3. Sumário
página
Limar superfície plana
Traçar retas no plano e paralelas ao plano
Puncionar
Furar com furadeira
Escarear furo
Serrar manualmente
Limar superfície côncava
Limar superfície convexa
Rebaixar furo
Afiar ferramentas de uso manual
Esmerilhar superfície plana em ângulo
Roscar manualmente com macho
Roscar manualmente com cossinete
Calibrar furo com alargador manual
Rebitar com rebite de cabeça redonda
Facear
Tornear superfície cilíndrica na placa universal
Fazer furo de centro
Tornear superfície cilíndrica na placa universal e contraponta
Tornear superfície cilíndrica externa entre pontas
Furar com auxílio do cabeçote móvel
Calibrar furo com alargador no torno
Sangrar e cortar no torno
Perfilar com ferramenta de forma
Recartilhar no torno
Abrir rosca triangular externa por penetração perpendicular
Fresar superfície plana
Fresar superfície côncavos e convexas
Fresar rebaixos
Fresar ranhuras retas
Furar na fresadora
Retificar superfície plana paralela
Temperar e revenir
Referências bibliográficas
3
8
13
17
22
25
28
32
35
38
41
46
49
53
56
60
64
69
72
76
79
83
87
95
97
101
107
111
114
116
124
128
133
137
4.
5. Limar superfície plana
Apesar do uso das máquinas-ferramenta garantir qualidade e
produtividade na fabricação de peças, existem ainda operações
manuais que precisam ser executadas em casos nos quais a
máquina não pode ser usada. É o caso da limagem, realizada
pelo ferramenteiro, pelo ajustador ou mecânicos em geral e usada na reparação de máquinas, ajustes diversos e trabalhos de
usinagem, na ferramentaria para o ajuste de gabaritos, chapelonas, matrizes, guias, chavetas.
Limar
Limar é desbastar ou dar acabamento com o auxílio de uma ferramenta chamada lima. Essa operação é realizada para produzir
um plano com um grau de exatidão determinado por meio de réguas e dispositivos especiais de verificação de planeza.
Processo de execução
1. Prenda a peça, conservando a superfície a ser limada na posição horizontal e acima do mordente da morsa.
3
6. Observações
•
Ao prender peças com faces já acabadas, use mordentes de proteção.
•
Antes de prender a peça, verifique se a morsa está na
altura recomendada. Se necessário, procure outro local
de trabalho ou use um estrado, calço de madeira ou dispositivo regulador de altura para morsa.
2. Lime a superfície, observando as seguintes orientações.
a) Segure a lima conforme a ilustração.
b) Apoie a lima sobre a peça. Observando a posição dos
pés, posicione o corpo de forma a ficar equilibrado.
Precaução
•
Para evitar acidentes, verifique se o cabo da lima está
bem preso.
4
7. 3. Inicie o limado, com movimento para a frente, fazendo pressão com a lima sobre a peça. No retorno, a lima deve deslizar
livremente sobre a superfície da peça. O limado pode ser
transversal ou oblíquo.
Observações
•
Para desbastes grosseiros, o movimento da lima é dado
com o corpo. Para trabalhos de ajuste ou acabamentos, o
movimento da lima é executado somente pelos braços.
•
Para evitar riscos na superfície limada, limpe os cavacos
que se prendem ao picado da lima com o auxílio de uma
escova ou raspador de latão ou cobre, levando em consideração a inclinação do picado.
5
8. •
Somente no retorno da lima, ela deve mudar de posição.
4. Lime por passes sucessivos, cobrindo toda a superfície a ser
limada e usando todo o comprimento da ferramenta.
Observação
•
O ritmo do limado deve estar entre 50 e 60 golpes/minuto.
5. Verifique alternadamente a planeza da superfície com a régua de controle de fio e o desvio admissível pela tolerância
de forma com o dispositivo apropriado.
Observações
•
Durante a verificação da planeza, tome cuidado para que
o fio lapidado da régua de controle toque suavemente a
superfície da peça.
6
9. •
Para verificar se a peça está dentro do desvio admissível
pela tolerância de forma, use o método indireto passanão-passa ou apoie a peça sobre um dispositivo com relógio comparador a fim de obter o valor do desvio.
7
10. Traçar retas no plano e paralelas ao
plano
A traçagem é a base da usinagem. Por isso, antes que a peça
seja usinada, o mecânico precisa, às vezes, executar um traçado
em uma ou mais faces da peça, para localizar, com rigor, rebaixos, ranhuras, furos, recortes, planos ou outras superfícies que
lhe darão forma definitiva.
Traçar retas no plano
Traçar retas no plano é a operação por meio da qual são desenhadas, em um plano e em pontos previamente determinados,
retas em diversas posições tendo como base uma linha ou face
de referência, utilizando diversos instrumentos.
Essa operação é realizada como passo prévio para a execução
de outras operações como cortar, dobrar, ajustar.
Processo de execução
1. Pinte a face da peça com tinta de secagem instantânea.
Observação
•
8
A face deve estar lisa e livre de gorduras.
11. 2. Marque os pontos por onde vão ser traçadas as retas.
3. No caso de um traçado perpendicular, apoie a base do esquadro na face de referência.
4. Trace com o riscador as retas, fazendo-as passar pelos pontos marcados.
9
12. Observações
•
Ao traçar, incline o riscador no sentido do traço.
