Gestão da saúde corporativa e desafios da sustentabilidade
1. A sustentabilidade na gestão daA sustentabilidade na gestão da
Saúde Corporativa BrasileiraSaúde Corporativa Brasileira
Dr. Gustavo Loubet Guimarães
2. Assuntos:Assuntos:
A informação por trás da inteligência da gestão da saúdeA informação por trás da inteligência da gestão da saúde
Os recursos tecnológicos de suporte à gestãoOs recursos tecnológicos de suporte à gestão
Promover a saúde ou tratar a doença?Promover a saúde ou tratar a doença?
Quais os desafios da área?Quais os desafios da área?
3. Assuntos:Assuntos:
A informação por trás da inteligência da gestão da saúdeA informação por trás da inteligência da gestão da saúde
Os recursos tecnológicos de suporte à gestãoOs recursos tecnológicos de suporte à gestão
Promover a saúde ou tratar a doença?Promover a saúde ou tratar a doença?
Quais os desafios da área?Quais os desafios da área?
6. • O único elemento que está em todos os “dados” e
ações é o paciente
• Conceitos, processos e tecnologias
• RH: papel de definir “o quê”, “em quem” e “como”
• Não há comunicação entre os players
• Ações desintegradas
7. Fontes de informação em uso
• Sinistro no plano de saúde
– É fato consumado
– Base de dados
• Tabela SUS, CBHPM, AMB: vocabulários em saúde
desenvolvidos com foco na cobrança, não na assistência
• CID de internações, exames de alto custo e procedimentos
complexos - TISS: consultas ambulatoriais e exames de rotina
– CID de “eventos de intenção indeterminada” e acidentes “não
especificados” 53,2% explicados com leitura do prontuário (1)
– 47,7% dos CID das declarações de óbitos em menores de 1 ano foram
alteradas após revisão do prontuário (2)
Fontes:
(1) Drummond Jr M et al. Avaliação da qualidade das informações de mortalidade por acidentes
não especificados e eventos com intenção indeterminada, Rev Saúde Pública, S. Paulo,
1999, 33(3):273-80
(2) Niobey, F ML et al. Qualidade do preenchimento de atestados de óbitos de menores de um
ano na região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Saúde Pública, S. Paulo, 1990, 24:311-8.
Plano de
Saúde
8. Fontes de informação em uso
• Sinistro no plano de saúde
– É fato consumado
– Base de dados
• Previsão de indivíduos de alto custo no ano seguinte (1)
:
Fonte:
(1) Ash AS et al. Finding future high-cost cases: comparing prior cost versus diagnosis-based methods.
Health Serv Res. 2001 December; 36(6 Pt 2): 194–206.
Ferramentas baseadas em risco-diagnóstico
Análise histórica do custo prévio
Plano de
Saúde
9. Fontes de informação em uso
• Sinistro no plano de saúde
– É fato consumado
– Base de dados
• Conclusões:
– Carecem de conteúdo clínico detalhado
– Não contém informação assistencial
– Têm boa sensibilidade e especificidade apenas para identificar
indivíduos de muita gravidade e de alto custo: gestão intensiva do
cuidado
Crônicos
saúde
Saudáveis Portadores de risco
doença
CrônicosSaudáveis Portadores de risco
Plano de
Saúde
10. Fontes de informação em uso
• Questionários populacionais
– Há vários produtos no mercado
– Baixa taxa de resposta quando voluntários
– Ótimos para identificar hábitos e estilos de vida
– Ferramenta útil para confirmar dados já capturados
– Autopercepção da saúde (1)
Screenings
Fonte:
(1) Campilheira MF et al. Fatores individuais associados à utilização de consultas médicas por adultos.
Rev. Saúde Pública, vol.40 no.3, São Paulo, June 2006.
Indivíduos que consideraram seu estado de saúde
regular ou ruim tiveram probabilidade 3,8 vezes
maior de realizarem mais de 4 consultas por ano.
12. Outras fontes necessárias
Benefício
Medicamento Ambulatório
Prevenção e
Qualidade
de Vida
ScreeningsPlano de
Saúde
Medicina
Ocupacional
Crônicos
saúde
Saudáveis Portadores de risco
doença
Data Warehouse de Saúde Corporativa
13. Assuntos:Assuntos:
A informação por trás da inteligência da gestão da saúdeA informação por trás da inteligência da gestão da saúde
Os recursos tecnológicos de suporte à gestãoOs recursos tecnológicos de suporte à gestão
Promover a saúde ou tratar a doença?Promover a saúde ou tratar a doença?
