Este documento discute as diferentes dimensões da alimentação saudável de forma lúdica e pedagógica. Ele apresenta 23 verbetes sobre alimentação saudável, de A a Z, abordando temas como acesso, cultura, direitos humanos e equilíbrio. Cada verbete lista textos de apoio e sugestões de atividades para explorar a temática de forma interdisciplinar. O objetivo é promover uma discussão abrangente sobre alimentação que vá além da dimensão nutricional.
4. Apresentação
Tradicionalmente, as ações educativas sobre alimentação
saudável apresentam foco no valor nutricional dos grupos de
alimentos utilizando-se como principal ferramenta educativa a
pirâmide alimentar. Para além desta dimensão nutricional, consideramos fundamental abordar outras dimensões igualmente
importantes visando aproximar a discussão sobre alimentação
saudável do cotidiano de vida das pessoas e ampliar o olhar sobre
as práticas alimentares que diferentes grupos sociais vêm adotando, de forma mais ou menos consciente, para cuidar de sua própria alimentação ou da alimentação da família.
Com este objetivo, o Instituto de Nutrição Annes Dias da
Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e Núcleo de Alimentação e Nutrição Escolar da Universidade do Estado do Rio
de Janeiro (NUCANE/ UERJ) fomentaram a confecção do Pequeno
Dicionário da Alimentação Saudável direcionado a profissionais
de saúde da atenção básica e profissionais de educação básica.
Este material foi produzido com base em um processo de
construção coletiva, do qual participaram também os parceiros da Rede Estadual de Alimentação e Nutrição Escolar do Rio
de Janeiro, alunos e professores de graduação e pós-graduação
e profissionais de saúde, que foram estimulados a responder a
questão: “o que não pode faltar no conceito de alimentação saudável?” As respostas foram organizadas em 23 verbetes, de A a Z,
sobre alimentação saudável. Para cada verbete, são listados textos de apoio e sugestões de atividades para explorar a temática.
5. Em alguns textos de apoio indicados também é possível encontrar
outras sugestões de atividades.
O dicionário valoriza, de forma lúdica e pedagógica, as diferentes dimensões da alimentação saudável, tais como a dimensão de acesso à alimentação saudável e adequada, que exprime
as condições de segurança alimentar e nutricional de grupos ou
indivíduos, considerando que a alimentação é um direito humano reconhecido em Constituição; a dimensão cultural, que aborda
os diferentes significados e valores que as pessoas atribuem aos
alimentos, os quais são construídos de acordo com suas histórias
de vida e que influenciam suas práticas alimentares de diferentes
maneiras; a dimensão ecológica, que discute as formas de produção de alimentos e os consequentes impactos para o ambiente e
para a saúde da população; e a dimensão econômica, que explicita
as políticas agrícola, agrária e econômica do país.
Os verbetes expressam uma ou mais dimensões da alimentação saudável e alguns apresentam interfaces entre si. Portanto,
ao desenvolver alguma das atividades sugeridas pode-se abordar
mais de um verbete e, por consequência, mais de uma dimensão
da alimentação saudável.
Acreditamos que ao utilizar o material seja possível identificar novos verbetes e novas sugestões de atividades dando continuidade ao seu processo de construção.
6. Acessível
É fundamental que os ambientes em que as pessoas vivem, estudam, trabalham sejam ambientes que facilitem o acesso à alimentação saudável, seja por meio de programas públicos de alimentação como a alimentação escolar ou alimentação do trabalhador,
seja por meio da contratação de serviços. Ter opções de comércio
para comprar também facilita o acesso. Por exemplo, a presença
de sacolões ou feiras livres favorece o consumo de frutas, legumes
e verduras.Além do acesso físico, é essencial refletir sobre o acesso econômico à alimentação adequada. Quando a compra dos alimentos necessários às pessoas ou famílias compromete o acesso
a outros bens básicos, a alimentação saudável está ameaçada, ou
seja, podemos dizer que esta família ou pessoa apresenta um certo grau de insegurança alimentar e nutricional que pode comprometer sua saúde.
Alimentação saudável
tem que ser antes de
tudo acessível,
incluindo o acesso à
água de qualidade.
7. A
Texto
Link
A Segurança Alimentar e
Nutricional e o Direito
Humano à Alimentação
Adequada no Brasil
- Dimensão 4:
Acesso à alimentação adequada – p.14
http://www2.planalto.gov.br/consea/
biblioteca/publicacoes/a-seguranca-alimentar-e-nutricional-e-o-direito-humano-a-alimentacao-adequada-no-brasil
Água para a vida
Água para todos
http://www.wwf.org.br/informacoes/
bliblioteca/?2986
Cartilha SAE 2009 – Água:
alimento essencial à vida
http://reanerj.blogspot.com.br/p/
semana-de-educacao-alimentar-sea.
html
Sugestões de atividades:
• Demonstrar com materiais o percentual de água potável disponível para o consumo no planeta: 1 garrafa
plástica de 2 litros – toda água do planeta (doce e salgada); 1 copo de 200ml – somente água doce (2,7%);
1 copo de 50 ml – água doce de fácil acesso (0,26%)
e 1 tampa de garrafa – água potável (0,02%). Elaborar
com o grupo as conclusões sobre a observação.
• Pedir ao grupo para responder a pergunta: “Você tem
fome de quê?”, registrando as respostas em painel, em
seguida ouvir a música COMIDA (Arnaldo Antunes,
Marcelo Fromer e Sérgio Brito) e debater sobre a questão do acesso à alimentação.
8. Bonita
É comum dizer: “primeiro, comemos com os olhos”! Embora
a beleza seja um valor muito subjetivo, ao pensar em alimentação saudável, é fundamental pensar na forma de apresentação da comida e nos ambientes em que as pessoas realizam as refeições. Algumas vezes o interesse por um alimento
pode mudar simplesmente em função do corte ou da textura
em que este é apresentado. Misturar as cores dos alimentos
também é uma forma de tornar a alimentação mais atraente. A alimentação é uma prática que envolve os sentidos. Ao
escolher, ao preparar e ao saborear os alimentos, estimulamos a visão, o tato, o olfato, o paladar e a audição.
Alimentação
é uma arte!
