SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  10
III Fase(1960-1974/75)

Factores externos/exógenos, começaram a abalar o regime de Salazar:

-Tinha de se abolir a escravatura,

-Movimentos de libertação do nível interno.

-Transformação dos indígenas em cidadãos.

-Realização de investimento de vulho.

Conclusão

- A produção começou a declinar, pq a base era escravatura, o trabalho forçado sem pagamento de
salários.

-Os ganhos líquidos de Portugal, também começaram a baixar.



Estrutura Herdada

AGRICULTURA

Começou a ser desenvolvida com base na tecnologia rudimentar. Quase 75% da mão de obra activa
estava no campo. Encontra-se dualismo(pequeno grupo de indivíduos assalariados e outro de
camponeses): não havia relação entre a produção agrícola e os camponeses com a produção industrial
(cadeia de produção).

Outros camponeses estavam organizados de forma capitalista:

-Cultivo forçado de culturas de rendimento,

-Os excedentes agrícolas tinham que ser canalizados aos produtores brancos e a preços baixos.

-Uma pequena parte da produção era para o consumo.

A maioria da população em Moçambique vivia na zona rural em cerca de 80%. Existia dualismo
estrutural dado que coexistia o sistema tradicional e o moderno. Nas propriedades agrícolas os
moçambicanos trabalhavam para os colonos, se dedicavam ao sector mercantil: produção de sisal,
algodão, chá, tidas como culturas de rendimento.

África Pré Colonial: Existência de sistemas indígenas de posse de terra com base em linhagem, tribos,
comunidades,etc. Estes sistemas regulavam direitos e obrigações das pessoas em relação as outras.
Existência do chamado direito costumeiro (conjunto de regras não escritas que foram transitando de
geração em geração para regularem o modo de vida das comunidades).

África Colonial: Institucionalização da propriedade privada de terra, descriminação e segregação com
base nos direitos sobre a terra, abolição do direito costumeiro.
África Independente: Institucionalização da propriedade estatal da terra, existência da propriedade
privada de terra com mercado especulativo, ausência de mecanismo transparente de acesso á terra,
nacionalização do factor terra e ausência do valor comercial da terra.



Características específicas da agricultura em Moçambique

Moçambique tem 80 milhões de hectares, 36 milhões são terra arável e 44 milhões formações
florestais , 22 milhões de metros cúbicos em madeira e 3,3 milões extensões irrigáveis.

Importância do sector agrário: 40% da contribuição do PIB provém de agricultura e 60% volume de
receitas de exportação são geradas pelo sector agrário.

Colónia de Moçambique: cinco elementos principais garantem a agricultura: as plantações,
latifundiários, médias e pequenas machambas de colonos, burguesia e pequena burguesia colonial no
campo e o campesinato.

1.Plantações: as plantações sºao grandes empresas de monocultura concentradas no norte do Zambeze.
Estas plantações eram controladas pelo capital estrangeiro não português (açucar, chá, copra, sisal,
entre outras).

2.Latifundiários: são grandes propriedades de colonos médias e pequenas machambas de colonos-
machambas de colonos dependendo do trabalho familiar, do xibalo e do trabalho assalariado.

3.Burguesia e pequenas burguesia comercial no campo: fornecem as infraestruturas necessárias em
termos de lojas, armazens e transportes. Venda dos produtos dos camponeses nas cantinas rurais.

4.Campesinato: para além de produzir para as suas necessidades em alimentação fornece
compulsivamente a força de trabalho para as plantações latifundiárias de colonos.



Funções económicas do campesinato: para além de produzir para a sua subsistência, o campesinato em
Moçambique, contribuiu para a presença mercantil para a :

-Produção de matéria prima barata para a exportação.

-Produção de alimeto barato para as suas familias, trabalhadores e para os colonos, fornecimento da
força de trabalho.



Moçambique independente

IIIº Congresso da FRELIMO- Fevereiro de 1977 em Maputo no clube Militar

Foram definidas estratégias de como a economia de Moçambique iria funcionar. Este congresso aprova
a política económica de Moçambique, desenhou o sono de PPI( plano prospectivo e indicativo) que
indicava para os 3 sectores- agricultura, indústria e serviços. Foi o 1º programa de Moçambique pós
independente para operar em 10 anos, baseando-se em 3 trechos fundamentais.
OBJECTIVOS: -Desenvolvimento do país e nacionalização do campo . Instalar aldeias comunais onde se
podia por uma escola, um hospital, etc.

-Industrialização, contacto com a forte base da frça operária e camponesa, garantindo a redução de
assimetrias.

-Força de trabalho e formação.



Cronologia dos acontecimentos ao longo das fases

1977-Desenho do PPI

1978-Introduz-se a PEC (plano estatal central)

1979- Aprovação do PPI- de 1980 a 1990 que tinha que operar em 10 anos.

1981- Melhor ano económico pós independência

1982-Crise mundial, guerra interna e a crise agrava-se.

1983-Visita aos EUA pelo Samora Machel

1983- IV CONGRESSO DA FRELIMO- chamou-se CONGRESSO DA VIRAGEM.

1984- Samora Machel solicita um empréstimo ao Banco Mundial, Acordo de Incomati.

1986- Introdução do PAI

1987-Introdução do PRE

1989-Introdução do PRES



ESTRETÉGIA DA FRELIMO AO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

Colectivização do campo e um sector estatal dominante, a terra é do estado e uma forma de utilização
da terra era de por as pessoas a trabalhar em conjunto. Entre 1977 a 1981 foram importados mais de
3000 tratores e cerca de 5000 autocombinados. Cria-se uma empresa agrícola denominada Mecanagro
que tinha de fazer a análise , as implementações e uso do equipamento agrícola.

-Foram importados insumos agrícolas de melhor qualidade(fertilizantes e pesticidas)

-Até 1978 as empresas estatais agrícolas (agrárias) ocupavam cerca de 100.000 hectares de terra arável
e até 1982 subiu para 140.000 hectares.



Problemas com a mecanização acelerada

-A redução das oportunidades de emprego,
-Aumento da força de trabalho sasonal,

-Destruição precoce do equipamento por falta de adequada manutenção,

-Falta de peças sobressalentes,

-Avarias constantes, resultantes de negligência, uso menos cuidadoso do equipameto.

-O sector agrário tornou-se economicamente inviável dado que a mecanização não resultou em
retornos crescentes do investimento.

-Os custos unitários aumentaram.

-Houve problemas de gestão.



Cooperativização do Campo

Para fazer face aos problemas ligados com a mecanização, surge o slogan contar com as próprias forças
(Samora queria estimular as pessoas para produzire, através de emulação socialista). Em todas as
empresas, os trabalhadores aplicavam-se bastante o que dava origem a várias inovações.