•
Os traços devem ser finos, nítidos e feitos de uma só vez.
•
Para traçar retas oblíquas, usa-se a suta.
Para a confirmação do traçado, na traçagem de peças de ferro
fundido, os traços devem ser ponteados com punção de bico.
Traçar linhas paralelas ao plano
Traçar linhas paralelas a um plano de referência é a operação
realizada com o auxílio do calibrador traçador de altura, cantoneiras, blocos prismáticos e desempeno. Essa operação é executada para determinar os centros das peças e na traçagem de ranhuras, rebaixos e furos.
Processo de execução
1. Pinte as faces que serão traçadas.
10
13. 2. Posicione a peça diretamente sobre a mesa de traçagem
quando existir uma superfície de referência na peça.
Observações
•
Quando a traçagem é realizada em chapas ou peças
grandes, elas devem ser apoiadas em uma cantoneira.
•
Quando a peça não tem superfície de referência, usamse calços e macacos.
3. Prepare o calibrador traçador seguindo os seguintes passos:
a) solte o parafuso de fixação do cursor e faça-o descer suavemente até que a ponta do riscador toque no
desempeno;
b) verifique se o zero do nônio coincide com o zero da escala fixa. Se não estiver coincidindo, faça a correção movimentando a escala fixa e travando-a nessa posição;
c) calibre o traçador na dimensão determinada;
4. Coloque o traçador em posição de uso.
5. Apoie a peça sobre o plano de referência.
11
14. 6. Execute o traçado, movimentando o calibrador.
Observações
•
No caso de peças cilíndricas, estas devem ser apoiadas
sobre um bloco prismático.
•
Dependendo das necessidades do traçado, o plano de
referência pode ser horizontal, vertical ou inclinado.
12
15. Puncionar
Puncionar é uma operação que consiste em marcar pontos de
referência no traçado ou centros para furação de peças, por
meio de pancadas na cabeça do punção de bico com um martelo de peso apropriado.
Processo de execução
Caso 1: Puncionar centros de furação e centros de
raios
1. Trace a peça, conferindo o traçado com o paquímetro.
2. Apóie a peça sobre o cepo e escolha o punção em função
do ângulo de ponta (60º), verificando sua afiação e observando a concentricidade e regularidade.
13
16. 3. Com a mão apoiada na peça, coloque o punção em posição
inclinada sobre os traços, deslocando-o até encontrar os
cruzamentos das linhas.
Observação
•
Observe o posicionamento do punção na direção dos
traços.
4. Faça uma leve pressão com o punção sobre a peça, posicione-o verticalmente e bata o martelo com pequeno impacto.
Observações
•
A marca do punção deve gerar um diâmetro de aproximadamente 0,3mm.
•
martelo deve ter uma massa entre 125 e 150g.
5. Com uma lupa, verifique se o puncionamento está correto.
14
17. Observação
•
A marca do punção deve ficar eqüidistante em relação
às linhas de centro traçadas.
o
6. Utilizando o punção de 90 , confirme a marcação no tama-
nho desejado: de 0,6 a 1 mm de diâmetro.
Observação
•
Evite inclinar o punção no momento de confirmar para
que não haja deslocamento da furação.
15
18. Caso 2: Puncionar contornos
1. Trace a peça.
2. Apóie a peça sobre o cepo e escolha o punção em função
do ângulo da ponta: 60º.
3. Coloque o punção em posição inclinada sobre os traços.
4. Posicione o punção verticalmente e bata com o martelo a
fim de obter aproximadamente 0,6 mm de diâmetro para
evitar marcação aparente na borda da peça acabada.
16
19. Furar com furadeira
Os furos são feitos quando se necessita roscar ou introduzir eixos, buchas, parafusos ou rebites em peças que podem funcionar isoladamente ou dentro de um conjunto mecânico qualquer.
Furar na furadeira é a operação pela qual se obtém furos cilíndricos pela ação de rotação e avanço de uma broca, presa a uma
máquina-ferramenta chamada de furadeira.
17
20. Processo de execução
1. Prenda a peça.
Observações
•
A fixação depende da forma e tamanho da peça; pode-se
fixar na morsa da furadeira com grampos ou com morsa
de mão.
•
Para evitar perfurar a morsa ou a mesa da furadeira, coloque a peça sobre calços paralelos. Se a furação for em
chapas finas, coloque um pedaço de madeira entre a
chapa e a base de apoio da furadeira.
2. Prenda a broca no mandril.
18
21. Observações
•
Verifique o diâmetro da broca com o paquímetro, sem girá-la, medindo sobre as guias.
•
Verifique se a afiação está adequada ao material.
•
Se usar broca de haste cônica, fixe-a diretamente no
eixo-árvore da máquina, utilizando bucha cônica, se necessário.
•
Para furar chapas finas, selecione ou prepare a broca.
3. Selecione a rotação.
Observação
•
Consulte a tabela de velocidade de corte e, com base no
diâmetro da broca e o material da peça, calcule a rotação
ou consulte o nomograma de rotação para furadeira.
4. Para regular a profundidade de penetração da broca, apoie a
ponta da broca sobre a peça, acionando a alavanca de
avanço.
19
22. 5. Gire a porca reguladora até uma distância (H) do batente
igual à profundidade de penetração (P), mais a altura (a) do
cone da broca.
Observação
•
Quando o furo a ser executado é passante, essa distância (H) deve ter uma vez e meia a altura “a” mais a espessura da peça para assegurar a saída da broca.