9. B
Texto
Link
Os sentidos da comida: será que só a
fome é o tempero do alimento?
http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/media/1%20-%20os%20sentidos%20da%20
comida.pdf
Esta é uma revista produzida pelos alunos
da Faculdade de Comunicação Social da
PUC-Rio. Este número foi todo sobre alimentação. Para acessar a revista completa:
http://puc-riodigital.com.puc-rio.br/media/ecletica%20n%C2%BA22%20completa.
pdf
Guia alimentar para a população
brasileira do Ministério da Saúde –
Atributos da alimentação saudável
– p.35
http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/guia_alimentar_
conteudo.pdf
Sugestões de atividades:
• Levantar sugestões sobre como tornar as
preparações diárias mais atrativas, a partir
de imagens de pratos coloridos, bonitos e
com alimentos variados.
• Discutir os diferentes significados da frase:
“Comer com os olhos”.
10. Cultural
A alimentação saudável deve atender as necessidades biológicas para manter o corpo funcionando bem e também atender
as necessidades culturais. A cultura é entendida pelo conjunto
de manifestações que expressam o modo de vida dos grupos
sociais. Portanto, a dimensão cultural da alimentação saudável
refere-se aos diferentes significados e valores que as pessoas
atribuem aos alimentos. Esses significados são construídos de
acordo com suas próprias histórias de vida e influenciam suas
práticas alimentares de diferentes maneiras. Constituem mitos, tabus, crenças, costumes e práticas que compõem o saber
popular sobre a alimentação.Talvez a forma mais concreta de
expressão desse saber, seja a culinária. As comidas remetem à
memórias, sensações, experiências e aprendizados. Por isso, a
valorização das receitas de família e o resgate da culinária no
cotidiano são ações essenciais de promoção de alimentação
saudável!
A valorização
de um ou outro alimento e
a forma de preparar e de
comer estes alimentos
traduzem aspectos da
identidade cultural de
pessoas ou grupos.
As pessoas não comem
nutrientes e sim comida.
11. C
Texto
Link
Cultura Alimentar:
contribuições da antropologia da
alimentação
Sabores e lembranças - narrativas
sobre alimentação, saúde e cultura.
http://www.unimep.br/phpg/editora/revistaspdf/saude13art05.pdf
http://www.crde-unati.uerj.br/publicacoes/pdf/Sabore.pdf
Sugestões de atividades:
• Promover o troca-troca de receitas: solicitar que os
participantes tragam receitas tradicionais de sua família, explicando o motivo da escolha. Realizar vivências culinárias com essas receitas.
• Levantar os diferentes significados da alimentação
a partir das consignas: Comida de pobre; comida de
rico; comida de escola; comida de doente, comida de
festa ... As respostas podem ser registradas em um
painel para apoiar a discussão. As consignas podem
ser alteradas de acordo com a realidade do grupo e o
objetivo da discussão.
12. (um) Direito Humano
Qualquer um de nós tem o direito humano de obter acesso digno
a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e com regularidade assegurada. Entre os direitos humanos já conquistados estão alimentação, moradia, saúde, educação, informação, trabalho
digno e liberdade. Uma pessoa só tem uma vida digna se os seus
direitos universais forem garantidos e respeitados. Por exemplo,
dar de comer a uma pessoa não garante, necessariamente, o seu
direito humano à alimentação, pois não assegura a dignidade humana. Crianças, pessoas doentes ou com deficiência, pessoas que
vivem em asilos ou hospitais e outras que não possuem autonomia para produzir ou comprar seu próprio alimento também têm
o direito humano a alimentar-se com dignidade. A falta de acesso à alimentação expressa o grau de desigualdade social de uma
população. Alguns mecanismos podem ser acionados para fazer
cumprir este direito quando ele é negado, tais como conselhos de
controle social, como o conselho de saúde, tutelar ou de segurança alimentar e nutricional; ou outras instâncias como sindicatos,
associações e o Ministério Público.
Alimentação
saudável
é uma
alimentação justa!
13. D
Texto
Link
Direito humano à alimentação adequada e
soberania alimentar
http://www.consears.com.br/blog/
wp-content/uploads/2011/10/02_Programa-de-Formação-de-Delegados-à-IVCNSAN-Texto-DHAA.pdf
Direito humano à alimentação
adequada – faça valer
http://www4.planalto.gov.br/consea/
publicacoes/folheto-direito-humano-aalimentacao-adequada
Lei de segurança alimentar e
nutricional
http://www2.planalto.gov.br/consea/
biblioteca/publicacoes/cartilha-losanportugues
Sugestões de atividades:
• Expressar por meio de uma atividade artística
(teatro, música, paródia, desenho) o entendimento
sobre “por que comer é um direito humano”.
• Promover a projeção e debate dos seguintes
filmes: Ilha das flores (Jorge Furtado, 1989) e
Comer é um direito (disponível em:
http://www.educacaoamesa.org.br ).
14. Equilibrada
Atualmente, são muitas as recomendações sobre alimentação
saudável divulgadas por profissionais de saúde, televisão, livros,
revistas, internet etc. São tantas informações que, às vezes, geram mais confusão do que consensos. Por isso, o Ministério da
Saúde produziu o Guia Alimentar para a População Brasileira. Este
documento é importante porque definiu consensos entre vários
setores sobre as principais diretrizes de alimentação saudável. No
entanto, cada pessoa apresenta uma necessidade diferente e uma
determinada relação com o alimento. Uma alimentação saudável
precisa ser capaz de equilibrar as recomendações técnicas e as necessidades individuais, com criatividade e flexibilidade. As diretrizes básicas são fundamentais para o planejamento de ações direcionadas a um coletivo. No cuidado nutricional individualizado, as
diretrizes precisam ser adaptadas ao contexto de vida.
O respeito à autonomia
e à participação das
pessoas neste processo
são fundamentais para
alcançar o equilíbrio
entre o ideal e o real.
15. E
Texto
Link
Guia alimentar para a população brasileira
– princípios – p.29
http://189.28.128.100/nutricao/docs/
geral/guia_alimentar_conteudo.pdf
Guia alimentar para a população brasileira – como ter uma alimentação
saudável
http://189.28.128.100/nutricao/docs/
geral/guia_alimentar_bolso.pdf
Sugestões de atividades:
• Estimular uma auto-reflexão a partir do preenchimento do teste “como está sua alimentação?”
(presente no guia alimentar de bolso).
• Solicitar que os participantes montem um prato
equilibrado, seguindo as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira, utilizando gravuras
de alimentos.
