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Intenção de voto - planejamento, análise e divulgação de pesquisas – na corrida eleitoral 2010
Monitoramos a divulgação das pesquisas eleitorais, acompanhamos a cobertura jornalística sobre o tema eleições presidencial de setembro/09 a abril/10 e o debate no meio acadêmico sobre pesquisa e apresentamos aqui um resumo explicativo dos principais elementos que constituem a pesquisa de intenção de voto e a sua importância na corrida eleitoral.
Como é feita uma pesquisa de intenção de voto?
Se as pesquisas fossem irrelevantes para auxiliar – ou influenciar – a decisão do eleitor, faria muito pouco sentido divulgá-las. Se esses números não atraem a atenção de grande parte do eleitorado, por que eles estampam manchetes de jornais e ganham destaque nos portais eletrônicos? Carlos Alberto Almeida
Os resultados das pesquisas de opinião são alguns dos muitos estímulos em uma eleição. Competem com a propaganda, com as opiniões das pessoas próximas (grupos sociais) e com a cobertura jornalística. Marcus Figueiredo
Primeira etapa
Pesquisas dependem das técnicas utilizadas e da eficácia com que são aplicadas, questionários e amostras bem elaborados, entrevistadores treinados e análises isentas dos resultados e identificação do contratante. Também asseguram a qualidade da pesquisa o modo de apresentação e divulgação dos resultados. E no caso de eleições, há regras importantes, como o registro no TRE ou no TSE.
Segunda etapa
Como é definida a amostra de uma pesquisa?
Várias técnicas amostrais podem ser utilizadas em pesquisas eleitorais. Nos levantamentos nacionais ou estaduais, em geral os grandes institutos trabalham da seguinte forma: num primeiro estágio, são sorteados ou escolhidos os municípios que farão parte do levantamento; depois, os bairros e pontos onde serão aplicadas as entrevistas. Por fim, os entrevistados são selecionados aleatoriamente de acordo com o sexo, faixa etária e grau de instrução. Os dados utilizados para composição da amostra são obtidos junto ao IBGE, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
As pesquisas têm amostras médias de 2.500 entrevistas e no país há mais de 127 milhões de eleitores, segundo o TSE. Assim, em um levantamento nacional, apenas um eleitor em cada grupo de aproximadamente 50.000 é entrevistado, ou seja, seriam necessários 50.000 levantamentos com essa amostra para atingir o total do eleitorado, sem que nenhum indivíduo seja pesquisado mais de uma vez.
Segundo o Datafolha, as amostras nacionais têm entre 2.000 e 2.500 entrevistas, mas não há tamanho mínimo ou ideal para uma amostra eleitoral. O mais importante é a sua representatividade, ou seja, como são selecionados os entrevistados. Da mesma forma, para o Ibope o mais importante é o grau de similaridade da pesquisa com o universo pesquisado. O tamanho é calculado com base no grau de precisão que se deseja, no nível de detalhamento na análise dos resultados e dependendo do tempo e recursos disponíveis.
Na elaboração dos levantamentos as diferenças são poucas, mas, de maneira geral, os resultados das pesquisas municipais e federais podem ter características distintas. Segundo o Ibope, percebe-se que as mulheres são mais críticas nas questões relacionadas ao município, pois os assuntos debatidos durante a campanha estão mais presentes em seu dia-a-dia, como questões relativas à educação e saúde dos filhos.
Todas as pesquisas, por elas utilizarem  amostra probabilística , têm margem de erro amostral. Esse erro é calculado em função do tamanho e da heterogeneidade da amostra e dos resultados obtidos. A  margem de erro  normalmente divulgada refere-se a uma estimativa de erro máxima para uma amostra aleatória simples. Assim, considerando o erro amostral, fica estabelecido um intervalo de confiança — limites para mais e para menos em relação ao valor obtido.
O tamanho ideal da amostra é definido por: a) margem de erro amostral aceitável    nível de precisão desejada para os resultados da pesquisa; b) detalhamento desejado para análise dos resultados (segmentação) e c) recursos e tempo disponível para coleta de dados.
Para pesquisas eleitorais divulgadas (e para registros) trabalha-se com uma  estimativa aproximada do erro amostral  naquela pesquisa => considerando-se  máxima heterogeneidade, ou seja,    resultados iguais a 50% da amostra.
