O documento descreve a estrutura e as funções da pele e seus anexos. A pele é composta pela epiderme, derme e hipoderme. A epiderme contém queratinócitos, melanócitos e células de Langerhans e Merkel. A derme contém vasos sanguíneos, linfáticos e receptores sensoriais. Anexos da pele incluem pelos, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas. A pele protege o corpo e regula a temperatura.
2. • A pele recobre a superfície do corpo;
• Porção epitelial de origem ectodérmica: epiderme;
• Porção conjuntiva de origem mesodérmica: derme
• Podem ser distinguidas a pele fina e a pele espessa;
• Pele espessa: palma das mãos, planta dos pés e algumas
articulações;
• Pele fina: o resto do corpo
• Abaixo da derme encontra-se a hipoderme ou tecido celular
subcutâneo: não faz parte da pele, apenas lhe serve de união com
órgãos adjacentes
– Pode conter muitas células adiposas, constituindo o panículo adiposo
4. • A pele é um dos maiores órgãos, atingindo 16% do peso corporal;
• Funções:
– Proteção contra desidratação e atrito (queratina);
– Recebe informações sobre o ambiente e envia para o sistema nervoso central
(terminações nervosas sensitivas);
– Termorregulação do corpo (vasos sanguíneos, glândulas e tecido adiposo);
– Excreção de várias substâncias (glândulas sudoríparas);
– Proteção contra raios ultravioleta (melanina);
– Defesa contra microrganismos invasores (células do sistema imunitário)
• Estruturas anexas: pelos, unhas, glândulas sudoríparas, sebáceas e
mamárias.
5. EPIDERME
• Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado;
• Células mais abundantes: queratinócitos;
• Outros tipos celulares: melanócitos, células de Langerhans, células
de Merkel;
7. Pele espessa
• Apresenta, da derme para a superfície, 5 camadas:
– Camada basal: células prismáticas ou cubóides, basófilas, repousando
sobre a membrana basal. A camada basal é rica em células-tronco
(germinativa);
8. Pele espessa
– Camada espinhosa: células cubóides ou ligeiramente achatadas, núcleo
central, citoplasma com curtas expansões (contém desmossomos) com feixes
de filamentos de queratina (tonofilamentos). Mitoses ocorrem em menor
número.
11. Pele espessa
– Camada lúcida: mais evidente na pele espessa. Delgada camada de células
achatadas, eosinófilas, cujos núcleos e organelas citoplasmáticas foram
digeridos por enzimas lisossomais e desapareceram. Citoplasma com
numerosos filamentos de queratina.
12. Pele espessa
– Camada córnea: espessura muito variável; células achatadas, mortas, sem
núcleo. Citoplasma repleto de queratina.
13. Pele delgada
• Epiderme mais simples. Geralmente faltando camadas granulosa e
lúcida e possuindo uma camada córnea muito reduzida.
14. PSORÍASE
• Doença que afeta a epiderme e a derme;
• Aumento do número de mitoses;
• Epiderme torna-se mais espessa e se renova com mais rapidez;
• Acúmulos de áreas esbranquiçadas de queratina descamada;
• Causa desconhecida
15. Melanócitos
• Cor da pele: conteúdo de queratina +
caroteno + quantidade de capilares na
derme + cor do sangue nos capilares;
• Melanócitos produzem a melanina
(pigmento de cor marrom-escura);
• Encontram-se na junção da derme
com a epiderme ou entre
queratinócitos da camada basal da
epiderme
16. Melanócitos
• Originam-se das cristas neurais e invadem a pele entre a 12ª e 14ª
semanas da vida intra-uterina;
• Citoplasma globoso com prolongamentos;
• Se prendem à membrana basal por meio de hemidesmossomos;
• A melanina é produzida com a participação da enzima tirosinase, em
vesículas formadas no aparelho de Golgi (melanossomos)
17. Síntese da Melanina
Tirosina 3,4-diidroxifenilalanina
(Dopa)
Dopa-quinona
Tirosinase
Melanina
Tirosinase
Grânulo de
melanina
Sintetizada no REG
Armazenada no Golgi -
melanossomos
20. Melanina
• Os grânulos de melanina
localizam-se em posição
supranuclear, oferecendo
proteção máxima ao DNA contra
efeitos da radiação solar.
21. O bronzeamento se dá devido ao escurecimento da melanina preexistente e à
aceleração da transferência de melanina para os queratinócitos. Numa
segunda etapa, a síntese de melanina é aumentada.
22. ALBINISMO
• Incapacidade hereditária dos melanócitos produzirem melanina;
• Ausência de atividade da tirosinase ou incapacidade das células
transportarem tirosina para seu interior.
23. VITILIGO
• Degradação e desaparecimento dos melanócitos em certas áreas da pele;
• Despigmentação localizada.
24. Células de Langerhans
• Muito ramificadas, localizam-se em toda a epiderme entre os
queratinócitos. São mais frequentes na camada espinhosa;
• Originam-se de células precursoras da medula óssea que são
transportadas pelo sangue circulante;
• Captam antígenos, processa-os, apresenta-os aos linfócitos T (papel
importante nas reações imunitárias cutâneas).
25. Células de Merkel
• Existem em maior quantidade na pele espessa da palma das mãos e da
planta dos pés, especialmente nas pontas dos dedos;
• Localizam-se na parte profunda da epiderme, apoiadas na membrana
basal e presas aos queratinócitos por desmossomos;
• São mecanorreceptores (sensibilidade tátil).
26. DERME
• Tecido conjuntivo onde se apóia a epiderme e une a pele ao tecido
subcutâneo ou hipoderme;
• Apresenta espessura variável de acordo com a região observada.
