SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  34
DOENÇA INFLAMATÓRIA
E INFECCIOSA DO
UROTÉLIO
RESIDÊNCIA MÉDICA - RADIOLOGIA HUSM
R1-HERCULES-ABRIL-2014
CAPITULO 12 SÉRIE CBR - URINÁRIO
PIELITE OU PIELOUTERITE
 Representa o estágio inicial da infecção do trato urinário que tem
origem por via ascendente , ou seja , refluxiva.
 Manifesta-se por um espessamento das paredes das vias coletoras
e /ou do ureter de aspecto liso , difuso e impregnável por contraste.
PIELITE OU PIELOURETERITE
 O achado de espessamento mural liso associado a impregnação
por contraste da mucosa com preservação do plano gorduroso
adjacente sugere processo inflamatório.
 Nas circunstâncias em que o espessamento mural liso, impregnável
por contraste, estiver associado a obliteração do plano gorduroso
peripiélico regional , devemos pensar em lesão neoplásica.
Carcinoma das vias
excretoras – espessamento
de parede de pelve direita
com especulações densas
em direção à gordura
peripiélica.
PIELOURETERITE CÍSTICA
 Condição benigna que se caracteriza por transformação cística
dos ninhos epiteliais de Brunn.
 Essa transformação causa o aparecimento de numerosos e
diminutos cistos revestidos por células epiteliais no sistema
pielocalicinal.
 Geralmente unilateral, mais comum em mulheres e relacionada
com a inflamação e infecção urinária crônica inespecífica.
Inúmeras falhas de
enchimento em todo o
sistemapielocalicinal. As
falhas de enchimento tem
contorno liso e não causam
ectasia ou obstrução do
lúmen ureteral
Uro – TC , fase excretora,
demonstrando pequenas
falhas de enchimento
submucosas
PIELITE ENFISEMATOSA
 Condição associada à infecção do trato urinário por germe
produtor de gás e caracteriza-se pela presença de gás apenas no
interior do sistema coletor.
 Deve ser distinta da pielonefrite enfisematosa , muito mais grave.
 Tem bom prognóstico com resolução total após tto.
 Ocasionalmente associada com cistite enfisematosa.
 O rx tem S de 30%
PIELITE ENFISEMATOSA - US
 Ao US aparece como o acúmulo de ecos de alta amplitude e
margem anterior achatada ocupando o interior do sistema
pielocalicinal.
 Frequentemente associa-se com sombra acústica “suja” e
reverberação acústica. Nesse caso a TC deve ser sempre realizada
para afastar concomitância de pielonefrite enfisematosa ou da
doença calculosa.
Presença de acúmulos de ecos
de alta amplitude (setas)
esparsamente distribuídas no seio
renal e representativos de
pequenas coleções gasosas no
interior das vias coletoras
TC s/ contraste
demonstrando pequena
quantidade de gás nas
vias coletoras
CISTITE ENFISEMATOSA
 Mais comum em mulheres e diabéticos.
 Sintomas de cistite e ocasionalmente pode haver pneumatúria .
 Geralmente causado por e. coli .
A- linha ecogênica anterior
com sombra suja. B-
radiografia com gás. C- ar
introduzido por cistoscopia
aparece como foco
hiperecogênico em
suspensão. D- fístula
enterovesical (seta)
PIONEFROSE
 Resulta da infecção do rim hidronefrótico e é frequentemente
causada por cálculos obstrutivos.
 Quadro clínico infeccioso e toxêmico .
 O termo piocálice é usado quando somente um cálice é afetado.
 O US mostra um variado grau de dilatação do sistema
pielocalicinal, contendo debris ecogênicos e níveis liquido-líquido
no interior.
Pionefrose toxemiada em
paciente diabética. A- US –
hidronefrose do rim esq com
material ecogênico no
interior da pelve renal
ectasiada. B-Punção por US.
