efluente
Principais Processos
Metais Pesados
• Troca iônica
• Precipitação química
Patógenos
• Cloração
• Permanganato potássio
• Ozonização
• UV
• Dióxido de cloro
• Peróxido de hidrogênio
34
35. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
No que consiste os tratamentos físicos?
São operações unitárias em que atuam forças
físicas promovendo a separação de fases de
modo a que cada uma dessas fases
segregadas sofra tratamentos específicos ou
complementares.
35
36. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Composição simplificada Esgoto Sanitário x Tratamento
99,9% Água de abastecimento utilizada na remoção do
esgoto dos comércios e residências
água
Sólidos grosseiros Grades
0,1%
sólidos Areia Caixas de areia
(*)
Sólidos sedimentáveis Decantação
Sólidos dissolvidos Processos biológicos
e/ou especiais
(*) Após o tratamento, o efluente final das ETEs ainda contém certa % de sólidos, e a
maior ou menor quantidade de sólidos no efluente dependerá da eficiência da ETE.
36
37. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Os tratamentos físicos são caracterizados
pelos seguintes processos:
Separação de Transição de Transferência Separação
fases fases de fases molecular
• Sedimentação • Destilação • Adsorção • Microfiltração
• Decantação • Evaporação • “stripping” • Ultrafiltração
• Flotação • Cristalização • extração • Nanofiltração
• centrifugação • Osmose reversa
• eletrodiálise
38. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
O tratamento físico pode ser considerado
propriamente uma depuração ?
Não. Só uma transferência de fases, onde uma
delas concentrada de poluentes ou contaminantes.
Qual a importância dos tratamentos físicos ?
Viabilização para as fases subsequentes do
tratamento, visto que permite a retirada de
determinados poluentes refratários do fluxo
principal de despejo.
38
39. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Principais tratamentos físico de ETE
Gradeamento / Peneiramento
Sedimentação
Separação por gravidade diferencial
Flotação
Filtração
Aeração
“Stripping”
Adsorção
Eletrodiálise
39
40. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Gradeamento / Peneiramento
É utilizado na separação de sólidos grosseiros
impedindo obstrução e danos às unidades e
equipamentos de jusante.
Diferentes tipos de grades e peneiras:
Grades: grossas ou finas (limpeza manual ou
mecanizada)
Peneiras: tipo inclinada ou tambor rotativo
40
41. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Grades
Normalmente instaladas na seção transversal de
canais ou canaletas, em posição inclinada (30º a
60º) ou vertical
Classificadas em grosseiras, médias e finas
Tipos Grosseiras 4 a 10 cm espaçamento
grades
Médias 2 a 4 cm espaçamento
Finas 1 a 2 cm espaçamento
41
42. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Gradeamento / Peneiramento
Grade fina mecanizada
Grade Grossa
retém os sólidos grosseiros remove mecanicamente os
(estopas, plásticos, papéis) sólidos de dimensões
que são removidos menores que passaram pela
manualmente grade grossa.
42
43. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Peneiras
São também indicadas para remoção de sólidos
Dada sua capacidade de remoção de sólidos
finos e mesmo de sólidos suspensos residuais de
tratamento biológico, têm sido utilizadas como
tratamento primário, substituindo decantadores
primários
Tipos: hidrostática e de tambor rotativo
43
44. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Peneira Hidrostática
São dispositivos dotados de telas em inox, dispostas inclinadas por
onde passa a suspenção de sólidos grosseiros
Os sólidos escorrem por gravidade ao longo da tela, enquanto o
filtrado escorre por entre as ranhuras da tela
44
45. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Peneiras Tambor Rotativo
remove
mecanicamente o
material sólido de
diâmetro acima de
“6 mm” evitando
que os mesmos se
dirijam para os
reatores
anaeróbios.
Peneira Mecânica
45
46. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Peneiras – O que você precisa saber para
dimensionar uma !
Identificação do material a ser filtrado (tipos de
sólidos, peso, dimensões médias e máximas,
Vazão mínima e máxima,
Presença de óleo, gordura ou material aderente,
Porcentagem de sólidos,
Abertura da tela,
Material da tela,
Forma como o material adentra a peneira
(bombeando ou por gravidade)
Posição do tubo de saída. 46
47. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador água - óleo
A exemplo dos sólidos grosseiros, constitui também
uma das primeiras providências a serem encetadas
na preparação dos despejos
Vários dispositivos baseados na gravidade
diferencial e no principio da coalescência com ou
sem adição de produtos químicos.,
Separador API (American Petroleum Institute)
Separador PPI (Parallel Plate Interceptor)
Separador CPI (Corrugated Plate Interceptor)
Separador CFI (Cross Flow Interceptor)
47
48. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API (água – óleo)
São constituídos por um tanque ou uma série de tanques,
que tem uma performance variável, dependendo de
diversos fatores, tais como: tempo de retenção, natureza
das paredes internas, propriedades do óleo, condições
físicas e características hidráulicas do fluxo de entrada
Trata-se de um equipamento simples sem partes móveis e
ajustáveis. Tem como desvantagem ser ineficiente para
gotículas de óleo menores de 150 micras, apresenta
turbulência, esta sujeito a curto-circuito, exala odores, o
óleo separado contém água podendo exigir separação
adicional
48
49. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API (água – óleo)
http://www.snatural.com.br/Separadores-Agua-oleo.html
49
51. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API – O que você precisa saber
para dimensionar um !