Quais os desafios da área?Quais os desafios da área?
14. Data Warehouse de Saúde
Fonte:
(1) Dossia Website: http://www.dossia.org/consumers/faq#one – acessado em 09 de Setembro 2007.
Objetivos:
• Pacientes
• Pacientes e prestadores
• Acesso à informação para
prestadores
16. Tecnologias de Comunicação e Informação
Objetivos do encontro:
• Visualizar as informações
disponíveis em saúde, bem
como as tecnologias de
comunicação e informação
(TCI), de todos os países
ligados à OMS
• Contextualizar para todas as
partes interessadas os
investimentos que são
necessários ao
desenvolvimento de TCI
voltadas à saúde
Imagem de fundo: Mapa (feito a mão) da cidade
de Kikwit, Congo, utilizado para o registro dos
casos e contatos relativos à epidemia de febre
hemorrágica do Ebola, em 1996.
17. Global Vision, Local Insight
0,30
Índice de Difusão de TCI:
• Conectividade
• Acesso
• Políticas
Fonte: Report for the World Summit on the Information Society, Country Profiles 2006, WHO.
Perdemos de:
• Kuwait
• Trinidad e Tobago
• Lituânia
18. Global Vision, Local Insight
Índice de Difusão de TCI:
• Conectividade
• Acesso
• Políticas
Fonte: Report for the World Summit on the Information Society, Country Profiles 2006, WHO.
19. Doenças crônicas não transmissíveis
• Aumento da participação das doenças crônicas não
transmissíveis em países em desenvolvimento
Fonte:
Adherence to long-term therapies – Evidence for action. World Health Organization, 2003, pg 8.
20. Novas tecnologias
• O uso de TCI em saúde está abaixo
dos níveis de outros setores da
economia
• Destacados 10 centros onde novas
TCI em saúde resultaram em maior
impacto
• eRecept: Estocolmo, Suécia
– Prescrição eletrônica: centros de
atenção primária, hospitais e
consultórios
– 42% das prescrições são
eletrônicas
– Custo: € 4mi (2001-2008)
– Economia: € 27mi/ano (2005)
Relatório Comissão Européia
da OMS, 2006
Fonte:
Stroetmann KA et al. eHealth is worth it: the economic benefits of implemented eHealth solutions at
tem European sites. eHealth Impact. European Comission, WHO, 2006, pags 5 e 35.
21. Novas tecnologias
• O uso de TCI em saúde está abaixo
dos níveis de outros setores da
economia
• Destacados 10 centros onde novas
TCI em saúde resultaram em maior
impacto
• eRecept: Estocolmo, Suécia
– 80% da economia: operadoras
• Otimização do tempo
• Elevação da segurança e da
qualidade da prescrição
• Redução de erros
Relatório Comissão Européia
da OMS, 2006
Fonte:
Stroetmann KA et al. eHealth is worth it: the economic benefits of implemented eHealth solutions at
tem European sites. eHealth Impact. European Comission, WHO, 2006, pags 5 e 35.
22. Novas tecnologias: Prescrição eletrônica
• Centers for Medicare and Medicaid
Services
• 1,5 milhão de pessoas nos EUA
• US$ 887 milhões/ano tratando erros
de prescrição no Medicare para
usuários ≥ 65 anos
• Números subestimados
Institute of Medicine, 2006
Fonte:
Institute of Medicine. Preventing Medication Errors. National Academy of Science, 2006.
23. Novas tecnologias: Prescrição eletrônica
Fonte:
Bloomberg website: http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=email_en&refer=home&sid=aR8aLxOQ1QVE,
acessado em 01/07/08.
24. Novas tecnologias: o papel da internet
• Em 2007, nos EUA:
– 79% dos adultos estão conectados à
internet
– Dentre os conectados, 84% já
procuraram informações em saúde na
internet
– Dentre todos, 71% já procuraram
informações em saúde na internet
– 160mi usaram a internet em busca de
informações em saúde
Fonte:
The Harris Poll® #76, July 31, 2007. Website da HarrisInteractive,
http://www.harrisinteractive.com/harris_poll/index.asp?PID=792, acessado em 14/08/07.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Adultos conectados à internet
Adultos conectados que já
procuraram informações sobre
saúde na internet
Adultos que já procuraram
informações sobre saúde na
internet
%
25. Assuntos:Assuntos:
A informação por trás da inteligência da gestão da saúdeA informação por trás da inteligência da gestão da saúde
Os recursos tecnológicos de suporte à gestãoOs recursos tecnológicos de suporte à gestão
Promover a saúde ou tratar a doença?Promover a saúde ou tratar a doença?
