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Cubismo
•   Este movimento nasceu no ano de 1907, apoiado nas seguintes ideias:


    •   Geometrização das formas: concepção, já defendida pelo pintor Cézanne, de
        que toda a Natureza pode ser representada em esquemas geométricos –
        nomeadamente, em cubos, o que provocou o comentário jacoso de um crítico
        de arte, o que haveria de dar o nome ao movimento;
    •   Representação de visões simultâneas: a representação de vários ângulos de
        um mesmo objecto é considerado mais verdadeiramente do que aquela que
        mostra apenas o plano;
Principais artistas
Óleo sobre tela, 244x233 c, The Museum of Modern Art, Nova Iorque




Pablo Ruiz Picasso (1881-1973), As Meninas de Avinhão,1907.
Óleo sobre tela, 73x60 cm, Kunstmuseum, Berna




                                                Georges Braque (1882-1963), Casas d’Estaque, 1908
O Cubismo subdesenvolveu-se sob duas conjunturas:
a) O Cubismo analítico (desde 1907 até 1912)- sem deixar o
   figurativismo(não chega a ser pintura abstracta), explorava ao máximo as
   possibilidades de decompor os objectos em facetas geométricas que se
   justapunham.
   A destruição das leis da perpectiva tornava mais difícil, para o
   observador, identificar o objecto representado, o que contribui para
   reforçar o escândalo deste novo estilo artístico. Ao contrário do que
   acontecia com o Fauvismo e com o Expressionismo, o Cubismo analítico
   prescindia das cores fortes para salientar o efeito das perspectivas
   conjuntas.
b) O Cubismo sintético (desde 1912 até meados dos anos 20)- embora
   continuando a decompor as figuras em várias facetas, eliminou o
   pormenor, criando, por isso, uma síntese das várias perpectivas. A cor
   regressou às telas, as quais foram trabalhas com o aproveitamento dos
   materiais de uso quotidiano (espelhos, cordas, papeís..). Tal como as
   outras correntes artísticas, o Cubimo também procurava uma verdade na
   arte que não podia ser reduzida à representação de, apenas, uma
   perpectiva ou da imitação da cor perpepconada pelos sentidos.
abstraccionismo
A geometrização cubista e a valorização das cores puras no Fauvismo e no
Expressionismo foram preparando caminho a uma das maiores revoluções
da arte europeia do século XX: o Abstraccionismo, isto é, o abandono da
representação de um objecto identificável. O Abstraccionismo surgiu em
1910 e desenvolveu-se segundo duas tendências de cariz muito diferente:
a) O Abstraccionismo sensível ou lírico (também chamado abstraccionismo
   musical) Wassily Kandinsky (artista russo) justificava a opção pelo
   abstraccionismo por este permitir criar, na pintura, uma linguagem
   universal, feita de uma combinação, o mais perfeita possívle, de formas e
   de cores. À maneira do que acontece com a música, a pintura seria pura
   comunicação, sem obstáculos culturais entre a emoção do artista e a
   fruição do observador.
Wassily kardinsky, Quadro com Borda Branca, 1913




                                                   Óleo sobre a tela, 140x200 cm, Solomon Guggenhein Museum,Nova Iorque
b) Abraccionismo geométrico, segundo Piet Mondrian, o Cubismo
   (movimento ao qual pertencera) foi um movimento que ficou
   incompleto, pois manteve-se figurativo. A resposta foi a criação, em
   1907, da revista O Estilo, na Holanda, propondo o Neoplasticismo. Para
   Mondrian, em vez de emoção interior (teoria subjectiva), o pintor deve
   expressar a “realidade pura”, as verdades universais, sem sentimentos
   subjctivos.
   O resultado foi o equilibrio de contrastes entra formas geométricas de
   linhas rectas rectângulos e quadrados – e a utilização, apenas, de cores
   primárias e do branco, do cinzento e do preto.
   Numa Europa destruída pela guerra, o Abstraccionismo partia em busca
   de verdades essenciais. Reuniu múltiplos seguidores e foi a corrente mais
   duradoura.
Piet Mondrian, Quadro 1, 1921




                                Óleo sobre tela, 98x60 cm, colecção privada, Basileia
Futurismo
O célebre Manisfesto do Futurismo, escrito por Marinetti (italiano), em 1909,
definia as bases em que assentava o novo movimento: elogio da técnica, da
velocidade, da sociedade industrial, do frenetismo urbano. Rejeição da arte
do passado ( o que gerou um grande escândalo) e do maralismo.
Influenciadas pelas novas teorias do relativimo científico, segundo os quais a
Natureza apresentava irregulariedades e imprevisibilidade, os futuristas
priviligiaram o dinamismo na arte. O Futurismo abarcou os vários géneros
artísticos, da literatura à pintura, passando pelo teatro, a arquitectura, a
escultura, a música e a fotografia.
Na pintura, a “sensação dinâmica” bebia das lições do Cubismo: a
decomposição das figuras em volumes (decomposição volumétrica) e a
representação simultânea de vários pontos de vista. Alertados pelas teorias
de Einstein, os pintores procuraram representar, nas suas telas, o tempo e o
espaço. O movimento Futurista declinou com a primeira Guerra Mundial: a
crise de valores provocada pela guerra atingiu, também, a crença num futuro
glorioso, logo, desacreditou a estética futurista que, irreverente, defendera
a guerra como conceito
Bronze,117x87x36 cm, Tate Gallery, Londres
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Espaço,1913