PIONEFROSE - TC
 A TC demonstra espessamento da parede da pelve renal (>2mm)
impregnável por contraste, dilatação e obstrução do sistema
coletor , aumento da densidade do fluido no interior do sistema
coletor
 Na fase tardia há delineamento do material de contraste acuna e
anterior ao fluido purulento.
 Os valores de atenuação do fluído infectado variam de 20 a 30 UH.
A- Dilatação
piélica , com
conteúdo
moderadamente
denso e
componente
gasoso.
PIELOURETERITE TUBERCULOSA
 Geralmente o compremetimento ureteral por tuberculose é quase
sempre secundário ao comprometimento renal .
 A formação de granuloma no epitélio de transição do ureter causa
fibrose , que acarreta encurtamento e estreitamento da luz ureteral
associada a calcificações murais .
 Classicamente a tuberculose tem preferência por acometer as
áreas de estreitamento do trato urinário como a junção
ureteropiélica (JUP) , o ureter distal e a ureterovesical (JUV).
Urografia excretora mostra sinais de
pielonefrite e pielouterite
tuberculosa caracterizadas por
áreas de estreitamento e rigidez
fibróticos comprometendo os
infundíbulos calicinais e a junção
pieloureteral.
CISTITE BACTERIANA AGUDA
 Exames de imagem devem ser solicitados em pacientes com
tratamento refratário .
 Manifesta-se como discreto espessamento mural que pode com
impregnação anômala da mucosa que pode ser focal ou difusa.
 A diferenciação entre cistite e neoplasia vesical é quase sempre
possível porque a neoplasia aparece usualmente como uma
pequena massa intraluminal ou espessamento mural assimétrico .
Raramente o CA vesical pode se apresentar por espessamento
difuso e simétrico.
A- Radiografia localizada da pelve demonstrando
espessamento nodular da submucosa no nível do
teto vesical. B- US com coleção fluídica com debris
no seu interior adjacente à serosa vesical e sinais de
espessamento mural do teto vesical .
Reconstrução em plano coronal demonstra peridiverticulite
como causa de cistite secundária
CISTITE CÍSTICA(bolhosa) E CISTITE
GLANDULAR
 Dças inflamatórias crônicas secundárias a um processo irritativo
crônico que causa metaplasia do urotélio.
 Metaplasia intestinal e cística.
 Cistite cística glandular está associada a obstrução infravesical ,
frequente em pacientes com lipomatose pélvica . As queixas
vesicais é que proporcionam o achado radiológico desta doença.
 Cistite glandular pode se manifestar por formações polipoides
principalmente no trígono e colo vesical simulando CA urotelial.
Deformidade vesical
devido à proliferação
de gordura na
cavidade pélvica
(lipomatose pélvica)
Bexiga com paredes
espessas e
nodulação sólida
com contornos
irregulares na região
do trígono
CISTITE TUBERCULOSA
 O sistema genitourinário é acometido em 20% dos casos de
doença extra-pulmonar.
 Causada pelo Mcb tuberculosis ou após tto de neoplasia urotelial
com Bacillus Calmette-Guérin.
 Considerar em pacientes com piúria estéril e imunodeprimidos.
Cistite tuberculosa -
bexiga contraída
com paredes
espessadas e RVU
CISTITE ACTÍNICA
 Pode ser secundária a quimioterapia local ou sistêmica.
 Na fase aguda a parede da bexiga apresenta espessamento
anormal focal ou difuso .
 Após um ano a bexiga apresenta-se com com pequeno volume e
fibrosada.
 Fístulas são frequentes.
Bexiga
contraída ,
paredes
espessadas e
RVU bilateral
Bexiga contráida paredes espessas, RVU e
irregularidades associada à fistula vesicovaginal

