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●Tese de Mestrado ISCTE Business School
●Discussão metodológica 2/13/2011
Nuno Faustino
● O sector das farmácias em Portugal
● Noções de Eficiência
● Discussão Metodológica
○Data Envelopment Analysis (DEA)
○Stochastic Frontier Analysis (SFA)
○Rácios económico-financeiros
○Integração de Economic Value Added (EVA©
), Balanced
Scorecard (BSC) e Activity Based Costing (ABC)
● Caso Prático
Nuno Faustino
●Número e localização das farmácias determinados pelo
INFARMED
●Margens dos medicamentos (comparticipados e não
comparticipados) determinadas por lei
●Preços dos medicamentos comparticipados determinados pela
DGAE e não comparticipados pelo INFARMED (excepto os de
venda livre)
●Propriedade da farmácia era exclusiva de farmacêuticos até
2007
Nuno Faustino
Fonte: INFARMED (2006)
Fonte: INFARMED (2006)
Existem 2.666 farmácias em Portugal, distribuídas com
relativa homogeneidade e equilíbrio pelo espaço nacional
Tal como as farmácias, o
número de farmacêuticos
tem vindo aumentar, sendo
a relação superior a 2 por
farmácia em 2006
Nuno Faustino
●Eficácia
capacidade de
alcançar os
resultados
propostos
●Produtividade rácio
entre o que foi
produzido pelo que
foi utilizado
(unidimensional)
●Situação
económica em que
não há
desperdício ou
seja, há uma
utilização óptima
dos recursos
disponíveis
Nuno Faustino
●Técnica
○Taxa de Substituição
dos Factores de
Produção (FPP)
●Alocativa
○Integra o preço dos
factores de produção
●Económica
○Bmg=Cmg
○Escala óptima
Nuno Faustino
●Análise de eficiência de entidades
homogéneas denominadas Decision
Making Units (DMU’s) através da
conversão de múltiplos inputs em
múltiplos outputs
●Baseia-se em dados empíricos para a
construção da fronteira da eficiência
●Modelos de rendimentos de escala
constantes ou variáveis, orientado para
inputs ou outputs
●Um resultado (score) de eficiência
para cada DMU
●Atribuição de um conjunto de
referência (peer group)
●Para as DMU’s ineficientes são
estabelecidos objectivos: como se deve
diminuir inputs ou aumentar os outputs
para atingir a eficiência
Nuno Faustino
Nuno Faustino
A diferença do modelo CCR para o BCC é a restrição
convexidade, que permite identificar os rendimentos à escala
Fonte: Thanassoulis
(2001)
●Vantagens
●Consegue lidar com modelos
de múltiplos inputs e outputs
●Dispensa uma fórmula
funcional para relacionar
inputs e outputs
●Tanto os inputs com os
outputs podem ter unidades
de medida bastante diferentes
●Consegue medir a eficiência
em organizações não
lucrativas
Desvantagens
●Ineficiência podem ser
confundida com o ruído ou
com choques aleatórios
exógenos
●Mede a eficiência relativa,
não considerando um máximo
teórico de eficiência produtiva
●Os modelos tradicionais de
DEA apenas admitem valores
positivos
Nuno Faustino
●Metodologia paramétrica,
baseada na estimação
econométrica
●É possível separar o ruído
estatístico da ineficiência
(contabiliza efeitos
aleatórios e choques
externos)
●Fronteira determinística ou
estocástica?