6. Aproxime a broca da peça, acionando a alavanca de avanço.
7. Centre a broca no ponto puncionado.
8. Ligue a furadeira e inicie o furo com avanço lento.
Precaução
20
23. •
A broca e a peça devem estar bem presas.
Observações
•
Antes que toda a ponta da broca penetre na peça, verifique se o furo por ela produzido está no centro do traçado.
•
Se a broca se desviar do centro, verifique se ela está bem
afiada e corrija o desvio.
9. Termine o furo na profundidade desejada.
Observações
•
O fluido de corte deve ser adequado à operação.
•
Retire freqüentemente a broca do furo para quebrar o cavaco, refrigerar a broca e limpá-la com um pincel.
•
Ao se aproximar o fim da furação, o avanço da broca
deve ser feito com mais atenção.
21
24. Escarear furo
Escarear furo é a operação que consiste em tornar cônica a extremidade de um furo, usando a furadeira e o escareador.
Essa operação é necessária para permitir o embutimento de parafusos ou outros elementos de união, cujas cabeças tenham
formato cônico.
22
25. Processo de execução
1. Prenda a peça.
2. Prenda o escareador no mandril.
Observação
•
O escareador deve ter o mesmo ângulo que a cabeça do
parafuso ou rebite.
3. Selecione a rotação, baseando-se no diâmetro maior do escareador.
4. Centre o escareador com o furo.
5. Regule a profundidade do escareado.
6. Ligue a máquina e execute o escareado.
Observações
•
O avanço deve ser lento.
•
O fluido de corte deve ser de acordo com o material.
7. Verifique o escareado com o auxílio de um paquímetro ou do
parafuso que vai ser usado no furo.
23
26. Observação
•
Para o alojamento de parafusos de cabeça escareada,
utiliza-se uma broca escalonada múltipla que forma simultaneamente o escareado de 90º e o diâmetro da cabeça do parafuso. Neste caso, a profundidade do rebaixo
cilíndrico é verificado com o paquímetro.
24
27. Serrar manualmente
Serrar manualmente é uma operação que permite cortar um
material utilizando o arco de serra. Emprega-se muito nos trabalhos mecânicos de bancada e quase sempre precede a realização de outras operações.
Processo de execução
1. Selecione a lâmina de serra de acordo com o material e sua
espessura.
2. Monte a serra no arco, com os dentes voltados para a frente.
3. Tensione a lâmina de serra, girando a porca-borboleta com a
mão.
4. Trace e prenda o material na morsa.
25
28. Observações
•
A parte que será cortada deve estar junto aos mordentes.
•
Material de pouca espessura é preso por meio de peças
auxiliares, tais como calços de madeira e cantoneiras, a
fim de evitar vibrações.
5. Serre.
Observações
•
Ao iniciar o corte, coloque a lâmina junto ao traço, guiando-a com o dedo polegar e ligeiramente inclinada para a
frente, a fim de evitar que os dentes se quebrem.
26
29. •
Quando o corte é profundo e ultrapassa o limite do arco,
a lâmina deve ser montada na posição horizontal ao arco.
•
A pressão da serra sobre o material é feita apenas durante o avanço e não deve ser excessiva. No retorno, a
serra deve correr livremente sobre o material.
•
A serra deve ser usada em todo o seu comprimento, e o
movimento deve ser dado apenas com os braços.
•
O número de golpes deve ser de aproximadamente 60
por minuto.
Precaução
•
Ao se aproximar o término do corte, diminua a velocidade
e a pressão de corte para evitar acidentes.
27
30. Limar superfície côncava
Limar superfície côncava é uma operação que permite executar
superfícies côncavas por meio de lima. Utiliza-se na manutenção de máquinas, na confecção de guias, na construção de
estampos e dispositivos, em pequenos ajustes, etc. Esta operação exige combinação de movimentos dados à lima.
28
31. Processo de execução
1. Trace a peça.
2. Retire o material em excesso.
Observação
•
A retirada do material em excesso pode ser feita por
meio de corte de serra manual ou de fita, por meio de furação eqüidistante tangencial ou ainda com bedame.
3. Lime, executando um movimento retilíneo rotativo conjugado.
29
32. Observações
•
A curvatura da lima deve ser menor que a curvatura a
limar.
•
No desbaste, os movimentos com a lima devem ser feitos numa só direção, com a finalidade de obter quinas
que contornem o traçado.
•
No pré-acabamento, movimente a lima no sentido longitudinal, fazendo um pequeno deslocamento lateral.
4. Verifique a curvatura com gabarito ou com verificador de
raio.
Observação
•
A peça deve obedecer à forma geométrica requerida
pelo projeto: perfil de uma linha qualquer ou perfil de
uma superfície qualquer.
30
33. 5. Verifique o esquadrejamento da superfície limada utilizando
o esquadro com fio.
Observação
•
Para obter o valor do desvio admissível pela tolerância
de perpendicularidade, use dispositivo com relógio comparador.
6. Dê acabamento na peça, com movimentos transversais da
lima murça.
Observação
•
A lima murça deve ser friccionada de forma a acompanhar o contorno da superfície côncava, com um movimento semi-rotativo da lima.
31
34. Limar superfície convexa
Limar superfície convexa é uma operação utilizada com freqüência quando se deseja fazer ajustes em superfícies convexas de
elementos de máquinas ou quando é necessário fazer peças pequenas em que o emprego de máquinas se torna antieconômico.
