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O Negativo
Ansel Adams
Nicoli Lopes
Laboratório Preto e Branco – 2015/1
Curso Superior de Tecnologia em Fotografia – ULBRA
Fernando Pires
VISUALIZAÇÃO E TONS DE IMAGENS
A visualização é o processo consciente de projetar mentalmente a
imagem fotográfica final antes de dar os primeiros passos para fotografar o
objeto. É possível uma cópia fotográfica reproduzir a amplitude de brilho da
maioria dos objetos, então uma cópia fotográfica é uma interpretação dos tons
do objeto. Por exemplo, emprega numerosos controles fotográficos para criar
uma imagem que seja “equivalente ao que vi e senti”. O observador aceitara a
imagem como de fato ela é. Visto que, não existem duas pessoas que enxerguem
o mundo da mesma maneira, cada um tem uma visão de imagem. O primeiro
passo em direção a visualização é a interpretação expressiva, é tornar-se
consciente do mundo ao redor em termos de imagem fotográfica.
É necessário algum esforço para aprender a enxergar um objeto colorido
em termos de tons de branco e preto. Primeiro, é preciso “sentir” o preto, o
branco e as tonalidades de cinza médio que representarão cada área do objeto
que temos diante de nós, usando o principio, um objeto composto de algumas
áreas extensas de luminâncias diferentes,
O fotografo aprende a identificar os tons da imagem assim como o
músico aprende a reconhecer o tom da musica e o pintor, as relações sutis entre
as cores.
LUZ E FILME
O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
A luz apenas o tipo de radiação eletromagnética a qual o olho humano é sensível.
Essa radiação pode ser considerada um espectro contínuo que inclui, além da luz, ondas de
rádio, de radar, raios x, raios gamas e outras formas de energia radialmente. O que
distingui cada um dessas formas de radiação é o comprimento de onda a distância da crista
de uma onda a outra que pode variar de muitos metros a um bilionésimo de metro.
LUZ INCIDENTE E LUZ REFLETIDA
Quando a luz atinge a superfície, ela pode ser transmitida absorvida ou refletida.
Se a superfície for transparente, como o vidro de uma janela, a maior parte da luz será
transmitida, embora um pouco seja, inevitavelmente, perdido por reflexão e absorção. A
luminância total de uma superfície é determinada pela quantidade de luz incidente sobre
ela e por uma propriedade conhecida com refletância.
REFLEXÃO DEFUSA E ESPECULAR
A luz refletida tem um caráter em geral difuso, ou seja, as reflexões correm em
todas as direções e de forma quase uniforme a partir de superfície fosca ou texturizadas.
Qualquer superfície que pareça brilhante como determinadas folhas e rochas ou uma
calçada molhada produz altas-luzes espetaculares, do mesmo modo que substâncias
cristalinas, como o gelo, a areia ou a neve.
OS COMPONENTES DO FILME
A fotografia depende basicamente da redução química do metal prata a
partir dos haletos de prata que são expostos á luz. Os cristais de haleto de prata
expostos á luz são ativados e serão reduzidos a partículas pretas de prata metálica
durante a revelação.
Na exposição, a luz produz uma imagem bastante invisível, composta dos
cristais que vão formar a imagem de prata depois do revelador, mas que ainda não
passaram por nenhuma mudança visível. Na revelação, porções do filme expostas a
grande quantidade de luz produzem uma considerável depósito de prata reduzida,
conhecido como densidade mais alta, as áreas do filme expostas a menos luz
produzem menos prata, ou tem menor densidade.
A VELOCIDADE DO FILME
Cada filme apresenta uma sensibilidade característica á luz, determinada
durante sua fabricação. Um filme específico exige determinada quantidade de luz para
produzir a primeira densidade de aproveitável, e quantidades maiores de luz produzem
densidades maiores, até chegar ao máximo. O controle do tempo de exposição e da
abertura da lente permite assegurar que a quantidade de luz que atinge o filme a partir do
objeto caia dentro dessa área, o que produz acréscimos de densidade visível e, portanto,
uma imagem utilizável.
A velocidade ASA de um filme é apresentada por uma escala aritmética na qual o
dobro da sensibilidade corresponde ao dobro da velocidade. Para cada duplicação do
número ASA, a exposição necessária a cada cena é reduzida pela metade. Toda escala é
divida em intervalos a um terço de ponto das variações de exposição, de modo que a cada
três números temos um ponto completo:
64 80 100 125 150 200 250 320 400 500 ...
Embora a maioria das câmeras e dos fotômetros nos EUA esteja calibrada na
escala ASA, os fabricantes também dão às velocidades em DIN. A escala DIN é logarítmica
e não aritmética, de modo que uma duplicação na sensibilidade é indicada por um
aumento de 3 no setor de velocidade do filme.
A velocidade do filme deve ser ajustada no setor do fotômetro manual ou no da
própria câmera, se esta tiver um fotômetro embutido.
Um dos mais desconcertantes problemas com que nos defrontamos é o fato de
fabricantes alterem as características do filme sem indicar isso claramente na embalagem.
O TAMANHO DO GRÃO
O exame de um negativo com um focalizador de grãos revela que ele não é
composto de um campo contínuo de tons preto e branco, mas que esses tons são simulados
por um meio de um depósito controlado de partículas pretas. Essas partículas são os grãos da
emulsão, a prata metálica reduzida depositada quando o cristal de haleto respondeu á luz e
foi relevado. A aparência da granulação na cópia final dependerá também do grau de
ampliação do negativo.
O ARMAZENAMENTO DO FILME
Como os filmes fotográficos se deterioram com o tempo, as condições de
armazenamento são extremamente importantes. O filme virgem é vendido em embalagens
que o protegem contra a umidade. A temperatura também é muito importante: em nenhuma
circunstância o filme deve ser submetido a altas temperaturas. Os filmes expostos devem ser
revelados o mais rapidamente possível. A Kodak recomenda que filmes preto e branco
expostos sejam revelados em 72 horas ou menos. Outro fator que determina a deterioração
dos filmes é as substâncias químicas ativas no meio ambiente. Entre substâncias
potencialmente danosas identificadas pela Kodak estão certos plásticos, solventes, laca,
tintas, e gases.
EXPOSIÇÃO
O conceito de negativo perfeito é o mesmo tempo intrigante e irritante para os
estudantes e para os fotógrafos. Se a exposição e a revelação forem normais, o negativo deve
estar correto mesmo quando não proporcionar a cópia que desejávamos. O negativo perfeito
é aquele exposto e revelado de acordo com os tons visualizados para a cópia funcional ou
expressiva.
FOTOMETRO
A utilidade do fotômetro de luz incidente é limitada, pois ele mede apenas a luz
que sobre o objeto, não levando em consideração as luminâncias especificas que produzem
a imagem. A luminância é medida em candelas por pés quadrados, mas muitos fotômetros
modernos usa uma escala arbitrária de valores em vez dessas unidades reais. No entanto,
com a escala aritmética hoje utilizada na maioria dos fotômetros, uma duplicação da
luminância é indicada pelo aumento de uma unidade na escala.
Os números lidos no fotômetro são transferidos para um disco e cálculo que os
converte em números f e em velocidade do obturador, levando em consideração a
velocidade do filme.
Devemos nos lembrar de que o fotômetro não tem como saber para que tipo de
objeto foi apontado ou qual é sua proporção de áreas escuras e claras. Ele é calibrado na
suposição de que o objeto seja “médio”.
COMO MEDIR O CINZA-MÉDIO
Nós podemos melhorar muito a precisão da exposição fazendo a leitura de um
tom médio da cena – uma superfície de luminância uniforme a meio caminho entre as
áreas mais claras e as mais escuras da cena. Existe um cinza-médio calibrado no cartão
cinza padrão a 18% de refletância da Kodak que se encontra disponível na maioria das lojas
de equipamentos fotográficos. Matematicamente, o tom com 18% de refletância é um
cinza-médio, numa escala geométrica que vai do preto ao branco, é esse o tom com que o
fotômetro foi calibrado para registrar na cópia final.
COMO FAZER A MÉDIA DAS ALTAS E BAIXAS-LUZES
Essa técnica consiste em examinar o objeto co finalidade de encontrar a área
mais escura e a mais clara das quais você deseja registrar detalhes. Depois de medir
separadamente cada área, ajuste o disco do fotômetro a meio caminho entre elas, ou seja,
na média das duas leituras. Assim você estará levando em conta as luminâcias principais do
objeto, em vez de supor que o espectro é médio.
SUPER E SUBEXPOSIÇAO
A subexposição é certamente o mais perigoso. Se a cena estiver subexposta, suas
áreas escuras poderão não ser registradas no filme, e não há técnica de revelação que
produza detalhes inexistentes no negativo. A maioria dos fotógrafos parte do principio de
que é melhor superexposto um pouco a subexpor.
