[1] A MMX e o Instituto Homem Pantaneiro buscam alternativas para a sustentação financeira da Reserva Particular do Patrimônio Natural Engenheiro Eliezer Batista, como o ecoturismo.
[2] Há potencial para o desenvolvimento do ecoturismo na região devido à diversidade de fauna e flora e paisagens ao longo do ano, mas requer investimentos em infraestrutura.
[3] Outras alternativas incluem pagamento por serviços ambientais, taxa de conservação para visitantes e valorização da
Alternativas para a sustentação financeira de RPPN: desafio compartilhado entre empresa e ONG
1. Bonito-MS | Junho de 2013
ALTERNATIVAS PARA A SUSTENTAÇÃO
FINANCEIRA DE RPPN: DESAFIO
COMPARTILHADO ENTRE EMPRESA E ONG
2. MMX – Mineração e Metálicos S.A
Criada em 2005, a MMX é a empresa de
mineração do grupo EBX. A companhia
possui operações em jazidas de minério
de ferro em Minas Gerais e no Mato
Grosso do Sul e conta ainda com
Superporto Sudeste.
Instituto Homem Pantaneiro
Criado em 2002, na cidade de Corumbá,
o Instituto Homem Pantaneiro é uma
organização não governamental, cuja
missão é "preservar e conservar
o Pantanal, resguardando as
características físicas, biológicas e
culturais, através do fomento à geração
de conhecimento por pesquisas
científicas e incentivo às parcerias
institucionais”.
3. 3
MINERAÇÃO ENERGIA LOGÍSTICA PETRÓLEO
E GÁS
INDÚSTRIA
NAVAL
DESENVOLVIMENTO
IMOBILIÁRIO
MINERAÇÃO DE
OURO, PRATA E
COBRE
TECNOLOGIA
A EMPRESA NO GRUPO EBX
4. A MMX
A MMX é a empresa de mineração do Grupo EBX com valiosos
ativos e um consistente plano de negócios para produzir,
comercializar e transportar minério de ferro de alta qualidade,
através de sua rede de logística integrada.
Com uma visão ampla, que vai muito além da mineração, ela
investe em projetos ambientais e sociais que geram
desenvolvimento integrado, incentivando cadeias produtivas que
deixarão legados para populações vizinhas, no futuro.
Conectada ao mercado global pelo Superporto Sudeste, a MMX
tem capacidade para atender à demanda internacional com
eficiência e competitividade comercial.
6. A MMX busca desenvolver seus negócios a partir de uma visão
integradora de conceitos e valores que determinam os
comportamentos necessários para equacionar o retorno financeiro
aos acionistas e colaboradores, o desenvolvimento
socioeconômico, a proteção do ambiente e das pessoas, a
diversidade cultural e a utilização racional dos recursos naturais.
Pilares de Atuação:
Investimento nas Pessoas;
Eficiência na Gestão Operacional;
Ambiente de Negócio Ético e Transparente;
Indução ao Desenvolvimento Local;
Proteção a Biodiversidade
POLITICA DE SUSTENTABILIDADE
7. • Gerir os impactos de suas operações sobre a biodiversidade e
os ecossistemas, adotando as melhores práticas de proteção e
manutenção;
• Contribuir de forma voluntária com a proteção e conservação
dos ecossistemas e da biodiversidade em áreas prioritárias de
comprovada importância para o país e para o mundo.