Contenu connexe

Tendances

Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasUltrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasFernanda Hiebra Gonçalves
 
Sinais do Raio X de Tórax
Sinais do Raio X de TóraxSinais do Raio X de Tórax
Sinais do Raio X de TóraxBrenda Lahlou
 
Bloqueio de condução
Bloqueio de conduçãoBloqueio de condução
Bloqueio de conduçãoresenfe2013
 
Baço e pancreas do jesus
Baço e pancreas do jesusBaço e pancreas do jesus
Baço e pancreas do jesusNorberto Werle
 
Raio x pós graduação
Raio   x pós graduaçãoRaio   x pós graduação
Raio x pós graduaçãoIapes Ensino
 
Aula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdômeAula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdômedapab
 
Anatomia clínico cirúrgica de pâncreas e vias biliares
Anatomia clínico cirúrgica de pâncreas e vias biliaresAnatomia clínico cirúrgica de pâncreas e vias biliares
Anatomia clínico cirúrgica de pâncreas e vias biliaresEverton Cazzo
 
Mapeamento de varizes
Mapeamento de varizesMapeamento de varizes
Mapeamento de varizesIared
 
Ultrassom - emergências em ginecologia e obstetrícia
Ultrassom  - emergências em ginecologia e obstetríciaUltrassom  - emergências em ginecologia e obstetrícia
Ultrassom - emergências em ginecologia e obstetríciaFernanda Hiebra Gonçalves
 
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renal
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renalAplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renal
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renalIared
 
Painel digital varicocele - Aula do Dr Décio Prando -
Painel digital varicocele - Aula do Dr Décio Prando - Painel digital varicocele - Aula do Dr Décio Prando -
Painel digital varicocele - Aula do Dr Décio Prando - Conrado Alvarenga
 
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010upload718
 
Doença cística renal
Doença cística renalDoença cística renal
Doença cística renalUrovideo.org
 
Colecistite aguda e crônica
Colecistite aguda e crônicaColecistite aguda e crônica
Colecistite aguda e crônicaIgor Rodrigues
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaJucie Vasconcelos
 

Tendances (20)

Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticasUltrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
Ultrassom na cirrose, hepatite crônica e nas anormalidades vasculares hepáticas
 
Sinais do Raio X de Tórax
Sinais do Raio X de TóraxSinais do Raio X de Tórax
Sinais do Raio X de Tórax
 
Reflexos
ReflexosReflexos
Reflexos
 
Bloqueio de condução
Bloqueio de conduçãoBloqueio de condução
Bloqueio de condução
 
Baço e pancreas do jesus
Baço e pancreas do jesusBaço e pancreas do jesus
Baço e pancreas do jesus
 
Hérnias abdominais
Hérnias abdominaisHérnias abdominais
Hérnias abdominais
 
Raio x pós graduação
Raio   x pós graduaçãoRaio   x pós graduação
Raio x pós graduação
 
Aula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdômeAula - semiologia do abdôme
Aula - semiologia do abdôme
 
Anatomia clínico cirúrgica de pâncreas e vias biliares
Anatomia clínico cirúrgica de pâncreas e vias biliaresAnatomia clínico cirúrgica de pâncreas e vias biliares
Anatomia clínico cirúrgica de pâncreas e vias biliares
 
Mapeamento de varizes
Mapeamento de varizesMapeamento de varizes
Mapeamento de varizes
 
Ultrassom - emergências em ginecologia e obstetrícia
Ultrassom  - emergências em ginecologia e obstetríciaUltrassom  - emergências em ginecologia e obstetrícia
Ultrassom - emergências em ginecologia e obstetrícia
 
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renal
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renalAplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renal
Aplicações da ultrassonografia com Doppler na avaliação renal
 
Painel digital varicocele - Aula do Dr Décio Prando -
Painel digital varicocele - Aula do Dr Décio Prando - Painel digital varicocele - Aula do Dr Décio Prando -
Painel digital varicocele - Aula do Dr Décio Prando -
 
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010
Anomalias congênitas aparelho digestório 18.05.2010
 
Doença cística renal
Doença cística renalDoença cística renal
Doença cística renal
 
Laparotomia e fechamento
Laparotomia e fechamentoLaparotomia e fechamento
Laparotomia e fechamento
 
Colecistite aguda e crônica
Colecistite aguda e crônicaColecistite aguda e crônica
Colecistite aguda e crônica
 
Aula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal AgudaAula Insuficiência Renal Aguda
Aula Insuficiência Renal Aguda
 
Pancreatite Crônica
Pancreatite CrônicaPancreatite Crônica
Pancreatite Crônica
 
Síndrome nefrotica
Síndrome nefroticaSíndrome nefrotica
Síndrome nefrotica
 

En vedette

Doença renal inflamatória
Doença renal inflamatóriaDoença renal inflamatória
Doença renal inflamatóriaMarcos Dias
 
Patologias da Bexiga
Patologias da BexigaPatologias da Bexiga
Patologias da Bexigaalleyrand
 
Tomografia urologia
Tomografia   urologiaTomografia   urologia
Tomografia urologiaLuanapqt
 
ESTENOSE DE JUP - QUAL O MELHOR MÉTODO?
ESTENOSE DE JUP - QUAL O MELHOR MÉTODO?ESTENOSE DE JUP - QUAL O MELHOR MÉTODO?
ESTENOSE DE JUP - QUAL O MELHOR MÉTODO?Urovideo.org
 
Correção da avulsão ureteral durante ureterolitotripsia
Correção da avulsão ureteral durante ureterolitotripsiaCorreção da avulsão ureteral durante ureterolitotripsia
Correção da avulsão ureteral durante ureterolitotripsiaUrovideo.org
 