NÚMEROS EV
Muitos fotômetros e algumas câmeras podem também ser calibradas em
números EV (valor de exposição). Esses números referem-se a combinações especificas de
números f e velocidade do obturador e permitem que essas funções sejam interligadas de
tal maneira que uma mudança em uma delas automaticamente muda a outra. Se a câmera
for ajustada para 1/60 de segundo em f/11, por exemplo, esse mecanismo permite que se
faça um único ajuste para estabelecer todas as exposições equivalentes, neste caso 1/30
em f/16, 1/15 em f/22, 1/125 em f/8, etc.
CORREÇÕES DE EXPOSIÇÃO
Fatores de exposição
Várias circunstâncias podem alterar a exposição básica, inclusive o uso de filtros
ou extensões de objetivas para focalizar objetos próximos. Nesses casos, a correção
necessária costuma ser expressa com um fator. Esse fator pode ser aplicado diretamente:
basta multiplicá-lo pelo tempo de exposição indicado para obter o tempo ocorrido.
O FATOR K
Em tese, esse fator dá uma porcentagem maior de imagens aceitáveis sob
condições médias em comparação a um fotômetro calibrado exatamente para uma
refletância de 18%. O efeito prático do Fator K é o seguinte: se medirmos cuidadosamente
uma superfície cinza-médio e realizarmos a exposição conforme o indicado, o resultado não
será exatamente um cinza-médio.
O SISTEMA DE ZONAS
O sistema de zonas nos permite relacionas várias luminâncias de um objeto com
os de cinza, o branco e o preto que visualizamos, para representar cada luminância na
imagem final. Essa é a base do método de visualização, que ela seja literal ou um pouco
distante da realidade. O porquê devemos nos preocupar tanto em ter um negativo bom se
podermos ajustar os contrastes com papeis de várias escalas, devemos sempre ter um bom
negativo para não dependemos tanto desses recursos. O sistema de zonas baseia-se na
fotografia convencional, trabalharmos primeiro com o negativo e usamos todas as
informações necessárias para a imagem final através do controle da cópia do negativo em
papel fotográfico.
A ESCALA DE EXPOSIÇÃO
Uma vez que a relação entra a exposição indicada e o tom a cópia resultante é
conhecida ou previsível, nós a usamos para determinar o ponto médio da escala de tons
da imagem. Depois definimos a leitura da exposição feita em uma única superfície do
objeto e usada diretamente para produzir este tom cinza média na cópia. A superfície
original pode ser branca, preta ou ter um tom intermediário, a leitura dessa superfície e
sua utilização na exposição são definidas como exposição pela zona V, e esta produzirá
um cinza-médio equivalente ao cartão cinza para a superfície na cópia final.
EXPOSIÇÃO PELO SISTEMA DE ZONAS
O ajuste inicial
Para a maior parte das fotografias fazemos o ajuste inicial com base da área
mais escuro do objeto em cuja imagem queremos preservação os detalhes. Desse modo
estamos aptos a examinar o objeto em busca das áreas mais escuras nas quais a texturas
ou os detalhes são necessários e podemos nos assegurar de fazer tais áreas a exposição
suficiente.
LEITURA DO FOTÔMETRO NAS ZONAS
A maioria dos fotômetros modernos possui uma escala arbitrária de números
para representar as luminâncias, na qual cada intervalo de um equivale ao dobro ou á
metade de luminância, ou seja, á variação de um ponto na exposição. O número indicado
pelo fotômetro para um disco de conversão no próprio fotômetro, o qual, levando em
consideração a velocidade do filme, relaciona os números da escala aos ajustes de
exposição em termos de numero f e á velocidade do obturador.
EXPANSÃO E CONTRAÇÃO
Distaciando-nos da revelação padrão, no entanto, podemos ajustar a escala do
negativo dentro de certos limites para obter um espectro de densidades que compensem
escalas de luminâncias curtas ou longas. Podemos observar que os filmes atuais oferecem
menos possibilidades de controle de contraste por meio da redução ou do aumento da
revelação ainda é um meio válido de controlar o contraste, mesmo que seja preciso
combina-la a outros métodos para alcançar na cópia os efeitos visualizados.
SENSITOMETRIA
O sistema de Zonas é uma expressão prática da sensitometria, a ciência que
estabelece a relação entre exposição e densidade na fotografia. Se o sistema de zonas dor
compreendido, fica fácil entender os princípios sensitométricos, o que será muito útil aos
fotógrafos.
DENSIDADE
Para entender o que é a densidade, devemos pensar no que acontece quando a
luz passa por um negativo revelado. Uma pequena quantidade de luz é refletida ou
absorvida, e o restante é transmitido. A quantidade de luz que passa através do negativo
depende da quantidade de prata depositada naquele local durante a revelação e a luz
transmitida pode ser medida como sendo uma porcentagem da luz incidente no negativo.
FILTROS E PRÉ-EXPOSIÇÃO
Embora sejam muito diferentes entre si, os filtros e a pré-exposição são meios
de adicionar e controlar os tons dos negativos no momento da exposição. Na fotografia
preto-e-branco, os filtros são utilizados para modificar a relação de tonalidades das
diferentes áreas de cor do objeto, pois proporcionam uma espécie de controle
localizado de contraste.
PRÉ-EXPOSIÇÃO
Ao revelar um objeto de alto-contraste, o procedimento normal é utilizar a
revelação por contração, para ajudar no controle da escala do negativo, mas em alguns
casos o contraste reduzido especialmente nas tonalidades mais baixas, não é aceitável.
Nesses casos vale a pena aumentar a exposição de tons mais escuros do objeto. Esse
efeito pode ser alcançado com a pré-exposição do negativo, um método simples de
reforço das baixas-luzes. A pré- exposição consiste em dar ao negativo uma primeira
exposição sob iluminação uniforme, alinhada com uma determinada zona baixa, antes
da exposição normal do objeto. A pré- exposição serve para trazer todo o negativo para
um ponto inicial de exposição ou um pouco a acima, de modo que ele fique sensibilizado
a níveis muito baixos de exposição adicional.
- FOTOGRAFIA COM LUZ NATURAL
AS QUALIDADES DA LUZ NATURAL
A luz natural vem principalmente de cima pra baixo, ocasionalmente, vem dos
lados, como no nascer e no pôr do sol, quando é refletida por nuvens baixas, montanhas ou
edifícios. A ideia de que o céu esta sobre a terra e de quem a maior parte da luz vem de
cima, esta em nossa mente, precisamos rever esse conceito e pensar diferentemente e fazer
um ajuste mental. Na fotografia de paisagens, não devemos subestimar a importância
subjetiva do espectro de luminâncias. Em um dia nublado ou em uma cena totalmente na
sombra, esse espectro é muito menos do que seria sob luz do sol e do céu. Quanto mais
claro o dia, mais intensa a luz do sol e menos intensa a luz do céu, e, portanto, maior
diferença entre as áreas iluminadas e as áreas de sombra. A sugestão é muito importante
em quase todas as fotografias, trata-se de algo muito sutil e difícil de atingir.
LUZ DO SOL E SOMBRAS
Em condições mistas de sol e sombra, os tons refletidos pelo objeto são
modificados pelos extremos de intensidade de luz. A luz direta do sol costuma ser oito vezes
mais brilhantes que uma sombra aberta, mas essa proporção pode ser maior se o ar estiver
limpo, ou menor se houver algum tipo de névoa. O principal problema é preservar a
sensação da luz, uma cópia que pretenda transmitir uma emoção pode definir de um
registro literal. A análise do efeito da luz do sol sobre vários objetos demonstra a
importância do ângulo da iluminação na revelação das formas, planos e texturas. Não há
iluminação mais bela que a do céu, ela favorece a representação precisa das tonalidades e
cores, algo especialmente importante nas fotografias de tecidos, obras de arte e assim por
diante.
FOTOGRAFIA COM FILME INFRAVERMELHO
A exposição e revelação normamente recomendadas para os filmes
infravermelhos são baseadas num resultado de contraste bastante extremo,
informativo, mas visualmente desagradável. O filme infravermelho em mãos criativas
pode reproduzir imagens magníficas, mas em geral devemos evitar amplas imagens com
céu e água, pois ficam invariavelmente escuras na cópia, mas se for fotografado ao sol, a
região do céu próxima do horizonte ficará bem clara.
FOTOGRAFIA COM LUZ ARTIFICIAL
A imagem é composta dos efeitos de luzes refletidas, independente do tipo de
iluminação utilizada para capta-la. No ambiente usamos a luz da maneira que a
encontramos e temos que ter um olhar mais critico. Já na luz artificial, somos livres para
usa-las da maneira que preferimos e criar o efeito que quisermos.
LUZ CONTÍNUA
Existem diversos tipos de lâmpadas, as de tungstênio são bastante usadas,
pois são as luzes de estúdio com o custo mais baixo, as photofood são encontradas em
duas potências, a numero 1 tem 275 watts e a numero 2 tem 500 watts. As lâmpadas de
filtro azul auxiliam na correção da temperatura de cores. Na fotografia em preto e
branco, a luz de fonte como as de lâmpadas comuns e fluorescentes e até mesmo as de
velas, pode ser medida e usada sem que precisemos nos preocupar com variações de
sua cor.