Quanto maior for a amostra, menor será o erro amostral; quanto mais homogênea for a população em estudo, menor será o erro amostral para um mesmo tamanho de amostra; quanto maior for o nível de confiança exigido pela pesquisa, maior será o erro amostral;  para se diminuir o erro amostral em 1 ponto percentual, deve-se aumentar muito a amostra, pois a relação não é diretamente proporcional.
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Outra informação que merece ser entendida é a diferença entre o zero “absoluto” e o “zero relativo”, zero absoluto é igual a nenhuma citação, enquanto que o relativo é igual a citações inferiores a 1%. Os resultados também podem não totalizar 100% das respostas. Isto ocorre devido a arredondamentos matemáticos e não a erros. É muito comum em pesquisas com 400 entrevistas encontrar tabelas que totalizam 98% ou até 102%.
A última etapa é a divulgação dos resultados e acompanhamento de seus desdobramentos.
Amostras e questionários não muito claros, divulgação parcial dos resultados, divulgação dos resultados muito tempo depois do levantamento, divulgações malfeitas dos resultados pelos veículos de comunicação e a falta de registro no TSE ou Tribunal Regional Eleitoral comprometem os resultados divulgados.
Segundo o Instituto Datafolha, o ideal é observar conjuntamente os resultados. As taxas obtidas na intenção de voto espontânea podem indicar o grau de consolidação do voto em um candidato, mas os resultados da pergunta estimulada são mais utilizados pelos analistas, pois apresentam menor taxa de indecisão e quanto mais próxima a eleição, maior é a tendência de que se aproximem dos resultados apurados. De acordo com o Ibope, os dois tipos de respostas são importantes: a espontânea mostra quem já está “firme com cada candidato” e a estimulada mostra como o eleitor se comportaria se tivesse de decidir naquele momento da entrevista.
Usuários de pesquisa acabam se concentrando apenas em quem está na frente, esquecendo-se de analisar os resultados pelos vários segmentos da população. Também com freqüência verifica-se a leitura invertida de percentagens verticais e horizontais. As percentagens verticais totalizam 100% nas colunas das tabelas (variáveis independentes) e as percentagens horizontais totalizam 100% nas linhas (variáveis dependentes). Normalmente os resultados das pesquisas são apresentados em percentagens verticais e não horizontais, mas a forma como são divulgadas parece estar se referindo às percentagens horizontais, ou seja, parece estar se referindo ao perfil das pessoas que citaram determinada resposta e não a citação que a alternativa obteve dentro de determinado segmento.
Um erro bastante comum na leitura dos dados de uma pesquisa é interpretar tendência de subida ou queda de determinada categoria a partir de diferenças mínimas no resultado, que não caracterizam estatisticamente uma tendência. Só é possível chegar à conclusão que uma categoria está crescendo ou caindo, se houver, pelo menos cinco pontos consecutivos de aferição, com pelo menos três deles seguindo na mesma direção. Assim, para se dizer ou escrever que determinada categoria cresceu ou caiu sem errar, é preciso analisar a evolução do seu desempenho dentro de uma série de pesquisas e não somente comparar, isoladamente, a pesquisa atual em relação à anterior.
Além de pesquisar a intenção de voto, o Ibope sempre inclui em seu questionário uma pergunta que pretende medir o potencial de voto dos candidatos. Essa pergunta é importante porque indica os limites de cada candidatura, dividindo o total do eleitorado em três grandes categorias no que se refere àquele presidenciável: os que votariam nele, os que o rejeitam e os que não o conhecem.
De um lado, Ibope e Datafolha. De outro, os mineiros, Vox Populi e Sensus. Meira e Guedes defenderam que incluir outras questões, como as de avaliação do governo, antes da bateria de perguntas sobre como o eleitor pretende votar não altera para mais ou para menos o percentual de intenção de voto dos candidatos. Cavallari e Paulino reafirmaram que a interferência influencia sim o resultado.
Sempre que as pesquisas eleitorais são publicadas, surgem dúvidas. Em geral as críticas se baseiam nos resultados diferentes entre institutos, além da margem de erro.
Há várias razões para essa discrepância entre Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi, os institutos mais conhecidos do país. Entre as mais visíveis estão duas. Primeiro, a data de coleta de dados não foi exatamente a mesma. Segundo, a metodologia usada é diferente entre as quatro empresas. Há grande divergência entre os institutos a respeito de qual é a melhor forma de coletar dados sobre intenção de votos.