A cooperativização constitui uma 3ª opção de modus vivendo uma vez que o trabalho do camponês
estava dividido entre trabalho da machamba familiar, cooperativo e nas empresas.

As cantinas, a rede comercial, a ruptura de circuitos de comercialização e a política de preços aos
produtores agrícolas, impediram que o movimento cooperativo se consolidasse economicamente.



O PPI- 1979 Aprovação

O PPI estava dependente do fiananciamento externo, o CAME (conselho de ajuda mútua económica)
dos países socialistas do qual Moçambique teria solicitado. Não foi admitido, assim o PPI fracassou pois
seria a fonte segura de financiamento do PPI, embora no PPI tivessem sido traçadas linhas mestres de
transformação radical da estrutura económica radical e social do país.



O PRE NA AGRICULTURA- 1987

Era um programa transitório para voltar ao ajustamento macroeconómico. Foi concebido como
conjunto de programas sectoriais e de medidas de ajustamento.

Objectivos: -Reverter a queda da produção nacional (1987-1990),

-Fazer face á segurança alimentar,

-Assegurar a produção nas zonas rurais e garantir o consumo mínimo,

-Reinstalar a balança macroeconómica através da redução do défice orçamental.
Em parte os objectivos do PRE foram alcançados não obstante a guerra civil que foi um dos obstáculos.
No âmbito do PRE houve ajuda internacional (calamidades), a guerra agudizou-se e o PRE enfrentou
outros problemas embora tenha apresentado resultados no início.



SOLUÇÃO

Para complementar o esforço, o governo aprovou o PDP (programa do distrito prioritário) em 1990 do
qual foram escolhidos 40 distritos com:

    1. Potencialidade agrícola. (um distrito q produz)

    2. Acessibilidade e vias de comunicação (capaz de produzir e exportar)

    3. Relativa a segurança.

Crise Mundial- 1982 – devido a guerra civil, crise petrolífera e a seca provocaram o decréscimo da
produção interna.



ACORDO GERAL DE PAZ-1992

Ainda em 1992 surge o PRN (programa de reconstrução nacional) com o objectivo de alargar o PDP
(programa do distrito prioritário) porque já estavamos em Paz , aumentando a produção nacional nas
zonas rurais, reintegrando os deslocados de guerra assim como os desmobilizados de guerra de 1993,
como objectivo único de contribuir para a segurança alimentar. Este trabalho foi apoiado por várias
organizações não governamentais tais como PNUD,OIM.

1994- Primeiras eleições gerais foram assistidas pela ONUMOZ

Nas 1ªs eleições a FRELIMO ganha as eleições e apresenta o seu plano quinquenal. Nascem os
programas quinquenais (1995-1999)

2º Programa (2000-2004)

3º Programa (2010-2014)



1º Programa Quinquenal (1995-1999): a agricultura foi definida como a base do desenvolvimento
económico e social de Moçambique.

2º Programa Quinquenal (2000-2004): garantir que tanto a população assim como os investidores
tenham acesso a terra.



PILARES QUE GUIAVAM OS PROGRAMAS QUINQUENAIS DO GOVERNO

1995-1999: A agricultura foi definida como a base do desenvolvimento económico e social.
2000-2004: alívio a pobreza, segurança alimentar em produtos básicos.

2005-2009: melhorar a sustentabilidade da produção agrária.



POLÍTICAS AGRÁRIAS

Em 1995 o Conselho de Ministros decretou salvaguardar os direitos dos moçambicanos sobre a terra,
através da Política Nacional de Terra(PNT), com os seguintes princípios fundamentais:

1º Manter a terra como propriedade do Estado,

2º Garantir que a população assim como os investidores tenham acesso as terras.

3º Garantir que a mulher tenha acesso a terra.

4º Promover o investimento Nacional e Estrangeiro sem prejudicar a população residente.

5º Participação activa dos Nacionais como parceiros em empresas privadas em capital (estrangeiro)

7º Usar recursos naturais de uma forma sustentável garantindo uma qualidade de vida as populações.

Com o andar do tempo notou-se que o Ministério de Agricultura já não iria ao encontro de alguns
pontos. Notou-se isso em quase todo o aparelho do Estado. Eram as próprias instituições do governo
que dificultavam o processo.



PROAGRI

Surge o PROAGRI entre 1994 e 1999 através da reforma institucional e reforma estrutural, fase do pré-
programa. Na fase do pré programa, devia desenvolver o programa nacional integrado do
desenvolvimento agr+ario para operar em 5 anos. Criar capacidade institucional dentro do Ministério de
Agricultura com o apoio da FAO, PNUD com o objectivo de financiar acções de desenvolvimento.



OBJECTIVOS DA PROAGRI

-Criação de um programa integrado para o desenvolvimento da agricultura,

-Coordenar doadores interessados em financiar o desenvolvimrnto de agricultura,

-Gestão de Recursos Humanos e materiais estabelecendo regras.

Estava-se organizando em sub-sectores nas componentes principais visados para a produção agrícola
nas componentes auxiliares , desenvolvimento institucional e actividades de apoio a vários sectores.

Componente suplementar: apoio a implementação,.

A componente auxiliar é a que mais trabalhou para o desenvolvimento da agricultura. A outra
componente não desenvolveu actividades que garantissem o aumento de produção.
SUCESSOS DA PROAGRI

-Nova responsabilidade do MADER

-Novas funções do MADER

-Consenso que o melhor funcionamento do MADER é de forma descentralizada com o processo decisóro
a nível provincial e distrital.



PROBLEMAS DA PROAGRI

-Falta de clareza e mudanças conceptuais frequentes durante o processo,

-Insuficiente comunicação sobre a PROAGRI pelos camponeses.



MISSÃO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

Contribuir para melhorar a segurança alimentar e redução de pobreza, apoiar o esforço do sector
privado, agências governamentais e não governamentais, para aumentar a produtividade agrícola, agro
industrial dentro dos princípios de exploração sustentável dos recursos naturais. Dezembro de 2005



INDÚSTRIA

CARACTERIZAÇÃO: Indústria pouco desenvolvida devido a estrutura económica formada pelo
capitalismo (colónia) em Moçambique, foi até 1975. Era como uma actividade de exportação, isto é,
imposta pela necessidade de transformar produtos primários até a fase exportável. Na década XL
surgiram as primeiras indústrias de sabão, tabaco, cerveja, do cimento e vestuário mais tarde. Na
década de L surgiram as moageiras de trigo. Na década de LX surgiram as refinarias de petróleo,
laminagem de ferro e aço, montagem de caminhos de ferro. Nunca houve indústria pesada (produção
de máquinas para outros sectores). Até 1973 a indústria contribuia em 11,7% no PIB. A indústria
existente era basicamente de transformação primária dos produtos agrícolas.