Quais os desafios da área?Quais os desafios da área?
26. Saudáveis:
– mantê-los saudáveis
– evitar o desenvolvimento de
condições/doenças
Portadores de condições/doenças
– auxiliá-los na manutenção do controle
sobre suas condições/doenças
Promover a saúde é:
Tratar a doença é:
Portadores de agravos/descompensações
– trazendo-os de volta à situação de
controle
Portadores de agravos/descompensações
– trazendo-os de volta à situação de controle
Promover a saúde ou tratar a doença?
27. doençasaúde
5 a 10%5 a 10%
Por que é tão fácil comprar a idéia de atuar sobre
os agravos já instalados e não sobre preveni-los?
• Modelo convencional de assistência à saúde desenhado
para “tratar aqueles que estão doentes”
• Princípio de Pareto:
– 80% das riquezas em 20% da população
– 80% dos custos em 20% dos usuários
28. Mas atuar sobre os casos já agravados não é fácil,
mas até perigoso!
Erros médicos em hospitais:
• Danos à saude em milhões de americanos
• 100mil pessoas hospitalizadas/ano
• Mais que letal que acidentes
automobilísticos e o câncer de mama
Lucian Leape, MD
Adjunct Professor of Health Policy
Department of Health Policy and Management
Harvard School of Medicine
Fonte:
Harvard School of Medicine website: http://www.hsph.harvard.edu/faculty/lucian-leape/
29. O perigo do “tratar”
1
10
100
1,000
10,000
100,000
1 10 100 1,000 10,000 100,000 1,000,000 10,000,000
Number of encounters for each fatality
Totalliveslostperyear
REGULATEDDANGEROUS
(>1/1000)
ULTRA-SAFE
(<1/100K)
HealthCare
Mountain
Climbing
Bungee
Jumping
Driving
Chemical
Manufacturing
Chartered
Flights
Scheduled
Airlines
European
Railroads
Nuclear
Power
Fonte:
Statement of Lucian Leape. United States Senate Subcommittee on
Labor, Health and Human Services, and Education. January 25, 2000.
30. Adesão ao tratamento
• Qual a sua importância?
• O que é adesão?
• Quais os fatores que a influenciam?
• Qual o seu impacto na saúde?
CrônicosSaudáveis Portadores de risco
31. Qual a importância da adesão ao
tratamento?
“Aumentar a eficácia de intervenções para a adesão ao
tratamento pode ter um impacto muito maior na saúde
da população que qualquer avanço em tratamentos
médicos específicos.”
Adesão
Avanço nos
tratamentos
kg
mg
Haynes RB. Interventions for helping
patients to follow prescriptions for
medications. Cochrane Database of
Systematic Reviews, 2001, Issue 1.
Adherence to long-term therapies –
Evidence for action. World Health
Organization, 2003, pág XIII.
32. O que é adesão?
“A extensão até a qual o comportamento de uma
pessoa – tomar a medicação, seguir uma dieta, e/ou
mudar os hábitos de vida – corresponde às
recomendações combinadas com o prestador de
saúde.”
Adherence to long-term therapies –
Evidence for action. World Health
Organization, 2003, pág 3.
33. Quais os fatores que a influenciam?
• Cinco dimensões - fatores
Econômicos e
Sociais
Sistemas de Saúde /
Times de Saúde
Relacionados à
condição (doença)
Relacionados à
terapia
Relacionados ao
paciente
34. Fatores ligados aos Sistemas e
Times de Saúde
• Aumento compliance
– Relação provedor-paciente
• Variáveis organizacionais
– Tempo de consulta com médico
– Estilo de comunicação do médico
– Estilo interpessoal do médico
– Continuidade do atendimento
– Sexo
– Situação conjugal
– Nível educacional
– Status da saúde
Fonte:
Albaz, RS. Factors affecting patient compliance in Saudi Arabia.
Journal of Social Sciences, 1997, 25:5-8.