Os pontos principais de discordância são a definição do universo pesquisado (como escolher o grupo socioeconômico mais representativo do eleitorado) e a formulação e ordem das perguntas apresentadas.
O Datafolha faz sua escolha de universo a ser pesquisado mesclando dados do TSE (número de eleitores existentes em cada cidade) e do IBGE (sexo e faixa etária). “Não usamos cotas para variáveis como escolaridade ou renda familiar mensal pois não há dados atualizados para os municípios brasileiros”.
Já o Ibope usa um sistema “de cotas proporcionais em função das variáveis sexo, idade, grau de escolaridade e setor de dependência econômica”.
“ A ordem das perguntas pode influenciar as respostas dos entrevistados. Dependendo dos assuntos colocados antes da pergunta central da pesquisa, seja ela sobre a aprovação do governo ou confiança no político, a resposta pode ser afetada”, diz Mauro Paulino. “ É um tema polêmico”, diz Márcia Cavallari, do Ibope, “a única forma de comprovarmos se a ordem do questionário faz diferença seria realizarmos duas pesquisas com a mesma metodologia amostral e mesmo período de tempo, apenas com questionários diferentes”.
Uma das vedetes da eleição presidencial norte-americana em 2008 foi a prática de consolidar as várias pesquisas de intenção de voto em uma média única. O método foi usado em outros países e nos EUA em pleitos anteriores, mas nunca teve tanta popularidade nos meios de comunicação.
Essa é uma das vantagens da média das pesquisas: eliminar as oscilações bruscas dos percentuais entre os institutos. A média móvel é uma técnica usada há anos nos EUA e na Europa para detectar tendências mais permanentes do eleitorado. Mais importante do que os valores é a trajetória das curvas de intenção  de voto. A média mostra o passado, não projeta o futuro. O cálculo desta média levou em conta as três pesquisas mais recentes divulgadas. No caso: Ibope (cujo campo terminou no dia 19 de abril), Datafolha (fim do campo no dia 16) e Sensus (9 de abril).
O objetivo é incluir no cálculo o maior número de pesquisas feitas com o menor intervalo de tempo entre elas. Os críticos dessa técnica afirmam que ela compara laranjas com bananas, pois as metodologias dos institutos são diferentes. Especialista em pesquisas de opinião, a socióloga Fátima Pacheco Jordão vê na diluição das diferenças metodológicas uma das vantagem das médias móveis.
A análise pelas médias aplaina picos e vales das intenções de voto e revela tendências de mais longo prazo. A média móvel apresentada no gráfico ao lado leva em conta as pesquisas feitas nos últimos 30 dias, pelos institutos que produzem sondagens nacionais: Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus.
Pesquisador do Iuperj, Marcus Figueiredo concorda. “A média dilui eventuais erros. Se há um erro no instituto A, e faço uma média com o instituto B, o resultado vai estar menos distante da realidade”. Para Figueiredo, “Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus usam metodologias e procedimentos inteiramente confiáveis”, e as diferenças entres as pesquisas feitas na mesma época por esses institutos são pequenas, “quase todas dentro da margem de erro”.
Fátima Pacheco Jordão observa que os institutos sempre comparam seus resultados com os de suas próprias pesquisas, que nem sempre são recentes ou representam a real evolução do quadro eleitoral: “Colocar os resultados na sequência em que eles aparecem, independentemente dos institutos, é um serviço para o eleitor.”
A “Pesquisa das Pesquisas” agrega valores de diversos institutos e traça uma linha de tendência polinomial, demonstrando uma curva ascendente para Dilma (PT) e anuncia que em breve ela pode ultrapassar José Serra (PSDB) nas pesquisas de intenção de voto.
Interpretamos os fatores que compõem o contexto de uma situação e oferecemos informações para que os clientes entendam o problema, a posição de cada concorrente, os pontos fortes e fracos, as percepções e aspirações, bem como os principais atributos de imagem para elaboração do planejamento estratégico.
Fonte: Meio & Mensagem, Istoé, Veja, Carta Capital, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, os blogs dos jornalistas Fernando Rodrigues e José Roberto de Toledo e o livro a cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.
 

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Pesquisa de intenção de voto: planejamento, análise e divulgação

  • 1. Intenção de voto - planejamento, análise e divulgação de pesquisas – na corrida eleitoral 2010
  • 2. Monitoramos a divulgação das pesquisas eleitorais, acompanhamos a cobertura jornalística sobre o tema eleições presidencial de setembro/09 a abril/10 e o debate no meio acadêmico sobre pesquisa e apresentamos aqui um resumo explicativo dos principais elementos que constituem a pesquisa de intenção de voto e a sua importância na corrida eleitoral.