PERÍODO COLONIAL

A indústria existente em Moçambique não surgiu em consequência da evolução da estrutura económica
global do país. Foi imposta pela necessidade de transformar produtos primários até a fase exportável
satisfazendo as necessidades dos colonos existentes na época. Devido as condições agro-ecológicas no
país, foram instalados complexos agro-industriais de açúcar e sisal, antes da PGM (1ª guerra mundial
1914-1918). Assistia-se a localização desigual das indústrias, apenas nos centros urbanos com a
polpulação de colonos é que eram beneficiados.
OBJECTIVOS DA INDÚSTRIA TRANSFORMADORA

No período colonial a indústria obedecia a objectivos específicos a saber:

-Oferta de matéria prima semi-processada,

-Criar oportunidade de investimento para pequenas empresas,

-Oferecer um mercado para recolocação dos equipamentos ou maquinarias ultrapassadas,

-Satisfazer a crescente procura de bens terminais de consumo.



ESTRUTURA DA INDÚSTRIA HERDADA DA ERA COLONIAL

A indústria era: subdesenvolvida, desiquilibrada, Débil, dependente, vulnerável e ineficiente.

O algodão foi a matéria prima que permitiu o lançamento da indústria têxtil portuguesa no mercado
internacional. O atraso tecnológico da indústria transformadora era tal que em 1975 mais de 70% de
equipamento industrial tinha um tempo de uso superior de 15 anos. Era incapaz de enfrentar mercados
competitivos e desafios tecnológicos. Em 1975, 80% da força de trabalho no sector da insústria era
analfabeta e não qualificada. A propriedade industrial era controlada pelos capitais e cidadãos
estrangeiros portugueses e não portugueses residentes em Moçambique.

Durante a colonização e apesar da existência dos planos de fomento não se adoptou nenhuma política
da indústrialização corrente.



TRANSIÇÃO E CRISE NO PERÍODO PÓS INDEPENDÊNCIA

No período de 1974-76 a indústria transformadora enfrentou muitos problemas.

-07/09/1974: Acordos de Lusaka.

-Empresas sabotadas e abandonadas pelos antigos proprietários. Os capitais foram transferidos, os
stocks foram inutilizados e a produção paralizada.

-Escassez de técnicos qualificados para a substituição dos estrangeiros que haviam abandonado o país.

-Paralização da rede de comercialização agrária.

-20/09/1979: tomada de posse do governo de transição.

-Nascem as comissões administrativas.

-Nascem os grupos dinamizadores.

Assim, a obsolência tecnológica do parque industrial foi agravada pelo desgaste físico do equipamento e
pelas dificuldades de manutenção. Esses factores fizeram com que a produção da indústria
transformadora durante o período de 1974-76 decrescesse em 35%.
DIRECTIVAS ECONÓMICAS DO 3º CONGRESSO DA FRELIMO (Fevereiro 1977)

O 3º congresso aprovou as directivas económicas e sociais, definiu a agricultura como a base e a
indústria como factor dinamizados do desenvolvimento , definiu a indústria pesada factor decisivo a
conquista da independência económica. O contexto era de Direcção Centralmente Planificada
(socialismo). Entre 1977-80, a prioridade era de satisfazer as necessidades do povo em produtos
alimentares, de vestuário e calçado.

-Melhorar a articulação entre vários ramos da indústria, reorganizando as unidades de produção e a
criação de outras,

- Iniciar a investigação de recursos no subsolo,

- Promover a implantação de indústrias consumidoras de energias.

- Estabelecimento de zonas francas industriais ao longo dos 3 corredores (zonas isentas de impostos
para atrair investimentimentos que possam instalar indústrias).



Comércio: todo o comércio era dominado pelos indivíduos de raça branca (portgueses) pq o comércio
era vedado aos nacionais negros. O tipo de comércio do campo eram as cantinas, pequenas lojas de
alimentos, vestuários, alguns instrumentos de produção. Nas cidades onde havia base fundamental do
comércio.

Transporte: foi moldado para atender os interesses dos colonialistas, ou seja a linha férrea e as estradas
estavam viradas para as zonas de produção.



3º CONGRESSO 1977

CAUSAS OU FACTORES QUE AFECTARAM OS PROJECTOS DAS EMPRESAS AGRÁRIAS

-Gestão da Frelimo,

-Consideração da moeda como um factor exógeno ou passivo (ex. Nós eramos de cá e eles de lá, não
tendo em conta a moeda pois não era necessária na agricultura).

-O controle do estado de todo o sistema financeiro (políticas monetárias cambiais),

-A Frelimo acreditava que os desequilibrios cambiais seriam de curta duração.



SECTOR COOPERATIVOS

Para organizar o campesinato e proletariado, como forma de neutrabilizar a produção. Nas cooperativas
trabalham para o comunismo e depois os dividem por igual. Falta de experiência na gestão das
cooperativas. Os da zona rural não viam necessidade de ir trabalhar em outras terras formando
cooperativas pq eles já tinham as suas terras. Houve ruptura de circuito de comercialização. Não houve
trabalho de extensão nas cooperativas introduzidas tecnologias, etc. Foi extiguido o 3º Congresso.
4º Congresso- Primazia em pequenos peojectos.

-PROAGRI

-PRES

-REVOLUÇÃO VERDE.



PRE INDÚSTRIA- 1987

Os objectivis principais do PRE na indústria consistiam em travar a queda da actividade económica do
país e iniciar uma progressiva recuperação até 1990.

OBJECTIVOS:

-Atingir em 1990 os níveis de produção e de exportação de 1981, para os seguintes ramos:

-Indústrias produtoras de bens de consumo,

-Indústria produtora de instrumentos de trabalho para o campo,

-Indústrias transformadoras de produtos agrícolas.



Obs: A comunidade internacional garantiria fundo em moeda externa.



PROBLEMAS CONCEPTUAIS DO PRE

O PRE fora concebido como um conjunto de programas sectoriais não como um programa económico
global, dependente de fundos externos,

-Não continha uma clara política industrial, com critérios de selecção vagos,

-O PRE visava por em funcionamento um parque industrial obsoleto e não competitivo.



PRE –TRANSPORTES E COMUNICAÇÃO-1987

O PRE tinha por objectivo liberalizar a economia. O PRE não teve em conta a reestruturação do sistema
internacional que estava em curso (SADCC). O resultado é que o investimento feito no sector pouco
impacto teve a nível do sector entre 1987-1991 pq Moçambique estava em guerra.