16. Festiva
A alimentação é uma das principais formas de comemorar. Cada
festa tem seu próprio repertório de cardápios. Podemos pensar em
tantas festas no nosso país: festa junina, festa do boi, oktoberfest,
festa do tomate, do marreco... Muitas estão atreladas às crenças
religiosas de algum grupo, sugerindo o consumo de determinado
alimento ou até mesmo o jejum. Em casa, as receitas tradicionais
são preparadas para as festas familiares. Receber e visitar amigos
requer o planejamento de um cardápio especial. Uma festa de
aniversário ou casamento tem sempre um bolo e docinhos e os
convidados sabem que a festa acabou quando essas preparações
são servidas. Em algumas culturas, os velórios são realizados com
oferta de alimentos. Em ambientes de trabalho, as refeições podem ser espaços para articulação e tomada de decisões ou um momento de descontração e confraternização.Por isso, as vivências
culinárias podem ser uma excelente estratégia para a promoção
de alimentação saudável: mobilizam os sentidos, remetem à lembranças e sensibilizam para novas possibilidades.
A alimentação
é celebração
da vida!
17. F
Texto
Link
Festas culturais: tradições, comidas e
celebrações.
http://www.uesc.br/icer/artigos/festasculturais_mercia.pdf
Sugestões de atividades:
• Pesquisar tradições festivas da cultura brasileira,
destacando suas preparações e bebidas características. Os achados podem ser expostos na forma de
murais e cartazes.
• Realizar uma vivência culinária escolhendo uma
preparação de uma festa tradicional.
18. Gostosa
Para ser saudável, a alimentação precisa ser gostosa. Muitas pessoas dizem “tudo que é gostoso faz mal”, mas isto é um mito. A
alimentação do dia a dia do brasileiro como arroz, feijão, carne,
legumes e frutas é saudável e gostosa. No entanto, um desafio que
encontramos atualmente para a promoção da alimentação saudável é o elevado consumo de alimentos industrializados. O excesso de açúcar, de sal, de gorduras e de aditivos químicos presentes
nestes alimentos acabam alterando o paladar (fenômeno conhecido como hiperpalatabilidade) e causando estranhamento ao sabor
natural dos alimentos, principalmente por crianças.
Ao pensar em
receitas e cardápios que
promovam a saúde, não
se pode perder de
vista que é preciso atrair
o olhar a agradar
o paladar!
19. G
Texto
Link
Cartilha da Semana de Alimentação Escolar http://200.141.78.79/dlsta– 2006 - Culinária, saúde e prazer
tic/10112/126881/DLFE-2011.pdf/sae06.
pdf
A culinária como objeto de estudo e de
intervenção no campo da Alimentação
e Nutrição
http://www.scielo.br/pdf/csc/v16n1/
v16n1a13.pdf
Sugestões de atividades:
• Fazer um bolo com ingredientes diferentes do tradicional (agrião, feijão, beterraba, abobrinha...)
Estimular a análise sensorial do bolo respondendo
a pergunta “Tem gosto de quê?”.
• Assistir o filme Ratatouille (Brad Bird, 2007) destacando a valorização da culinária.
20. (respeita o)
Hábito Alimentar
O hábito alimentar é aprendido, construído e modificado ao longo
da vida. É influenciado pelas experiências que as pessoas vivenciam em diferentes contextos, como o ambiente em que estudam
ou trabalham; pela religião, pela propaganda... Alguns tendem a
manter hábitos por mais tempo, outros já são mais flexíveis às mudanças. Alguns hábitos são mais fáceis de mudar do que outros.
É possível incorporar novos hábitos como deixar de lado hábitos
antigos ou até misturá-los. Os hábitos alimentares podem se modificar o tempo todo, a qualquer tempo.Atualmente utiliza-se mais
o termo práticas alimentares, que se referem tanto aos alimentos
escolhidos quanto às formas de preparar, de servir e de comer.
Expressam melhor esse dinamismo que está em função do cotidiano de vida das pessoas e das diferentes estratégias utilizadas para
cuidar da própria alimentação ou da alimentação da família
É possível
incorporar novos
hábitos como
deixar de lado hábitos
antigos ou até
misturá-los.
21. H
Texto
Link
Cultura e alimentação ou o que têm a ver
os macaquinhos de Koshima com BrillatSavarin?
http://www.scielo.br/pdf/ha/v7n16/
v7n16a08.pdf
Sugestões de atividades:
• Levantar os diferentes significados da alimentação a partir das consignas: como e gosto; como
e não gosto; não como e gosto; não como e não
gosto. As respostas podem ser registradas em um
painel para apoiar a discussão sobre diferentes
hábitos, tabus, preconceitos, crenças sobre alimentação.
• Cantar a música “Família” (Titãs) e debater sobre a influência dos hábitos familiares em nossa
alimentação.
22. (privilegia alimentos)
in natura
Alimentos in natura são aqueles que compramos frescos em feira livre, sacolão, açougue, peixaria... Ao longo do tempo, a indústria foi aumentando a produção de alimentos industrializados ou
processados, que são mais vendidos nos grandes supermercados.
Para aumentar o tempo de prateleira destes alimentos e aumentar o lucro destes fornecedores, a indústria passou a manipular ou
processar os alimentos retirando ou adicionando partes dos próprios alimentos ou até outras substâncias (aditivos químicos) para
conservar, alterar a cor ou o sabor, engrossar a consistência, aumentar ou diminuir a umidade...
Os alimentos industrializados podem ser divididos em:
- minimamente processados – aqueles que são submetidos a algum processo para preservá-los ou torná-los mais acessíveis e seguros. Ex.: arroz, feijão, carne fresca, leite...
- ingredientes culinários – aqueles que, geralmente, não são consumidos puros; são utilizados como ingredientes no preparo de
Os alimentos
in natura
são a base de
uma alimentação
saudável!
23. I
pratos constituídos por alimentos frescos e minimamente processados. Ex.: óleos, gorduras, farinhas, massas, féculas, açúcares...
- ultraprocessados – aqueles que são confeccionados com base
nos ingredientes culinários acrescidos de pequenas quantidades
de alimentos minimamente processados, de sal ou de outros conservantes. Ex.: biscoitos, refrigerantes, cereais matinais, doces em
geral, sorvetes...