Nuno Faustino
●Vantagens
●Considera erros de estimação e de
medição, nomeadamente na variável
dependente
●Permite a distinção entre a
influência de factores aleatórios
externos à organização e a
ineficiência sistemáticas
●A estimação pode ser conseguida
de forma relativamente simples
através do método corrigido dos
mínimos quadrados (COLS)
●Permite efectuar testes de
inferência estatística
Desvantagens
●Exige amostras de dimensão
elevada para a aplicação de testes
de inferência estatística
●Índices de eficiência podem variar
na mesma análise empírica (pela
distribuição do erro e forma funcional
assumidas)
●Pressupostos sobre componentes
do erro composto muito fortes e têm
de funcionar bem
●Dificuldades na aplicação a
empresas com vários outputs
●É difícil separar o erro composto
nas suas duas componentes:
choques externos e ineficiência
Nuno Faustino
●Prática corrente de
reguladores, analistas de
mercado, gestores, entre
outros, de todo o mundo
●Um rácio mede a relação
entre duas variáveis,
escolhidas de modo a
espelhar partes diferentes
das empresas, tais como a
liquidez, rendibilidade ou
dimensão
●Pode ser definido um
qualquer número de rácios
ou indicadores, em
períodos de tempo distintos
●Permite o benchmarking
entre os seus pares
●A norte-americana
PharmAccount®
utiliza esta
análise em farmácias com
os rácios apresentados no
slide seguinte
Nuno Faustino
●Vantagens
●Facilidade em apurar, de acordo
com a informação do relatório de
actividades da empresa
●Permite analisar facilmente uma
dimensão específica da empresa e
que seja considerada crítica
●A sua interpretação é simples
●É uma ferramenta de análise já há
muito utilizada pelos gestores
Desvantagens
●Assume unidades comparáveis, o que
implica rendimentos de escala
constantes
●Cada indicador apresenta apenas
uma medida unidimensional ou
condensa múltiplas dimensões num
único número insatisfatório
●Do quase ilimitado número de rácios,
muitos contradizem-se e confundem o
analista
●Não oferece meios para identificar as
DMU’s eficientes
●Não permite uma análise
multidimensional de inputs e outputs
●É difícil a comparação com outras
empresas, pela utilização de diferentes
métodos contabilísticos
Nuno Faustino
●Três metodologias
relativamente recentes de
gestão que são
complementares
●O EVA©
fornece um elo de
ligação entre decisões,
performance e
recompensas, mantendo os
gestores focados na
criação de valor
●O Balanced Scorecard
alarga os horizontes da
performance ao incluir
indicadores financeiros e
não financeiros
●O ABC pode ajudar os
gestores a compreender o
impacto das suas decisões
no custo e no capital
Nuno Faustino
Nuno Faustino
Produtos ou
Clientes
X A
Y B
Z C
x
y
z
Custos gerais
indirectos
Custos gerais
indirectos
1
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A
B
C
a b c d
Método Tradicional Activity Based Costing
Volume de
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Pelo método tradicional, os custos são directamente imputados aos produtos
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Fonte: Shinder e McDowell (1999) adaptado
Nuno Faustino Fonte: Kaplan e Norton (1996)
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Nuno Faustino
Fonte: Texto adaptado de Jordan et al.
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Nuno Faustino
O EVA©
apresenta-se
como uma
métrica mais
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criado pelo
accionista.
Aplica-se com
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determinação do
valor gerado
pelos segmentos
O EVA©
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constitui o indicador
mais completo para
conhecer a
rendibilidade do
cliente.
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método CBA, os
resultados obtidos
são mais fidedignos
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pelos métodos
tradicionais.
O CBA
tem por objectivo
apurar o custo dos
processos e das
actividades.
Permite que os
custos e, por isso,
resultados, por
cada segmento (ex:
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mercado, etc.)
sejam apurados
mais completa e
rigorosamente.
Fonte: Jordan et al.
(2007)
●Vantagens
●Interligação de várias perspectivas
com o BSC (financeira e não
financeira), com resultados ainda
mais fidedignos com aplicação
conjunta com o EVA e ABC
●Métricas que ajudam a alinhar os
colaboradores com a missão e visão
da empresa
●Ajudam a desenhar esquemas de
incentivos dentro da organização
transparentes para todos
●Estojo de ferramentas estratégico
bastante completo
Desvantagens
●Não permitem uma análise
multidimensional de inputs e output,
embora o BSC providencie uma visão
abrangente
●Tem indicadores de eficiência mas
não há um score que permita o
benchmarking por eficiência
●(EVA) É difícil o benchmarking com
outras empresas, pela utilização de
diferentes métodos contabilísticos,
embora ajudado aqui pelo ABC
●Em suma, os mesmos problemas dos
rácios económico-financeiros com a
atenuante de se tratarem de sistemas
de gestão estratégica interligados
Nuno Faustino
Nuno Faustino
● A SFA permite apurar o ruído
estatístico, mas
○necessita de pressupostos na
distribuição da ineficiência
○o apuramento de scores de
eficiência por DMU não é muito
directo
○tem aplicação maioritária em