Neoplasias foliculares tireóide
Neoplasias foliculares tireóideNeoplasias foliculares tireóide
Neoplasias foliculares tireóideIared
 
Revisão sistemática de estudos de acurácia
Revisão sistemática de estudos de acuráciaRevisão sistemática de estudos de acurácia
Revisão sistemática de estudos de acuráciaIared
 
Ultrassonografia da lesão renal focal
Ultrassonografia da lesão renal focalUltrassonografia da lesão renal focal
Ultrassonografia da lesão renal focalIared
 
Cistite Bacteriana de Repetição
Cistite Bacteriana de  RepetiçãoCistite Bacteriana de  Repetição
Cistite Bacteriana de RepetiçãoUrovideo.org
 
Reflujo Vesicoureteral
Reflujo VesicoureteralReflujo Vesicoureteral
Reflujo VesicoureteralPedro Duran
 
Doppler hepático hemodinâmica
Doppler hepático hemodinâmicaDoppler hepático hemodinâmica
Doppler hepático hemodinâmicaIared
 
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiroUltrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiroIared
 
Reflujo vesicoureteral - Urología
Reflujo vesicoureteral - UrologíaReflujo vesicoureteral - Urología
Reflujo vesicoureteral - UrologíaCiindy Reyez
 

En vedette (20)

Doenca inflamatória e infecciosa do urotelio
Doenca inflamatória e infecciosa do  urotelio  Doenca inflamatória e infecciosa do  urotelio
Doenca inflamatória e infecciosa do urotelio
 
Doença renal inflamatória
Doença renal inflamatóriaDoença renal inflamatória
Doença renal inflamatória
 
Patologias da Bexiga
Patologias da BexigaPatologias da Bexiga
Patologias da Bexiga
 
Tomografia urologia
Tomografia   urologiaTomografia   urologia
Tomografia urologia
 
ESTENOSE DE JUP - QUAL O MELHOR MÉTODO?
ESTENOSE DE JUP - QUAL O MELHOR MÉTODO?ESTENOSE DE JUP - QUAL O MELHOR MÉTODO?
ESTENOSE DE JUP - QUAL O MELHOR MÉTODO?
 
Correção da avulsão ureteral durante ureterolitotripsia
Correção da avulsão ureteral durante ureterolitotripsiaCorreção da avulsão ureteral durante ureterolitotripsia
Correção da avulsão ureteral durante ureterolitotripsia
 
Estenose de jup
Estenose de jupEstenose de jup
Estenose de jup
 
Rx Ombro
Rx OmbroRx Ombro
Rx Ombro
 
Refluxo
RefluxoRefluxo
Refluxo
 
Neoplasias foliculares tireóide
Neoplasias foliculares tireóideNeoplasias foliculares tireóide
Neoplasias foliculares tireóide
 
Revisão sistemática de estudos de acurácia
Revisão sistemática de estudos de acuráciaRevisão sistemática de estudos de acurácia
Revisão sistemática de estudos de acurácia
 
Ultrassonografia da lesão renal focal
Ultrassonografia da lesão renal focalUltrassonografia da lesão renal focal
Ultrassonografia da lesão renal focal
 
Antibioticos Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
Antibioticos   Aminoglicosídeos/ Sulfas+TrimetropimAntibioticos   Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
Antibioticos Aminoglicosídeos/ Sulfas+Trimetropim
 
Rx ombro
Rx ombroRx ombro
Rx ombro
 
Cistite Bacteriana de Repetição
Cistite Bacteriana de  RepetiçãoCistite Bacteriana de  Repetição
Cistite Bacteriana de Repetição
 
Reflujo Vesicoureteral
Reflujo VesicoureteralReflujo Vesicoureteral
Reflujo Vesicoureteral
 
Doppler hepático hemodinâmica
Doppler hepático hemodinâmicaDoppler hepático hemodinâmica
Doppler hepático hemodinâmica
 
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiroUltrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
Ultrassonografia na Síndrome do desfiladeiro
 
Ultrassom do Retroperitônio e Peritônio
Ultrassom do Retroperitônio e PeritônioUltrassom do Retroperitônio e Peritônio
Ultrassom do Retroperitônio e Peritônio
 