Texto
Link
Conceito de alimento natural e
Alimento industrializado: uma
Abordagem sóciocomportamental
http://www.abepro.org.br/biblioteca/
ENEGEP2007_TR610460_9791.pdf
Cartilha Semana de Alimentação Escolar 2010 – Alimentos industrializados:
mitos e verdades
cartilhasae2010versaofinalparadivulgacao-120306081540-phpapp01.pdf
Sugestões de atividades:
• Realizar oficinas culinárias para elaborar preparações caseiras, com alimentos in natura, similares às
preparações industrializadas disponíveis no mercado. Exemplos: molho de tomate caseiro, iogurte,
coalhada, sorvetes e sucos de frutas naturais. Após
a preparação e a degustação, conversar sobre as
vantagens do uso de alimentos in natura para saúde e para o ambiente.
24. (valoriza o) Jantar
Algumas pessoas vêm dedicando menos tempo ao preparo das próprias refeições. Atualmente, algumas moradias são construídas até
sem cozinha ou somente com uma copa. Com isso, temos observado o aumento das práticas de comer fora de casa, pular refeições e
substituir refeições por lanches, principalmente no caso do jantar.
Em geral, essas trocas costumam privilegiar alimentos mais calóricos e mais industrializados com mais gorduras e açúcares e menos
fibras, vitaminas e minerais.Cada refeição tem seu valor específico:
o café da manhã serve para quebrar o jejum do período noturno; o
almoço, a principal refeição do dia, fornece a maior parte das calorias que necessitamos para as atividades diárias e o jantar, em geral,
a última refeição antecede o jejum da noite. Dependendo da rotina
de cada pessoa, entre as grandes refeições podem ser realizados pequenos lanches para evitar a fome exagerada na próxima refeição,
o que pode levar a pessoa a comer demais. Além da função nutricional, as refeições também servem como momento de integração da
família ou de reflexão e descanso entre as atividades do dia.
Valorizar as refeições
e a prática de produzir
o próprio alimento
ajuda a tornar
a alimentação
mais saudável!
25. J
Texto
Link
Guia alimentar para a população brasileira
– Diretriz 1 – p.39
http://189.28.128.100/nutricao/docs/
geral/guia_alimentar_conteudo.pdf
Alimentação fora do domicílio de consumidores do município de Campinas,
São Paulo
http://www.scielo.br/pdf/rn/v24n2/
a10v24n2.pdf
Sugestões de atividades:
• Entrevistar as pessoas mais idosas da comunidade sobre como eram realizadas as refeições em sua época
de criança.
• Discutir com o grupo os resultados encontrados em
uma enquete realizada com pessoas da comunidade,
com as seguintes questões:
- Quantas e quais refeições são realizadas ao longo do
dia?
- Com quem?
- Aonde e de que maneira?
26. (começa com)
Leite Materno
O aleitamento materno promove a saúde e previne doenças para a
mãe e para o bebê. Quando mama, o bebê se alimenta dos melhores nutrientes para seu crescimento, recebe da mãe várias defesas
para doenças da infância e da vida adulta e o mais importante: se
sente seguro e protegido. O ato de amamentar favorece a relação afetiva entre mãe e filho.No entanto, alguns familiares podem
achar que o leite materno não é o mais adequado para seus bebês e podem até criar dificuldades para as mães amamentarem.
Por isso, é tão importante apoiar as mães neste momento. Os profissionais de maternidades, bancos de leite humano e unidades de
saúde podem orientar sobre as principais dúvidas. Outros profissionais, escolas e creches podem valorizar a amamentação. A melhor forma da creche incentivar o aleitamento materno é apoiando a mãe que deseja continuar amamentando. Algumas políticas
públicas foram criadas para garantir o aleitamento materno como
Depois do
nascimento, a
alimentação
saudável começa
com leite materno!
27. L
os hospitais e unidade básicas amigas da amamentação; a formação de profissionais de saúde; a licença amamentação; o direito
de amamentar o filho no local de trabalho; a propaganda do aleitamento materno... mas cada um pode contribuir formando uma
rede de apoio social neste momento tão definitivo da vida.
Texto
Link
Promovendo o aleitamento materno
http://www.fiocruz.br/redeblh/media/
albam.pdf
Cartilha para mãe trabalhadora que
amamenta
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_mae_trabalhadora_amamenta.pdf
Aleitamento materno- Projeto Com
Gosto de Saúde
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/
exibeConteudo?article-id=127650
Sugestões de atividades:
• Solicitar que os alunos construam um mural
com fotos e/ou imagens sobre amamentação e
identifiquem o que as imagens sugerem sobre
este ato.
• Convidar uma mãe que esteja amamentando ou que já tenha amamentado a relatar sua
experiência
28. (comercializada em)
Mercados
Mercado é o local onde agentes econômicos (vendedores e compradores) se encontram para trocar mercadorias por outras ou um
equivalente geral do valor (bens ou, em geral, dinheiro). As feiras
livres contemporâneas conservam características dos primeiros
mercados que se tem conhecimento, como a montagem provisória e o predomínio dos gêneros alimentícios nos itens de troca. Esse
traço foi conservado na construção de espaços permanentes para a
comercialização de mercadorias para consumo imediato, tanto nos
entrepostos atacadistas (como os mercados públicos e as centrais
de abastecimento) quanto nas mercearias e supermercados varejistas. Outro tipo de mercado de gêneros alimentícios são as bolsas
de mercadorias, que focam no comércio de commodities. Nelas, ao
contrário dos estabelecimentos atacadistas e varejistas, as mercadorias negociadas não estão fisicamente presentes e podem até ser
comercializadas antes da sua produção, com base na expectativa
do seu preço em uma data futura. No entanto, existem estratégias
que se distanciam dessa lógica. Destaca-se a aproximação entre
Portanto,
não se esqueça:
toda compra,
por menor que seja,
é um ato político!
29. M
produtores e consumidores por meio do chamado “circuito curto”
(feiras de agricultores ou grupos de consumidores que realizam
compras coletivas diretamente dos produtores). Estas iniciativas,
por um lado, permitem melhores condições de venda e, por outro,
possibilitam a compra de alimentos da safra, o que é fundamental
para uma alimentação saudável e para a sustentabilidade socioambiental das culturas agrícolas. A maior ou menor disponibilidade de
alimentos e as formas como eles são produzidos para a população
influenciam e são influenciadas pelas políticas agrícola, agrária e
econômica dos países.