Contenu connexe

Tendances

A história da união europeia
A história da união europeiaA história da união europeia
A história da união europeialilia
 
As organizações formais mundiais (fmi) gabriel lourenço e ana simões
As organizações formais mundiais (fmi)   gabriel lourenço e ana simõesAs organizações formais mundiais (fmi)   gabriel lourenço e ana simões
As organizações formais mundiais (fmi) gabriel lourenço e ana simõesGabriel Cristiano
 
Estado e atividade económica
Estado e atividade económicaEstado e atividade económica
Estado e atividade económicaTiago Filipe
 
A modernização do reino,... (história 6º ano)
A modernização do reino,... (história 6º ano)A modernização do reino,... (história 6º ano)
A modernização do reino,... (história 6º ano)inessalgado
 
Caderno analitica
Caderno analiticaCaderno analitica
Caderno analiticacarneiro62
 
Economia aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia   aula 4 - introdução à macroeconomiaEconomia   aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia aula 4 - introdução à macroeconomiaFelipe Leo
 
Relatorio inicial de simulacao empresarial
Relatorio inicial de simulacao empresarialRelatorio inicial de simulacao empresarial
Relatorio inicial de simulacao empresarialIsmael Miambo
 
OECD (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico)
OECD (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico)OECD (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico)
OECD (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico)Bruno Carbone
 
Mocambique, recussos minerais
Mocambique, recussos minerais Mocambique, recussos minerais
Mocambique, recussos minerais ArcenioNeM
 
Criação da CEE
Criação da CEECriação da CEE
Criação da CEEJoão Lima
 
Inserção de portugal em diferentes espaços
Inserção de portugal em diferentes espaçosInserção de portugal em diferentes espaços
Inserção de portugal em diferentes espaçosIlda Bicacro
 
Resumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomiaResumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomiabergerbird
 
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUEDESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUEFaudo Mussa
 
Organização formal do SNC .pdf
Organização formal do SNC .pdfOrganização formal do SNC .pdf
Organização formal do SNC .pdfAmélia Martins
 

Tendances (20)

A história da união europeia
A história da união europeiaA história da união europeia
A história da união europeia
 
As organizações formais mundiais (fmi) gabriel lourenço e ana simões
As organizações formais mundiais (fmi)   gabriel lourenço e ana simõesAs organizações formais mundiais (fmi)   gabriel lourenço e ana simões
As organizações formais mundiais (fmi) gabriel lourenço e ana simões
 
Estado e atividade económica
Estado e atividade económicaEstado e atividade económica
Estado e atividade económica
 
A modernização do reino,... (história 6º ano)
A modernização do reino,... (história 6º ano)A modernização do reino,... (história 6º ano)
A modernização do reino,... (história 6º ano)
 
Sistema fiscal em mocambique
Sistema fiscal em mocambiqueSistema fiscal em mocambique
Sistema fiscal em mocambique
 
Moçambique
MoçambiqueMoçambique
Moçambique
 
Actividade economica
Actividade economicaActividade economica
Actividade economica
 
Caderno analitica
Caderno analiticaCaderno analitica
Caderno analitica
 
Economia aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia   aula 4 - introdução à macroeconomiaEconomia   aula 4 - introdução à macroeconomia
Economia aula 4 - introdução à macroeconomia
 
Relatorio inicial de simulacao empresarial
Relatorio inicial de simulacao empresarialRelatorio inicial de simulacao empresarial
Relatorio inicial de simulacao empresarial
 
OECD (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico)
OECD (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico)OECD (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico)
OECD (Organização para a cooperação e desenvolvimento econômico)
 
Mocambique, recussos minerais
Mocambique, recussos minerais Mocambique, recussos minerais
Mocambique, recussos minerais
 
Criação da CEE
Criação da CEECriação da CEE
Criação da CEE
 
Divida publica em Mocambique
Divida publica em MocambiqueDivida publica em Mocambique
Divida publica em Mocambique
 
Inserção de portugal em diferentes espaços
Inserção de portugal em diferentes espaçosInserção de portugal em diferentes espaços
Inserção de portugal em diferentes espaços
 
OCDE
OCDEOCDE
OCDE
 
Noções de fiscalidade
Noções de fiscalidadeNoções de fiscalidade
Noções de fiscalidade
 
Resumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomiaResumo+de+macroeconomia
Resumo+de+macroeconomia
 
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUEDESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
DESPESA PUBLICA EM MOCAMBIQUE
 
Organização formal do SNC .pdf
Organização formal do SNC .pdfOrganização formal do SNC .pdf
Organização formal do SNC .pdf
 

En vedette

Sistemas Econômicos
Sistemas EconômicosSistemas Econômicos
Sistemas EconômicosVictor Mendes
 
Caracterização do desenvolvimento de moçambique roshni
Caracterização do desenvolvimento de moçambique roshniCaracterização do desenvolvimento de moçambique roshni
Caracterização do desenvolvimento de moçambique roshniMayjö .
 
Mozambique
MozambiqueMozambique
MozambiqueFAO
 
Estabilidade econômica
Estabilidade econômicaEstabilidade econômica
Estabilidade econômicaManinho Walker
 
Factores que influenciam a agricultura
Factores que influenciam a agriculturaFactores que influenciam a agricultura
Factores que influenciam a agriculturaDulce Margalho
 
Capitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismoCapitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismopedrohd8
 
Programa de governo mpla 2012-2017
Programa de governo mpla 2012-2017Programa de governo mpla 2012-2017
Programa de governo mpla 2012-2017mplaangola
 
Perdas de producao no sector agrario no mundo
Perdas de producao no sector agrario no mundoPerdas de producao no sector agrario no mundo
Perdas de producao no sector agrario no mundoCredencio Maunze
 
Diagnóstico geral da comercializacao agricola em Mocambique
Diagnóstico geral da comercializacao agricola em MocambiqueDiagnóstico geral da comercializacao agricola em Mocambique
Diagnóstico geral da comercializacao agricola em MocambiqueEdelmiro De Jesus Platão
 
Projecto gestao de pequenas e medias empresas
Projecto   gestao de pequenas e medias empresasProjecto   gestao de pequenas e medias empresas
Projecto gestao de pequenas e medias empresasUniversidade Pedagogica
 
o mapa cor de rosa
o mapa cor de rosao mapa cor de rosa
o mapa cor de rosatixaescolar
 
Sociedad japonesa
Sociedad japonesaSociedad japonesa
Sociedad japonesakokilg
 

En vedette (20)

Sistemas Econômicos
Sistemas EconômicosSistemas Econômicos
Sistemas Econômicos
 
Caracterização do desenvolvimento de moçambique roshni
Caracterização do desenvolvimento de moçambique roshniCaracterização do desenvolvimento de moçambique roshni
Caracterização do desenvolvimento de moçambique roshni
 
Mozambique
MozambiqueMozambique
Mozambique
 
Teoria de looke
Teoria de lookeTeoria de looke
Teoria de looke
 
Estabilidade econômica
Estabilidade econômicaEstabilidade econômica
Estabilidade econômica
 