EXPOSIÇÃO
Os fotógrafos utilizam o fotômetro, pois seus objetos são muito pequenos para
serem medidos. O fotômetro do tipo spot está substituindo o de luz incidente, pois oferece
mais precisão nos controles de luz e contraste nos objetos.
Existe uma propriedade de luz incidente que deve ser compreendida por
completo, de acordo com a relação enunciada pela lei do inverso quadrado, ela relaciona a
distância entre a fonte de luz e o objeto e a intensidade de luz que incide sobre este. Esta lei
é estritamente verídica apenas para fontes pontuais, mas aplica-se a qualquer luz cujo
tamanho aparente não seja muito grande.
O efeito da lei do inverso quadrado pode ser considerado nos termos do Sistema
de Zonas, que foi criado para serializar, isto é posto em prática estabelecendo relações entre
os vários valores de luz do sujeito e as correspondentes densidades registradas no negativo.
Um conjunto de técnicas oferece ao fotógrafo a possibilidade de registrar no negativo e
posteriormente no papel fotográfico, valores de luz desejados por ele perante a reprodução.
UMA ABORDAGEM PARA A ILUMINAÇÃO
O principiante sempre começa pelas fórmulas de iluminação, sem notar com
clareza a relação entre os efeitos expressivos e estruturais da iluminação controlada e seus
conceitos e objetos. Nada prejudica mais a criatividade do que as regras de iluminação
convencionais. É mais fácil e mais produtivo começar o estudo da iluminação sem a luz,
acrescentando-a aos poucos, depois de considerar as formas e texturas dos objetos. Dessa
maneira, o efeito de cada lâmpada e o resultado de uma mudança de posição pode ser
avaliado individualmente. Assim, é possível construir a iluminação adequada ao objeto.
ILUMINAÇÃO INDIRETA
O ideal é uma parede, ou teto branco e liso, que produz luz difusa. Se
direcionarmos uma lâmpada para essa superfície, o resultado final é um padrão de luz
circular ou oval que se toma, a fonte de luz, o tamanho deste circulo está relacionado
com o tamanho do refletor e com a distância da lâmpada. A distância entre a lâmpada e
a superfície faz pouca diferença, a fonte de luz emite certa quantidade de luz dentro do
seu circulo de iluminação, esta não se altera se deslocarmos a fonte em relação á
superfície, desde que toda a luz esteja contida nela.
POLARIZAÇÃO CRUZADA
O polarizador é um meio eficiente de eliminar clarões e reflexões especulares,
em estúdio o polarizador sobre a lente pode ser uado em conjunção com fontes de luz
polarizada para eliminar por completo os clarões.
FLASH
A maior dificuldade na utilização do flash está na visualização dos efeitos de
luz sobre o objeto, muitas unidades de flash de estúdio possuem lâmpadas de luz
continua de intensidade moderada embutidas nas cabeças do flash, que mostram o
efeito do arranjo de luzes.
As unidades de flash sem refletor são projetadas para aproveitar a luz refletida
pelo ambiente e suaviza-las, além de criar pontos de luz nos olhos dos modelos de
retratos. Os flashes sem refletor são especialmente úteis com objetivas grande
angulares, e para iluminar as baixas-luzes.
ESPOSIÇÃO COM FLASH
A maneira mais comum de determinar a exposição com flash é usar o número
guia, que incorpora a intensidade do flash com refletor e a velocidade do filme. Não é
necessário alterar o numero guia no flash eletrônico pois seu pulso total de luz é utilizado
com qualquer velocidade de obturador até o valor máximo que sincroniza com o flash
eletrônico .
FLASH REBATIDO
A luz do flash normalmente é rebatida em tetos e paredes para evitar efeitos
desarmoniosos, porém sem o flash não temos como calcular a exposição correta. Podemos
fazer uma estimativa grosseira medindo a distância entre o flash, o refletor e o objeto,
utilizando-a no cálculo de numero guia, acrescentado um ou dois pontos, dependendo da
refletância da superfície. É necessário experiência para determinar a exposição com flash
rebatido, algumas unidades automáticas permitem que a cabeça seja direcionada para
cima ou para uma parede enquanto o sensor de luz fica voltado para o objeto, desta forma
elas compensam automaticamente a perda de luz causada pelo rebatimento e eliminam a
necessidade de cálculos separados.
FLASH MULTIPLO
Com o flash múltiplo, o obturador é aberto primeiro com o objeto no escuto,
então o flash é disparado uma ou mais vezes para deixar o filme exposto. Este
procedimento destina-se principalmente para objetos estáticos. O flash pode ser
disparado de diferentes posições, para criar o efeito de várias fontes de luz, ou de uma
única posição.
FLASH DE ENCHIMENTO
O flash normalmente é usado em fotos ao ar livre com o objetivo de fornecer
iluminação de enchimento adicional para um objeto iluminado pelas laterais ou por trás.
Ele pode ser montado na câmera ou perto dela, o que vai elevar o tom de todas as áreas
de sombra, reduzindo o contraste, o equilíbrio entre luz direta e luz de compensação é
fundamental, se tiver muita luz de compensação às sombras ficam muito claras, e o
resultado por consequência fica artificial.
OS PROCEDIMENTOS NO LABORATÓRIO
Tudo começa quando a luz atinge a emulsão sensível e altera a carga elétrica dos cristais
de haleto de prata, fazendo-os reagir ao revelador.
Após a exposição, o negativo passa a carregar uma imagem latente invisível
composta destes alterados, que serão reduzidos a prata metálica pelo revelador. Essa
reação ocorre em todo o negativo, de acordo com a proporção de luz que incide em cada
local, desta maneira, algumas áreas que recebem mais exposição apresentam maior
densidade de prata reduzida. Entre os fatores que afetam a densidade total estão a
natureza do revelador, a duração e a temperatura da revelação, além da agitação.
Depois da revelação, o filme é transferido para um anho interruptor
moderadamente ácido, que neutraliza o revelador que sobrou uma emulsão, e depois vai
para um banho de fixador ácido. A principal função do fixador é a remoção dos haletos
de prata não reduzidos que permaneceram na emulsão. Quando o fixador cumpre sua
tarefa essencial, todos os resíduos devem ser eliminados por um processo de lavagem,
que será abordada em seguida.
REVELADORES E REVELAÇÃO
O revelador do filme deve ser considerado um elemento crítico do processo
fotográfico, deve ser misturado com cuidado, de acordo com as instruções. A
temperatura do revelador também é extremamente importante, a melhor temperatura
para se trabalhar é 20ºC e evitando as oscilações.
*Reveladores Padrão: para uso geral em bandejas e tanques, com filme plano, de rolo
ou em chapa. Eles proporcionaram excelentes tonalidades e grãos moderados. Existem
vários tipos de reveladores padrão, como o Kodak HC-110, D-23 e D-76, e Edwal FG-7,
todos menos o D-23 são vendidos prontos para diluição.
*Reveladores de grão fino: nos negativos de pequeno formato o tamanho do grão é um
fator a ser considerado, e muitos reveladores oferecem uma redução real no tamanho
no grão. Os verdadeiros reveladores de grão fino conservam alta acutância sem alterar a
estrutura e o tamanho do grão.
*Reveladores de alta energia: são soluções de revelação forte, usadas principalmente
em trabalhos de alto-contraste, como a fotografia de processos gráficos, ou para obter
um processamento muito rápido. O Kodak D-11 é um exemplo, os reveladores de alta
energia são recomendados para criar efeitos especiais, não para fotografia em geral.
*Reveladores para finalidades especiais: são reveladores formulados para reproduções,
raios X, positivos e outras aplicações específicas.
No momento em que escolher o revelador, o fotografo deverá ter em mente a
natureza do objeto ou a cena em questão, o grau de ampliação planejado, o tipo de
iluminação do ampliador e a finalidade das fotos.
COMPONENTES DOS REVELADORES
O revelador contém vários ingredientes além do agente revelador, a
familiaridade com eles lhe permite fazer ajustes na fórmula para chegar a
determinados resultados.
Revelador: tem a capacidade de reduzir os haletos de prata expostos a prata metálica,
o metol, a fenidona, a hidroquina, o amidol, o pirogalol e a glicina são os mais comuns,
a maioria dos reveladores para finalidades gerais possui uma combinação de metol e
hidroquinona, o metol proporciona bons detalhes ao negativo, e a hidroquinona
aumenta o contraste e produz densidade maior nas altas-luzes.
Compensador: são os que revelam todos os detalhes das sombras e dos meios-tons e
limitam o grau de revelação das altas-luzes.
Conservantes: é usado para prolongar a vida útil e pra prevenir o aparecimento de
manchas no negativo e nas cópias.