Texto
Ações públicas locais de abastecimento
Alimentar
Link
http://www.ieham.org/html/docs/
Ac%E7%F5es%20P%FAblicas%20Locais%20de%20Abastecimento%20Alimentar%20-%20POLIS%205.pdf
Sugestões de atividades:
• Visitar as diferentes opções de comércio de alimentos,
tais como: sacolão, feira, supermercado, entrepostos de
abastecimento (CADEG, CEASA, COBAL) e comparar as
principais diferenças (alimentos oferecidos, arrumação
das mercadorias, formas de pagamento, relação entre o
consumidor e o fornecedor etc).
• Conhecer o funcionamento da Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio de Janeiro.
30. Nutritiva
Nutrientes são partes integrantes dos alimentos. Tradicionalmente,
essa dimensão da alimentação saudável foi a mais valorizada. No
entanto, de tempos para cá, nutricionistas, economistas, jornalistas
e antropólogos têm trazido para o debate dos atuais problemas de
saúde, fortes críticas a esta ideia, por desconsiderar aspectos econômicos, ambientais e sócio-culturais da alimentação. Como consequência, uma grande questão enfrentada nos dias de hoje é a incorporação pela mídia do discurso científico e a sua relação com a
medicalização da alimentação. Quando falamos em medicalização,
não se trata de um assunto restrito a medicamentos, remédios, mas
de um processo por meio do qual questões de diferentes naturezas
são reduzidas à lógica médica. Temos como um exemplo bem próximo, o caso dos estudos sobre a funcionalidade dos alimentos, em
que são identificados os benefícios à saúde de alguns compostos
químicos, sendo atribuído maior ou menor valor aos alimentos de
acordo com essas características. É o discurso do “tenho que comer
para”. Esse tipo de abordagem serviu (e ainda serve) de base para
legitimar diferentes ações da indústria de alimentos, relacionadas
Alimentação nutritiva
é a alimentação
tradicional do brasileiro:
arroz, feijão, algum tipo
de carne, legumes,
verduras e frutas!
31. N
às formas de manipular os nutrientes e criar novos produtos para
o consumo. Por isso, muitas pessoas acreditam que a alimentação
saudável é cara e que devem incorporar vários produtos à sua alimentação diária, o que não é verdadeiro.
Texto
Link
Alimentação e globalização: algumas reflexões
http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/
v62n4/a14v62n4.pdf
Representações sociais da alimentação
e saúde e suas repercussões no comportamento alimentar
http://www.scielo.br/pdf/physis/
v7n2/04.pdf
Cartilha Semana de Alimentação Escolar 2010 – Alimentos industrializados:
mitos e verdades
cartilhasae2010versaofinalparadivulgacao-120306081540-phpapp01.pdf
Sugestões de atividades:
• Convidar o grupo a compor um Tribunal do Júri: é retirado
um voluntário para ser o juiz, três ou cinco para compor o
júri e entre o restante, metade do grupo fará a defesa e a
outra metade fará o ataque. Podem ser “julgadas” questões como:
- Cozinhar está fora de moda?
- É possível combinar alimentação saudável e prazer?
- Alimentos x produtos alimentícios
- A mídia e a propaganda de alimentos influenciam as práticas alimentares atuais?
32. Oportuna
A alimentação é oportuna quando utiliza um momento apropriado
ou favorável para apresentar, introduzir ou modificar determinado
alimento nas suas diferentes consistências ou formas de preparo.
As mudanças no ciclo de vida colocam a necessidade de algumas
adaptações e cuidados. Isso também pode acontecer em certas situações especiais de saúde.A gestante torna-se responsável pela
sua alimentação e do bebê. O aleitamento materno requer apoio e
orientação. Após os seis meses de aleitamento materno exclusivo,
a introdução de alimentos complementares é um momento essencial para as práticas alimentares no decorrer da vida. A partir dessa
idade, a criança entra em contato com hábitos diferentes da família
e a cada ano que se passa novos desafios são lançados, como a alimentação oferecida pela escola ou escolhida pelos amigos. Na adolescência, a alimentação é um ritual de aprovação social no grupo e
uma forma de conseguir mais autonomia em relação à família. Na
vida adulta, a rotina de trabalho requer praticidade para cuidar da
alimentação em casa. Ao envelhecer, a relação com a alimentação
pode ser modificada em função das mudanças no corpo ou das condições de saúde.Todos estes momentos são diferentes e requerem
atenção e cuidado.
A alimentação
é oportuna quando
consegue atender a
estas mudanças de
maneira favorável e
promover saúde!
33. O
Texto
Link
Alimentação saudável para gestantes: siga
os 10 passos
http://189.28.128.100/nutricao/docs/
geral/10passosGestantes.pdf
Guia para menores de 2 anos
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/10_passos.pdf
Caderneta de saúde do adolescente meninos
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cardeneta_meninos.pdf
Caderneta de saúde do adolescente meninas
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cardeneta_meninas.pdf
Guia alimentar para a população brasileira
http://189.28.128.100/nutricao/docs/
geral/guia_alimentar_conteudo.pdf
Alimentação para pessoa idosa
http://189.28.128.100/nutricao/docs/
geral/asaudavel_p_idosa.pdf
Sugestões de atividades:
• Assistir aos vídeos Fases do Ciclo da Vida I (Gestantes e Crianças) e Fases do Ciclo da Vida II (Alimentação Saudável da adolescência à Terceira Idade),
disponíveis em http://www.educacaoamesa.org.br,
e discutir as mudanças na alimentação nos diferentes ciclos de vida.
34. Prazerosa
A alimentação é uma das principais fontes de prazer do ser
humano. A comensalidade que significa, comer junto, é uma
das marcas do ritual de alimentação humana e uma das condições para o prazer de se alimentar. É muito frequente o relato de idosos, que apresentam desinteresse em se alimentar
quando ficam viúvos ou sem parentes em casa. Alguns adultos
que moram sozinhos, também acham difícil preparar comida
para uma só pessoa. A dimensão de prazer da alimentação
pode estar em comer ou em preparar a comida para alguém.
Ao se alimentarem, as pessoas buscam nutrir o corpo e a
alma e neste sentido, a alimentação é uma prática social que
nos relaciona até de uma forma espiritual, é uma comunhão.
Esta é uma dimensão que não se pode perder de vista quando
as pessoas precisam fazer restrições alimentares por motivos
de saúde.