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As principais vanguardas artísticas

  • 1.
  • 2. Cubismo • Este movimento nasceu no ano de 1907, apoiado nas seguintes ideias: • Geometrização das formas: concepção, já defendida pelo pintor Cézanne, de que toda a Natureza pode ser representada em esquemas geométricos – nomeadamente, em cubos, o que provocou o comentário jacoso de um crítico de arte, o que haveria de dar o nome ao movimento; • Representação de visões simultâneas: a representação de vários ângulos de um mesmo objecto é considerado mais verdadeiramente do que aquela que mostra apenas o plano;
  • 4. Óleo sobre tela, 244x233 c, The Museum of Modern Art, Nova Iorque Pablo Ruiz Picasso (1881-1973), As Meninas de Avinhão,1907.
  • 5. Óleo sobre tela, 73x60 cm, Kunstmuseum, Berna Georges Braque (1882-1963), Casas d’Estaque, 1908
  • 6. O Cubismo subdesenvolveu-se sob duas conjunturas: a) O Cubismo analítico (desde 1907 até 1912)- sem deixar o figurativismo(não chega a ser pintura abstracta), explorava ao máximo as possibilidades de decompor os objectos em facetas geométricas que se justapunham. A destruição das leis da perpectiva tornava mais difícil, para o observador, identificar o objecto representado, o que contribui para reforçar o escândalo deste novo estilo artístico. Ao contrário do que acontecia com o Fauvismo e com o Expressionismo, o Cubismo analítico prescindia das cores fortes para salientar o efeito das perspectivas conjuntas.
  • 7. b) O Cubismo sintético (desde 1912 até meados dos anos 20)- embora continuando a decompor as figuras em várias facetas, eliminou o pormenor, criando, por isso, uma síntese das várias perpectivas. A cor regressou às telas, as quais foram trabalhas com o aproveitamento dos materiais de uso quotidiano (espelhos, cordas, papeís..). Tal como as outras correntes artísticas, o Cubimo também procurava uma verdade na arte que não podia ser reduzida à representação de, apenas, uma perpectiva ou da imitação da cor perpepconada pelos sentidos.
  • 8. abstraccionismo A geometrização cubista e a valorização das cores puras no Fauvismo e no Expressionismo foram preparando caminho a uma das maiores revoluções da arte europeia do século XX: o Abstraccionismo, isto é, o abandono da representação de um objecto identificável. O Abstraccionismo surgiu em 1910 e desenvolveu-se segundo duas tendências de cariz muito diferente: a) O Abstraccionismo sensível ou lírico (também chamado abstraccionismo musical) Wassily Kandinsky (artista russo) justificava a opção pelo abstraccionismo por este permitir criar, na pintura, uma linguagem universal, feita de uma combinação, o mais perfeita possívle, de formas e de cores. À maneira do que acontece com a música, a pintura seria pura comunicação, sem obstáculos culturais entre a emoção do artista e a fruição do observador.
  • 9. Wassily kardinsky, Quadro com Borda Branca, 1913 Óleo sobre a tela, 140x200 cm, Solomon Guggenhein Museum,Nova Iorque
  • 10. b) Abraccionismo geométrico, segundo Piet Mondrian, o Cubismo (movimento ao qual pertencera) foi um movimento que ficou incompleto, pois manteve-se figurativo. A resposta foi a criação, em 1907, da revista O Estilo, na Holanda, propondo o Neoplasticismo. Para Mondrian, em vez de emoção interior (teoria subjectiva), o pintor deve expressar a “realidade pura”, as verdades universais, sem sentimentos subjctivos. O resultado foi o equilibrio de contrastes entra formas geométricas de linhas rectas rectângulos e quadrados – e a utilização, apenas, de cores primárias e do branco, do cinzento e do preto. Numa Europa destruída pela guerra, o Abstraccionismo partia em busca de verdades essenciais. Reuniu múltiplos seguidores e foi a corrente mais duradoura.
  • 11. Piet Mondrian, Quadro 1, 1921 Óleo sobre tela, 98x60 cm, colecção privada, Basileia
  • 12. Futurismo O célebre Manisfesto do Futurismo, escrito por Marinetti (italiano), em 1909, definia as bases em que assentava o novo movimento: elogio da técnica, da velocidade, da sociedade industrial, do frenetismo urbano. Rejeição da arte do passado ( o que gerou um grande escândalo) e do maralismo. Influenciadas pelas novas teorias do relativimo científico, segundo os quais a Natureza apresentava irregulariedades e imprevisibilidade, os futuristas priviligiaram o dinamismo na arte. O Futurismo abarcou os vários géneros artísticos, da literatura à pintura, passando pelo teatro, a arquitectura, a escultura, a música e a fotografia. Na pintura, a “sensação dinâmica” bebia das lições do Cubismo: a decomposição das figuras em volumes (decomposição volumétrica) e a representação simultânea de vários pontos de vista. Alertados pelas teorias de Einstein, os pintores procuraram representar, nas suas telas, o tempo e o espaço. O movimento Futurista declinou com a primeira Guerra Mundial: a crise de valores provocada pela guerra atingiu, também, a crença num futuro glorioso, logo, desacreditou a estética futurista que, irreverente, defendera a guerra como conceito
  • 13. Bronze,117x87x36 cm, Tate Gallery, Londres Umberto boccioni, Formas Únicas de Continuidade no Espaço,1913