Jan B. Deregowski, PhD (Professor do Departamento de Psicologia - University of Aberdeen, Escócia, Reino Unido).
O objetivo do estudo de Deregowski era descobrir se as pessoas em todas as culturas percebiam as imagens da mesma maneira.
Iniciou seus estudos de revisão de um número de relatos de como as pessoas de culturas diferentes, muitas vezes, têm dificuldade com a percepção de imagens (percepção pictórica).
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
Uma Breve História da UnB Através de Fotos
1. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UnB
Faculdade de Ciência da Informação – FCI Illusion and
Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação - PPGCINF
Prof. Dr. André Porto Ancona Lopez Culture
Disciplina: Seminários em Organização da Informação Jan B. Deregowsky
Janaína Barcelos, Keity Verônica e Niraldo Nascimento
2. O autor
• Jan B. Deregowski, PhD (Professor do
Departamento de Psicologia - University
of Aberdeen, Escócia, Reino Unido).
• O objetivo do estudo de Deregowski era
descobrir se as pessoas em todas as
culturas percebiam as imagens da
mesma maneira.
• Iniciou seus estudos de revisão de um
número de relatos de como as pessoas
de culturas diferentes, muitas vezes,
têm dificuldade com a percepção de
imagens (percepção pictórica).
3. Introdução
• “A veracidade de uma pintura é o resultado
direto da extensão de luz refletida de sua
superfície que se aproxima da luz que poderia
ser refletida do objeto retratado”. (p.161)
Taylor
4. Percepção Pictórica
• Um critério importante sobre essa afirmativa e
outros postulados sobre os preceitos da
psicologia é que ele pode ser julgado por
pesquisas transculturais, um processo
comparativo de processos de diferentes grupos.
• Se as leis da percepção pictórica são definidas
como Taylor sugere, pouca diferença poderia ser
observada entre os grupos, mas se diferenças
importantes são observadas, elas precisam ser
elucidadas, possivelmente levando em conta
outros fatores que os apenas físicos. (p.162)
5. Perspectiva e Modos de Ver
• “Não parece correto afirmar que o uso da perspectiva
em pinturas é meramente uma convenção, a ser
utilizada ou descartada pelo pintor a seu gosto.
Também não é possível que novas leis de perspectiva
geométrica sejam descobertas para se sobreporem às
demais. É verdade que a variedade de pinturas em
diferentes tempos da história, e entre diferentes
pessoas, prova a existência de diferentes modos de
ver, em algum sentido do termo. Mas não existem
diferenças entre as pessoas no modo de ver, isto é, por
meio da luz e do caminho de propagação retilinear da
luz”.
• Gibson (p.162)
6. Interpretação de Fotografias
• Robert Laws, foi um missionário escocês em Nyasaland
(Malawi), no final do século 19. Ele relatou que os
nativos não conseguiam interpretar facilmente
fotografias em preto e branco.
• Apresentou fotos de boi e cachorro. Eles reconheciam
as partes que compõem o todo e, com esforço, eram
capazes de combinar as peças para ver o quadro
inteiro.
• “Quando um homem vê uma imagem pela primeira vez
sua educação (book education) inicia”. (p. 163)
7.
8. Reconhecimento de Perfis
• Fraser (1920) relatou que os indígenas não
conseguiam entender que os perfis eram uma
representação exata de pessoas. Eles
reconheciam o nariz, a boca, o olho... Mas
onde estava o outro olho... Ficavam dando
voltas por detrás dela para tentar descobrir.
(p. 163)
9. Relatório Contraditório
• Um relatório contraditório descreve que
indígenas ficaram assustados quando a
imagem de um elefante foi projetada em um
lençol.
• Houve um reconhecimento da imagem
projetada em 2D.
• (p.164)
10. Me’Em – Tribo remota da Etiópia
• Ao serem confrontados com papéis que crianças
coloriam, cheiraram, examinaram sua textura,
procuraram ouvir o ruído que produziam ao
flexioná-los, mas ignoraram totalmente as
imagens.
• Reproduziram imagens de um leopardo e um
gamo em tecidos ásperos, com os quais os
membros da tribo estavam acostumados.
Praticamente todos foram capazes de
reconhecer os animais.
• Muldrow (p.167)
11. Me’Em – Tribo remota da Etiópia
• Aparentemente, não há dificuldades no
reconhecimento de imagens claramente
representadas em materiais familiares de
tribos que nunca tiveram contato com
imagens.
• Obs.: o reconhecimento não foi imediato,
mas através de um acúmulo de informações,
à medida que examinavam as imagens.
12. Estudantes de Medicina
O fato observado nos Me’Em é semelhante ao de estudantes de Medicina aprendendo
a interpretar imagens de Raios-x (Abercrombie). Excerto de relatório (p.168):
• Pesquisador: Aponta para a imagem: “O que você vê?”