PROTEÇÃO A BIODIVERSIDADE
8. ANO:
2006
ANO:
2007
A MMX
adquire 20
mil ha. na
Serra do
Amolar
Ato
voluntário -
preservação
do bioma
Pantanal
Parceria
com a ONG
Instituto
Homem
Pantaneiro
DESTAQUES HISTÓRICOS
Criação da
Rede de
Conservação
da Serra do
Amolar
ANO:
2008
ANO:
2009
ANO:
2010
ANO:
2011
ANO:
2012
Oficializada
a RPPN
Engenheiro
Eliezer
Batista
com
12.608,79
há
Realizado o
Plano de
Manejo
Associação a
REPAMS
Realizadas
diversas
expedições de
levantamento
da
biodiversidade
em parceria
com diversas
instituições;
Parcerias com
Universidades
Nacionais e
Internacionais
para o
desenvolvimen
-to de
pesquisas
A RPPN EEB
e a MMX
recebem
prêmio no 4º
Congresso
Brasileiro de
RPPN
Participação
no CONATUS
Aprovação do
Plano de
Manejo
ICMBIO
Participação
no CONATUS
ANO:
2013
Lançamento
do Livro da
Coleção
Biológica da
RPPN
Participação
no CONATUS
9. LOCALIZAÇÃO DA RPPN EEB E OUTRAS ÁREAS
QUE COMPÕE A RPCSA
RPPN’s Acurizal, Penha,
Rumo oeste e Dorochê
Fazenda Santa Tereza
Áreas alta relevância e prioritárias para Conservação - MMA
272.000 Hectares
10. Sustentação Ambiental
Ecologia e Conservação de pequenos e grandes felinos da Serra do Amolar,
Pantanal do Brasil;
Doenças transmitidas por vetores em canídeo silvestre (Cerdocyon thous) e
cães domésticos da região da Serra do Amolar;
Sistema de Monitoramento e Controle Ambiental;
Fiscalização ambiental;
Coleção didática biológica
Curso de Campo da UFMS, Curso Estratégias de Conservação para Natureza;
Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar
Programa de prevenção e combate a incêndios florestais
Plataforma Geocolaborativa
Sustentação Social
Projeto criação de peixes em taques redes
Criação de abelhas nativas sem ferrão
Projeto de apoio e atendimento social
Projeto de diagnóstico social e mapeamento georreferenciado dos moradores
Parcerias Estratégicas
RCPSA, SOS Pantanal, IBAMA/Prevfogo, Parque Nacional do Pantanal, PMA/MS,
PANTHERA, SPVS, UFMS, ICMBio, REPAMS, Fundação Ecotrópica, Fundação
Boticário, EMBRAPA/Pantanal, Fundação telefônica, Panthera, Ecotrópica, Acaia
Pantanal, Universidade de Aveiro.
12. PRÁTICAS DE ECOTURISMO NAS RESERVAS PARTICULAR DE PATRIMÔNIO NATURAL*
Biomas e Ecoturismo
Mata Atlântica (41%)
Pantanal (24%) - 161.915,2 ha
Cerrado (17%)
Amazônia (7%)
Costeiros (5%)
Caatinga (3%)
Campos Sulinos (3%)
Os objetivos de constituição:
conservação (100%),
ecoturismo (79%),
educação ambiental (72%),
pesquisa científica (64%). Isso evidência em que os objetivos das reservas privadas brasileiras foram
prioritariamente voltados para as questões conservacionistas, aliados a outras intenções secundárias,
com destaque para o ecoturismo.
Avaliação Econômica:
É economicamente lucrativo (57%)
O retorno do Investimento inicial ainda não ocorreu (79%).
Em 79% dos casos as RPPNs integram-se a outras áreas protegidas, corredores ecológicos
ampliam a importância para a conservação dos ecossistemas
diversificam as possibilidades de uso público para turismo em áreas naturais protegidas
Dificuldades para investimento financeiro, ausência de planejamento e
monitoramento ambiental são fatores limitantes à perspectiva de longo
prazo, tanto para fins de conservação, quanto para o desenvolvimento do
ecoturismo
*RUDZEWICZ, Laura; LANZER, Rosane Maria. Práticas de ecoturismo nas Reservas de Patrimônio Natural/2006
13. PERCEPÇÃO DO TURISMO EM ZONAS ÚMIDAS*
Parque Etosha Pans Namíbia 200 mil turistas/ano
Parque Estadual do Rio Doce* Marliéria - Minas Gerais 25 mil turistas/ano
Carvenas de Skocjan Eslovênia 200 mil turistas/ano
Parque de KaKadu Austrália 200 mil turistas/ano
Sesc Pantanal (RPPN)* Poconé - Mato Grosso 20 mil turistas/ano
De um total de 1.927 Sítios RAMSAR no mundo apenas 680(35%) tem alguma
atividade turística.