Reflujo vesicoureteral - Urología
Reflujo vesicoureteral - UrologíaReflujo vesicoureteral - Urología
Reflujo vesicoureteral - Urología
 

Similaire à Doença inflamatória e infecciosa do urotélio

Obstrução intestinal
Obstrução intestinalObstrução intestinal
Obstrução intestinalIgor Fonseca
 
Síndromes de vias biliares
Síndromes de vias biliaresSíndromes de vias biliares
Síndromes de vias biliarespauloalambert
 
Material Reumo 2019 Med Ulcera Péptica
Material Reumo 2019 Med Ulcera PépticaMaterial Reumo 2019 Med Ulcera Péptica
Material Reumo 2019 Med Ulcera PépticaMariane Santos
 
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia Rodrigo Barcelos
 
Cistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonaresCistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonaresFlávia Salame
 
Fisiologia Humana - Obstrução Intestinal
Fisiologia Humana - Obstrução IntestinalFisiologia Humana - Obstrução Intestinal
Fisiologia Humana - Obstrução IntestinalValdeci Alves Barboza
 
Doenças gastrointestinal - parte I
Doenças gastrointestinal - parte IDoenças gastrointestinal - parte I
Doenças gastrointestinal - parte INEELLITON SANTOS
 
AULA - DOENCAS DO COLON RECTO E ANUS.pptx
AULA - DOENCAS DO COLON RECTO E ANUS.pptxAULA - DOENCAS DO COLON RECTO E ANUS.pptx
AULA - DOENCAS DO COLON RECTO E ANUS.pptxRenata Dhirajlal
 
Síndromes Digestórias
Síndromes DigestóriasSíndromes Digestórias
Síndromes Digestóriasrdgomlk
 
Derrames pleurais fisiopatologia e diagnostico
Derrames pleurais fisiopatologia e diagnosticoDerrames pleurais fisiopatologia e diagnostico
Derrames pleurais fisiopatologia e diagnosticogisa_legal
 
Derrames pleurais fisiopatologia_diagnostico
Derrames pleurais fisiopatologia_diagnosticoDerrames pleurais fisiopatologia_diagnostico
Derrames pleurais fisiopatologia_diagnosticoCris Muchanga
 
Drenos de tórax e colecistectomia
Drenos de tórax e colecistectomiaDrenos de tórax e colecistectomia
Drenos de tórax e colecistectomiaAmanda Moura
 

Similaire à Doença inflamatória e infecciosa do urotélio (20)

Obstrução intestinal
Obstrução intestinalObstrução intestinal
Obstrução intestinal
 
Síndromes de vias biliares
Síndromes de vias biliaresSíndromes de vias biliares
Síndromes de vias biliares
 
Tc vesícula biliar
Tc vesícula biliarTc vesícula biliar
Tc vesícula biliar
 
Material Reumo 2019 Med Ulcera Péptica
Material Reumo 2019 Med Ulcera PépticaMaterial Reumo 2019 Med Ulcera Péptica
Material Reumo 2019 Med Ulcera Péptica
 
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia
cisto de_cole_doco_apresentac_a_o_resumida_original_Medvia
 
Tc abdome proc inflamatorios
Tc abdome   proc inflamatoriosTc abdome   proc inflamatorios
Tc abdome proc inflamatorios
 
Cistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonaresCistos e cavidades pulmonares
Cistos e cavidades pulmonares
 
Fisiologia Humana - Obstrução Intestinal
Fisiologia Humana - Obstrução IntestinalFisiologia Humana - Obstrução Intestinal
Fisiologia Humana - Obstrução Intestinal
 
Doenças do TGI
Doenças do TGIDoenças do TGI
Doenças do TGI
 
Doenças gastrointestinal - parte I
Doenças gastrointestinal - parte IDoenças gastrointestinal - parte I
Doenças gastrointestinal - parte I
 
Neoplasias Periampulares
Neoplasias PeriampularesNeoplasias Periampulares
Neoplasias Periampulares
 
Patologias Radiologicas
Patologias RadiologicasPatologias Radiologicas
Patologias Radiologicas
 
AULA - DOENCAS DO COLON RECTO E ANUS.pptx
AULA - DOENCAS DO COLON RECTO E ANUS.pptxAULA - DOENCAS DO COLON RECTO E ANUS.pptx
AULA - DOENCAS DO COLON RECTO E ANUS.pptx
 
Radiologia do abdome
Radiologia do abdomeRadiologia do abdome
Radiologia do abdome
 