Alimentação
saudável
também tem
que ser
prazerosa!
35. P
Texto
Link
Comensalidade: Refazer a humanidade
http://leonardoboff.com/site/vista/2008/
abril18.htm
Alimentação e comensalidade: aspectos históricos e antropológicos
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid
=S0009-67252010000400009
Sugestões de atividades:
• Solicitar que os alunos tragam fotos de
comemorações com a família ou amigos
em torno da alimentação.
• Discutir sobre o prazer na alimentação,
com base na leitura das crônicas: Comida de Alma (Nina Horta) e Crônica do
Ovo (Luis Fernando Veríssimo).
36. Qualidade de vida
Atualmente, é muito comum escutar programas de TV ou profissionais de saúde, abordando a alimentação como fator que pode
prevenir ou provocar doenças crônicas como obesidade, diabetes,
hipertensão arterial e alguns tipos de câncer. É preciso lembrar que
além da alimentação existem outros fatores que também influenciam neste processo, como a prática de atividade física, consumo
de álcool, uso do tabaco, stress, condições genéticas, entre outros...
No entanto, alimentação é muito mais do que um fator de risco!
A alimentação está na base das relações humanas e os alimentos
precisam ser vistos para além dos seus nutrientes. Neste sentido,
as práticas alimentares, além do aspecto nutricional, podem contribuir para a construção de habilidades pessoais essenciais para
a promoção da saúde, como por exemplo: fazer um lanche com
amigos pode facilitar a aprovação social de um grupo de jovens;
preparar uma receita de família pode aumentar a autoestima junto
a familiares; organizar um piquenique ou um café da manhã pode
contribuir para ampliar a rede de convívio social de algumas crianças e famílias; boicotar o consumo de certos alimentos pode ampliar o senso crítico de jovens; aprender novas receitas pode ampliar a autonomia de idosos ou pacientes com transtornos mentais.
Alimentação
saudável, além de
prevenir doenças,
deve promover
saúde e
qualidade de vida!
37. Q
Texto
Link
Qualidade de vida e saúde: um debate
necessário
http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid
=S1413-81232000000100002
Política Nacional de Promoção da
Saúde
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_
saude_3ed.pdf
Sugestões de atividades:
• Identificar com o grupo momentos em que a alimentação
contribui para a qualidade de vida. Refletir sobre os alimentos mais consumidos nestes momentos.
• Promover a projeção e o debate de filmes em que podemos perceber as práticas alimentares em diferentes
contextos sociais. Algumas sugestões: Como água para
chocolate (México, 1992); Estômago (Brasil, 2007); Julia
e Julie (EUA, 2009).
• Explorar o Rap da Alimentação Saudável criado por alunos
da Escola Municipal José Lins do Rego, no Rio de Janeiro. É
possível interpretar a letra, cantar, fazer paródias. Disponível em: http://portalmultirio.rio.rj.gov.br/portal/riomidia/
rm_materia_conteudo.asp?idioma=1&idMenu=9&label
=Corresponsales&v_nome_area=Corresponsales&v_id_
conteudo=64819#
38. Regional
Se pararmos para pensar na alimentação de um gaúcho e de um
nordestino, podemos nos surpreender com tantas diferenças. Por
ser um país de dimensões continentais, o Brasil apresenta uma
grande variedade climática, de fauna e de flora. Os biomas brasileiros como as florestas e matas, o cerrado, a caatinga, os pampas
e o pantanal apresentam diferentes vantagens e desvantagens
para a extração e o plantio de espécies vegetais ou para a criação
de espécies animais. É exatamente essa diversidade que torna
nossa alimentação tão rica, sem falar no acesso à água, permitido
pelo volume dos rios.Somado ao aspecto físico, as diferentes matrizes que conformaram a criação do povo brasileiro como índios,
quilombolas, caipiras, negros e europeus também permitiram a
mistura de receitas e ingredientes tão característica da culinária
brasileira.
Tacacá, cuscuz,
pamonha, vatapá,
moqueca, paçoca, angu,
feijoada, frango ao molho
pardo, churrasco,
barreado – misturas que
expressam um passeio
pelo paladar e pela culinária regional brasileira!
39. R
Texto
Link
Alimentos Regionais Brasileiros
http://189.28.128.100/nutricao/docs/
geral/alimentos_regionais_brasileiros.
pdf
Alimentação e cultura – Projeto Com
Gosto de Saúde
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/
exibeConteudo?article-id=127650
Sugestões de atividades:
• Entrevistar pessoas de outras regiões, perguntando sobre
alimentos e preparações típicas e montar um mapa regional ilustrado por estas preparações.
• Promover a projeção da série “O Povo Brasileiro” (TV Cultura, GNT e Fundação Fundar), baseada no livro homônimo de Darcy Ribeiro, e o debate sobre as diferenças
regionais da alimentação do brasileiro. Vídeo disponível
em http://www.youtube.com/watch?v=TcwMZU5Y0iw&
list=PL3B904E5070413F07. O DVD, da gravadora Versátil,
também está disponível para a venda
40. Sustentável
Sustentabilidade é um termo amplo e complexo. Vem sendo usado por diferentes pessoas e em contextos diversos. Esta dimensão
refere-se às práticas alimentares promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Mas o que seria isso? O aspecto
ambiental da sustentabilidade envolve não prejudicar o ambiente
à volta, composto pelo solo, pela água e pelos seres vivos daquele
habitat; o cultural diz respeito à valorização da cultura local, tanto alimentar, como de costumes de uma maneira geral; o aspecto
econômico abarca questões relacionadas à compatibilidade entre
padrões de produção e de consumo, valorização de grupos locais
e tradicionais; e, por fim, o social envolve o respeito às pessoas, a
manutenção da qualidade de vida da população, equidade na distribuição de renda e diminuição das diferenças sociais, com participação e organização popular. A sustentabilidade envolve questões
relacionadas à manutenção da vida, preocupando-se também com
gerações futuras.Significa dizer que vale a pena priorizar alimentos cultivados localmente. Significa também não incluir na base de
Adotar uma
alimentação que respeite
esses aspectos da
sustentabilidade não cabe
apenas aos indivíduos e à
população. É preciso que
políticas públicas garantam
esse acesso.