27. • Superfície irregular, com
saliências (papilas dérmicas),
que acompanham as
reentrâncias da epiderme;
• Aumentam a área de contato
entre derme e epiderme;
• São mais frequentes nas zonas
sujeitas a pressões e atritos
28. Camada papilar da derme
• Delgada
• Tecido conjuntivo frouxo
• Fibrilas especiais de colágeno:
mantêm derme e epiderme presas
• Pequenos vasos sanguíneos
responsáveis pela nutrição e
oxigenação da epiderme
29. Camada reticular da derme
• Mais espessa
• Tecido conjuntivo denso
• Muitas fibras do sistema
elástico, responsáveis pela
elasticidade da pele;
• Vasos sanguíneos, linfáticos,
nervos, folículos pilosos,
glândulas sebáceas e glândulas
sudoríparas.
30. HIPODERME
• Tecido conjuntivo frouxo;
• Une a derme aos órgãos subjacentes de maneira pouco firme;
• Poderá ter uma camada variável de tecido adiposo (panículo
adiposo);
• O panículo modela o corpo, é uma reserva de energia e proporciona
proteção contra o frio (isolante térmico)
31. VASOS DA PELE
• Vasos arteriais formam dois plexos: entre a derme e a hipoderme e
entre as camadas reticular e papilar da derme;
• Cada papila tem uma alça vascular, com um ramo arterial
ascendente e um venoso descendente;
• Três plexos venosos: dois na posição descritas nas artérias e mais
um na região média da derme;
32. VASOS DA PELE
• O sistema de vasos linfáticos inicia-se como capilares de fundo
cego, que convergem para um plexo entre as camadas papilar e
reticular;
• Desse plexo, partem ramos para outro plexo entre a derme e a
hipoderme
33. RECEPTORES SENSORIAIS DA PELE
• Receptor sensorial mais extenso
do organismo;
• Receptores encapsulados
(corpúsculos de Ruffini, Vater-
Pacini, Meissner e Krause) e
não-encapsulados na derme e
na hipoderme;
• Terminações nervosas sensíveis
ao toque e à pressão;
• Sensíveis às variações de
temperatura, dor, coceira...
34. PELOS
• Estruturas delgadas queratinizadas;
• Desenvolvem-se a partir de uma invaginação da epiderme;
• Crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com
fases de crescimento;
• As características dos pelos de certas regiões do corpo são
influenciadas por hormônios, principalmente hormônios sexuais.
35. • Cada pelo se origina do folículo piloso
(invaginação da epiderme);
• Bulbo piloso: presente no pelo em fase
de crescimento;
• Papila dérmica: centro do bulbo piloso;
• Células que recobrem a papila dérmica
formam a raiz do pelo, de onde emerge o
eixo do pelo;
• Separando o folículo do TC, encontra-se a
membrana vítrea
Raiz do pelo
Bulbo
piloso
Papila
dérmica
Membrana
vítrea
36. • Dispostos obliquamente encontram-se os músculos eretores dos
pelos, cuja contração puxa o pelo para uma posição mais vertical,
tornando-o eriçado.
37. • A cor do pelo depende
dos melanócitos
localizados entre a papila
e o epitélio da raiz do
pelo.
38. UNHAS
• Placas de células queratinizadas localizadas na superfície dorsal das
falanges terminais dos dedos;
• Porção proximal: raiz da unha
– onde ocorre sua formação, por proliferação e diferenciação de células epiteliais,
que gradualmente se queratinizam, formando uma placa córnea
• Camada córnea do epitélio da dobra de pele que cobre a raiz da
unha: cutícula da unha
39. GLÂNDULAS DA PELE
GLÂNDULAS SEBÁCEAS
• Situam-se na derme; seus ductos, revestidos por
epitélio estratificado, desembocam em folículos
pilosos;
• Em certas regiões (lábios, mamilos), os ductos abrem-
se diretamente na superfície;
• São glândulas acinosas; vários ácinos desembocam em
um ducto curto;
40. GLÂNDULAS DA PELE
GLÂNDULAS SEBÁCEAS
• Células acumulam no citoplasma o produto de
secreção, de natureza lipídica;
• As células mais centrais dos ácinos morrem e formam a
secreção (secreção holócrina);
• Distúrbios no fluxo na secreção forma a acne.
42. GLÂNDULAS DA PELE
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS MERÓCRINAS
• Tubulosas simples enoveladas, cujos ductos se abrem na superfície da
pele;
• Os ductos não se ramificam e têm menor diâmetro do que a porção
secretora;
• Células mioepiteliais ajudam a expulsar o produto da secreção;
43. GLÂNDULAS DA PELE
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS MERÓCRINAS
• Dois tipos de células secretoras: escuras e claras;
• O ducto é constituído de epitélio cúbico estratificado (duas camadas de
células) que repousa sobre a membrana basal;
• Ao atingir a superfície da pele, o suor se evapora, fazendo baixar a
temperatura corporal. Os catabólitos presentes mostram que essas
glândulas participam da excreção de substâncias inúteis ao organismo.
44.
45. GLÂNDULAS DA PELE
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS APÓCRINAS
• Axilas, regiões perianal e pubiana e aréola mamária;
• Glândulas de maior tamanho, com partes secretoras muito dilatadas;
• Localizadas na derme e hipoderme;
• O ducto desemboca num folículo piloso;
46. GLÂNDULAS DA PELE
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS APÓCRINAS
• A secreção adquire odor desagradável e característico pela ação das
bactérias da pele;
• Na mulher, as glândulas axilares passam por modificações durante o ciclo
menstrual;
• Glândulas da margem das pálpebras e as de cerúmen do ouvido são
glândulas sudoríparas modificadas.