É aplicada na confecção de gabaritos, de ferramentas de corte,
em dobramento, repuxo, etc.
Processo de execução
1. Trace a peça.
2. Retire o material em excesso.
32
35. Observação
•
O material em excesso pode ser retirado por meio de serra manual, serra de fita, plaina ou fresadora.
3. Desbaste com a lima chata, contornando o traçado.
Observação
•
O movimento da lima é feito numa só direção para gerar
quinas que contornem o traçado.
4. Lime a peça, dando movimentos combinados à lima.
a)
posição da lima no início do movimento
b) posição da lima no fim
do movimento
33
36. 5. Verifique a curvatura com gabarito ou verificador de raios,
observando a forma geométrica proposta pelo projeto: perfil
de uma superfície qualquer ou perfil de uma linha qualquer.
6. Verifique a perpendicularidade.
Observações
•
A verificação da perpendicularidade deve ser feita constantemente, por meio de esquadro com fio.
•
Para obter o valor do desvio admissível pela tolerância de
perpendicularidade, use dispositivo com relógio comparador.
34
37. Rebaixar furo
Rebaixar furo é a operação que consiste em aumentar o diâmetro de um furo até uma profundidade determinada. Destina-se a
executar um alojamento para cabeças de parafusos, rebites,
porcas e peças diversas. Com esse rebaixo, as peças ficam embutidas, apresentam melhor aspecto e evita-se o perigo de partes salientes. Em alguns casos, o rebaixo serve para alojar buchas.
Processo de execução
1. Prenda a peça e fure-a.
Observação
•
O diâmetro do furo deve ser 0,1mm maior que o diâmetro
do piloto do rebaixador.
35
38. 2. Escolha o rebaixador adequado e prenda-o no mandril.
Observação
•
Se a haste da ferramenta for cônica, coloque-a diretamente no eixo da furadeira, usando bucha de redução, se
necessário.
3. Selecione a rotação da furadeira em função do diâmetro do
rebaixador e da velocidade de corte do material.
4. Introduza o piloto do rebaixador no furo até que as arestas de
corte façam contato com a superfície da peça e tome referência na escala da furadeira.
36
39. 5. Ligue a furadeira.
6. Exerça pequena pressão no braço de alavanca da furadeira,
a fim de que o rebaixador penetre sem esforço.
Observação
•
Use fluido de corte.
7. Verifique a profundidade do rebaixo com paquímetro ou com
paquímetro de profundidade ou, se for o caso, com o parafuso que será alojado.
Observação
•
Caso a medida da profundidade não tenha sido atingida,
repita os passos 6 e 7 até obter o resultado desejado.
37
40. Afiar ferramentas de uso manual
Afiar ferramentas de uso manual é a operação que consiste em
preparar ou reafiar as arestas ou a ponta da ferramenta, na esmerilhadora, com a finalidade de facilitar a penetração ou dar
condições de corte. Esta operação é utilizada na afiação ou reafiação de raspadores, punções de bico, talhadeiras, pontas de
compasso e riscadores.
Processo de execução
1. Ligue a esmerilhadora.
Precaução
•
Todos os trabalhos de esmerilhamento exigem uso de
óculos de proteção.
38
41. Observação
•
Sempre que a superfície de corte do rebolo estiver irregular, é necessário dressar o rebolo.
2. Faça a ferramenta encostar no rebolo, segurando-a com as
duas mãos e mantendo-a sempre acima do centro.
Precaução
•
A ferramenta deve ser segurada com firmeza e cuidadosamente aproximada do rebolo.
3. Movimente a ferramenta, conforme seja o caso de afiar punção de bico, ponta do compasso, riscador, talhadeira ou raspador.
39
42. Observações
•
Utilize toda a face de trabalho do rebolo para não provocar desgaste irregular.
•
Use somente a periferia do rebolo, conservando sua face.
•
Encoste levemente a ferramenta no rebolo, para evitar
superaquecimento da ferramenta.
•
Não mergulhe a ferramenta em água, pois isto pode gerar
microfissuras ocasionadas pelo aquecimento e resfriamento repentinos, diminuindo a vida útil da ferramenta.
Precaução
•
Cuidado com a ponta da ferramenta depois de afiada.
4. Verifique o ângulo da ferramenta com verificador, gabarito ou
goniômetro.
40
43. Esmerilhar superfície plana
em ângulo
Esmerilhar superfície plana em ângulo consiste em afiar a cunha
cortante de uma ferramenta segundo ângulo preestabelecido,
para fazer ou refazer as superfícies de corte. Esta operação é
feita para que as ferramentas tenham as condições ideais de
corte, evitando conseqüentemente maior aquecimento do material e da ferramenta, devido ao atrito peça-ferramenta.
O processo de execução desta operação é básico, pois deverá
ser seguido para a afiação das demais ferramentas de aço rápido ou de metal duro, no caso de ser fixado no suporte por soldagem. Na indústria, quando há seção especializada, a afiação se
faz geralmente em esmerilhadoras apropriadas ou afiadoras.
41
44. Processo de execução
1. Segure o bite inclinado de modo a obter o ângulo de folga α,
observe o ângulo de posição χ em relação à face de trabalho
do rebolo e esmerilhe os ângulos.
Observações
•
Movimente o bite em relação à face de trabalho do rebolo, a fim de que este possa ter um desgaste uniforme.