Acelerador: proporciona o ambiente alcalino necessário á maioria dos agentes
reveladores, o carbonato de sódio e o hidróxido de sódio costumam ser usados como
aceleradores.
Retardador: aumenta o contraste inibido a redução de prata em áreas pouco expostas,
por isso, produz densidades mais baixas nas áreas de sombra o negativo.
A CONSERVAÇÃO DO REVELADOR
A maior parte dos reveladores se mantém bem conservada sob boas condições
de armazenamento, mas todos ele perdem a força á medida que o tempo vai passando, a
boa conservação depende da pureza da água utilizada nas soluções de estoque, da fórmula
química, pois os reveladores que possuem sulfito de sódio se oxidam lentamente e mesmo
assim devem ser protegidos do ar. Depende também do recipiente onde são armazenados,
pois como a luz acelera a oxidação, os reveladores devem ser guardados em recipientes de
aço inoxidável ou vidro marrom-escuro, alguns plásticos permitem a passagem de
moléculas de oxigênio que interfere na solução. E também é importante não permitir que o
revelador seja contaminado por outros químicos durantes o processamento do negativo.
BANHO INTERRUPTOR
Após a revelação o negativo é transferido para o banho fixador, que desempenha
várias funções, neutraliza os resíduos alcalinos do revelador que ficaram na emulsão, ajuda
a evitar que o banho ácido fixador seja neutralizado por resíduos alcalinos presentes na
emulsão, e evita manchas de espumano negativo.
FIXADOR
A função do fixador é remover da emulsão os restos de haleto de prata não reduzidos na
revelação, o agente fixador mais usado é o tiossulfato de sódio, o banho fixador costuma
ser ácido, o sulfito de sódio e ácido acético é acrescentado para estabilizar a acidez.
REMOVEDOR DE HIPO
Após os negativos serem fixados e generosamente enxaguados, devem ser
colocados numa solução hipoclareadora, existem várias marcas disponíveis, e a maioria
contém sais inorgânicos para remover o hipo mais rapidamente, para garantir mais
permanência o filme pode ser tratado com um banho fraco de selênio e uma lavagem final.
ARMAZENAMENTO DOS NEGATIVOS
Os negativos devem ser armazenados em envelopes de locais não ácidos, em um
ambiente fresco e arejado. Ou então, em pastas translúcidas de poliéster não tratado, e
depois deve ser inserido num envelope de papel, o lado aberto da pasta deve ficar virado
para a abertura do envelope, para que o negativo “respire” e o envelope deve ser arquivado
com a abertura para cima ou para o lado, nunca para baixo.
O LABORATÓRIO
O laboratório deve ser planejado de forma que as áreas “secas e molhadas”
fiquem separadas, caso isso não seja possível e a mesa de trabalho e a pia sejam projetadas
na sequência, nesse caso uma divisória de pelo menos 60 cm de altura deve separá-los.
A área seca deve ter um amplo espaço, o ampliador recomenda-se que fique do lado oposto
da pia, deve se houver também no lado seco um lugar para se guardar as objetivas, lentes
de aumento e outras ferramentas e acessórios para a ampliação. A pia deve ser de materiais
resistentes a água e aos químicos. O fundo deve ter uma estrutura forte, ser plano e grande
com uma inclinação para drenas os líquidos. A ventilação é adequado é uma necessidade
para remover gases e proporcionar ar fresco durante a sessão de trabalho. Os tanques
podem ser de plásticos ou de aço inoxidável, a unidade completa inclui os tanques, uma ou
mais espirais de filme.
TEMPO E TEMPERATURA DE REVELAÇÃO
Todos os processos químicos são sensíveis a temperatura em alguma medida. Na
química fotográfica, revelação ocorre em ritmo diretamente proporcional a temperatura da
solução, um aumento da temperatura acelera o processo, reduzindo assim o tempo. É
necessário padronizar tanto o tempo como a temperatura se quer obter resultados
previsíveis com cada revelador. A agitação é importante é importante, pois se não
for feita corretamente poderá surgir a presença de listras de brometo se não forem
removidos pela agitação.
O PROCESSAMENTO
Mergulhe cada filme separadamente na água de pré-lavagem e então transfira um
de cada vez para o revelador. Segurando cada filme pelas bordas, coloque-os na solução
deslizando-os pelas bordas, pressione-o delicadamente com a ponta dos dedos, tomando
cuidado para arranhar a superfície com as unhas.
REVELAÇÃO DE FILMES NA BANDEJA
A revelação na bandeja é o método mais simples, embora seja preciso muito
cuidado em todas as etapas do manuseio dos filmes, o resultados é uma revelação
uniforme e consistente. A agitação é mais complexa que no tanque e deve-se dar muita
atenção á frequência e á cronometragem.
REVELAÇÃO DE FILME EM ROLO
Para obter uma revelação uniforme, é importante colocar o filme de uma vez no
tanque com o revelador, em vez de despejar o revelador segue-a uma pré-lavagem de 20
segundos. Assim que o filme tiver sido transferido para o revelador, agite-o por 30 segundos
ante de acionar o timer, para que a solução reveladora renova a água da emulsão.
LEVAGEM, SECAGEM E ARMAZENAMENTO
A lavagem requer um fluxo delicado, porém continuo de água em volta e no meio de
cada espiral é necessário também controlar a temperatura da água de lavagem para evitar
choques térmicos nos negativos. A qualidade da água também deve ser cuidada, pois deve ser
em filtrada para remover areia, partículas metálicas e matéria orgânica.A secagem começa
colocando o negativo em um agente umidificante, este faz com que a água escorra livremente
evitando manchas. Os negativos de preferência devem ser secos armazenados em envelopes de
papel.
O CONTROLE DE TONS NA REVELAÇÃO
Este método, segundo o autor, usa modificações no processamento para chegar a um
negativo equilibrado, com bons detalhes de objetos que tenham mais ou menos contraste do
que o normal. Entendendo-se as características dos materiais atuais e dos padrões de
processamento “normal” é possível de se trabalhar.
A chegada dos filmes de emulsão fina provocou muitas mudanças. As curvas
características de muitos filmes comuns têm uma região reta muito longa, enquanto as
emulsões mais antigas começam a formar um ombro, por volta do Tom VIII ou IX.
O uso da contração na revelação com filmes antigos foi de grande importância para possibilitar
o registro de cenas de escala longa sem bloquear as altas luzes. A região reta mais longa dos
filmes atuais minimiza esse problema; os filmes modernos possuem grande tolerância a
exposições maiores que a normal. Os filmes de emulsão fina são muito menos controláveis,
principalmente nas expansões. Testes confirmaram que os procedimentos de expansão e
contração podem proporcionar controle sobre uma variação de cerca de dois ou três tons, mas
em geral não mais do que isso. Os filmes de hoje, considerados um tanto á prova de falha,
suportam melhor o descuido no processo de revelação. No entanto, um negativo com contraste
A REVELAÇÃO NORMAL
O ampliador de difusão produz contraste um pouco menor do que o ampliador de
condensador; assim o negativo normal para uma fonte de luz difusa demanda uma escala
maior para ser revelado normalmente em papel de grau 2.
Ansel Adams recomenda para os ampliadores de difusão, densidades em cerca de 1,20 e
afirma ser excelente para revelação em papel grau 2. No entanto, o contraste do papel de
grau 2 varia de fabricantes para fabricante, e a tendência favorece uma escala de
exposição menor. Por isso, a variação ideal deve ser continuamente revista.
Diferentes tonalidades podem funcionar melhor dependendo do ampliador, dos métodos
de revelação e do gosto pessoal.
EXPANSÃO E CONTRAÇÃO
Tem como propósito alterar a escala de densidade e um negativo que tenha sido
exposto a um espectro de luminâncias maior ou menor do que o normal. O objetivo é
conseguir que um negativo seja copiado num papel de contraste normal com um mínimo
de variações de processamento. Para expandir uma zona, calcula-se o tempo de revelação
que produz essa escala de expandir uma zona anterior da escala.
Na pratica nem sempre é possível expandir ou contrair a escala do negativo
para se obter extremamente a escala de densidade desejada, principalmente com cenas
de contraste muito alto ou muito baixo.
CONTRASTE LOCAL
A partir das amostras de curvas, sabe-se que a expansão ou a contração de
uma zona em uma alta luz não produz alteração de uma zona completa abaixo na
escala. Se o controle de tons intermediários for de grande importância, pode-se usar
os padrões de densidades de Tom V ou do Tom VI para determinar o tempo de
revelação para expansão ou a contração de uma zona completa de uma zona completa
nessa região central.
REVELADORES ALTAMENTE DILUÍDOS
Em geral, um revelador altamente diluído agirá como o mesmo revelador em
diluição normal. Mas, se a agitação for menos frequente e o filme ficar parado em
contato com a solução altamente diluída, pode ocorrer certo efeito compensatório.
