O documento discute os sistemas de transporte nos animais. Descreve que animais mais simples usam difusão direta, enquanto animais complexos desenvolveram sistemas de transporte fechados ou abertos para permitir o transporte rápido de substâncias. Também descreve os principais componentes dos sistemas circulatórios e como eles funcionam em vertebrados como peixes, anfíbios e répteis.
1. Biologia 10º
O transporte nos animais
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2. Os animais mais simples, como as esponjas, as hidras e os
corais, não possuem um sistema de transporte diferenciado.
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3. Efectua-se difusão
directa de substâncias
entre as células e o
meio.
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4. Nos animais mais complexos, o processo de difusão mostra-
se inadequado, porque se realiza muito lentamente
A existência de sistemas de transporte que garantem a chegada
rápida de substâncias às células e a remoção eficiente dos
produtos resultantes do metabolismo resultou de um processo
evolutivo, estando esses sistemas presentes em vários grupos de
animais.
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6. Nos animais evoluíram dois tipos básicos de sistemas de transporte :
Sistema de transporte aberto
Sistema de transporte fechado
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7. Sistema de transporte aberto
assim designado porque o sangue abandona os vasos e passa
para os espaços, as lacunas, fluindo directamente entre as
células. Neste tipo de sistema não há distinção entre sangue e
fluido intersticial, tendo alguns biólogos usado o termo
hemolinfa para designar o fluido circulatório.
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8. Sistema de transporte fechado
todo o percurso do sangue se faz dentro de vasos, mantendo-se o
sangue distinto do fluido intersticial.
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9. Num sistema de transporte aberto o sangue flui muito mais
lentamente do que num sistema de transporte fechado e os
animais que o possuem têm, em regra, movimentos lentos e
taxa metabólica baixa.
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11. O sistema de transporte tipicamente
inclui:
um fluido circulante, como, por exemplo, o sangue;
um órgão propulsor de sangue, geralmente o coração;
um sistema de vasos ou espaços por onde o fluido circula.
O sangue e o fluido intersticial, que banha directamente as células,
constituem o meio interno dos animais.
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32. A pressão que o coração
exerce quando este
abandona é suficiente para
o fazer percorrer todo o
corpo?
Que estratégias
possuímos para garantir
esse percurso?
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42. A capacidade de mergulho de mamíferos marinhos é extraordinária.
Várias adaptações permitem às focas gastar a maior parte de seu tempo
debaixo da água, tanto por incrementar seus estoques de oxigénio
quanto por limitar a utilização do oxigénio.
As focas possuem estoques de oxigénio maiores que aqueles de outros
mamíferos devido ao seu maior volume sanguíneo e as suas maiores
concentrações de hemoglobina no sangue e de mioglobina nos
músculos. Mesmo assim, os estoques de oxigénio que a foca utiliza no
mergulho são apenas cerca de duas vezes maiores que aqueles que um
ser humano usa durante o mergulho.
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43. As adaptações mais importantes para sustentar o mergulho das focas são mecanismos cardiovasculares que
limitam o fluxo sanguíneo para tecidos não-importantes. Esse conjunto de adaptações denomina-se reflexo do
mergulho, o qual deixa o coração mais lento e promove a constrição dos principais vasos
sanguíneos para todos os tecidos, exceto certos tecidos fundamentais como o sistema nervoso,
o coração e os olhos.
A pressão sanguínea central permanece alta, mas o fluxo sanguíneo para os tecidos diminui.
Esse fluxo sanguíneo reduzido tem dois efeitos: desviar o metabolismo dos tecidos para a
atividade glicolítica (anaeróbia) e reduzir o metabolismo dos tecidos.
O reflexo do mergulho torna a foca hipometabólica (com uma taxa metabólica abaixo de sua
taxa basal) durante o mergulho. Hipometabolismo, estoques de oxigénio aumentados e uma
elevada capacidade de metabolismo anaeróbio tornam possível para as focas a realização desses
feitos incríveis no mergulho.
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44. O reflexo do mergulho das focas pode parecer uma adaptação singular, mas fornece mais um
exemplo de como a seleção natural molda as características biológicas compartilhadas entre
espécies relacionadas.
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45. Os humanos também têm um reflexo do mergulho. Ele é controlado pelo nervo vago e pelo
sistema nervoso para-simpático.
Quando nossas faces são imersas na água, percebemos uma leve diminuição de nossa frequência
cardíaca.
Esse reflexo provavelmente funciona como resposta protetora durante o processo de nascimento,
quando a pressão sobre o cordão umbilical pode privar o feto do oxigénio materno antes que ele
possa começar a respirar.
Existem muitos casos de vítimas de afogamento que submergiram em água fria durante períodos
prolongados de tempo, mas mesmo assim sobreviveram sem lesões encefálicas. O reflexo do
mergulho dos humanos, juntamente com o rápido resfriamento do encéfalo por perda de calor
corporal para a água, constitui a explicação provável desses extraordinários casos de sobrevivência.
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