•
As ferramentas de aço rápido ou de metal duro devem
ser afiadas a seco ou com refrigeração constante porque
podem aparecer microtrincas, produzidas pelas tensões
impostas pelo aquecimento e resfriamento repentinos.
•
Utilize rebolo com composição adequada para cada tipo
de material a ser esmerilhado.
Precauções
•
Use óculos de proteção.
•
Segure o bite com firmeza e observe que o apoio da ferramenta esteja a 2mm aproximadamente do rebolo.
42
45. 2. Verifique o ângulo de posição χ com goniômetro ou com verificador fixo, olhando contra a luz.
3. Verifique o ângulo de folga α com verificador fixo, estando o
plano de base do bite geralmente apoiado sobre o
desempeno.
4. Posicione o bite inclinado em relação à face de trabalho do
rebolo, de modo a obter o ângulo de folga α, o de posição
χs do outro lado da ferramenta.
43
46. Observação
•
Esmerilhe com movimentos uniformes, obtendo o angulo
de ponta ε.
5. Verifique o ângulo obtido com auxílio de verificador fixo ou
goniômetro.
6. Posicione a aresta principal de corte paralelamente ao apoio
da ferramenta da esmerilhadora e incline o bite de modo a
conseguir o ângulo de saída γ positivo.
Observação
•
Esmerilhe com movimentos uniformes, obtendo o ângulo
de cunha β.
7. Verifique o ângulo β obtido com auxílio de verificador fixo ou
goniômetro.
44
47. Observações
•
Para obter o ângulo de inclinação λ igual a zero, a aresta
principal de corte deve estar paralela à face de trabalho
do rebolo.
•
Costuma-se também utilizar o rebolo tipo “copo” para que
as faces esmerilhadas fiquem planas.
8. Retire as rebarbas e lapide a aresta principal utilizando uma
lima abrasiva sobre a superfície principal de folga e sobre a
superfície de saída.
45
48. Roscar manualmente
com macho
Roscar manualmente com machos é uma operação que consiste em abrir roscas internas para a introdução de parafusos de
diâmetros determinados. É feita com um jogo de machos em furos previamente executados.
Os machos são introduzidos progressivamente, por meio de
movimentos circulares alternativos, acionados com o auxílio de
um desandador.
Essa operação é empregada na construção de flanges, porcas
e peças de máquinas em geral.
Processo de execução
1. Fixe a peça na morsa, se necessário.
Observação
•
Se possível, mantenha o furo que será roscado em posição vertical.
2. Selecione o macho.
46
49. 3. Coloque o primeiro macho no desandador.
Observação
•
tamanho do desandador deve ser proporcional ao tamanho do macho.
4. Introduza o macho no furo, exercendo leve pressão e dando
as voltas necessárias, até que inicie o corte.
5. Verifique a perpendicularidade e corrija-a, se necessário.
6. Termine de passar o primeiro macho.
47
50. Observações
•
fluido de corte deve ser selecionado segundo as características do material a roscar.
•
Quando a resistência ao corte é grande, gire o macho ligeiramente no sentido contrário, a fim de quebrar o cavaco.
•
Se o furo não for passante, aumente a atenção com relação ao primeiro macho, pois o esforço maior pode
quebrá-lo.
7. Passe o segundo macho com movimento circular alternativo.
8. Termine a rosca com o terceiro macho, se houver, com movimento circular contínuo.
Observação
•
Em caso de furos não passantes, ao se aproximar do fim
do furo, gire o macho com mais cuidado a fim de evitar
que ele se quebre.
48
51. Roscar manualmente
com cossinete
Roscar manualmente com cossinete é uma operação que consiste em abrir rosca na superfície externa de peças cilíndricas,
utilizando uma ferramenta chamada cossinete, submetida a um
movimento giratório. Esta operação é aplicada na construção de
parafusos e peças similares.
Processo de execução
1.
Meça o diâmetro do material a ser roscado.
2.
Chanfre o material, para facilitar o início da operação.
49
52. Observações
•
O chanfro geralmente é feito no torno, mas também é
possível fazê-lo na esmerilhadora.
•
A circularidade do chanfro facilita o esquadrejamento da
rosca.
3.
Marque sobre o material o comprimento a roscar.
4.
Selecione o cossinete.
Observação
•
Para selecionar o cossinete, devem-se levar em consideração o diâmetro do material e o passo ou número de fios
por polegada da rosca.
5.
Selecione o porta-cossinete.
Observação
•
Seleciona-se o porta-cossinete levando-se em consideração o diâmetro do cossinete.
6.
50
Monte o cossinete.
53. Observações
•
A abertura do cossinete, quando houver, deve coincidir
com o parafuso central de regulagem.
•
As perfurações da periferia do cossinete devem coincidir
com os parafusos de fixação do porta-cossinete.
7.
Prenda o material.
Observação
•
Quando o material for todo cilíndrico, deve-se utilizar um
dos mordentes em forma de V para evitar que ele gire.
8.
Coloque o cossinete sobre o chanfro do material.
9. Inicie a rosca, girando o cossinete no sentido horário com
movimento contínuo, fazendo pressão, até conseguir abrir
dois ou três fios.
Observação
•
Aplique fluido de corte.
10. Termine de roscar com movimentos alternativos.
51
54. Observação
•
movimento alternativo consiste em dar meia volta no sentido horário e um quarto de volta no sentido anti-horário, a
fim de quebrar o cavaco que se forma.
