2. A Pessoa com Surdez
Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se
pessoa surda aquela que, por ter perda
auditiva, compreende e interage com o mundo
por meio de experiências visuais, manifestando
sua cultura principalmente pelo uso da Língua
Brasileira de Sinais - Libras.
Parágrafo único. Considera-se deficiência
auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de
quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por
audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz,
2.000Hz e 3.000Hz.
(Decreto Nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005)
3. A Pessoa Surda
Quanto ao grau de perda auditiva:
Audição normal – de 0 a 25 db;
Perda leve – de 26 a 40 db;
Perda moderada – de 41 a 71 db;
Surdez severa – de 71 a 90 db;
Surdez profunda – mais de 91 db.
ANSI (American National Standards Institute)/1969
4. A intensidade ou volume dos sons é medida em
unidades chamadas decibéis (db).
A frequência dos sons é medida pelos hertz.
5. A Pessoa Surda
Quanto ao momento em que
ocorre a surdez:
Surdez pré-lingual ou pré-
linguística - ocorrida antes da
aquisição da linguagem,
caracterizada pela total ausência
de memória auditiva;
Surdez peri-lingual - surge
quando o indivíduo está na fase
inicial da aquisição de
linguagem oral;
Surdez pós-lingual - surge
quando o indivíduo já fala e lê.
6. Classificação da Surdez
Quanto ao tipo:
Surdez NEUROSSENSORIAL:
Causada por lesões na cóclea/nervo
auditivo
PERDA AUDITIVA CONDUTIVA:
Patologias na orelha externa e média.
Ex:otites, perfuração timpânica, rolha
de cerume.
PERDA AUDITIVA MISTA:
Características condutivas e
neurossensoriais.
Otites associadas a lesões da orelha
interna.
7. Principais causas da surdez
Pré-Natais (durante a gestação): rubéola congênita,
hereditariedade e fatores genéticos.
Perinatais (durante o parto): anóxia(falta de
oxigenação) no parto, prematuridade, traumas no
parto.
Pós-Natais (após o nascimento): infecções bacterianas
(meningite, encefalite), infecções virais (caxumba,
sarampo, meningite), medicamentos ototóxicos,
traumas cranianos.
8. Avaliação auditiva
Emissões Otoacústicas
Exame eletrofisiológico
através da liberação de
energia sonora na cóclea.
Serve para identificar
patologias na cóclea.
Audiometria de tronco
cerebral (BERA) fornece
informações sobre as
condições
neurofisiológicas do
sistema.
9. Avaliação auditiva
Avaliação Auditiva
Comportamental (Usada em
crianças até 6 anos) -
Observação direta do
comportamento em resposta a
estímulos sonoros (brinquedos,
instrumentos musicais).
Audiometria Tonal - Usada
com crianças maiores de 06
anos e adultos – Realizada com
audiômetro (sons puros).
10. Abordagens Educacionais
Oralismo - Visa a integração da criança
surda na comunidade de ouvintes, dando-lhe
condições de desenvolver a língua oral.
Percebe a surdez como uma deficiência
que deve ser minimizada através da
estimulação auditiva.
11. Comunicação total -
Defende a utilização de
qualquer recurso linguístico,
seja a língua de sinais, a
linguagem oral ou códigos
manuais, para facilitar a
comunicação com as
pessoas surdas.
Percebe a surdez como
uma marca que
repercute nas relações
sociais e no
desenvolvimento afetivo
e cognitivo dessa
pessoa.
12. BILINGUISMO
O modelo de educação bilíngue contrapõe-se ao modelo
oralista porque considera o canal viso gestual de fundamental
importância para a aquisição de linguagem da pessoa surda.
(Lacerda, 1998)
Neste modelo, o que se propõe é que sejam ensinadas
duas línguas, a Língua de Sinais e a língua do grupo
ouvinte majoritário, como segunda língua.
13. BILINGUISMO
A Língua de Sinais reconhecida como sistema
linguístico.
A Língua de Sinais é considerada a L1 para o surdo.
A Língua de Sinais na constituição do pensamento.
A Língua de Sinais como língua de instrução.
Aprendizagem da Língua Portuguesa escrita, como
modo de inclusão social e exercício da cidadania.
14. O que é LIBRAS ?
LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais
A regulamentação da LIBRAS a partir de 2002- Lei
nº 10.462/2002 reconhece oficialmente a Língua
Brasileira de Sinais como língua das comunidades
surdas do Brasil;
15. “ ... a construção de um
trabalho, às vezes, parece
lento, mas é neste pensar
e repensar, ouvir e dizer,
ir e vir que as ideias são
semeadas, germinadas,
brotam e florescem.”
Sonia Fernandez