Factores que influenciam a agricultura
Factores que influenciam a agriculturaFactores que influenciam a agricultura
Factores que influenciam a agricultura
 
Capitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismoCapitalismo x socialismo
Capitalismo x socialismo
 
Programa de governo mpla 2012-2017
Programa de governo mpla 2012-2017Programa de governo mpla 2012-2017
Programa de governo mpla 2012-2017
 
5 de outubro
5 de outubro5 de outubro
5 de outubro
 
Perdas de producao no sector agrario no mundo
Perdas de producao no sector agrario no mundoPerdas de producao no sector agrario no mundo
Perdas de producao no sector agrario no mundo
 
PEDSA_MZ
PEDSA_MZPEDSA_MZ
PEDSA_MZ
 
E magazine energy & extractive industry moz
E magazine energy & extractive industry mozE magazine energy & extractive industry moz
E magazine energy & extractive industry moz
 
Diagnóstico geral da comercializacao agricola em Mocambique
Diagnóstico geral da comercializacao agricola em MocambiqueDiagnóstico geral da comercializacao agricola em Mocambique
Diagnóstico geral da comercializacao agricola em Mocambique
 
Projecto gestao de pequenas e medias empresas
Projecto   gestao de pequenas e medias empresasProjecto   gestao de pequenas e medias empresas
Projecto gestao de pequenas e medias empresas
 
Resumo do livro
Resumo do livroResumo do livro
Resumo do livro
 
Exercicios financas empresariais
Exercicios financas empresariaisExercicios financas empresariais
Exercicios financas empresariais
 
o mapa cor de rosa
o mapa cor de rosao mapa cor de rosa
o mapa cor de rosa
 
Comoras
ComorasComoras
Comoras
 
Sociedad japonesa
Sociedad japonesaSociedad japonesa
Sociedad japonesa
 
IRPS
IRPSIRPS
IRPS
 

Similaire à Economia de Moçambique

Aula industrialização e_transformações-territoriais_do_brasil_13-11-2013
Aula industrialização e_transformações-territoriais_do_brasil_13-11-2013Aula industrialização e_transformações-territoriais_do_brasil_13-11-2013
Aula industrialização e_transformações-territoriais_do_brasil_13-11-2013Antonio Pessoa
 
Questão agrária no brasil
Questão agrária no brasilQuestão agrária no brasil
Questão agrária no brasilArtur Lara
 
Aula 1 e 2 - TEÓRICA - Aut. Ind. (PIE) - ENG - 6 NA
Aula 1 e 2 - TEÓRICA - Aut. Ind. (PIE) - ENG - 6 NAAula 1 e 2 - TEÓRICA - Aut. Ind. (PIE) - ENG - 6 NA
Aula 1 e 2 - TEÓRICA - Aut. Ind. (PIE) - ENG - 6 NACloves da Rocha
 
D - Como tem evoluído a atividade agrícola em Portugal.pdf
D - Como tem evoluído a atividade agrícola em Portugal.pdfD - Como tem evoluído a atividade agrícola em Portugal.pdf
D - Como tem evoluído a atividade agrícola em Portugal.pdfDomingosSantos40
 
Tipos de produção agrícola - extensiva e intensiva
Tipos de produção agrícola - extensiva e intensivaTipos de produção agrícola - extensiva e intensiva
Tipos de produção agrícola - extensiva e intensivaLusRobertoCavalcanti
 
Industrialização brasileira
Industrialização brasileiraIndustrialização brasileira
Industrialização brasileirajoao paulo
 
Industrialização+brasileira 1
Industrialização+brasileira 1Industrialização+brasileira 1
Industrialização+brasileira 1eunamahcado
 
2m grupo06-110813141813-phpapp01
2m grupo06-110813141813-phpapp012m grupo06-110813141813-phpapp01
2m grupo06-110813141813-phpapp01Amanda Silva
 
O Espaço Rural Brasileiro
O Espaço Rural BrasileiroO Espaço Rural Brasileiro
O Espaço Rural Brasileirodantasrdl
 
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma AgráriaAgricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma AgráriaPaulo Cerqueira
 
Formao Territ E Globalizao Br
Formao Territ E Globalizao BrFormao Territ E Globalizao Br
Formao Territ E Globalizao BrCMR
 

Similaire à Economia de Moçambique (20)

Aula industrialização e_transformações-territoriais_do_brasil_13-11-2013
Aula industrialização e_transformações-territoriais_do_brasil_13-11-2013Aula industrialização e_transformações-territoriais_do_brasil_13-11-2013
Aula industrialização e_transformações-territoriais_do_brasil_13-11-2013
 
Simulado de geografia e hstra unicaldas
Simulado de geografia e hstra  unicaldasSimulado de geografia e hstra  unicaldas
Simulado de geografia e hstra unicaldas
 
Agricultura brasileira
Agricultura brasileiraAgricultura brasileira
Agricultura brasileira
 
Presentación del programa de cooperación en Mozambique
Presentación del programa de cooperación en MozambiquePresentación del programa de cooperación en Mozambique
Presentación del programa de cooperación en Mozambique
 
Questão agrária no brasil
Questão agrária no brasilQuestão agrária no brasil
Questão agrária no brasil
 
Aula 1 e 2 - TEÓRICA - Aut. Ind. (PIE) - ENG - 6 NA
Aula 1 e 2 - TEÓRICA - Aut. Ind. (PIE) - ENG - 6 NAAula 1 e 2 - TEÓRICA - Aut. Ind. (PIE) - ENG - 6 NA
Aula 1 e 2 - TEÓRICA - Aut. Ind. (PIE) - ENG - 6 NA
 
D - Como tem evoluído a atividade agrícola em Portugal.pdf
D - Como tem evoluído a atividade agrícola em Portugal.pdfD - Como tem evoluído a atividade agrícola em Portugal.pdf
D - Como tem evoluído a atividade agrícola em Portugal.pdf
 
O campo e as cidades do brasil
O campo e as cidades do brasilO campo e as cidades do brasil
O campo e as cidades do brasil
 
Tipos de produção agrícola - extensiva e intensiva
Tipos de produção agrícola - extensiva e intensivaTipos de produção agrícola - extensiva e intensiva
Tipos de produção agrícola - extensiva e intensiva
 
Agricultura
AgriculturaAgricultura
Agricultura
 
Industrialização brasileira
Industrialização brasileiraIndustrialização brasileira
Industrialização brasileira
 
Industrialização+brasileira 1
Industrialização+brasileira 1Industrialização+brasileira 1
Industrialização+brasileira 1
 
2m grupo06-110813141813-phpapp01
2m grupo06-110813141813-phpapp012m grupo06-110813141813-phpapp01
2m grupo06-110813141813-phpapp01
 
O Espaço Rural Brasileiro
O Espaço Rural BrasileiroO Espaço Rural Brasileiro
O Espaço Rural Brasileiro
 