REDUÇÃO
Remove a densidade de um negativo revelado. Existem três tipos comuns.
Redutores de baixa luz: aumentam o contraste
Redutores proporcionais: diminuem a densidade em todo o negativo como se este
tivesse sido menos revelado
Redutores superproporcionais: afetam as densidades mais elevadas do negativo do
que as mais baixas, como se este tivesse recebido menos revelação.
Os redutores de baixa luz são os mais usados e o mais fáceis de controlar.
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Negativo e tons de imagem

  • 1. O Negativo Ansel Adams Nicoli Lopes Laboratório Preto e Branco – 2015/1 Curso Superior de Tecnologia em Fotografia – ULBRA Fernando Pires
  • 2. VISUALIZAÇÃO E TONS DE IMAGENS A visualização é o processo consciente de projetar mentalmente a imagem fotográfica final antes de dar os primeiros passos para fotografar o objeto. É possível uma cópia fotográfica reproduzir a amplitude de brilho da maioria dos objetos, então uma cópia fotográfica é uma interpretação dos tons do objeto. Por exemplo, emprega numerosos controles fotográficos para criar uma imagem que seja “equivalente ao que vi e senti”. O observador aceitara a imagem como de fato ela é. Visto que, não existem duas pessoas que enxerguem o mundo da mesma maneira, cada um tem uma visão de imagem. O primeiro passo em direção a visualização é a interpretação expressiva, é tornar-se consciente do mundo ao redor em termos de imagem fotográfica. É necessário algum esforço para aprender a enxergar um objeto colorido em termos de tons de branco e preto. Primeiro, é preciso “sentir” o preto, o branco e as tonalidades de cinza médio que representarão cada área do objeto que temos diante de nós, usando o principio, um objeto composto de algumas áreas extensas de luminâncias diferentes, O fotografo aprende a identificar os tons da imagem assim como o músico aprende a reconhecer o tom da musica e o pintor, as relações sutis entre as cores.
  • 3. LUZ E FILME O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO A luz apenas o tipo de radiação eletromagnética a qual o olho humano é sensível. Essa radiação pode ser considerada um espectro contínuo que inclui, além da luz, ondas de rádio, de radar, raios x, raios gamas e outras formas de energia radialmente. O que distingui cada um dessas formas de radiação é o comprimento de onda a distância da crista de uma onda a outra que pode variar de muitos metros a um bilionésimo de metro. LUZ INCIDENTE E LUZ REFLETIDA Quando a luz atinge a superfície, ela pode ser transmitida absorvida ou refletida. Se a superfície for transparente, como o vidro de uma janela, a maior parte da luz será transmitida, embora um pouco seja, inevitavelmente, perdido por reflexão e absorção. A luminância total de uma superfície é determinada pela quantidade de luz incidente sobre ela e por uma propriedade conhecida com refletância. REFLEXÃO DEFUSA E ESPECULAR A luz refletida tem um caráter em geral difuso, ou seja, as reflexões correm em todas as direções e de forma quase uniforme a partir de superfície fosca ou texturizadas. Qualquer superfície que pareça brilhante como determinadas folhas e rochas ou uma calçada molhada produz altas-luzes espetaculares, do mesmo modo que substâncias cristalinas, como o gelo, a areia ou a neve.
  • 4. OS COMPONENTES DO FILME A fotografia depende basicamente da redução química do metal prata a partir dos haletos de prata que são expostos á luz. Os cristais de haleto de prata expostos á luz são ativados e serão reduzidos a partículas pretas de prata metálica durante a revelação. Na exposição, a luz produz uma imagem bastante invisível, composta dos cristais que vão formar a imagem de prata depois do revelador, mas que ainda não passaram por nenhuma mudança visível. Na revelação, porções do filme expostas a grande quantidade de luz produzem uma considerável depósito de prata reduzida, conhecido como densidade mais alta, as áreas do filme expostas a menos luz produzem menos prata, ou tem menor densidade.
  • 5. A VELOCIDADE DO FILME Cada filme apresenta uma sensibilidade característica á luz, determinada durante sua fabricação. Um filme específico exige determinada quantidade de luz para produzir a primeira densidade de aproveitável, e quantidades maiores de luz produzem densidades maiores, até chegar ao máximo. O controle do tempo de exposição e da abertura da lente permite assegurar que a quantidade de luz que atinge o filme a partir do objeto caia dentro dessa área, o que produz acréscimos de densidade visível e, portanto, uma imagem utilizável. A velocidade ASA de um filme é apresentada por uma escala aritmética na qual o dobro da sensibilidade corresponde ao dobro da velocidade. Para cada duplicação do número ASA, a exposição necessária a cada cena é reduzida pela metade. Toda escala é divida em intervalos a um terço de ponto das variações de exposição, de modo que a cada três números temos um ponto completo: 64 80 100 125 150 200 250 320 400 500 ... Embora a maioria das câmeras e dos fotômetros nos EUA esteja calibrada na escala ASA, os fabricantes também dão às velocidades em DIN. A escala DIN é logarítmica e não aritmética, de modo que uma duplicação na sensibilidade é indicada por um aumento de 3 no setor de velocidade do filme. A velocidade do filme deve ser ajustada no setor do fotômetro manual ou no da própria câmera, se esta tiver um fotômetro embutido. Um dos mais desconcertantes problemas com que nos defrontamos é o fato de fabricantes alterem as características do filme sem indicar isso claramente na embalagem.
  • 6. O TAMANHO DO GRÃO O exame de um negativo com um focalizador de grãos revela que ele não é composto de um campo contínuo de tons preto e branco, mas que esses tons são simulados por um meio de um depósito controlado de partículas pretas. Essas partículas são os grãos da emulsão, a prata metálica reduzida depositada quando o cristal de haleto respondeu á luz e foi relevado. A aparência da granulação na cópia final dependerá também do grau de ampliação do negativo. O ARMAZENAMENTO DO FILME Como os filmes fotográficos se deterioram com o tempo, as condições de armazenamento são extremamente importantes. O filme virgem é vendido em embalagens que o protegem contra a umidade. A temperatura também é muito importante: em nenhuma circunstância o filme deve ser submetido a altas temperaturas. Os filmes expostos devem ser revelados o mais rapidamente possível. A Kodak recomenda que filmes preto e branco expostos sejam revelados em 72 horas ou menos. Outro fator que determina a deterioração dos filmes é as substâncias químicas ativas no meio ambiente. Entre substâncias potencialmente danosas identificadas pela Kodak estão certos plásticos, solventes, laca, tintas, e gases. EXPOSIÇÃO O conceito de negativo perfeito é o mesmo tempo intrigante e irritante para os estudantes e para os fotógrafos. Se a exposição e a revelação forem normais, o negativo deve estar correto mesmo quando não proporcionar a cópia que desejávamos. O negativo perfeito é aquele exposto e revelado de acordo com os tons visualizados para a cópia funcional ou expressiva.
  • 7. FOTOMETRO A utilidade do fotômetro de luz incidente é limitada, pois ele mede apenas a luz que sobre o objeto, não levando em consideração as luminâncias especificas que produzem a imagem. A luminância é medida em candelas por pés quadrados, mas muitos fotômetros modernos usa uma escala arbitrária de valores em vez dessas unidades reais. No entanto, com a escala aritmética hoje utilizada na maioria dos fotômetros, uma duplicação da luminância é indicada pelo aumento de uma unidade na escala. Os números lidos no fotômetro são transferidos para um disco e cálculo que os converte em números f e em velocidade do obturador, levando em consideração a velocidade do filme. Devemos nos lembrar de que o fotômetro não tem como saber para que tipo de objeto foi apontado ou qual é sua proporção de áreas escuras e claras. Ele é calibrado na suposição de que o objeto seja “médio”. COMO MEDIR O CINZA-MÉDIO Nós podemos melhorar muito a precisão da exposição fazendo a leitura de um tom médio da cena – uma superfície de luminância uniforme a meio caminho entre as áreas mais claras e as mais escuras da cena. Existe um cinza-médio calibrado no cartão cinza padrão a 18% de refletância da Kodak que se encontra disponível na maioria das lojas de equipamentos fotográficos. Matematicamente, o tom com 18% de refletância é um cinza-médio, numa escala geométrica que vai do preto ao branco, é esse o tom com que o fotômetro foi calibrado para registrar na cópia final.