Síndromes Digestórias
Síndromes DigestóriasSíndromes Digestórias
Síndromes Digestórias
 
Colecistectomia
ColecistectomiaColecistectomia
Colecistectomia
 
Derrames pleurais fisiopatologia e diagnostico
Derrames pleurais fisiopatologia e diagnosticoDerrames pleurais fisiopatologia e diagnostico
Derrames pleurais fisiopatologia e diagnostico
 
Derrames pleurais fisiopatologia_diagnostico
Derrames pleurais fisiopatologia_diagnosticoDerrames pleurais fisiopatologia_diagnostico
Derrames pleurais fisiopatologia_diagnostico
 
Drenos de tórax e colecistectomia
Drenos de tórax e colecistectomiaDrenos de tórax e colecistectomia
Drenos de tórax e colecistectomia
 
Guia
GuiaGuia
Guia
 

Dernier

Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxCURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxKarineRibeiro57
 
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorioSDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratoriolaissacardoso16
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...Leila Fortes
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)a099601
 

Dernier (6)

Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptxCURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM..........pptx
 
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorioSDR - síndrome do desconforto respiratorio
SDR - síndrome do desconforto respiratorio
 
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 

Doença inflamatória e infecciosa do urotélio

  • 1. DOENÇA INFLAMATÓRIA E INFECCIOSA DO UROTÉLIO RESIDÊNCIA MÉDICA - RADIOLOGIA HUSM R1-HERCULES-ABRIL-2014 CAPITULO 12 SÉRIE CBR - URINÁRIO
  • 2. PIELITE OU PIELOUTERITE  Representa o estágio inicial da infecção do trato urinário que tem origem por via ascendente , ou seja , refluxiva.  Manifesta-se por um espessamento das paredes das vias coletoras e /ou do ureter de aspecto liso , difuso e impregnável por contraste.
  • 3. PIELITE OU PIELOURETERITE  O achado de espessamento mural liso associado a impregnação por contraste da mucosa com preservação do plano gorduroso adjacente sugere processo inflamatório.  Nas circunstâncias em que o espessamento mural liso, impregnável por contraste, estiver associado a obliteração do plano gorduroso peripiélico regional , devemos pensar em lesão neoplásica.
  • 4.
  • 5. Carcinoma das vias excretoras – espessamento de parede de pelve direita com especulações densas em direção à gordura peripiélica.
  • 6. PIELOURETERITE CÍSTICA  Condição benigna que se caracteriza por transformação cística dos ninhos epiteliais de Brunn.  Essa transformação causa o aparecimento de numerosos e diminutos cistos revestidos por células epiteliais no sistema pielocalicinal.  Geralmente unilateral, mais comum em mulheres e relacionada com a inflamação e infecção urinária crônica inespecífica.
  • 7. Inúmeras falhas de enchimento em todo o sistemapielocalicinal. As falhas de enchimento tem contorno liso e não causam ectasia ou obstrução do lúmen ureteral
  • 8. Uro – TC , fase excretora, demonstrando pequenas falhas de enchimento submucosas
  • 9. PIELITE ENFISEMATOSA  Condição associada à infecção do trato urinário por germe produtor de gás e caracteriza-se pela presença de gás apenas no interior do sistema coletor.  Deve ser distinta da pielonefrite enfisematosa , muito mais grave.  Tem bom prognóstico com resolução total após tto.  Ocasionalmente associada com cistite enfisematosa.  O rx tem S de 30%
  • 10. PIELITE ENFISEMATOSA - US  Ao US aparece como o acúmulo de ecos de alta amplitude e margem anterior achatada ocupando o interior do sistema pielocalicinal.  Frequentemente associa-se com sombra acústica “suja” e reverberação acústica. Nesse caso a TC deve ser sempre realizada para afastar concomitância de pielonefrite enfisematosa ou da doença calculosa.
  • 11. Presença de acúmulos de ecos de alta amplitude (setas) esparsamente distribuídas no seio renal e representativos de pequenas coleções gasosas no interior das vias coletoras
  • 12. TC s/ contraste demonstrando pequena quantidade de gás nas vias coletoras
  • 13. CISTITE ENFISEMATOSA  Mais comum em mulheres e diabéticos.  Sintomas de cistite e ocasionalmente pode haver pneumatúria .  Geralmente causado por e. coli .