  • 3. Como é feita uma pesquisa de intenção de voto?
  • 4. Se as pesquisas fossem irrelevantes para auxiliar – ou influenciar – a decisão do eleitor, faria muito pouco sentido divulgá-las. Se esses números não atraem a atenção de grande parte do eleitorado, por que eles estampam manchetes de jornais e ganham destaque nos portais eletrônicos? Carlos Alberto Almeida
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  • 7. Os resultados das pesquisas de opinião são alguns dos muitos estímulos em uma eleição. Competem com a propaganda, com as opiniões das pessoas próximas (grupos sociais) e com a cobertura jornalística. Marcus Figueiredo
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  • 12. Pesquisas dependem das técnicas utilizadas e da eficácia com que são aplicadas, questionários e amostras bem elaborados, entrevistadores treinados e análises isentas dos resultados e identificação do contratante. Também asseguram a qualidade da pesquisa o modo de apresentação e divulgação dos resultados. E no caso de eleições, há regras importantes, como o registro no TRE ou no TSE.
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  • 17. Como é definida a amostra de uma pesquisa?
  • 18. Várias técnicas amostrais podem ser utilizadas em pesquisas eleitorais. Nos levantamentos nacionais ou estaduais, em geral os grandes institutos trabalham da seguinte forma: num primeiro estágio, são sorteados ou escolhidos os municípios que farão parte do levantamento; depois, os bairros e pontos onde serão aplicadas as entrevistas. Por fim, os entrevistados são selecionados aleatoriamente de acordo com o sexo, faixa etária e grau de instrução. Os dados utilizados para composição da amostra são obtidos junto ao IBGE, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
  • 19. As pesquisas têm amostras médias de 2.500 entrevistas e no país há mais de 127 milhões de eleitores, segundo o TSE. Assim, em um levantamento nacional, apenas um eleitor em cada grupo de aproximadamente 50.000 é entrevistado, ou seja, seriam necessários 50.000 levantamentos com essa amostra para atingir o total do eleitorado, sem que nenhum indivíduo seja pesquisado mais de uma vez.
  • 20. Segundo o Datafolha, as amostras nacionais têm entre 2.000 e 2.500 entrevistas, mas não há tamanho mínimo ou ideal para uma amostra eleitoral. O mais importante é a sua representatividade, ou seja, como são selecionados os entrevistados. Da mesma forma, para o Ibope o mais importante é o grau de similaridade da pesquisa com o universo pesquisado. O tamanho é calculado com base no grau de precisão que se deseja, no nível de detalhamento na análise dos resultados e dependendo do tempo e recursos disponíveis.
  • 21. Na elaboração dos levantamentos as diferenças são poucas, mas, de maneira geral, os resultados das pesquisas municipais e federais podem ter características distintas. Segundo o Ibope, percebe-se que as mulheres são mais críticas nas questões relacionadas ao município, pois os assuntos debatidos durante a campanha estão mais presentes em seu dia-a-dia, como questões relativas à educação e saúde dos filhos.
  • 22. Todas as pesquisas, por elas utilizarem amostra probabilística , têm margem de erro amostral. Esse erro é calculado em função do tamanho e da heterogeneidade da amostra e dos resultados obtidos. A margem de erro normalmente divulgada refere-se a uma estimativa de erro máxima para uma amostra aleatória simples. Assim, considerando o erro amostral, fica estabelecido um intervalo de confiança — limites para mais e para menos em relação ao valor obtido.
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  • 24. O tamanho ideal da amostra é definido por: a) margem de erro amostral aceitável  nível de precisão desejada para os resultados da pesquisa; b) detalhamento desejado para análise dos resultados (segmentação) e c) recursos e tempo disponível para coleta de dados.
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  • 28. Para pesquisas eleitorais divulgadas (e para registros) trabalha-se com uma estimativa aproximada do erro amostral naquela pesquisa => considerando-se máxima heterogeneidade, ou seja, resultados iguais a 50% da amostra.