  • 8. COMO FAZER A MÉDIA DAS ALTAS E BAIXAS-LUZES Essa técnica consiste em examinar o objeto co finalidade de encontrar a área mais escura e a mais clara das quais você deseja registrar detalhes. Depois de medir separadamente cada área, ajuste o disco do fotômetro a meio caminho entre elas, ou seja, na média das duas leituras. Assim você estará levando em conta as luminâcias principais do objeto, em vez de supor que o espectro é médio. SUPER E SUBEXPOSIÇAO A subexposição é certamente o mais perigoso. Se a cena estiver subexposta, suas áreas escuras poderão não ser registradas no filme, e não há técnica de revelação que produza detalhes inexistentes no negativo. A maioria dos fotógrafos parte do principio de que é melhor superexposto um pouco a subexpor. NÚMEROS EV Muitos fotômetros e algumas câmeras podem também ser calibradas em números EV (valor de exposição). Esses números referem-se a combinações especificas de números f e velocidade do obturador e permitem que essas funções sejam interligadas de tal maneira que uma mudança em uma delas automaticamente muda a outra. Se a câmera for ajustada para 1/60 de segundo em f/11, por exemplo, esse mecanismo permite que se faça um único ajuste para estabelecer todas as exposições equivalentes, neste caso 1/30 em f/16, 1/15 em f/22, 1/125 em f/8, etc.
  • 9. CORREÇÕES DE EXPOSIÇÃO Fatores de exposição Várias circunstâncias podem alterar a exposição básica, inclusive o uso de filtros ou extensões de objetivas para focalizar objetos próximos. Nesses casos, a correção necessária costuma ser expressa com um fator. Esse fator pode ser aplicado diretamente: basta multiplicá-lo pelo tempo de exposição indicado para obter o tempo ocorrido. O FATOR K Em tese, esse fator dá uma porcentagem maior de imagens aceitáveis sob condições médias em comparação a um fotômetro calibrado exatamente para uma refletância de 18%. O efeito prático do Fator K é o seguinte: se medirmos cuidadosamente uma superfície cinza-médio e realizarmos a exposição conforme o indicado, o resultado não será exatamente um cinza-médio. O SISTEMA DE ZONAS O sistema de zonas nos permite relacionas várias luminâncias de um objeto com os de cinza, o branco e o preto que visualizamos, para representar cada luminância na imagem final. Essa é a base do método de visualização, que ela seja literal ou um pouco distante da realidade. O porquê devemos nos preocupar tanto em ter um negativo bom se podermos ajustar os contrastes com papeis de várias escalas, devemos sempre ter um bom negativo para não dependemos tanto desses recursos. O sistema de zonas baseia-se na fotografia convencional, trabalharmos primeiro com o negativo e usamos todas as informações necessárias para a imagem final através do controle da cópia do negativo em papel fotográfico.
  • 10. A ESCALA DE EXPOSIÇÃO Uma vez que a relação entra a exposição indicada e o tom a cópia resultante é conhecida ou previsível, nós a usamos para determinar o ponto médio da escala de tons da imagem. Depois definimos a leitura da exposição feita em uma única superfície do objeto e usada diretamente para produzir este tom cinza média na cópia. A superfície original pode ser branca, preta ou ter um tom intermediário, a leitura dessa superfície e sua utilização na exposição são definidas como exposição pela zona V, e esta produzirá um cinza-médio equivalente ao cartão cinza para a superfície na cópia final. EXPOSIÇÃO PELO SISTEMA DE ZONAS O ajuste inicial Para a maior parte das fotografias fazemos o ajuste inicial com base da área mais escuro do objeto em cuja imagem queremos preservação os detalhes. Desse modo estamos aptos a examinar o objeto em busca das áreas mais escuras nas quais a texturas ou os detalhes são necessários e podemos nos assegurar de fazer tais áreas a exposição suficiente. LEITURA DO FOTÔMETRO NAS ZONAS A maioria dos fotômetros modernos possui uma escala arbitrária de números para representar as luminâncias, na qual cada intervalo de um equivale ao dobro ou á metade de luminância, ou seja, á variação de um ponto na exposição. O número indicado pelo fotômetro para um disco de conversão no próprio fotômetro, o qual, levando em consideração a velocidade do filme, relaciona os números da escala aos ajustes de exposição em termos de numero f e á velocidade do obturador.
  • 11. EXPANSÃO E CONTRAÇÃO Distaciando-nos da revelação padrão, no entanto, podemos ajustar a escala do negativo dentro de certos limites para obter um espectro de densidades que compensem escalas de luminâncias curtas ou longas. Podemos observar que os filmes atuais oferecem menos possibilidades de controle de contraste por meio da redução ou do aumento da revelação ainda é um meio válido de controlar o contraste, mesmo que seja preciso combina-la a outros métodos para alcançar na cópia os efeitos visualizados. SENSITOMETRIA O sistema de Zonas é uma expressão prática da sensitometria, a ciência que estabelece a relação entre exposição e densidade na fotografia. Se o sistema de zonas dor compreendido, fica fácil entender os princípios sensitométricos, o que será muito útil aos fotógrafos. DENSIDADE Para entender o que é a densidade, devemos pensar no que acontece quando a luz passa por um negativo revelado. Uma pequena quantidade de luz é refletida ou absorvida, e o restante é transmitido. A quantidade de luz que passa através do negativo depende da quantidade de prata depositada naquele local durante a revelação e a luz transmitida pode ser medida como sendo uma porcentagem da luz incidente no negativo.
  • 12. FILTROS E PRÉ-EXPOSIÇÃO Embora sejam muito diferentes entre si, os filtros e a pré-exposição são meios de adicionar e controlar os tons dos negativos no momento da exposição. Na fotografia preto-e-branco, os filtros são utilizados para modificar a relação de tonalidades das diferentes áreas de cor do objeto, pois proporcionam uma espécie de controle localizado de contraste. PRÉ-EXPOSIÇÃO Ao revelar um objeto de alto-contraste, o procedimento normal é utilizar a revelação por contração, para ajudar no controle da escala do negativo, mas em alguns casos o contraste reduzido especialmente nas tonalidades mais baixas, não é aceitável. Nesses casos vale a pena aumentar a exposição de tons mais escuros do objeto. Esse efeito pode ser alcançado com a pré-exposição do negativo, um método simples de reforço das baixas-luzes. A pré- exposição consiste em dar ao negativo uma primeira exposição sob iluminação uniforme, alinhada com uma determinada zona baixa, antes da exposição normal do objeto. A pré- exposição serve para trazer todo o negativo para um ponto inicial de exposição ou um pouco a acima, de modo que ele fique sensibilizado a níveis muito baixos de exposição adicional.
  • 13. - FOTOGRAFIA COM LUZ NATURAL AS QUALIDADES DA LUZ NATURAL A luz natural vem principalmente de cima pra baixo, ocasionalmente, vem dos lados, como no nascer e no pôr do sol, quando é refletida por nuvens baixas, montanhas ou edifícios. A ideia de que o céu esta sobre a terra e de quem a maior parte da luz vem de cima, esta em nossa mente, precisamos rever esse conceito e pensar diferentemente e fazer um ajuste mental. Na fotografia de paisagens, não devemos subestimar a importância subjetiva do espectro de luminâncias. Em um dia nublado ou em uma cena totalmente na sombra, esse espectro é muito menos do que seria sob luz do sol e do céu. Quanto mais claro o dia, mais intensa a luz do sol e menos intensa a luz do céu, e, portanto, maior diferença entre as áreas iluminadas e as áreas de sombra. A sugestão é muito importante em quase todas as fotografias, trata-se de algo muito sutil e difícil de atingir. LUZ DO SOL E SOMBRAS Em condições mistas de sol e sombra, os tons refletidos pelo objeto são modificados pelos extremos de intensidade de luz. A luz direta do sol costuma ser oito vezes mais brilhantes que uma sombra aberta, mas essa proporção pode ser maior se o ar estiver limpo, ou menor se houver algum tipo de névoa. O principal problema é preservar a sensação da luz, uma cópia que pretenda transmitir uma emoção pode definir de um registro literal. A análise do efeito da luz do sol sobre vários objetos demonstra a importância do ângulo da iluminação na revelação das formas, planos e texturas. Não há iluminação mais bela que a do céu, ela favorece a representação precisa das tonalidades e cores, algo especialmente importante nas fotografias de tecidos, obras de arte e assim por diante.
  • 14. FOTOGRAFIA COM FILME INFRAVERMELHO A exposição e revelação normamente recomendadas para os filmes infravermelhos são baseadas num resultado de contraste bastante extremo, informativo, mas visualmente desagradável. O filme infravermelho em mãos criativas pode reproduzir imagens magníficas, mas em geral devemos evitar amplas imagens com céu e água, pois ficam invariavelmente escuras na cópia, mas se for fotografado ao sol, a região do céu próxima do horizonte ficará bem clara. FOTOGRAFIA COM LUZ ARTIFICIAL A imagem é composta dos efeitos de luzes refletidas, independente do tipo de iluminação utilizada para capta-la. No ambiente usamos a luz da maneira que a encontramos e temos que ter um olhar mais critico. Já na luz artificial, somos livres para usa-las da maneira que preferimos e criar o efeito que quisermos. LUZ CONTÍNUA Existem diversos tipos de lâmpadas, as de tungstênio são bastante usadas, pois são as luzes de estúdio com o custo mais baixo, as photofood são encontradas em duas potências, a numero 1 tem 275 watts e a numero 2 tem 500 watts. As lâmpadas de filtro azul auxiliam na correção da temperatura de cores. Na fotografia em preto e branco, a luz de fonte como as de lâmpadas comuns e fluorescentes e até mesmo as de velas, pode ser medida e usada sem que precisemos nos preocupar com variações de sua cor.