35. • Reduzem compliance
– Serviços pouco desenvolvidos
– Ausência de reembolso em medicamentos
– Fracos sistemas de distribuição de medicamentos
– Pouco conhecimento da equipe acerca de doenças crônicas
– Ausência de conhecimento sobre adesão e sobre intervenções que
possam aumentá-la
– Profissionais de saúde sob excesso de trabalho
– Ausência de incentivos para melhor performance do profissional
– Fraca capacidade do sistema para educar pacientes e oferecer
follow-up
Fatores ligados aos Sistemas e
Times de Saúde
Fonte:
Rose LE at al. The contexts of adherence for african americans with
high blood pressure. Journal of Advanced Nurcing, 2000, 32:587-594.
36. Qual o seu impacto na saúde?
• Diabetes
– Nos EUA, menos de 2% de adultos diabéticos seguem a
totalidade das recomendações de cuidado.
– Não adesão: principal causa de desenvolvimento de
complicações do diabetes e dos custos para o paciente e
para a sociedade.
Fonte:
Beckles GL et al. Population-based assessment of the level of care among adults with
diabetes in the US. Diabetes Care, 1998, 21: 1432-1438.
Complicações
do diabetes
mal controlado
Complicações
do diabetes
bem controlado
= 5x
Custos
37. Qual o seu impacto na saúde?
• Diabetes
– Controle rigoroso da hemoglobina glicosilada (uso da
gliclazida)
– Acompanhamento por 5 anos – resultados de Junho/08
– Amostra: 11.140 pacientes com Diabetes tipo 2
Fonte:
The ADVANCE Collaborative Group. Intensive Blood Glucose Control and Vascular
Outcomes in Patients with Type 2 Diabetes. NEJM, 2008, 358:2560-2572.
Redução
de 10% dos
eventos micro e
macrovasculares
Resultados clínicos
Redução relativa
de 21% das
nefropatias
diabéticas
38. Qual o seu impacto na saúde?
• Asma
– Economia prevista com controle ótimo da asma
grave: 45% (1)
– Adesão ao tratamento em idosos com asma
moderada-grave (2)
:
• Fraca adesão: aumento de 5%/ano nas
consultas médicas
• Boa adesão: 20% de redução nas internações
Fontes:
(1) GINA Project (Global Iniciative for Asthma). 2002, http://www.ginasthma.com.
(2) Balkrishnan R et al. Inhaled corticosteroid use and associated outcomes in elderly patients with
moderate to severe chronic pulmonary disease. Clinical Therapeutics, 2000, 22: 452-469.
39. Qual o seu impacto na saúde?
• Infarto Agudo do Miocárdio
Adaptado de National Committee for Quality Assurance. The state of health care quality, 2006, pg 23 e 24.
Uso no pós-infarto
Uso no final do 1º ano
40. Qual o seu impacto na saúde?
• Hipertensão Arterial Sistêmica
– Custo de HAS e complicações: 12,6% do total da saúde
– Pressão arterial sob controle:
• Reino Unido (1)
: 7,0%
• EUA (1)
: 30,0%
• Venezuela (2)
: 4,5%
– Não adesão é a maior causa de falha do controle (3,4,5)
– Não adesão a betabloqueadores:
• 4,5 vezes mais doença coronariana (6)
Fontes:
(1) Heller RF et al. Blood pressure measurement in the United Kingdom Heart Disease Prevention Project. Journal of
Epidemiology & Community Health, 1978, 32: 235-238.
(2) Sulbaran T et al. Epidemiologic aspects of arterial hypertension in Maracaibo, Venezuela. Journal of Human
Hypertension, 2000, 14 (Suppl 1): S6-S9.
(3) Waeber B et al. How to improve adherence with prescribed treatment in hypertensive patients? Journal of Cardiovascular
Pharmacology, 2000, 35 (Suppl 3): S23-S26.
(4) The sixth report of the joint national comittee on prevention, detection, evaluation, and treatment of high blood pressure.
Bethesda, MD, National High Blood Pressure Education Program, NHLBI, NIH, 1997.
(5) Burt VL et al. Prevalence of hypertension in the US adult population: results from the Third National Health and Nutrition
Examination Survey 1998-1991. Hypertension, 1995, 25:305-313.
(6) Psaty BM et al. The relative risk of incident coronary heart disease associated with recently stopping the use of beta-
blockers. Journal of the American Medical Association, 1990, 263: 1653-1657.