• Estudante: “Estou olhando de perto. Isso é um rabo. Isso é um pé. Esse é um joelho.
Aqueles são os chifres”.
• P: “O que é a coisa toda?”
• E: “Espere. Devagar, ainda estou olhando. Deixe-me ver e lhe direi. No meu país isso
é um Antílope d’Água”.
13. Polissemia
• Contudo, a correta cognição de um objeto
representado, mesmo em culturas ricas de
imagens, não significa que as imagens
evoquem as mesmas respostas que as dos
objetos que representam. (p.169).
14. Mostra uma família
de 1900, um pai, mãe e
filho (que se senta no colo do
pappa).
É possível ver o perfil dos
lados da face de um
homem de cabelos
compridos (Jesus?).
Na parte
inferior da foto, o nome
"Driscoll" é de um
lado e uma data de 1934 está
no outro.
http://visualfunhouse.com/
15. Profundidade Pictórica (Pictorial Depth)
• “Embora os olhos recebam
imagens bidimensionais planas (2D), nós
experimentamos uma impressão rica e
vívida de três espaços dimensionais (3D)”.
• “Uma série de “pistas” contribuem para a
percepção pictórica como perspectiva,
tamanho relativo e interposição”.
• George Mather (1996) "Image Blur as a Pictorial Depth Cue”. Proc. R. Soc. Lond. B
1996 263, 169-172. Disponível em <
http://www.lifesci.sussex.ac.uk/home/George_Mather/Papers/Mather_1996.pdf >
Acesso em 19/05/2011
16. Profundidade Pictórica (Pictorial Depth)
• Um trabalho seminal transcultural foi
realizado por Hudson, que projetou um teste
especial de profundidade pictórica.
17. Percepção de Profundidade Pictórica
• 1. Sugestão de tamanho Familiar: um objeto
desenhado menor que o esperado em comparação
com outros objetos é interpretado como sendo a
distância. Em uma das imagens de Hudson um
elefante "pequeno" é interpretado pelos ocidentais
como um elefante "grande" à distância.
• 2. Sobreposição: se um objeto esconde outro, então
esse objeto está mais próximo. Na imagem de
Hudson, o caçador humano e um antílope, este
esconde parte dos montes de fundo. Dois montes
induzem a distância em que o elefante está. Para os
ocidentais é fácil concluir essa distância.
• 3. Perspectiva: linhas convergentes recuando para
longe. Esta sugestão não esteve presente em todas
as imagens usadas por Hudson.
p. 170-171
18. Percepção de Profundidade Pictórica
• Os resultados são inequívocos: africanos
pouco “sofisticados” têm dificuldade em de
profundidade pictórica ao ver essas
imagens. Essa dificuldade varia, mas parece
estar presente até hoje, em certa extensão,
inclusive em altos níveis educacionais e
culturais. (p. 171)
19. Imagens simétricas e separadas (split-type)
• Newman observou que o
efeito de “Ilusão do
Corredor” está presente nas
crianças, ainda que elas não o
concebam em 3D.
• Parece não haver razões para
pensar que o reconhecimento
de uma imagem implica
percepção de profundidade
pictórica ou que para o
reconhecimento seja
necessário essa percepção.
(p. 174)
20. Imagens simétricas e separadas (split-type)
• Exemplo de como nossas
experiências ecológicas e
culturais afetam nosso
modo de ver:
• Guamains vêem pouco
efeito ilusório, em
contraste com os
americanos. A explicação é
de que não existe linhas de
trem em Guam e poucas
vistas de paisagem, em
função da vegetação. (p.
176)
21. Imagens simétricas e separadas (split-type)
• GUAM -
Território
dos Estados
Unidos da
América
23. O artista tenta transmitir,
por meio da luz e pelo
caminho da propagação
retilínea algumas das
características invisíveis,
mas perceptíveis da cena
ou pessoa retratada.
Para isso ele tem que ver
além da representação
fotográfica a utilizar de
maneira astuta cor e
forma e distorções o
suficiente para transmitir
o clima , ainda que fraco,
mas o suficiente para o
retrato ou uma cena ser Ele pode distorcer rostos humanos ou objetos
reconhecida. inanimados, e com esses e outros truques para tecer
sua rede e apanhar um observador insuspeito.
p. 189
35. História do Instituto de Geociências da UnB, lembrando pessoas, fatos, paisagens, etc..
relacionadas com a vida acadêmica, de pesquisa e de extensão do nosso instituto.
http://vsites.unb.br/ig/galeria/FotosHist/index.htm
36. Descendo e desviando das copas das
árvores no fundo da colina. O corajoso
aí é o Ricardo Lívio. (1997)