hospitais e escolas
● Metodologias de gestão são
muito simples e fáceis de
interpretar
○não apuram as causas ineficiência
com base em dados a posteriori
(apenas o ABC de raiz)
○o BSC tem dificuldades de
aplicação a PME’s
Nuno Faustino
DEA porque:
●Lida com múltiplos inputs e outputs
●Apura a eficiência relativa usando
dados empíricos
●Espera-se que muitas farmácias
sejam tecnicamente eficientes
(dispensa ruído)
●Foi aplicado a farmácias na Suécia
●Orientação para a gestão com a
definição de targets e boas práticas
●Revela os pares das farmácias, tipo
de rendimentos de escala e
mudanças de produtividade (painel)
●Em conjunto com um modelo de
regressão linear pode explicitar as
condicionantes da eficiência

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Análise da eficiência das farmácias portuguesas através da DEA

  • 1. ●Tese de Mestrado ISCTE Business School ●Discussão metodológica 2/13/2011 Nuno Faustino
  • 2. ● O sector das farmácias em Portugal ● Noções de Eficiência ● Discussão Metodológica ○Data Envelopment Analysis (DEA) ○Stochastic Frontier Analysis (SFA) ○Rácios económico-financeiros ○Integração de Economic Value Added (EVA© ), Balanced Scorecard (BSC) e Activity Based Costing (ABC) ● Caso Prático Nuno Faustino
  • 3. ●Número e localização das farmácias determinados pelo INFARMED ●Margens dos medicamentos (comparticipados e não comparticipados) determinadas por lei ●Preços dos medicamentos comparticipados determinados pela DGAE e não comparticipados pelo INFARMED (excepto os de venda livre) ●Propriedade da farmácia era exclusiva de farmacêuticos até 2007 Nuno Faustino
  • 4. Fonte: INFARMED (2006) Fonte: INFARMED (2006) Existem 2.666 farmácias em Portugal, distribuídas com relativa homogeneidade e equilíbrio pelo espaço nacional Tal como as farmácias, o número de farmacêuticos tem vindo aumentar, sendo a relação superior a 2 por farmácia em 2006 Nuno Faustino
  • 5. ●Eficácia capacidade de alcançar os resultados propostos ●Produtividade rácio entre o que foi produzido pelo que foi utilizado (unidimensional) ●Situação económica em que não há desperdício ou seja, há uma utilização óptima dos recursos disponíveis Nuno Faustino
  • 6. ●Técnica ○Taxa de Substituição dos Factores de Produção (FPP) ●Alocativa ○Integra o preço dos factores de produção ●Económica ○Bmg=Cmg ○Escala óptima Nuno Faustino
  • 7. ●Análise de eficiência de entidades homogéneas denominadas Decision Making Units (DMU’s) através da conversão de múltiplos inputs em múltiplos outputs ●Baseia-se em dados empíricos para a construção da fronteira da eficiência ●Modelos de rendimentos de escala constantes ou variáveis, orientado para inputs ou outputs ●Um resultado (score) de eficiência para cada DMU ●Atribuição de um conjunto de referência (peer group) ●Para as DMU’s ineficientes são estabelecidos objectivos: como se deve diminuir inputs ou aumentar os outputs para atingir a eficiência Nuno Faustino
  • 8. Nuno Faustino A diferença do modelo CCR para o BCC é a restrição convexidade, que permite identificar os rendimentos à escala Fonte: Thanassoulis (2001)
  • 9. ●Vantagens ●Consegue lidar com modelos de múltiplos inputs e outputs ●Dispensa uma fórmula funcional para relacionar inputs e outputs ●Tanto os inputs com os outputs podem ter unidades de medida bastante diferentes ●Consegue medir a eficiência em organizações não lucrativas Desvantagens ●Ineficiência podem ser confundida com o ruído ou com choques aleatórios exógenos ●Mede a eficiência relativa, não considerando um máximo teórico de eficiência produtiva ●Os modelos tradicionais de DEA apenas admitem valores positivos Nuno Faustino
  • 10. ●Metodologia paramétrica, baseada na estimação econométrica ●É possível separar o ruído estatístico da ineficiência (contabiliza efeitos aleatórios e choques externos) ●Fronteira determinística ou estocástica? Nuno Faustino
  • 11. ●Vantagens ●Considera erros de estimação e de medição, nomeadamente na variável dependente ●Permite a distinção entre a influência de factores aleatórios externos à organização e a ineficiência sistemáticas ●A estimação pode ser conseguida de forma relativamente simples através do método corrigido dos mínimos quadrados (COLS) ●Permite efectuar testes de inferência estatística Desvantagens ●Exige amostras de dimensão elevada para a aplicação de testes de inferência estatística ●Índices de eficiência podem variar na mesma análise empírica (pela distribuição do erro e forma funcional assumidas) ●Pressupostos sobre componentes do erro composto muito fortes e têm de funcionar bem ●Dificuldades na aplicação a empresas com vários outputs ●É difícil separar o erro composto nas suas duas componentes: choques externos e ineficiência Nuno Faustino
  • 12. ●Prática corrente de reguladores, analistas de mercado, gestores, entre outros, de todo o mundo ●Um rácio mede a relação entre duas variáveis, escolhidas de modo a espelhar partes diferentes das empresas, tais como a liquidez, rendibilidade ou dimensão ●Pode ser definido um qualquer número de rácios ou indicadores, em períodos de tempo distintos ●Permite o benchmarking entre os seus pares ●A norte-americana PharmAccount® utiliza esta análise em farmácias com os rácios apresentados no slide seguinte Nuno Faustino
  • 13.