1_Pac.pdf
1_Pac.pdf1_Pac.pdf
1_Pac.pdf
 
Agricultura brasileira
Agricultura brasileiraAgricultura brasileira
Agricultura brasileira
 
Aulas 5 e 6 agricultura e pecuária
Aulas 5 e 6   agricultura e pecuáriaAulas 5 e 6   agricultura e pecuária
Aulas 5 e 6 agricultura e pecuária
 
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma AgráriaAgricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
Agricultura brasileira - Estrutura Fundiaria e Reforma Agrária
 
Formao Territ E Globalizao Br
Formao Territ E Globalizao BrFormao Territ E Globalizao Br
Formao Territ E Globalizao Br
 
Geografia11ºano
Geografia11ºanoGeografia11ºano
Geografia11ºano
 

Economia de Moçambique

  • 1. III Fase(1960-1974/75) Factores externos/exógenos, começaram a abalar o regime de Salazar: -Tinha de se abolir a escravatura, -Movimentos de libertação do nível interno. -Transformação dos indígenas em cidadãos. -Realização de investimento de vulho. Conclusão - A produção começou a declinar, pq a base era escravatura, o trabalho forçado sem pagamento de salários. -Os ganhos líquidos de Portugal, também começaram a baixar. Estrutura Herdada AGRICULTURA Começou a ser desenvolvida com base na tecnologia rudimentar. Quase 75% da mão de obra activa estava no campo. Encontra-se dualismo(pequeno grupo de indivíduos assalariados e outro de camponeses): não havia relação entre a produção agrícola e os camponeses com a produção industrial (cadeia de produção). Outros camponeses estavam organizados de forma capitalista: -Cultivo forçado de culturas de rendimento, -Os excedentes agrícolas tinham que ser canalizados aos produtores brancos e a preços baixos. -Uma pequena parte da produção era para o consumo. A maioria da população em Moçambique vivia na zona rural em cerca de 80%. Existia dualismo estrutural dado que coexistia o sistema tradicional e o moderno. Nas propriedades agrícolas os moçambicanos trabalhavam para os colonos, se dedicavam ao sector mercantil: produção de sisal, algodão, chá, tidas como culturas de rendimento. África Pré Colonial: Existência de sistemas indígenas de posse de terra com base em linhagem, tribos, comunidades,etc. Estes sistemas regulavam direitos e obrigações das pessoas em relação as outras. Existência do chamado direito costumeiro (conjunto de regras não escritas que foram transitando de geração em geração para regularem o modo de vida das comunidades). África Colonial: Institucionalização da propriedade privada de terra, descriminação e segregação com base nos direitos sobre a terra, abolição do direito costumeiro.
  • 2. África Independente: Institucionalização da propriedade estatal da terra, existência da propriedade privada de terra com mercado especulativo, ausência de mecanismo transparente de acesso á terra, nacionalização do factor terra e ausência do valor comercial da terra. Características específicas da agricultura em Moçambique Moçambique tem 80 milhões de hectares, 36 milhões são terra arável e 44 milhões formações florestais , 22 milhões de metros cúbicos em madeira e 3,3 milões extensões irrigáveis. Importância do sector agrário: 40% da contribuição do PIB provém de agricultura e 60% volume de receitas de exportação são geradas pelo sector agrário. Colónia de Moçambique: cinco elementos principais garantem a agricultura: as plantações, latifundiários, médias e pequenas machambas de colonos, burguesia e pequena burguesia colonial no campo e o campesinato. 1.Plantações: as plantações sºao grandes empresas de monocultura concentradas no norte do Zambeze. Estas plantações eram controladas pelo capital estrangeiro não português (açucar, chá, copra, sisal, entre outras). 2.Latifundiários: são grandes propriedades de colonos médias e pequenas machambas de colonos- machambas de colonos dependendo do trabalho familiar, do xibalo e do trabalho assalariado. 3.Burguesia e pequenas burguesia comercial no campo: fornecem as infraestruturas necessárias em termos de lojas, armazens e transportes. Venda dos produtos dos camponeses nas cantinas rurais. 4.Campesinato: para além de produzir para as suas necessidades em alimentação fornece compulsivamente a força de trabalho para as plantações latifundiárias de colonos. Funções económicas do campesinato: para além de produzir para a sua subsistência, o campesinato em Moçambique, contribuiu para a presença mercantil para a : -Produção de matéria prima barata para a exportação. -Produção de alimeto barato para as suas familias, trabalhadores e para os colonos, fornecimento da força de trabalho. Moçambique independente IIIº Congresso da FRELIMO- Fevereiro de 1977 em Maputo no clube Militar Foram definidas estratégias de como a economia de Moçambique iria funcionar. Este congresso aprova a política económica de Moçambique, desenhou o sono de PPI( plano prospectivo e indicativo) que indicava para os 3 sectores- agricultura, indústria e serviços. Foi o 1º programa de Moçambique pós independente para operar em 10 anos, baseando-se em 3 trechos fundamentais.
  • 3. OBJECTIVOS: -Desenvolvimento do país e nacionalização do campo . Instalar aldeias comunais onde se podia por uma escola, um hospital, etc. -Industrialização, contacto com a forte base da frça operária e camponesa, garantindo a redução de assimetrias. -Força de trabalho e formação. Cronologia dos acontecimentos ao longo das fases 1977-Desenho do PPI 1978-Introduz-se a PEC (plano estatal central) 1979- Aprovação do PPI- de 1980 a 1990 que tinha que operar em 10 anos. 1981- Melhor ano económico pós independência 1982-Crise mundial, guerra interna e a crise agrava-se. 1983-Visita aos EUA pelo Samora Machel 1983- IV CONGRESSO DA FRELIMO- chamou-se CONGRESSO DA VIRAGEM. 1984- Samora Machel solicita um empréstimo ao Banco Mundial, Acordo de Incomati. 1986- Introdução do PAI 1987-Introdução do PRE 1989-Introdução do PRES ESTRETÉGIA DA FRELIMO AO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO Colectivização do campo e um sector estatal dominante, a terra é do estado e uma forma de utilização da terra era de por as pessoas a trabalhar em conjunto. Entre 1977 a 1981 foram importados mais de 3000 tratores e cerca de 5000 autocombinados. Cria-se uma empresa agrícola denominada Mecanagro que tinha de fazer a análise , as implementações e uso do equipamento agrícola. -Foram importados insumos agrícolas de melhor qualidade(fertilizantes e pesticidas) -Até 1978 as empresas estatais agrícolas (agrárias) ocupavam cerca de 100.000 hectares de terra arável e até 1982 subiu para 140.000 hectares. Problemas com a mecanização acelerada -A redução das oportunidades de emprego,