  • 29. Quanto maior for a amostra, menor será o erro amostral; quanto mais homogênea for a população em estudo, menor será o erro amostral para um mesmo tamanho de amostra; quanto maior for o nível de confiança exigido pela pesquisa, maior será o erro amostral; para se diminuir o erro amostral em 1 ponto percentual, deve-se aumentar muito a amostra, pois a relação não é diretamente proporcional.
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  • 32. Outra informação que merece ser entendida é a diferença entre o zero “absoluto” e o “zero relativo”, zero absoluto é igual a nenhuma citação, enquanto que o relativo é igual a citações inferiores a 1%. Os resultados também podem não totalizar 100% das respostas. Isto ocorre devido a arredondamentos matemáticos e não a erros. É muito comum em pesquisas com 400 entrevistas encontrar tabelas que totalizam 98% ou até 102%.
  • 33. A última etapa é a divulgação dos resultados e acompanhamento de seus desdobramentos.
  • 34. Amostras e questionários não muito claros, divulgação parcial dos resultados, divulgação dos resultados muito tempo depois do levantamento, divulgações malfeitas dos resultados pelos veículos de comunicação e a falta de registro no TSE ou Tribunal Regional Eleitoral comprometem os resultados divulgados.
  • 35. Segundo o Instituto Datafolha, o ideal é observar conjuntamente os resultados. As taxas obtidas na intenção de voto espontânea podem indicar o grau de consolidação do voto em um candidato, mas os resultados da pergunta estimulada são mais utilizados pelos analistas, pois apresentam menor taxa de indecisão e quanto mais próxima a eleição, maior é a tendência de que se aproximem dos resultados apurados. De acordo com o Ibope, os dois tipos de respostas são importantes: a espontânea mostra quem já está “firme com cada candidato” e a estimulada mostra como o eleitor se comportaria se tivesse de decidir naquele momento da entrevista.
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  • 37. Usuários de pesquisa acabam se concentrando apenas em quem está na frente, esquecendo-se de analisar os resultados pelos vários segmentos da população. Também com freqüência verifica-se a leitura invertida de percentagens verticais e horizontais. As percentagens verticais totalizam 100% nas colunas das tabelas (variáveis independentes) e as percentagens horizontais totalizam 100% nas linhas (variáveis dependentes). Normalmente os resultados das pesquisas são apresentados em percentagens verticais e não horizontais, mas a forma como são divulgadas parece estar se referindo às percentagens horizontais, ou seja, parece estar se referindo ao perfil das pessoas que citaram determinada resposta e não a citação que a alternativa obteve dentro de determinado segmento.
  • 38.
  • 39. Um erro bastante comum na leitura dos dados de uma pesquisa é interpretar tendência de subida ou queda de determinada categoria a partir de diferenças mínimas no resultado, que não caracterizam estatisticamente uma tendência. Só é possível chegar à conclusão que uma categoria está crescendo ou caindo, se houver, pelo menos cinco pontos consecutivos de aferição, com pelo menos três deles seguindo na mesma direção. Assim, para se dizer ou escrever que determinada categoria cresceu ou caiu sem errar, é preciso analisar a evolução do seu desempenho dentro de uma série de pesquisas e não somente comparar, isoladamente, a pesquisa atual em relação à anterior.
  • 40.
  • 41. Além de pesquisar a intenção de voto, o Ibope sempre inclui em seu questionário uma pergunta que pretende medir o potencial de voto dos candidatos. Essa pergunta é importante porque indica os limites de cada candidatura, dividindo o total do eleitorado em três grandes categorias no que se refere àquele presidenciável: os que votariam nele, os que o rejeitam e os que não o conhecem.
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  • 44. De um lado, Ibope e Datafolha. De outro, os mineiros, Vox Populi e Sensus. Meira e Guedes defenderam que incluir outras questões, como as de avaliação do governo, antes da bateria de perguntas sobre como o eleitor pretende votar não altera para mais ou para menos o percentual de intenção de voto dos candidatos. Cavallari e Paulino reafirmaram que a interferência influencia sim o resultado.
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  • 48. Sempre que as pesquisas eleitorais são publicadas, surgem dúvidas. Em geral as críticas se baseiam nos resultados diferentes entre institutos, além da margem de erro.
  • 49. Há várias razões para essa discrepância entre Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi, os institutos mais conhecidos do país. Entre as mais visíveis estão duas. Primeiro, a data de coleta de dados não foi exatamente a mesma. Segundo, a metodologia usada é diferente entre as quatro empresas. Há grande divergência entre os institutos a respeito de qual é a melhor forma de coletar dados sobre intenção de votos.