  • 14. ●Vantagens ●Facilidade em apurar, de acordo com a informação do relatório de actividades da empresa ●Permite analisar facilmente uma dimensão específica da empresa e que seja considerada crítica ●A sua interpretação é simples ●É uma ferramenta de análise já há muito utilizada pelos gestores Desvantagens ●Assume unidades comparáveis, o que implica rendimentos de escala constantes ●Cada indicador apresenta apenas uma medida unidimensional ou condensa múltiplas dimensões num único número insatisfatório ●Do quase ilimitado número de rácios, muitos contradizem-se e confundem o analista ●Não oferece meios para identificar as DMU’s eficientes ●Não permite uma análise multidimensional de inputs e outputs ●É difícil a comparação com outras empresas, pela utilização de diferentes métodos contabilísticos Nuno Faustino
  • 15. ●Três metodologias relativamente recentes de gestão que são complementares ●O EVA© fornece um elo de ligação entre decisões, performance e recompensas, mantendo os gestores focados na criação de valor ●O Balanced Scorecard alarga os horizontes da performance ao incluir indicadores financeiros e não financeiros ●O ABC pode ajudar os gestores a compreender o impacto das suas decisões no custo e no capital Nuno Faustino
  • 16. Nuno Faustino Produtos ou Clientes X A Y B Z C x y z Custos gerais indirectos Custos gerais indirectos 1 2 3 A B C a b c d Método Tradicional Activity Based Costing Volume de unidades Gama de produtos Horas de trabalho ou Recursos Actividades Pelo método tradicional, os custos são directamente imputados aos produtos ou serviços. Não é possível apurar a causa dos custos (só as consequências) Fonte: Shinder e McDowell (1999) adaptado
  • 17. Nuno Faustino Fonte: Kaplan e Norton (1996) adaptado
  • 18. Nuno Faustino Fonte: Texto adaptado de Jordan et al. (2007)
  • 19. Nuno Faustino O EVA© apresenta-se como uma métrica mais adequada para apurar o valor criado pelo accionista. Aplica-se com facilidade à determinação do valor gerado pelos segmentos O EVA© /MCR constitui o indicador mais completo para conhecer a rendibilidade do cliente. Conjugado com o método CBA, os resultados obtidos são mais fidedignos do que os apurados pelos métodos tradicionais. O CBA tem por objectivo apurar o custo dos processos e das actividades. Permite que os custos e, por isso, resultados, por cada segmento (ex: produto, serviço, mercado, etc.) sejam apurados mais completa e rigorosamente. Fonte: Jordan et al. (2007)
  • 20. ●Vantagens ●Interligação de várias perspectivas com o BSC (financeira e não financeira), com resultados ainda mais fidedignos com aplicação conjunta com o EVA e ABC ●Métricas que ajudam a alinhar os colaboradores com a missão e visão da empresa ●Ajudam a desenhar esquemas de incentivos dentro da organização transparentes para todos ●Estojo de ferramentas estratégico bastante completo Desvantagens ●Não permitem uma análise multidimensional de inputs e output, embora o BSC providencie uma visão abrangente ●Tem indicadores de eficiência mas não há um score que permita o benchmarking por eficiência ●(EVA) É difícil o benchmarking com outras empresas, pela utilização de diferentes métodos contabilísticos, embora ajudado aqui pelo ABC ●Em suma, os mesmos problemas dos rácios económico-financeiros com a atenuante de se tratarem de sistemas de gestão estratégica interligados Nuno Faustino
  • 22. ● A SFA permite apurar o ruído estatístico, mas ○necessita de pressupostos na distribuição da ineficiência ○o apuramento de scores de eficiência por DMU não é muito directo ○tem aplicação maioritária em hospitais e escolas ● Metodologias de gestão são muito simples e fáceis de interpretar ○não apuram as causas ineficiência com base em dados a posteriori (apenas o ABC de raiz) ○o BSC tem dificuldades de aplicação a PME’s Nuno Faustino DEA porque: ●Lida com múltiplos inputs e outputs ●Apura a eficiência relativa usando dados empíricos ●Espera-se que muitas farmácias sejam tecnicamente eficientes (dispensa ruído) ●Foi aplicado a farmácias na Suécia ●Orientação para a gestão com a definição de targets e boas práticas ●Revela os pares das farmácias, tipo de rendimentos de escala e mudanças de produtividade (painel) ●Em conjunto com um modelo de regressão linear pode explicitar as condicionantes da eficiência