  • 14. A- linha ecogênica anterior com sombra suja. B- radiografia com gás. C- ar introduzido por cistoscopia aparece como foco hiperecogênico em suspensão. D- fístula enterovesical (seta)
  • 15. PIONEFROSE  Resulta da infecção do rim hidronefrótico e é frequentemente causada por cálculos obstrutivos.  Quadro clínico infeccioso e toxêmico .  O termo piocálice é usado quando somente um cálice é afetado.  O US mostra um variado grau de dilatação do sistema pielocalicinal, contendo debris ecogênicos e níveis liquido-líquido no interior.
  • 16. Pionefrose toxemiada em paciente diabética. A- US – hidronefrose do rim esq com material ecogênico no interior da pelve renal ectasiada. B-Punção por US.
  • 17.
  • 18. PIONEFROSE - TC  A TC demonstra espessamento da parede da pelve renal (>2mm) impregnável por contraste, dilatação e obstrução do sistema coletor , aumento da densidade do fluido no interior do sistema coletor  Na fase tardia há delineamento do material de contraste acuna e anterior ao fluido purulento.  Os valores de atenuação do fluído infectado variam de 20 a 30 UH.
  • 19. A- Dilatação piélica , com conteúdo moderadamente denso e componente gasoso.
  • 20. PIELOURETERITE TUBERCULOSA  Geralmente o compremetimento ureteral por tuberculose é quase sempre secundário ao comprometimento renal .  A formação de granuloma no epitélio de transição do ureter causa fibrose , que acarreta encurtamento e estreitamento da luz ureteral associada a calcificações murais .  Classicamente a tuberculose tem preferência por acometer as áreas de estreitamento do trato urinário como a junção ureteropiélica (JUP) , o ureter distal e a ureterovesical (JUV).
  • 21. Urografia excretora mostra sinais de pielonefrite e pielouterite tuberculosa caracterizadas por áreas de estreitamento e rigidez fibróticos comprometendo os infundíbulos calicinais e a junção pieloureteral.
  • 22. CISTITE BACTERIANA AGUDA  Exames de imagem devem ser solicitados em pacientes com tratamento refratário .  Manifesta-se como discreto espessamento mural que pode com impregnação anômala da mucosa que pode ser focal ou difusa.  A diferenciação entre cistite e neoplasia vesical é quase sempre possível porque a neoplasia aparece usualmente como uma pequena massa intraluminal ou espessamento mural assimétrico . Raramente o CA vesical pode se apresentar por espessamento difuso e simétrico.
  • 23. A- Radiografia localizada da pelve demonstrando espessamento nodular da submucosa no nível do teto vesical. B- US com coleção fluídica com debris no seu interior adjacente à serosa vesical e sinais de espessamento mural do teto vesical .
  • 24. Reconstrução em plano coronal demonstra peridiverticulite como causa de cistite secundária
  • 25. CISTITE CÍSTICA(bolhosa) E CISTITE GLANDULAR  Dças inflamatórias crônicas secundárias a um processo irritativo crônico que causa metaplasia do urotélio.  Metaplasia intestinal e cística.  Cistite cística glandular está associada a obstrução infravesical , frequente em pacientes com lipomatose pélvica . As queixas vesicais é que proporcionam o achado radiológico desta doença.  Cistite glandular pode se manifestar por formações polipoides principalmente no trígono e colo vesical simulando CA urotelial.
  • 26.
  • 27. Deformidade vesical devido à proliferação de gordura na cavidade pélvica (lipomatose pélvica)
  • 28. Bexiga com paredes espessas e nodulação sólida com contornos irregulares na região do trígono
  • 29. CISTITE TUBERCULOSA  O sistema genitourinário é acometido em 20% dos casos de doença extra-pulmonar.  Causada pelo Mcb tuberculosis ou após tto de neoplasia urotelial com Bacillus Calmette-Guérin.  Considerar em pacientes com piúria estéril e imunodeprimidos.
  • 30. Cistite tuberculosa - bexiga contraída com paredes espessadas e RVU
  • 31.
  • 32. CISTITE ACTÍNICA  Pode ser secundária a quimioterapia local ou sistêmica.  Na fase aguda a parede da bexiga apresenta espessamento anormal focal ou difuso .  Após um ano a bexiga apresenta-se com com pequeno volume e fibrosada.  Fístulas são frequentes.
  • 34. Bexiga contráida paredes espessas, RVU e irregularidades associada à fistula vesicovaginal