  • 4. -Aumento da força de trabalho sasonal, -Destruição precoce do equipamento por falta de adequada manutenção, -Falta de peças sobressalentes, -Avarias constantes, resultantes de negligência, uso menos cuidadoso do equipameto. -O sector agrário tornou-se economicamente inviável dado que a mecanização não resultou em retornos crescentes do investimento. -Os custos unitários aumentaram. -Houve problemas de gestão. Cooperativização do Campo Para fazer face aos problemas ligados com a mecanização, surge o slogan contar com as próprias forças (Samora queria estimular as pessoas para produzire, através de emulação socialista). Em todas as empresas, os trabalhadores aplicavam-se bastante o que dava origem a várias inovações. A cooperativização constitui uma 3ª opção de modus vivendo uma vez que o trabalho do camponês estava dividido entre trabalho da machamba familiar, cooperativo e nas empresas. As cantinas, a rede comercial, a ruptura de circuitos de comercialização e a política de preços aos produtores agrícolas, impediram que o movimento cooperativo se consolidasse economicamente. O PPI- 1979 Aprovação O PPI estava dependente do fiananciamento externo, o CAME (conselho de ajuda mútua económica) dos países socialistas do qual Moçambique teria solicitado. Não foi admitido, assim o PPI fracassou pois seria a fonte segura de financiamento do PPI, embora no PPI tivessem sido traçadas linhas mestres de transformação radical da estrutura económica radical e social do país. O PRE NA AGRICULTURA- 1987 Era um programa transitório para voltar ao ajustamento macroeconómico. Foi concebido como conjunto de programas sectoriais e de medidas de ajustamento. Objectivos: -Reverter a queda da produção nacional (1987-1990), -Fazer face á segurança alimentar, -Assegurar a produção nas zonas rurais e garantir o consumo mínimo, -Reinstalar a balança macroeconómica através da redução do défice orçamental.
  • 5. Em parte os objectivos do PRE foram alcançados não obstante a guerra civil que foi um dos obstáculos. No âmbito do PRE houve ajuda internacional (calamidades), a guerra agudizou-se e o PRE enfrentou outros problemas embora tenha apresentado resultados no início. SOLUÇÃO Para complementar o esforço, o governo aprovou o PDP (programa do distrito prioritário) em 1990 do qual foram escolhidos 40 distritos com: 1. Potencialidade agrícola. (um distrito q produz) 2. Acessibilidade e vias de comunicação (capaz de produzir e exportar) 3. Relativa a segurança. Crise Mundial- 1982 – devido a guerra civil, crise petrolífera e a seca provocaram o decréscimo da produção interna. ACORDO GERAL DE PAZ-1992 Ainda em 1992 surge o PRN (programa de reconstrução nacional) com o objectivo de alargar o PDP (programa do distrito prioritário) porque já estavamos em Paz , aumentando a produção nacional nas zonas rurais, reintegrando os deslocados de guerra assim como os desmobilizados de guerra de 1993, como objectivo único de contribuir para a segurança alimentar. Este trabalho foi apoiado por várias organizações não governamentais tais como PNUD,OIM. 1994- Primeiras eleições gerais foram assistidas pela ONUMOZ Nas 1ªs eleições a FRELIMO ganha as eleições e apresenta o seu plano quinquenal. Nascem os programas quinquenais (1995-1999) 2º Programa (2000-2004) 3º Programa (2010-2014) 1º Programa Quinquenal (1995-1999): a agricultura foi definida como a base do desenvolvimento económico e social de Moçambique. 2º Programa Quinquenal (2000-2004): garantir que tanto a população assim como os investidores tenham acesso a terra. PILARES QUE GUIAVAM OS PROGRAMAS QUINQUENAIS DO GOVERNO 1995-1999: A agricultura foi definida como a base do desenvolvimento económico e social.
  • 6. 2000-2004: alívio a pobreza, segurança alimentar em produtos básicos. 2005-2009: melhorar a sustentabilidade da produção agrária. POLÍTICAS AGRÁRIAS Em 1995 o Conselho de Ministros decretou salvaguardar os direitos dos moçambicanos sobre a terra, através da Política Nacional de Terra(PNT), com os seguintes princípios fundamentais: 1º Manter a terra como propriedade do Estado, 2º Garantir que a população assim como os investidores tenham acesso as terras. 3º Garantir que a mulher tenha acesso a terra. 4º Promover o investimento Nacional e Estrangeiro sem prejudicar a população residente. 5º Participação activa dos Nacionais como parceiros em empresas privadas em capital (estrangeiro) 7º Usar recursos naturais de uma forma sustentável garantindo uma qualidade de vida as populações. Com o andar do tempo notou-se que o Ministério de Agricultura já não iria ao encontro de alguns pontos. Notou-se isso em quase todo o aparelho do Estado. Eram as próprias instituições do governo que dificultavam o processo. PROAGRI Surge o PROAGRI entre 1994 e 1999 através da reforma institucional e reforma estrutural, fase do pré- programa. Na fase do pré programa, devia desenvolver o programa nacional integrado do desenvolvimento agr+ario para operar em 5 anos. Criar capacidade institucional dentro do Ministério de Agricultura com o apoio da FAO, PNUD com o objectivo de financiar acções de desenvolvimento. OBJECTIVOS DA PROAGRI -Criação de um programa integrado para o desenvolvimento da agricultura, -Coordenar doadores interessados em financiar o desenvolvimrnto de agricultura, -Gestão de Recursos Humanos e materiais estabelecendo regras. Estava-se organizando em sub-sectores nas componentes principais visados para a produção agrícola nas componentes auxiliares , desenvolvimento institucional e actividades de apoio a vários sectores. Componente suplementar: apoio a implementação,. A componente auxiliar é a que mais trabalhou para o desenvolvimento da agricultura. A outra componente não desenvolveu actividades que garantissem o aumento de produção.