*Turismo em Zonas Úmidas: Uma Grande Experiência –MMA/2011
14. VISITAÇÃO NA RPPN ENGENHEIRO ELIEZER BATISTA
2010 - Aberta ao desenvolvimento de pesquisas e visitação técnica - 151 visitantes
2011 - 184 visitantes
Thomas Lovejoy, Michael Begon, Sebastião Salgado, Lawrence Wabba, Familia Kink e outros
2012 -158 visitantes
Estrutura física e de equipamentos existentes
Casa sede com 3 quartos, cozinha, refeitório, banheiros e Laboratório;
Casa Auxiliar quarto, sala cozinha e banheiro;
Sistema de tratamento de água;
Energia solar e gerador;
Barcos, quadríciculo, veiculo elétrico
15. FATORES CRÍTICOS E FAVORÁVEIS NA RPPN EEB E REGIAO
Críticos Favoráveis
• Infraestrutura básica de apoio turísticos nos
gateways deficiente e inexistente;
• Diversidade de fauna e flora com certa
facilidade para observação;
• Pouco levantamento da biodiversidade;
(Criação e divulgação de lista de fauna e Flora)
• Proximidade a um parque nacional e a
outras UCs;
• Distancia de grandes centros receptivos; • Possibilidade de se agregar a destinos
consolidados nacional e
internacionalmente;
• Exploração excessiva do segmento da
pesca; Inexistência de outro produto
turístico (eco)
• Pantanal apresenta ecossistemas e
dinâmicas ecológicas frágeis e as
dificuldades de acesso inibem a presença
massificada de equipamentos e turistas.
• Sazonalidade (Clima, Queimadas,
Mosquito)
• Destino único com interesse de grupos bem
específicos;
• Alto custo de operacionalização; • Possibilidade de participação e alternativa
de desenvolvimento para as comunidades
do entorno;
• Falta de controle e fiscalização em área
natural de grande extensão e de difícil
acesso;
• Diferentes tipos de atividades podem ser
desenvolvidas na RPPN EEB e seus entorno.
• Desconfiança por parte de operadores
ecoturismo com destino Corumbá;
• Diferentes paisagens ao longo do ano, por
conta do pulso hídrico da região e clima.
16. ALTERNATIVAS PARA O
DESENVOLVIMENTO DO
ECOTURISMO NA ÁREA
• Ecolodge com atividades de:
Ecoturismo - Observação de
fauna e flora;
• Aventura – Canoagem,
mergulho;
• EtnoCutural;
• Turismo Cientifico;
Vale a pena
investir no
desenvolvimento
do ecoturismo? Há
outras alternativas
de geração de
renda?
17. OUTRAS ALTERNATIVAS PARA
GERAÇÃO DE RENDA
• PSA por desempenhar um
importante papel de
repositório(berçário) de estoque
pesqueiro que influencia
diretamente a cadeia do turismo de
pesca;
• Pagamento de taxa de conservação
aos visitantes com renda revertida
para fundo das comunidades locais
e para custos operativos de
conservação e manutenção do valor
natural e cultural da área;
• Valoração da Biodiversidade – Banco
Genético;
• REDD - Redução das Emissões por
Desmatamento e Degradação
florestal;
• Utilização dos recurso naturais de
forma sustentável;
18. • No Pantanal temos práticas bem-sucedidas e grande potencial
turístico nas RPPNs;
• Em sua maioria o ecoturismo praticado no Pantanal Sul
Matogrossense ainda é uma atividade inexpressiva,
desordenada, de baixa qualidade impulsionada, quase que
exclusivamente, pela oportunidade mercadológica;
• Baixo benefícios sócio-econômicos e ambientais
comprometendo, o conceito de imagem do produto
ecoturístico brasileiro nos mercados interno e externo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
19. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Neste sentido a MMX e o IHP estão desenvolvendo
um plano de negócios e de sustentabilidade que
apontem viabilidade, alternativas e soluções com
o objetivo de estruturar e dotar a região da Serra
do Amolar de equipamentos e serviços turísticos
de alta qualidade explorando o seu potencial
natural e cultural de forma sustentável,
objetivando a conservação, proteção e
sustentabilidade da RPPN EEB, bem como o
retorno financeiros aos parceiros envolvidos.