11. Retire o cossinete girando-o continuamente no sentido antihorário, limpe a rosca com pincel e verifique-a.
Observação
•
A verificação da rosca é feita com uma porca calibrada ou
com um calibrador de rosca.
12. Ajuste o cossinete e repasse, se necessário.
52
55. Calibrar furo com alargador manual
Calibrar furo com alargador manual é dar dimensão, forma e baixa rugosidade a um furo por meio da rotação, do avanço de uma
ferramenta chamada de alargador.
Essa operação é empregada quando se quer obter furos padronizados com classe de tolerância H7, principalmente na produção em série, com a finalidade de introduzir eixos ou buchas.
Processo de execução
1. Prenda a peça, se necessário.
2. Fure a peça, usando uma broca que deixe sobremetal para o
alargamento.
Observação
•
O sobremetal deverá estar de acordo com os valores recomendados em tabelas.
53
56. 3. Escolha o alargador de acordo com o diâmetro desejado.
Observação
•
Os alargadores trazem a medida do diâmetro indicado na
haste.
4. Selecione o desandador.
Observação
•
As dimensões do desandador devem ser proporcionais ao
diâmetro a ao arraste quadrado da haste do alargador.
5. Monte o alargador no desandador.
6. Aplique o fluido de corte.
Observação
•
Para bronze e ferro fundido, não há necessidade de usar
fluido de corte. Para os demais materiais, deve-se consultar a tabela de fluidos de corte.
7. Introduza o alargador no furo, de modo que fique perpendicular à superfície da peça.
8. Inicie a operação, girando o alargador lenta e continuamente
no sentido horário e exercendo uma suave pressão.
54
57. Observação
•
Gire a ferramenta sempre no sentido horário, pois do
contrário, os cavacos que se encontram entre as navalhas podem quebrar os gumes cortantes do alargador e
danificar o acabamento interno do furo.
9. Termine de passar o alargador.
10. Retire o alargador, girando-o também no sentido horário e
exercendo uma força para fora do furo.
Observação
•
Sempre que retirar o alargador, limpe as navalhas com
um pincel.
11. Limpe o furo.
12. Verifique as medidas com micrômetro interno ou com calibrador tampão.
55
58. Rebitar com rebite de
cabeça redonda
Rebitar com rebite de cabeça redonda é uma operação executada quando o trabalho exige resistência e bom aspecto.
Nesse tipo de rebitagem, as cabeças dos rebites ficam salientes
nos dois lados da superfície da peça.
Processo de execução
1. Prepare o material.
Observação
•
Elimine as rebarbas dos furos a fim de assegurar uma
boa aderência entre as chapas.
2. Alinhe as peças.
Observação
•
Se necessário, prenda as peças com auxílio de grampos,
parafusos ou alicates de pressão e faça os furos coincidirem.
3. Calcule o comprimento do rebite de acordo com o formato da
cabeça.
56
59. 4. Prenda o contra-estampo na morsa.
Observação
•
Certifique-se de que o contra-estampo esteja bem preso
para evitar que se incline durante a operação.
5. Coloque o rebite no furo das peças.
6. Aloje a cabeça do rebite na concavidade do contra-estampo.
7. Encaixe o repuxador no rebite e repuxe.
Observação
•
O furo do repuxador deve ser um pouco maior que o diâmetro de rebite.
8. Retire o repuxador e dê pancadas no rebite com a face de
impacto do martelo até encorpar, isto é, preencher totalmente
o furo.
57
60. Observações
•
Mantenha as peças na horizontal.
•
As pancadas devem ser perpendiculares ao rebite para
que este não entorte.
9. Vire o martelo e boleie com a bola do martelo para obter o
formato aproximado da cabeça do rebite.
58
61. Observação
•
Dê pancadas até que o material do corpo do rebite chegue próximo às peças.
10. Encaixe o estampo na cabeça do rebite e dê o formato final
por meio de pancadas no estampo com a face de impacto do
martelo.
Observações
•
Mantenha o estampo perpendicular às peças.
•
Se necessário, use cavaletes para apoiar as peças.
59
62. Facear
Facear é fazer no material uma superfície plana perpendicular ao
eixo geométrico da peça, mediante a ação de uma ferramenta de
corte que se desloca por meio do carro transversal. Esta operação é realizada na maioria das peças que se executam no torno,
tais como: eixos, parafusos, porcas e buchas.
O faceamento serve para obter uma face de referência para medição ou, ainda, como passo prévio à furação.
60
63. Processo de execução
1. Prenda o material na placa universal, deixando para fora da
placa um comprimento L inferior ou igual ao diâmetro D do
material.
Observação
•
O material deverá estar centrado; caso contrário, mude
sua posição manualmente, fazendo-o girar um pouco sobre si mesmo e corrigindo, se necessário.
Precaução
•
Certifique-se de que o material esteja em preso na placa.
2. Coloque a ferramenta no porta-ferramentas e prenda-a.
Observação
•
A distância b da ferramenta deverá ser a menor possível,
a fim de evitar flexão da ferramenta e permitir melhor
acabamento superficial.
61
64. 3. Prenda o porta-ferramentas de modo que ele tenha o máximo
de apoio sobre o carro superior.
Observações
•
A ponta da ferramenta deve situar-se na altura do centro
do torno; para isso, use a contraponta como referência.