41. S
nossas práticas, alimentos produzidos com veneno, que poluem o
meio ambiente e impactam negativamente todas as pessoas que
se expõem a eles durante o processo produtivo: desde os trabalhadores no campo, até os que bebem de água contaminada. Ao
invés disso, alimentos produzidos por meio da agroecologia, que
são sustentáveis em todos os aspectos, deveriam ser priorizados.
Texto
O olho do consumidor (Cartilha Ziraldo)
Link
http://www.sustentabilidade.org.br/imagens/conteudos/File/cartilha_ziraldo.pdf
Cartilha SEA 2011 - Agroecologia e agri- reanerj.blogspot.com.br/p/semana-decultura familiar
educacao-alimentar-sea.html
Cartilha SEA 2012 - Alimentação e Sustentabilidade: Multiplique essa idéia!
http://reanerj.blogspot.com.br/
Plantando o amanhã – Cartilha para
trabalho de base
http://institutokairos.net/wp-content/
uploads/2012/04/AgroCartilhaA5.pdf
Sugestão de atividades:
• Conhecer o trabalho da ONG As-PTA e suas produções
como o vídeo “Quintal da D. Leda” (disponível em http://
www.youtube.com/watch?v=TDsKen05EqU
• Assistir o filme “O Veneno está na mesa” (Silvio Tendler,
2011) e discutir o impacto dos agrotóxicos nos sistemas
alimentares.
• Conhecer e divulgar a campanha contra agrotóxicos (http://
www.contraosagrotoxicos.org/).
42. (com)Tempo(rânea)
Muitos são os desafios encontrados para cuidar da alimentação na
vida atual. Falta tempo para comprar, para preparar a até para comer. Mas o tempo é o mesmo para todos! Até alguns anos atrás,
modernidade parecia não combinar mais com alimentação preparada em casa. Cozinhar era tarefa para a mãe ou para a avó que
não “trabalhavam”. A mulher moderna, que trabalha fora, se orgulhava em dizer que não sabia cozinhar. De uns anos para cá,
algumas mudanças têm sido observadas. Cozinhar em casa tem
se tornado hobbie de alguns homens, livros de receita têm sido
publicados, programas de TV sobre culinária se multiplicam. Estas iniciativas têm contribuído para o resgate da culinária com o
tempo possível de cada um. Algumas pessoas estão descobrindo
que o tempo gasto com a alimentação pode ser otimizado para o
cuidado com a família, para relaxar e para planejar a vida pessoal
e profissional.
Para a promoção
da alimentação
saudável está
colocado o desafio
de combinar
alimentação,
saúde e prazer!
43. T
Texto
Reflexos da globalização na cultura alimentar: considerações sobre as mudanças na
alimentação urbana.
Link
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=
S141552732003000400011&script=s
ci_arttext
Sugestões de atividades:
• O consumo de biscoitos e refrigerantes aumentou 400%
da década de 70 até os dias de hoje. Promover uma reflexão crítica sobre as principais mudanças nos hábitos alimentares ao longo do tempo, por meio da exposição de
vídeos, análise de propagandas, livros de História, dados
de pesquisa etc.
• Formar grupos de teatro problematizando cenas do cotidiano sobre alimentação na vida moderna (comer com
pressa, comer vendo TV, comer sozinho, substituir refeição por lanche...).
• Conhecer a campanha slowfood, disponível em http://
www.slowfoodbrasil.com, e discutir sobre esta prática.
44. (dimensiona)
Utensílios
Do fogão à lenha ao microondas; da colher de pau à espátula de
silicone; das panelas de alumínio ao aço inoxidável; da porcelana
ao prato descartável; o desenvolvimento de utensílios e equipamentos tentou responder a necessidade de maior praticidade na
cozinha e às exigências sanitárias. A própria cozinha ganhou novas
formas nas casas, muitas foram reduzidas.Entre a modernização
e a tradição, constituiu-se o dilema da alimentação saudável. As
consequências dos atuais padrões de consumo alimentar provocam agora uma retomada da prática culinária aliada a saúde, ao
prazer e a sustentabilidade. O uso de estratégias para garantir
maior praticidade e que otimizem o tempo destinado ao preparo
das refeições, precisa ser revisto face às condições de saúde e às
questões ambientais.
Nem tudo que
a indústria produz
é realmente
necessário para
cozinhar e
nem tudo
promove saúde!
45. U
Texto
O uso da tecnologia a favor da evolução
gastronômica.
Link
http://www.prp.ueg.br/sic2011/
apresentacao/trabalhos/pdf/ciencias_sociais_aplicada/sic/csa_sic_o_
uso_da_tecnologia_a_favor_da_evolucao_gastronomica.pdf
Sugestões de atividades:
• Solicitar que o grupo pesquise imagens de utensílios
e equipamentos de cozinha, antigos e modernos, de
maneira a promover uma discussão sobre a evolução
desses e quais suas reais necessidades.
• Realizar uma vivência culinária: preparar um bolo
com a mesma receita, onde um grupo utilizará utensílios modernos e o outro utensílios tradicionais (por
exemplo, bater a mão ou em batedeira; assar no forno
convencional ou em microondas). Após a degustação,
discutir sobre a textura e o sabor.
46. Variada
Cada alimento apresenta uma composição diferente e ao variar os
alimentos que comemos, garantimos diferentes nutrientes para o
corpo. Além dos nutrientes, a variedade de alimentos evita a monotonia ali¬mentar que pode levar ao desinteresse pela alimentação.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alertou que o mundo vive um processo de extinção de
alimentos sem precedentes. Mais de mil alimentos nutricionalmentericos entraram em extinção, sendo a maioria originários do
Brasil. Entre os principais motivos estão o sistema alimentar direcionado para os produtos mais vendidos e o crescente consumo de
alimentos industrializados. A alimentação do brasileiro tem privilegiado o consumo de trigo, laticínios e carnes em detrimento da
diversidade de frutas, de legumes, de verduras e de grãos.
Portanto, variar a alimentação garante que a produção de alimentos continue valorizando a diversidade de espécies comestíveis no
Brasil e no mundo!
Isso é alimentação
saudável para as
pessoas e
para o planeta!
47. V
Texto
Promoção do consumo de Frutas, Verduras
e Legumes: O Programa “5 ao dia”
Link
https://docs.google.com/file/
d/0B6XlU48LvyF6RDdycWl4eHhXVTA/
edit
Sugestões de atividades:
• Estimular que cada indivíduo do grupo leve para um
encontro um alimento que nunca experimentou. Os
alimentos devem ser expostos de modo atraente e o
grupo deve ser estimulado a provar alguns deles.