  • 7. SUCESSOS DA PROAGRI -Nova responsabilidade do MADER -Novas funções do MADER -Consenso que o melhor funcionamento do MADER é de forma descentralizada com o processo decisóro a nível provincial e distrital. PROBLEMAS DA PROAGRI -Falta de clareza e mudanças conceptuais frequentes durante o processo, -Insuficiente comunicação sobre a PROAGRI pelos camponeses. MISSÃO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA Contribuir para melhorar a segurança alimentar e redução de pobreza, apoiar o esforço do sector privado, agências governamentais e não governamentais, para aumentar a produtividade agrícola, agro industrial dentro dos princípios de exploração sustentável dos recursos naturais. Dezembro de 2005 INDÚSTRIA CARACTERIZAÇÃO: Indústria pouco desenvolvida devido a estrutura económica formada pelo capitalismo (colónia) em Moçambique, foi até 1975. Era como uma actividade de exportação, isto é, imposta pela necessidade de transformar produtos primários até a fase exportável. Na década XL surgiram as primeiras indústrias de sabão, tabaco, cerveja, do cimento e vestuário mais tarde. Na década de L surgiram as moageiras de trigo. Na década de LX surgiram as refinarias de petróleo, laminagem de ferro e aço, montagem de caminhos de ferro. Nunca houve indústria pesada (produção de máquinas para outros sectores). Até 1973 a indústria contribuia em 11,7% no PIB. A indústria existente era basicamente de transformação primária dos produtos agrícolas. PERÍODO COLONIAL A indústria existente em Moçambique não surgiu em consequência da evolução da estrutura económica global do país. Foi imposta pela necessidade de transformar produtos primários até a fase exportável satisfazendo as necessidades dos colonos existentes na época. Devido as condições agro-ecológicas no país, foram instalados complexos agro-industriais de açúcar e sisal, antes da PGM (1ª guerra mundial 1914-1918). Assistia-se a localização desigual das indústrias, apenas nos centros urbanos com a polpulação de colonos é que eram beneficiados.
  • 8. OBJECTIVOS DA INDÚSTRIA TRANSFORMADORA No período colonial a indústria obedecia a objectivos específicos a saber: -Oferta de matéria prima semi-processada, -Criar oportunidade de investimento para pequenas empresas, -Oferecer um mercado para recolocação dos equipamentos ou maquinarias ultrapassadas, -Satisfazer a crescente procura de bens terminais de consumo. ESTRUTURA DA INDÚSTRIA HERDADA DA ERA COLONIAL A indústria era: subdesenvolvida, desiquilibrada, Débil, dependente, vulnerável e ineficiente. O algodão foi a matéria prima que permitiu o lançamento da indústria têxtil portuguesa no mercado internacional. O atraso tecnológico da indústria transformadora era tal que em 1975 mais de 70% de equipamento industrial tinha um tempo de uso superior de 15 anos. Era incapaz de enfrentar mercados competitivos e desafios tecnológicos. Em 1975, 80% da força de trabalho no sector da insústria era analfabeta e não qualificada. A propriedade industrial era controlada pelos capitais e cidadãos estrangeiros portugueses e não portugueses residentes em Moçambique. Durante a colonização e apesar da existência dos planos de fomento não se adoptou nenhuma política da indústrialização corrente. TRANSIÇÃO E CRISE NO PERÍODO PÓS INDEPENDÊNCIA No período de 1974-76 a indústria transformadora enfrentou muitos problemas. -07/09/1974: Acordos de Lusaka. -Empresas sabotadas e abandonadas pelos antigos proprietários. Os capitais foram transferidos, os stocks foram inutilizados e a produção paralizada. -Escassez de técnicos qualificados para a substituição dos estrangeiros que haviam abandonado o país. -Paralização da rede de comercialização agrária. -20/09/1979: tomada de posse do governo de transição. -Nascem as comissões administrativas. -Nascem os grupos dinamizadores. Assim, a obsolência tecnológica do parque industrial foi agravada pelo desgaste físico do equipamento e pelas dificuldades de manutenção. Esses factores fizeram com que a produção da indústria transformadora durante o período de 1974-76 decrescesse em 35%.
  • 9. DIRECTIVAS ECONÓMICAS DO 3º CONGRESSO DA FRELIMO (Fevereiro 1977) O 3º congresso aprovou as directivas económicas e sociais, definiu a agricultura como a base e a indústria como factor dinamizados do desenvolvimento , definiu a indústria pesada factor decisivo a conquista da independência económica. O contexto era de Direcção Centralmente Planificada (socialismo). Entre 1977-80, a prioridade era de satisfazer as necessidades do povo em produtos alimentares, de vestuário e calçado. -Melhorar a articulação entre vários ramos da indústria, reorganizando as unidades de produção e a criação de outras, - Iniciar a investigação de recursos no subsolo, - Promover a implantação de indústrias consumidoras de energias. - Estabelecimento de zonas francas industriais ao longo dos 3 corredores (zonas isentas de impostos para atrair investimentimentos que possam instalar indústrias). Comércio: todo o comércio era dominado pelos indivíduos de raça branca (portgueses) pq o comércio era vedado aos nacionais negros. O tipo de comércio do campo eram as cantinas, pequenas lojas de alimentos, vestuários, alguns instrumentos de produção. Nas cidades onde havia base fundamental do comércio. Transporte: foi moldado para atender os interesses dos colonialistas, ou seja a linha férrea e as estradas estavam viradas para as zonas de produção. 3º CONGRESSO 1977 CAUSAS OU FACTORES QUE AFECTARAM OS PROJECTOS DAS EMPRESAS AGRÁRIAS -Gestão da Frelimo, -Consideração da moeda como um factor exógeno ou passivo (ex. Nós eramos de cá e eles de lá, não tendo em conta a moeda pois não era necessária na agricultura). -O controle do estado de todo o sistema financeiro (políticas monetárias cambiais), -A Frelimo acreditava que os desequilibrios cambiais seriam de curta duração. SECTOR COOPERATIVOS Para organizar o campesinato e proletariado, como forma de neutrabilizar a produção. Nas cooperativas trabalham para o comunismo e depois os dividem por igual. Falta de experiência na gestão das cooperativas. Os da zona rural não viam necessidade de ir trabalhar em outras terras formando cooperativas pq eles já tinham as suas terras. Houve ruptura de circuito de comercialização. Não houve trabalho de extensão nas cooperativas introduzidas tecnologias, etc. Foi extiguido o 3º Congresso.
  • 10. 4º Congresso- Primazia em pequenos peojectos. -PROAGRI -PRES -REVOLUÇÃO VERDE. PRE INDÚSTRIA- 1987 Os objectivis principais do PRE na indústria consistiam em travar a queda da actividade económica do país e iniciar uma progressiva recuperação até 1990. OBJECTIVOS: -Atingir em 1990 os níveis de produção e de exportação de 1981, para os seguintes ramos: -Indústrias produtoras de bens de consumo, -Indústria produtora de instrumentos de trabalho para o campo, -Indústrias transformadoras de produtos agrícolas. Obs: A comunidade internacional garantiria fundo em moeda externa. PROBLEMAS CONCEPTUAIS DO PRE O PRE fora concebido como um conjunto de programas sectoriais não como um programa económico global, dependente de fundos externos, -Não continha uma clara política industrial, com critérios de selecção vagos, -O PRE visava por em funcionamento um parque industrial obsoleto e não competitivo. PRE –TRANSPORTES E COMUNICAÇÃO-1987 O PRE tinha por objectivo liberalizar a economia. O PRE não teve em conta a reestruturação do sistema internacional que estava em curso (SADCC). O resultado é que o investimento feito no sector pouco impacto teve a nível do sector entre 1987-1991 pq Moçambique estava em guerra.