41. Hipertensão Arterial Sistêmica
Editorial do The Lancet – Agosto de 2007
• Mundialmente: 972mi adultos em 2000
• Em 2025: 1,56bi
• No coração deste aumento: fatores de estilo de vida
– Sedentarismo
– Dieta rica em sal
– Dieta rica em alimentos industrializados e gordurosos
– Álcool
– Fumo
Fonte:
Hypertension: uncontrolled and conquering the world, The Lancet, Editorial, vol 370, pg
539, 18 Agosto 2007.
42. Hipertensão Arterial Sistêmica
• Por que ainda é um problema?
1. Triagem diagnóstica não é sistemática
• Diagnóstico ocorre tardiamente Lesão estabelecida em órgãos-
alvo
1. Início de tratamento está sendo re-discutido
• 140x90mmHg ainda é o divisor de águas da HAS
• Novos consensos estão a caminho
– Sociedade Européia de Cardiologia (Julho 2007): 115mmHgx75mmHg
têm menor risco conceito de “pré-hipertensão” (EUA) ou pressão
arterial “normo-elevada” (Europa)
1. Avaliação do risco
• Framingham Heart Study: 10 anos
– Peso muito forte no quesito idade inadequado para jovens?
1. Diagnóstico em crianças e adolescentes
• Como é melhor tratar este grupo? (não está claro)
1. Como tratar idosos com mais de 80 anos? (não está claro)
Fonte:
Hypertension: uncontrolled and conquering the world, The Lancet, Editorial, vol 370, pg
539, 18 Agosto 2007.
44. Hipertensão Arterial Sistêmica
• Terapia medicamentosa
1/3 de redução na incidência de Acidentes
Vasculares Cerebrais (AVC)
1/4 de redução na incidência de Infartos
Agudos do Miocárdio (IAM)
Mais de 50% de redução na incidência
de Insuficiência Cardíaca Congestiva
(ICC)Evitáves
AVC
IAM
ICC
Fonte:
National Committee for Quality Assurance. The state of health care quality, 2006, pg 35.
45. Hipertensão Arterial Sistêmica
• Diuréticos
• Inibidores da ECA
• Bloqueadores dos canais de cálcio
• Betabloqueadores
• Antagonistas de angiotensina II
• Associações diversas
• Outros anti-hipertensivos não
classificados
Classes terapêuticas cobertas Resultados encontrados
- Média: R$ 36,79
- Máxima R$ 357,84
- Desvio padrão: R$ 14,11
• Despesa mensal por usuário:
• Despesa mensal para cobertura de 90%
dos usuários:
- Média: R$ 83,98
- Desvio padrão: R$ 30,69
• Prevalência mensal de usuários:
Faixa etária % Faixa etária %
De 0 a 17 0,8 De 50 a 59 8,3
De 18 a 29 1,2 De 60 a 69 15,8
De 30 a 39 2,0 Mais de 70 15,5
De 40 a 49 4,7
Fonte:
Base de dados de compras de medicamentos das empresas clientes da
Funcional que apresentavam subsídio entre 50% e 90% no custo dos medicamentos prescritos. Para
cálculos de despesas só foram considerados os pacientes com adesão mínima de 80% do tratamento
em 0,5 DDD. Usuários de medicamentos estudados: 236.042; período: Jan06-Jun07.
47. Assuntos:Assuntos:
A informação por trás da inteligência da gestão da saúdeA informação por trás da inteligência da gestão da saúde
Os recursos tecnológicos de suporte à gestãoOs recursos tecnológicos de suporte à gestão
Promover a saúde ou tratar a doença?Promover a saúde ou tratar a doença?
Quais os desafios da área?Quais os desafios da área?
48. Desafios da Gestão da Saúde Corporativa
Sustentável
• Conhecer melhor
– Aprimorar a captura de dados assistenciais
– Incluir dados de produtividade, absenteísmo e presenteísmo
– Integrá-los com inteligência e foco nos resultados conjuntos
– Interpretá-los adequadamente
49. • Agir melhor
– Buscar a qualidade e a segurança dos serviços assistenciais
prestados à população
– “Descer” nas ações da pirâmide de risco, oferendo cuidado
especializado também para indivíduos de menor risco
– Incorporar novas tecnologias de comunicação e informação
– Envolver mais o paciente na responsabilidade sobre sua
condição de saúde auto-cuidado
– Atuar sobre as condições de saúde que são comuns para as
doenças crônicas mais importantes:
• Promoção da Saúde
• Controle sobre as condições e doenças crônicas não transmissíveis
→ Estratégias que aumentem a adesão ao tratamento
• Monitoramento de casos crônicos
Desafios da Gestão da Saúde Corporativa
Sustentável
Para que possamos discutir a sustentabilidade da gestão da saúde corporativa [prox],
São muitas fontes de informação em saúde.