• Pesquisar sobre os diferentes tipos de um mesmo
alimento e debater como incorporá-los na alimentação do dia-dia (por exemplo, milho, feijão, tomate,
banana etc).
48. “X” da questão
É possível incorporar a alimentação saudável no dia a dia?
Este é o “x” da questão. Preocupar-se com a saúde e com o
corpo é uma atitude saudável, mas prender-se a padrões estéticos e buscar alcançá-los a qualquer custo pode ser uma
grande armadilha. Buscar metas inatingíveis pode gerar
grande frustração. A grande maioria dos alimentos tem seu
lugar numa alimentação saudável, mas todo cuidado é pouco
quando se trata de produtos ultraprocessados pela indústria
(como biscoitos, refrigerantes e outras bebidas doces, fast
food, comidas prontas...) A culinária vem se mostrando como
uma estratégia de descontração após um dia de trabalho. Dedicar um pouco de tempo ao preparo das refeições e aproveitar este momento para relaxar ou conversar, pode deixar a
rotina mais leve!
Aprender mais sobre
combinação de alimentos,
plantar em casa temperos
naturais e usar a
criatividade para inventar
novas receitas coloca
a alimentação saudável
no cotidiano!
49. X
Texto
Link
Álbum seriado do MS – O que é vida
saudável?
http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/album_seriado_vida_saudavel.pdf
Obesidade e desnutrição – Projeto
Com Gosto de Saúde
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc/
exibeConteudo?article-id=127650
Sugestões de atividades:
• Construir com o grupo uma campanha publicitária
sobre alimentação saudável.
• Organizar uma gincana com perguntas sobre os
temas abordados neste dicionário. As perguntas
podem ser elaboradas pelo próprio grupo. As perguntas podem ser sorteadas e respondidas alternadamente por cada equipe. O grupo vencedor
poderá ser premiado com, por exemplo, uma cesta de mudas de temperos.
50. Zelosa
Alimentar é uma forma de cuidar! Cuidar da alimentação é
uma forma de demonstrar afeto!Além da comida em si, o
ambiente em que a alimentação é produzida ou servida e as
relações que se estabelecem entre quem produz a comida e
quem come interferem também no gosto da alimentação.Se
a comida é bem-feita, mas o ambiente é mal cuidado ou as
pessoas que servem não são cuidadosas, a aceitação fica prejudicada. Assim ocorre com a comida servida em uma escola,
em um restaurante, em um hospital, no ambiente de trabalho ou até mesmo em casa.Ao ficar doente, a comida especial
preparada por um parente ou amigo trás aconchego, cuidado
e carinho.
Preparar um
alimento é um ato
de doação, partilha
e solidariedade
entre as pessoas!
51. Z
Texto
Link
Práticas alimentares e o cuidado da
saúde: da alimentação da criança à
alimentação da família
http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S151938292004000100008&lang=pt
Sugestões de atividades:
• Solicitar que o grupo escreva num papel um alimento ou
uma preparação que remeta a uma lembrança, como no
filme Ratatouille (2007) quando Ego (crítico gastronômico) prova o prato Ratatouille recordando memórias de sua
infância após a primeira garfada. Discutir com o grupo os
sentimentos despertados pela alimentação.
• Encomendar uma pesquisa sobre músicas que associem
comida e zelo/cuidado/afeto e que possam ser utilizadas:
em um programa de rádio comunitária, promovendo um
debate sobre este tema; como trilha sonora de vivências
culinárias; ou para animar encontros do grupo, como por
exemplo um piquenique.
52. Referências Bibliográficas
•
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/
Ministério da Saúde/Fundação Roberto Marinho. Educação à Mesa.
Rio de Janeiro: Fundação Roberto Marinho, 2004.
•
CASTRO, I.R.R; CASTRO, L.M.C.; GUGELMIN, S.A. Ações educativas,
programas e politicas envolvidos nas mudanças alimentares. In: GARCIA, R.WD.; CERVATO-MANCUSO, A.M.(org.). Mudanças alimentares
e educação nutricional. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2011, p. 18-34.
•
RIO DE JANEIRO. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria
Municipal de Saúde. Instituto de Nutrição Annes Dias. Projeto Com
Gosto de Saúde: Alimentação e Cultura; Alimentação Saudável; Aleitamento Materno; Obesidade e Desnutrição. Rio de Janeiro, PCRJ:
2000; 2001; 2004.
•
RIO DE JANEIRO. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Secretaria
Municipal de Saúde. Instituto de Nutrição Annes Dias. Semana de
Alimentação Escolar. Rio de Janeiro, PCRJ: 2008; 2009; 2010; 2011.
53. Expediente
Realização
Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde
Superintendência de Promoção da Saúde
Instituto de Nutrição Annes Dias
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Instituto de Nutrição
Núcleo de Alimentação e Nutrição Escolar
Pesquisa, redação e revisão
Luciana Azevedo Maldonado – INAD/SMS-RJ e INU/UERJ
Ana Maria Ferreira Azevedo – INAD/SMS-RJ
Thiago B. Barreto Pereira – INAD/SMS-RJ
Camilla Maranha – doutoranda IMS/UERJ
Paulo Cesar P. de Castro Junior – INAD/SMS-RJ
Mariangela Valente – NUCANE/INU/UERJ
Valeria Terra – SME/Duque de Caxias e ANERJ
Rute Costa – UFRJ/Macaé
Maria Fatima Menezes – INU/UERJ
Geila Cerqueira Felipe – INAD/SMS-RJ
Anna Beatriz Antunes - bolsista NUCANE/INU/UERJ
Lara Vieira- bolsista NUCANE/INU/UERJ
Jessica Marinho - bolsista NUCANE/INU/UERJ
Isabel Nascimento – bolsista NUCANE/INU/UERJ
54. Apoio
Rede Estadual de Alimentação e Nutrição Escolar do Rio de Janeiro
Apoio financeiro
FAPERJ
Projeto Gráfico
Carlota Rios
Ilustrações
Capa: Marina Massarani, Miolo: Marcelo Tibúrcio
Material disponível em:
www.inad-smsdc.blogspot.com.br
www.reane-rj.blogspot.com.br