•
A aresta de corte da ferramenta deve ficar em ângulo
com a face do material.
62
65. 4. Desloque o carro principal para aproximar a ferramenta da
peça e fixe-o no barramento.
5. Selecione a rotação adequada e ligue o torno.
6. Faça a ferramenta tocar na parte mais saliente da face do
material e zere ou tome referência no anel graduado do carro
superior.
7. Avance a ferramenta até o centro do material e faça-a penetrar aproximadamente 0,2mm.
8. Desloque lentamente a ferramenta até a periferia da peça e
repita os passos 7 e 8, até completar o faceamento.
Observação
•
No caso de ser necessário retirar muito material na face,
o faceamento se realiza da periferia para o centro da
peça, com a ferramenta adequada, ou inclinando o portaferramenta.
63
66. Tornear superfície cilíndrica na placa universal
Tornear superfície cilíndrica é uma operação que consiste em dar
forma cilíndrica a um material em rotação, submetido à ação de
uma ferramenta de corte; é uma das operações mais executadas
no torno.
A superfície é feita na placa universal com a finalidade de obter
formas cilíndricas definitivas ou de preparar o material para outras operações.
64
67. Processo de execução
1. Prenda o material, deixando para fora das castanhas um
comprimento maior que a parte que será torneada, e que não
supere em três vezes o seu diâmetro.
2. Centre o material, corrigindo, se necessário.
3. Monte a ferramenta, deixando a ponta para fora o suficiente
para que o porta-ferramentas não toque na castanha.
4. Fixe o porta-ferramentas no carro superior e regule a altura
da ferramenta, verificando o balanço do suporte portaferramenta.
65
68. 5. Aproxime a ferramenta sem tocar na peça até o comprimento
desejado, medindo com régua graduada ou paquímetro.
6. Selecione a rotação adequada, ligue o torno, faça um risco
de referência com a ferramenta e afaste-a da peça.
7. Desloque a ferramenta até sua extremidade e tangencie a
ponta da ferramenta na peça; em seguida, desloque a ferramenta para a direita, para que ela fique fora do material.
66
69. 8. Acerte o traço zero do anel graduado pela linha de referência
e penetre a ferramenta em uma determinada profundidade.
9. Com avanço manual, faça um rebaixo de aproximadamente
3mm de comprimento e recue a ferramenta.
10. Desligue a máquina e verifique, com o paquímetro, o diâmetro obtido no rebaixo.
Precaução
•
Faça a medição com o torno parado.
67
70. 11. Torneie, completando o passe até a primeira marca que determina o comprimento e verifique a cilindricidade e a circularidade.
Observação
•
Use fluido de corte, se necessário.
12. Repita o passo 11 tantas vezes quantas forem necessárias
para atingir o diâmetro desejado.
68
71. Fazer furo de centro
Fazer furo de centro é abrir um orifício de forma e dimensão
determinadas, por meio de uma ferramenta denominada broca
de centrar.
Esta operação é feita geralmente em materiais que precisam
ser trabalhados entre pontas ou na placa e ponta. Às vezes,
faz-se o furo de centro como passo prévio para furar com broca
comum.
Processo de execução
1. Centre e prenda o material.
2. Faceie.
69
72. 3. Coloque o mandril porta-brocas no mangote e prenda a broca no mandril.
Observação
•
Os cones do mangote e do mandril porta-brocas devem
estar limpos.
4. Aproxime a broca do material, deslocando o cabeçote móvel.
5. Trave o cabeçote móvel no barramento.
6. Selecione a rotação adequada com base no diâmetro menor
da broca de centrar e ligue o torno.
7. Acione o volante do cabeçote com movimento lento e uniforme, fazendo penetrar parte da broca, e faça o furo de
centro.
70
73. Observação
•
A broca deve estar alinhada com o eixo do material.
Caso contrário, corrija o o alinhamento por meio dos parafusos de regulagem do cabeçote.
8. Afaste a broca para permitir a saída dos cavacos e limpá-la.
Observação
•
A limpeza da broca é feita com pincel.
9. Termine o furo de centro repetindo os passos 7 e 8, até obter a medida D, especificada no desenho ou conforme a
norma ISO 866.
71
74. Tornear superfície cilíndrica na
placa universal e contraponta
Tornear superfície cilíndrica é uma operação que consiste em
dar forma cilíndrica a um material em rotação, submetido à ação
de uma ferramenta de corte; é uma das operações mais executadas no torno.
A superfície é feita na placa universal e contraponta com a finalidade de tornear material cujo comprimento exceda em três vezes seu diâmetro.
Processo de execução
1. Faceie e faça o furo de centro na peça.
2. Coloque a contraponta no mangote.
Observação
•
Os cones do mangote e da contraponta devem ser limpos com pano que não solte fiapos.
3. Prenda o material, apertando-o de maneira suave na placa
universal.
4. Aproxime a contraponta deslocando o cabeçote móvel e trave-o no barramento.
72
75. Observações
•
Verifique o alinhamento da contraponta pela referência A
do cabeçote e corrija-o, se necessário.
•
O mangote deve ficar fora do cabeçote no máximo duas
vezes o seu diâmetro.
5. Prenda a ferramenta no porta-ferramentas, fixe o portaferramentas no carro superior, regule a altura da ferramenta.
6. Introduza a contraponta no furo de centro da peça, girando
o volante do cabeçote móvel.