  • 50. Os pontos principais de discordância são a definição do universo pesquisado (como escolher o grupo socioeconômico mais representativo do eleitorado) e a formulação e ordem das perguntas apresentadas.
  • 51. O Datafolha faz sua escolha de universo a ser pesquisado mesclando dados do TSE (número de eleitores existentes em cada cidade) e do IBGE (sexo e faixa etária). “Não usamos cotas para variáveis como escolaridade ou renda familiar mensal pois não há dados atualizados para os municípios brasileiros”.
  • 52. Já o Ibope usa um sistema “de cotas proporcionais em função das variáveis sexo, idade, grau de escolaridade e setor de dependência econômica”.
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  • 54.
  • 55. “ A ordem das perguntas pode influenciar as respostas dos entrevistados. Dependendo dos assuntos colocados antes da pergunta central da pesquisa, seja ela sobre a aprovação do governo ou confiança no político, a resposta pode ser afetada”, diz Mauro Paulino. “ É um tema polêmico”, diz Márcia Cavallari, do Ibope, “a única forma de comprovarmos se a ordem do questionário faz diferença seria realizarmos duas pesquisas com a mesma metodologia amostral e mesmo período de tempo, apenas com questionários diferentes”.
  • 56.
  • 57. Uma das vedetes da eleição presidencial norte-americana em 2008 foi a prática de consolidar as várias pesquisas de intenção de voto em uma média única. O método foi usado em outros países e nos EUA em pleitos anteriores, mas nunca teve tanta popularidade nos meios de comunicação.
  • 58. Essa é uma das vantagens da média das pesquisas: eliminar as oscilações bruscas dos percentuais entre os institutos. A média móvel é uma técnica usada há anos nos EUA e na Europa para detectar tendências mais permanentes do eleitorado. Mais importante do que os valores é a trajetória das curvas de intenção de voto. A média mostra o passado, não projeta o futuro. O cálculo desta média levou em conta as três pesquisas mais recentes divulgadas. No caso: Ibope (cujo campo terminou no dia 19 de abril), Datafolha (fim do campo no dia 16) e Sensus (9 de abril).
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  • 60.
  • 61. O objetivo é incluir no cálculo o maior número de pesquisas feitas com o menor intervalo de tempo entre elas. Os críticos dessa técnica afirmam que ela compara laranjas com bananas, pois as metodologias dos institutos são diferentes. Especialista em pesquisas de opinião, a socióloga Fátima Pacheco Jordão vê na diluição das diferenças metodológicas uma das vantagem das médias móveis.
  • 62. A análise pelas médias aplaina picos e vales das intenções de voto e revela tendências de mais longo prazo. A média móvel apresentada no gráfico ao lado leva em conta as pesquisas feitas nos últimos 30 dias, pelos institutos que produzem sondagens nacionais: Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus.
  • 63. Pesquisador do Iuperj, Marcus Figueiredo concorda. “A média dilui eventuais erros. Se há um erro no instituto A, e faço uma média com o instituto B, o resultado vai estar menos distante da realidade”. Para Figueiredo, “Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus usam metodologias e procedimentos inteiramente confiáveis”, e as diferenças entres as pesquisas feitas na mesma época por esses institutos são pequenas, “quase todas dentro da margem de erro”.
  • 64. Fátima Pacheco Jordão observa que os institutos sempre comparam seus resultados com os de suas próprias pesquisas, que nem sempre são recentes ou representam a real evolução do quadro eleitoral: “Colocar os resultados na sequência em que eles aparecem, independentemente dos institutos, é um serviço para o eleitor.”
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  • 66. A “Pesquisa das Pesquisas” agrega valores de diversos institutos e traça uma linha de tendência polinomial, demonstrando uma curva ascendente para Dilma (PT) e anuncia que em breve ela pode ultrapassar José Serra (PSDB) nas pesquisas de intenção de voto.
  • 67.
  • 68. Interpretamos os fatores que compõem o contexto de uma situação e oferecemos informações para que os clientes entendam o problema, a posição de cada concorrente, os pontos fortes e fracos, as percepções e aspirações, bem como os principais atributos de imagem para elaboração do planejamento estratégico.
  • 69. Fonte: Meio & Mensagem, Istoé, Veja, Carta Capital, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, os blogs dos jornalistas Fernando Rodrigues e José Roberto de Toledo e o livro a cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.
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