Temperatura da água,
Peso especifico da água residuárias,
Peso especifico do óleo,
Viscosidade da água residuárias,
Presença ou ausência de emulsão,
Concentração de sólidos em suspensão,
51
52. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API – O que você precisa saber
para dimensionar um !
A velocidade de ascensão é regulada pela lei de
Stokes aplicada a glóbulos maiores que 0,015 cm,
segundo um no. Reynolds menor que 0,5
𝑔 𝑃𝑤 − 𝑃𝑜 𝑑2
Onde, 𝑉𝑎 =
Va = velocidade de ascensão (m/s) 18µ
g – aceleração da gravidade (m/s2)
Pw – peso específico da água (g/cm3)
Po - peso específico do óleo (g/cm3)
d – diâmetro dos glóbulos (cm)
µ - viscosidade da água (g/cm.s) 52
53. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API – O que você precisa saber
para dimensionar um !
Quando um corpo se
move no seio de um
fluído viscoso a
resistência que
apresenta o meio
depende da velocidade
relativa e da forma do
corpo
53
54. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API – O que você precisa saber
para dimensionar um !
A velocidade horizontal máxima permitida é Vh = 15
Va, mas não pode ultrapassar a 0,914 m/min (3 ft/min).
Sendo assim, a seção transversal mínima (A), é a
seguinte: 𝑄
𝐴=
𝑉ℎ
Onde, De acordo com as recomendações
A – seção transversal (m2) da API as dimensões limites são:
H – profundidade (m): 0,91 a 2,44
Q – vazão (m3/min) L – largura (m): 1,83 a 6,1
54
55. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API – O que você precisa saber
para dimensionar um !
O comprimento do separador é calculado pela seguinte
fórmula:
𝑉ℎ
𝐿 = 𝐹1 + 𝐹2 . . 𝐻
𝑉𝑎
Onde, Obs.: O fator F1 é
L – comprimento do separador (m) função da velocidade do
F1 – fator de turbulência fluxo horiz. e da veloc.
F2 – fator de curto-circuito (=1,2) ascensional das
partículas de óleo
55
56. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API – O que você precisa saber
para dimensionar um !
A tabela a seguir apresenta os valores de F1 em
função de Vh e Va:
Vh / Va F1
15,1 a 20 1,45
10,1 a 15 1,37
6,1 a 10 1,27
3,1 a 6,0 1,14
Menor 3,0 1,07
Fonte: Cavalcanti, José Eduardo – Manual de Tratamento de Efluentes
Industriais – pg. 208 (com adaptação) 56
57. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API – Exemplo
Calcular um separador API para uma vazão de 2 m3/min:
Dados:
T – temperatura da água = 35º C
Pw – peso específico da água = 0,995 g/cm3
Po - peso específico do óleo = 0,890 g/cm3
µ - viscosidade da água = 0,007 g/cm.s
d – diâmetro dos glóbulos = 0,015 cm
g – aceleração da gravidade = 9,8 m/s2
F2 – fator de curto-circuito = 1,2
57
58. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API – Exemplo
Cálculo da velocidade de ascensão Va:
𝑔 𝑃𝑤 − 𝑃𝑜 𝑑2
𝑉𝑎 =
18µ
9,8 0,995 − 0,890 (0,015)2
𝑉𝑎 =
18(0,007)
𝑉𝑎 = 1,84 𝑥 10 − 3 𝑚/𝑠
58
60. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Separador API – Exemplo
Sendo a área da seção transversal de 2,19 m2 a
profundidade de água de 0,91 m e largura de 2,4 m
satisfazem a relação:
No exemplo, para Vh/Va = 8,31, tem-se F1 = 1,27
Finalmente o cálculo do comprimento do separador:
𝐿 = 1,27 + 1,2 . 8,31. 0,91 = 18,7 𝑚
60
62. Tratamento de Efluente
Tratamentos Físicos
Sedimentação
É a decantação, por gravidade, de parte dos
sólidos em suspensão contidos nos despejos.
Tanques retangulares ou circulares;
Arraste do lodo de fundo (manual ou
mecanizado)
Retirada lodo de fundo (gravidade ou recalque)
Escuma na superfície remoção (manual ou
mecanizada)
62
63. Tratamento de Efluente
Stripping de Amônia
O que é “Stripping de amônia” ?
é um processo de dessorção simples usado para
reduzir o teor de amônia de uma corrente de águas
residuais. Alguns efluentes contêm grandes
quantidades de amônia e/ou nitrogênio contendo
compostos que podem facilmente formar amônia.