E muitas formas importantes de ação.
Imagens: diversos programas (antitabagismo, alcoolismo, atividade física, etc); ações de educação continuada em saúde; modelos assistenciais no portador de doenças crônicas.
[próx]
Mas o fato lamentável é que a grande maioria destas ações está sempre sendo praticada independentemente das demais.
Desde a origem até as ações, não há comunicação entre os players.
As ações são desintegradas
O único elemento presente em todos os “dados” e ações é o paciente.
Mas é necessário domínio sobre conceitos, processos e tecnologia para se fazer isso.
Frequentemente este papel “integrador” acaba caindo nas mãos do RH, que deve decidir o quê e como fazer no meio deste universo de questões.
A maior parte das iniciativas para gerir a saude nas empresas parte dos dados de sinistro no plano de saúde [prox]. Mas este dado diz respeito a um fato clínico já consumado, cuja causa encontra-se em um passado muitas vezes longinquo. [prox]
As bases de dados...tem como base vocabulários em saúde que foram desenvolvidos com foco na cobrança: tabelas SUS, CBHPM, AMB
Ou usam o CID de internações, exames de alto custo e procedimentos complexos. Este CID frequentemente não reflete a realidade clínica do paciente.
...
Mas precisamos de mais para fazer boa gestão da saúde de empresas.
Relação entre autopercepção e número de consultas médicas
Que outras fontes precisam ser melhor usadas?
A PBM que já demostrou ser fonte importante de informação sobre os portadores de risco e os crônicos propriamente ditos.
A Medicina Ocupacional, que tem dados de cerca de 1/3 da população da empresa, os titulares, pode contribuir com informações antropométricas, como o IMC, a medida da circunferência abdominal entre outros.
O Ambulatório médico, que tem visão tanto sobre funcionários portadores de risco e/ou crônicos.
E, por fim, os programas de prevenção em saúde e qualidade de vida, que além de ações propriamente ditas, são fonte de informação sobre os indivíduos saudáveis e portadores de risco.
[prox]
O que se deve buscar são conceitos, processos e tecnologias que venham a organizar inteligentemente todos estes importantes bancos de dados, capacitando suas informações, e possibilitando uma gestão integrada da saúde corporativa, adequadamente segmentada.
Data Warehouse de Saúde não é mais novidade.
O Dossia, nome dado a este imenso projeto tecnológico, pretende:
Possibilitar que o usuário/paciente possa melhor gerir sua saúde,
Melhorar a comunicação entre pacientes e prestadores de saúde
Melhorar o acesso e a qualidade da informação disponível para os prestadores
A importância de tecnologias de comunicação e informação em saúde é tão grande que é foco regular deste encontro, organizado pela OMS.
Em 2006, os objetivos eram:
Conectividade: infraestrutura (número per capita de PCs, provedores de internet, telefones fixos, celulares)
Acesso: número de usuários de internet, custo de ligações locais
Políticas: que estimulem a competição entre tecnologias e o desenvolvimento de novos serviços
A título de curiosidade, eis o painel do Brasil neste relatório da OMS.
70% dos nossos óbitos são por doenças não contagiosas, ou seja, doenças crônicas evitáveis em sua grande maioria.
Em 2001, o peso das doenças crônicas não transmissíveis era de 65% no mundo.
Nos países em desenvolvimento era de 46%. Sendo que nestes, como o Brasil, a expectativa é de crescimento para 56% até 2020.
O estudo, encomendado pela CMMS e realizado pelo Institute of Medicine, uma entidade ligada à Academia Americana de Ciência, estimou em 1,5 milhão o número de pessoas que, nos EUA, sofrem anualmente com erros de prescrição
Pesquisa da HarrisInteractive, de julho deste ano, sobre a utilização da internet como forma de pesquisa sobre saúde nos EUA.
Esta é a tabela original da pesquisa, e este um gráfico que adaptei dela.
Nele vemos claramente
São 160mi de americanos já buscaram informações sobre saúde na internet em 2007.