  • 15. EXPOSIÇÃO Os fotógrafos utilizam o fotômetro, pois seus objetos são muito pequenos para serem medidos. O fotômetro do tipo spot está substituindo o de luz incidente, pois oferece mais precisão nos controles de luz e contraste nos objetos. Existe uma propriedade de luz incidente que deve ser compreendida por completo, de acordo com a relação enunciada pela lei do inverso quadrado, ela relaciona a distância entre a fonte de luz e o objeto e a intensidade de luz que incide sobre este. Esta lei é estritamente verídica apenas para fontes pontuais, mas aplica-se a qualquer luz cujo tamanho aparente não seja muito grande. O efeito da lei do inverso quadrado pode ser considerado nos termos do Sistema de Zonas, que foi criado para serializar, isto é posto em prática estabelecendo relações entre os vários valores de luz do sujeito e as correspondentes densidades registradas no negativo. Um conjunto de técnicas oferece ao fotógrafo a possibilidade de registrar no negativo e posteriormente no papel fotográfico, valores de luz desejados por ele perante a reprodução. UMA ABORDAGEM PARA A ILUMINAÇÃO O principiante sempre começa pelas fórmulas de iluminação, sem notar com clareza a relação entre os efeitos expressivos e estruturais da iluminação controlada e seus conceitos e objetos. Nada prejudica mais a criatividade do que as regras de iluminação convencionais. É mais fácil e mais produtivo começar o estudo da iluminação sem a luz, acrescentando-a aos poucos, depois de considerar as formas e texturas dos objetos. Dessa maneira, o efeito de cada lâmpada e o resultado de uma mudança de posição pode ser avaliado individualmente. Assim, é possível construir a iluminação adequada ao objeto.
  • 16. ILUMINAÇÃO INDIRETA O ideal é uma parede, ou teto branco e liso, que produz luz difusa. Se direcionarmos uma lâmpada para essa superfície, o resultado final é um padrão de luz circular ou oval que se toma, a fonte de luz, o tamanho deste circulo está relacionado com o tamanho do refletor e com a distância da lâmpada. A distância entre a lâmpada e a superfície faz pouca diferença, a fonte de luz emite certa quantidade de luz dentro do seu circulo de iluminação, esta não se altera se deslocarmos a fonte em relação á superfície, desde que toda a luz esteja contida nela. POLARIZAÇÃO CRUZADA O polarizador é um meio eficiente de eliminar clarões e reflexões especulares, em estúdio o polarizador sobre a lente pode ser uado em conjunção com fontes de luz polarizada para eliminar por completo os clarões. FLASH A maior dificuldade na utilização do flash está na visualização dos efeitos de luz sobre o objeto, muitas unidades de flash de estúdio possuem lâmpadas de luz continua de intensidade moderada embutidas nas cabeças do flash, que mostram o efeito do arranjo de luzes. As unidades de flash sem refletor são projetadas para aproveitar a luz refletida pelo ambiente e suaviza-las, além de criar pontos de luz nos olhos dos modelos de retratos. Os flashes sem refletor são especialmente úteis com objetivas grande angulares, e para iluminar as baixas-luzes.
  • 17. ESPOSIÇÃO COM FLASH A maneira mais comum de determinar a exposição com flash é usar o número guia, que incorpora a intensidade do flash com refletor e a velocidade do filme. Não é necessário alterar o numero guia no flash eletrônico pois seu pulso total de luz é utilizado com qualquer velocidade de obturador até o valor máximo que sincroniza com o flash eletrônico . FLASH REBATIDO A luz do flash normalmente é rebatida em tetos e paredes para evitar efeitos desarmoniosos, porém sem o flash não temos como calcular a exposição correta. Podemos fazer uma estimativa grosseira medindo a distância entre o flash, o refletor e o objeto, utilizando-a no cálculo de numero guia, acrescentado um ou dois pontos, dependendo da refletância da superfície. É necessário experiência para determinar a exposição com flash rebatido, algumas unidades automáticas permitem que a cabeça seja direcionada para cima ou para uma parede enquanto o sensor de luz fica voltado para o objeto, desta forma elas compensam automaticamente a perda de luz causada pelo rebatimento e eliminam a necessidade de cálculos separados. FLASH MULTIPLO Com o flash múltiplo, o obturador é aberto primeiro com o objeto no escuto, então o flash é disparado uma ou mais vezes para deixar o filme exposto. Este procedimento destina-se principalmente para objetos estáticos. O flash pode ser disparado de diferentes posições, para criar o efeito de várias fontes de luz, ou de uma única posição.
  • 18. FLASH DE ENCHIMENTO O flash normalmente é usado em fotos ao ar livre com o objetivo de fornecer iluminação de enchimento adicional para um objeto iluminado pelas laterais ou por trás. Ele pode ser montado na câmera ou perto dela, o que vai elevar o tom de todas as áreas de sombra, reduzindo o contraste, o equilíbrio entre luz direta e luz de compensação é fundamental, se tiver muita luz de compensação às sombras ficam muito claras, e o resultado por consequência fica artificial. OS PROCEDIMENTOS NO LABORATÓRIO Tudo começa quando a luz atinge a emulsão sensível e altera a carga elétrica dos cristais de haleto de prata, fazendo-os reagir ao revelador. Após a exposição, o negativo passa a carregar uma imagem latente invisível composta destes alterados, que serão reduzidos a prata metálica pelo revelador. Essa reação ocorre em todo o negativo, de acordo com a proporção de luz que incide em cada local, desta maneira, algumas áreas que recebem mais exposição apresentam maior densidade de prata reduzida. Entre os fatores que afetam a densidade total estão a natureza do revelador, a duração e a temperatura da revelação, além da agitação. Depois da revelação, o filme é transferido para um anho interruptor moderadamente ácido, que neutraliza o revelador que sobrou uma emulsão, e depois vai para um banho de fixador ácido. A principal função do fixador é a remoção dos haletos de prata não reduzidos que permaneceram na emulsão. Quando o fixador cumpre sua tarefa essencial, todos os resíduos devem ser eliminados por um processo de lavagem, que será abordada em seguida.
  • 19. REVELADORES E REVELAÇÃO O revelador do filme deve ser considerado um elemento crítico do processo fotográfico, deve ser misturado com cuidado, de acordo com as instruções. A temperatura do revelador também é extremamente importante, a melhor temperatura para se trabalhar é 20ºC e evitando as oscilações. *Reveladores Padrão: para uso geral em bandejas e tanques, com filme plano, de rolo ou em chapa. Eles proporcionaram excelentes tonalidades e grãos moderados. Existem vários tipos de reveladores padrão, como o Kodak HC-110, D-23 e D-76, e Edwal FG-7, todos menos o D-23 são vendidos prontos para diluição. *Reveladores de grão fino: nos negativos de pequeno formato o tamanho do grão é um fator a ser considerado, e muitos reveladores oferecem uma redução real no tamanho no grão. Os verdadeiros reveladores de grão fino conservam alta acutância sem alterar a estrutura e o tamanho do grão. *Reveladores de alta energia: são soluções de revelação forte, usadas principalmente em trabalhos de alto-contraste, como a fotografia de processos gráficos, ou para obter um processamento muito rápido. O Kodak D-11 é um exemplo, os reveladores de alta energia são recomendados para criar efeitos especiais, não para fotografia em geral. *Reveladores para finalidades especiais: são reveladores formulados para reproduções, raios X, positivos e outras aplicações específicas. No momento em que escolher o revelador, o fotografo deverá ter em mente a natureza do objeto ou a cena em questão, o grau de ampliação planejado, o tipo de iluminação do ampliador e a finalidade das fotos.
  • 20. COMPONENTES DOS REVELADORES O revelador contém vários ingredientes além do agente revelador, a familiaridade com eles lhe permite fazer ajustes na fórmula para chegar a determinados resultados. Revelador: tem a capacidade de reduzir os haletos de prata expostos a prata metálica, o metol, a fenidona, a hidroquina, o amidol, o pirogalol e a glicina são os mais comuns, a maioria dos reveladores para finalidades gerais possui uma combinação de metol e hidroquinona, o metol proporciona bons detalhes ao negativo, e a hidroquinona aumenta o contraste e produz densidade maior nas altas-luzes. Compensador: são os que revelam todos os detalhes das sombras e dos meios-tons e limitam o grau de revelação das altas-luzes. Conservantes: é usado para prolongar a vida útil e pra prevenir o aparecimento de manchas no negativo e nas cópias. Acelerador: proporciona o ambiente alcalino necessário á maioria dos agentes reveladores, o carbonato de sódio e o hidróxido de sódio costumam ser usados como aceleradores. Retardador: aumenta o contraste inibido a redução de prata em áreas pouco expostas, por isso, produz densidades mais baixas nas áreas de sombra o negativo.