Muitas vezes, é mais fácil e menos dispendioso
remover o nitrogênio de águas residuais na forma
de amônia que a convertem em nitratos e
nitrogênio, antes de removê-lo (Culp et al., 1978).
63
64. Tratamento de Efluente
Stripping de Amônia
Onde é aplicado o “Stripping de amônia” ?
O processo de “stripping de amônia” funciona bem
com água residuária de teores de amônia entre 10
e 100mg / l. Para teores maiores de amônia (mais
de 100mg / l), pode ser mais econômico usar
técnicas de remoção de amônia alternativo, tais
como métodos de vapor ou biológicas. Air Stripping
também pode ser usado para remover muitas
moléculas orgânicas hidrofóbicas (Nutrient Control,
1983)
64
66. Tratamento de Efluente
Stripping de Amônia
soda cáustica é
adicionada ao efluente
até pH 10,8-11,5
66
67. Tratamento de Efluente
Poluentes Aquáticos
Poluentes Orgânicos Biodegradáveis
Poluentes Orgânicos Recalcitrantes/Refratários
Metais
Nutrientes
Sólidos em Suspensão
Calor
Microrganismos Patogênicos
68. Tratamento de Efluente
Poluentes Aquáticos
Poluentes Orgânicos Biodegradáveis
Lançamento de matéria orgânica (esgoto doméstico) e
decomposição:
a) Por organismos aeróbios na presença de oxigênio,
podendo levar à morte organismos que dependem do
oxigênio para respirar (peixes);
b) Por organismos anaeróbios, na ausência de oxigênio,
formando gases como metano e sulfídrico
O impacto causado pelo lançamento de esgotos se dá
pela queda no teor de O2 dissolvido na água e não pela
presença de substâncias tóxicas nesses despejos.
69. Tratamento de Efluente
Poluentes Aquáticos
Poluentes Orgânicos Recalcitrantes/Refratários
Compostos não biodegradáveis ou de degradação lenta, na maioria
criados por processos tecnológicos recentes, sem organismos
naturais capazes de digeri-los. O impacto está associado à sua
toxicidade:
a) Defensivos agrícolas: tóxico ao homem, largamente disseminado;
b) Detergentes sintéticos: tóxico para os peixes e microrganismos
decompositores, dificulta trocas gasosas ar-água, ocasiona formação
de espuma que dispersa poluentes;
c) Petróleo: várias taxas de biodegradabilidade com formação de
película que dificulta trocas gasosas ar-água, veda estômatos e
órgãos respiratórios, impermeabiliza raízes de plantas e penas ou
pelos de aves e mamíferos, além de conter substâncias tóxicas.
70. Tratamento de Efluente
Poluentes Aquáticos
Metais
Todos os metais podem ser solubilizados pela água e gerar danos
à saúde em função: da quantidade ingerida, da toxicidade e do
potencial carcinogênico, mutagênico ou teratogênico
Organismos podem ser ou não sensíveis ao metal, mas o bio
acumula.
Metais tóxicos: arsênico, bário, cádmio, cromo, chumbo e
mercúrio.
Metais menos tóxicos: cálcio, magnésio, sódio, ferro, manganês,
alumínio, cobre e zinco (que podem produzir inconvenientes para
o consumo humano, como alteração de cor, sabor e odor da
água).
Fontes: atividades industriais, agrícolas e de mineração.
71. Tratamento de Efluente
Poluentes Aquáticos
Nutrientes
Excesso de nutrientes pode levar à proliferação de
algas, acarretando prejuízo para certos usos da
água, como mananciais de água potável.
Fontes: erosão dos solos, fertilização dos campos
agrícolas e a própria decomposição de matéria
orgânica.
72. Tratamento de Efluente
Poluentes Aquáticos
Sólidos em Suspensão
Aumentam a turbidez, que reduz a fotossíntese e
altera a cadeia alimentar. Sedimentos podem ser
tóxicos e se depositar ao fundo.
Calor
Afeta as características físicas, químicas e
biológicas da água.
Fonte: efluentes aquecidos de termoelétricas,
independentemente do combustível utilizado – fóssil
ou nuclear.
73. Tratamento de Efluente
Poluentes Aquáticos
Microrganismos Patogênicos
A água (e o esgoto) pode transmitir um grande
número de doenças. As principais classes de
organismos patogênicos e suas doenças são:
bactérias: cólera, febre tifóide, febre paratifóide,
disenteria, salmoneloses leptospirose;
vírus: hepatite infecciosa, poliomielite, febre amarela,
dengue, sarampo, rubéola, gripe;
protozoários: amebíase, malária (Plasmodium),
giardíase;
helmintos: esquistossomose e ascaridíase.
74. Onde Estudar a Aula de Hoje
Nos Livros
• Cavalcanti, José Eduardo W. de A. – Manual de
Tratamento de Efluentes Industriais – ABES –
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e
Ambiental ( Cap. 9)