Certamente o Brasil deve estar caminhando atrás, mas no mesmo rumo.
Promover a saúde é...
Tratar a doença é...
Existe uma zona de interseção entre estes conceitos.
Mas hoje o que mais se fala e se vende diz respeito a como atuar sobre os portadores de agravos/descompesações. [prox]
Duas razões bastante lógicas e compreensivas:
Nosso modelo é hospitalocêntrico e curativista, ou seja, desenhado para tratar aqueles que estão doentes;
Regra ou princípio de Paretto, Vilfredo Pareto, o economista italiano que descreveu... na década de 20. Sua regra foi difundida para outras ciências e para questões da vida cotidiana. Na saúde [prox], ela postula que 80% custos são provocados por 20% dos usuários do sistema
Hoje ainda estamos bem longe de atuar em 20%, na melhor das hipoteses, os programas focados em pacientes crônicos têm atingido 5 a 10% da população de uma empresa.
Atuar sobre estes 5 a 10% causará uma boa redução em seus custosos agravos, porém se não agirmos sobre aqueles com risco levemente menor, ficaremos continuamente tratando destes mesmos 5 a 10%.
Há muito o que otimizar nestes resultados.
Em um documento apresentado e lido no senado americano em 2000, o Dr Lucien Leape, médico de universidade de Harvard e então membro do Comitê de Qualidade em Saúde dos EUA, apresenta dados de que “tratar-se em hospitais” é altamente perigoso à saúde.
Pode parecer absurdo, mas nos EUA morrem cerca de 100mil pessoas hospitalizadas por ano devido a erros médicos.
Em baixo: o número de vezes
Dentre as diversas estratégias voltadas para os indivíduos que estão em risco de desenvolver agravos à sua saúde, os chamados portadores de risco, eu gostaria de destacar uma que é quase sempre ignorada: a adesão ao tratamento.
… é a conclusão desta revisão sistemática, feita pela Cochrane em 2001, e postada na introdução do relatório “Adherence to long-term therapies – Evidencias para ação”, da OMS de 2003.
Betabloqueadores são medicamentos utilizados no combate da HAS e no pós-infarto.
[prox]
O seu uso nos EUA é elevado no pós-infarto, mas ao longo do 1o. ano de tratamento a adesão cai bastante.
[prox]
Se ela não caisse
Por que ainda é um problema mesmo em países desenvolvidos, que possuem bons sistemas de saúde, grande número de possibilidades terapêuticas e de estudos sustentando seu impacto?
...
Ocorre tardiamente, quando já ocorreu lesão em órgãos-alvo.
...
Estudo publicado em julho deste ano pela Soc Europeia de Cardiologia aponta para menor risco cardiovascular em indivíduos com PA entre 110x70 e 115x75mmHg, o que deu origem a conceitos como...
…
A Novartis, produtora de uma valsartana conhecida comercialmente como Diovan (de uma classe relativamente nova de medicamentos), recebeu do FDA no mês de agosto a extensão para marketing exclusivo da droga, baseado em estudos realizados em crianças com HAS.
…
Incorporar novas tecnologias de comunicação e informação: como a oportunidade trazida pela implantação do TISS
…
Atuar sobre condições de saúde que são comuns para as doenças crônicas mais importantes, englobando desde ações para promoção da saúde até o monitoramento de casos crônicos, passando pelo controle sobre as condições e doenças crônicas não transmissíveis e por estratégias que aumentem a adesão ao tratamento
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Incorporar novas tecnologias de comunicação e informação: como a oportunidade trazida pela implantação do TISS
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Atuar sobre condições de saúde que são comuns para as doenças crônicas mais importantes, englobando desde ações para promoção da saúde até o monitoramento de casos crônicos, passando pelo controle sobre as condições e doenças crônicas não transmissíveis e por estratégias que aumentem a adesão ao tratamento
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Incorporar novas tecnologias de comunicação e informação: como a oportunidade trazida pela implantação do TISS
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Atuar sobre condições de saúde que são comuns para as doenças crônicas mais importantes, englobando desde ações para promoção da saúde até o monitoramento de casos crônicos, passando pelo controle sobre as condições e doenças crônicas não transmissíveis e por estratégias que aumentem a adesão ao tratamento
A Funcional SGS é a mais nova empresa do grupo Funcional Card, e traz para o mercado a proposta de Gestão Integrada da Saúde.
Obrigado.