  • 21. A CONSERVAÇÃO DO REVELADOR A maior parte dos reveladores se mantém bem conservada sob boas condições de armazenamento, mas todos ele perdem a força á medida que o tempo vai passando, a boa conservação depende da pureza da água utilizada nas soluções de estoque, da fórmula química, pois os reveladores que possuem sulfito de sódio se oxidam lentamente e mesmo assim devem ser protegidos do ar. Depende também do recipiente onde são armazenados, pois como a luz acelera a oxidação, os reveladores devem ser guardados em recipientes de aço inoxidável ou vidro marrom-escuro, alguns plásticos permitem a passagem de moléculas de oxigênio que interfere na solução. E também é importante não permitir que o revelador seja contaminado por outros químicos durantes o processamento do negativo. BANHO INTERRUPTOR Após a revelação o negativo é transferido para o banho fixador, que desempenha várias funções, neutraliza os resíduos alcalinos do revelador que ficaram na emulsão, ajuda a evitar que o banho ácido fixador seja neutralizado por resíduos alcalinos presentes na emulsão, e evita manchas de espumano negativo. FIXADOR A função do fixador é remover da emulsão os restos de haleto de prata não reduzidos na revelação, o agente fixador mais usado é o tiossulfato de sódio, o banho fixador costuma ser ácido, o sulfito de sódio e ácido acético é acrescentado para estabilizar a acidez.
  • 22. REMOVEDOR DE HIPO Após os negativos serem fixados e generosamente enxaguados, devem ser colocados numa solução hipoclareadora, existem várias marcas disponíveis, e a maioria contém sais inorgânicos para remover o hipo mais rapidamente, para garantir mais permanência o filme pode ser tratado com um banho fraco de selênio e uma lavagem final. ARMAZENAMENTO DOS NEGATIVOS Os negativos devem ser armazenados em envelopes de locais não ácidos, em um ambiente fresco e arejado. Ou então, em pastas translúcidas de poliéster não tratado, e depois deve ser inserido num envelope de papel, o lado aberto da pasta deve ficar virado para a abertura do envelope, para que o negativo “respire” e o envelope deve ser arquivado com a abertura para cima ou para o lado, nunca para baixo. O LABORATÓRIO O laboratório deve ser planejado de forma que as áreas “secas e molhadas” fiquem separadas, caso isso não seja possível e a mesa de trabalho e a pia sejam projetadas na sequência, nesse caso uma divisória de pelo menos 60 cm de altura deve separá-los. A área seca deve ter um amplo espaço, o ampliador recomenda-se que fique do lado oposto da pia, deve se houver também no lado seco um lugar para se guardar as objetivas, lentes de aumento e outras ferramentas e acessórios para a ampliação. A pia deve ser de materiais resistentes a água e aos químicos. O fundo deve ter uma estrutura forte, ser plano e grande com uma inclinação para drenas os líquidos. A ventilação é adequado é uma necessidade para remover gases e proporcionar ar fresco durante a sessão de trabalho. Os tanques podem ser de plásticos ou de aço inoxidável, a unidade completa inclui os tanques, uma ou mais espirais de filme.
  • 23. TEMPO E TEMPERATURA DE REVELAÇÃO Todos os processos químicos são sensíveis a temperatura em alguma medida. Na química fotográfica, revelação ocorre em ritmo diretamente proporcional a temperatura da solução, um aumento da temperatura acelera o processo, reduzindo assim o tempo. É necessário padronizar tanto o tempo como a temperatura se quer obter resultados previsíveis com cada revelador. A agitação é importante é importante, pois se não for feita corretamente poderá surgir a presença de listras de brometo se não forem removidos pela agitação. O PROCESSAMENTO Mergulhe cada filme separadamente na água de pré-lavagem e então transfira um de cada vez para o revelador. Segurando cada filme pelas bordas, coloque-os na solução deslizando-os pelas bordas, pressione-o delicadamente com a ponta dos dedos, tomando cuidado para arranhar a superfície com as unhas. REVELAÇÃO DE FILMES NA BANDEJA A revelação na bandeja é o método mais simples, embora seja preciso muito cuidado em todas as etapas do manuseio dos filmes, o resultados é uma revelação uniforme e consistente. A agitação é mais complexa que no tanque e deve-se dar muita atenção á frequência e á cronometragem. REVELAÇÃO DE FILME EM ROLO Para obter uma revelação uniforme, é importante colocar o filme de uma vez no tanque com o revelador, em vez de despejar o revelador segue-a uma pré-lavagem de 20 segundos. Assim que o filme tiver sido transferido para o revelador, agite-o por 30 segundos ante de acionar o timer, para que a solução reveladora renova a água da emulsão.
  • 24. LEVAGEM, SECAGEM E ARMAZENAMENTO A lavagem requer um fluxo delicado, porém continuo de água em volta e no meio de cada espiral é necessário também controlar a temperatura da água de lavagem para evitar choques térmicos nos negativos. A qualidade da água também deve ser cuidada, pois deve ser em filtrada para remover areia, partículas metálicas e matéria orgânica.A secagem começa colocando o negativo em um agente umidificante, este faz com que a água escorra livremente evitando manchas. Os negativos de preferência devem ser secos armazenados em envelopes de papel. O CONTROLE DE TONS NA REVELAÇÃO Este método, segundo o autor, usa modificações no processamento para chegar a um negativo equilibrado, com bons detalhes de objetos que tenham mais ou menos contraste do que o normal. Entendendo-se as características dos materiais atuais e dos padrões de processamento “normal” é possível de se trabalhar. A chegada dos filmes de emulsão fina provocou muitas mudanças. As curvas características de muitos filmes comuns têm uma região reta muito longa, enquanto as emulsões mais antigas começam a formar um ombro, por volta do Tom VIII ou IX. O uso da contração na revelação com filmes antigos foi de grande importância para possibilitar o registro de cenas de escala longa sem bloquear as altas luzes. A região reta mais longa dos filmes atuais minimiza esse problema; os filmes modernos possuem grande tolerância a exposições maiores que a normal. Os filmes de emulsão fina são muito menos controláveis, principalmente nas expansões. Testes confirmaram que os procedimentos de expansão e contração podem proporcionar controle sobre uma variação de cerca de dois ou três tons, mas em geral não mais do que isso. Os filmes de hoje, considerados um tanto á prova de falha, suportam melhor o descuido no processo de revelação. No entanto, um negativo com contraste
  • 25. A REVELAÇÃO NORMAL O ampliador de difusão produz contraste um pouco menor do que o ampliador de condensador; assim o negativo normal para uma fonte de luz difusa demanda uma escala maior para ser revelado normalmente em papel de grau 2. Ansel Adams recomenda para os ampliadores de difusão, densidades em cerca de 1,20 e afirma ser excelente para revelação em papel grau 2. No entanto, o contraste do papel de grau 2 varia de fabricantes para fabricante, e a tendência favorece uma escala de exposição menor. Por isso, a variação ideal deve ser continuamente revista. Diferentes tonalidades podem funcionar melhor dependendo do ampliador, dos métodos de revelação e do gosto pessoal. EXPANSÃO E CONTRAÇÃO Tem como propósito alterar a escala de densidade e um negativo que tenha sido exposto a um espectro de luminâncias maior ou menor do que o normal. O objetivo é conseguir que um negativo seja copiado num papel de contraste normal com um mínimo de variações de processamento. Para expandir uma zona, calcula-se o tempo de revelação que produz essa escala de expandir uma zona anterior da escala. Na pratica nem sempre é possível expandir ou contrair a escala do negativo para se obter extremamente a escala de densidade desejada, principalmente com cenas de contraste muito alto ou muito baixo.
  • 26. CONTRASTE LOCAL A partir das amostras de curvas, sabe-se que a expansão ou a contração de uma zona em uma alta luz não produz alteração de uma zona completa abaixo na escala. Se o controle de tons intermediários for de grande importância, pode-se usar os padrões de densidades de Tom V ou do Tom VI para determinar o tempo de revelação para expansão ou a contração de uma zona completa de uma zona completa nessa região central. REVELADORES ALTAMENTE DILUÍDOS Em geral, um revelador altamente diluído agirá como o mesmo revelador em diluição normal. Mas, se a agitação for menos frequente e o filme ficar parado em contato com a solução altamente diluída, pode ocorrer certo efeito compensatório. REDUÇÃO Remove a densidade de um negativo revelado. Existem três tipos comuns. Redutores de baixa luz: aumentam o contraste Redutores proporcionais: diminuem a densidade em todo o negativo como se este tivesse sido menos revelado Redutores superproporcionais: afetam as densidades mais elevadas do negativo do que as mais baixas, como se este tivesse recebido menos revelação. Os redutores de baixa luz são os mais usados e o mais fáceis de controlar.