7. Verifique a concentricidade do furo com o diâmetro externo
da peça e fixe-a definitivamente na placa universal.
8. Lubrifique o furo de centro, ajuste a contraponta e trave o
mangote por meio do manípulo.
9. Selecione a rotação adequada e ligue o torno.
73
76. 10. Aproxime a ferramenta da peça, faça uma linha de referência e zere o anel graduado.
11. Desloque a ferramenta, determine a profundidade de corte,
tomando referência dessa profundidade no anel graduado,
e torneie a extremidade da peça.
12. Retire a ferramenta e desloque-a para realizar o outro torneado, com a mesma profundidade do corte anterior.
13. Recue a ferramenta e, com auxílio do paquímetro, meça os
diâmetros torneados, verificando sua cilindricidade e circularidade.
Precaução
•
Faça a medição com o torno parado.
Observação
•
Se o diâmetro torneado próximo à contraponta for maior,
desloque o cabeçote móvel transversalmente na direção
X; se o diâmetro for menor, desloque o cabeçote móvel
na direção Y.
74
77. 14. Torneie na medida.
Observações
•
A peça somente deve ser retirada da placa depois de
terminada, para evitar nova fixação.
•
Verifique freqüentemente o ajuste da contraponta e a lubrificação.
•
Refrigere a peça constantemente para evitar aumento
excessivo de temperatura, que provoca dilatação linear e
pode causar danos à peça e à contraponta.
75
78. Tornear superfície cilíndrica
externa entre pontas
Tornear superfície cilíndrica externa entre pontas é uma operação que se realiza em materiais montados entre as pontas do
torno, as quais giram arrastadas por um arrastador. Executa-se
em peças que devem conservar os centros para fácil centragem
posterior, com a finalidade de manter a coaxilidade entre os
diâmetros usinados.
Processo de execução
1. Faça furos de centro nos extremos, conforme a NBR 12
288.
2. Monte a placa de arraste, a ponta e a contraponta no torno.
Observações
•
Limpe com um pano as roscas e os cones do eixo-árvore
e do mangote.
76
79. •
Verifique a centragem e o alinhamento das pontas e corrija, se necessário.
3. Afaste o cabeçote móvel e fixe-o na posição adequada.
4. Coloque o arrastador na peça, sem fixá-lo.
5. Ajuste o material entre as pontas e fixe o mangote.
Observações
•
Lubrifique os furos de centro com graxa.
•
A peça deve girar livremente, sem folga entre as pontas.
6. Posicione e fixe o arrastador.
Observação
•
Em caso de superfícies já usinadas e acabadas, use
proteção entre o arrastador e a peça.
77
80. 7. Monte a ferramenta e torneie a peça.
Observações
•
Com o torno desligado e a árvore em posição neutra,
movimente a placa e verifique se a placa arrastadora e o
arrastador estão bem presos, e se não batem no carro
superior ou no porta-ferramentas.
•
Verifique a cilindricidade com o paquímetro ou micrômetro e corrija, se necessário, no parafuso de alinhamento
do cabeçote móvel.
•
Verifique constantemente o ajuste das pontas e lubrifique-as, pois durante o torneamento, a peça se aquece e
dilata, impedindo o deslizamento das superfícies dos furos de centro nas pontas; isto provoca aquecimento elevado, danificando as pontas e a peça.
78
81. Furar com auxílio do cabeçote
móvel
Furar com auxílio do cabeçote móvel é uma operação que consiste em fazer um furo cilíndrico por deslocamento de uma broca montada no cabeçote móvel, com o material em rotação.
Serve, em geral, de preparação do material para operações
posteriores de alargamento, torneamento e roscamento internos.
Processo de execução
1. Faceie.
2. Faça um furo de centro.
3. Verifique a broca.
79
82. Observações
•
A verificação da broca é feita medindo o seu diâmetro
com o paquímetro, sem girá-la, medindo sobre as guias
é importante verificar se a afiação esta adequada ao
material.
•
No caso de broca de mais de 12mm, é necessário fazer
um furo inicial de diâmetro um pouco maior que o da
alma da broca.
4. Fixe a broca helicoidal.
Observações
•
A broca de haste cilíndrica é fixada no mandril.
•
A broca de haste cônica é fixada diretamente no cone do
mangote ou com auxílio de bucha de redução.
80
83. 5. Selecione a rotação do torno, conforme o diâmetro da broca
e a velocidade de corte do material.
6. Aproxime o cabeçote móvel, de modo que a ponta da broca
fique a mais ou menos 10mm do material, e fixe-o.
Observação
•
O mangote deve ficar o máximo possível dentro de seu
alojamento.
7. Inicie o furo, fazendo a broca avançar com giro do volante
do cabeçote móvel, até que comece a cortar e continue até
o furo atingir a profundidade necessária.
Observações
•
Retirar freqüentemente a broca do furo para extrair os
cavacos, evitando o engripamento da broca no furo.
•
Aplicar fluido de corte para refrigerar e lubrificar a broca
e a peça.
81
84. •
A profundidade do furo pode ser verificada pela escala
existente no mangote ou com uma referência sobre a
broca.
8. Afaste o cabeçote móvel, limpe o furo e verifique a profundidade do furo com a haste de profundidade do paquímetro.
Observação
•
No caso de alargar ou roscar com machos, a medida da
profundidade deve ser sempre a da parte cilíndrica do
furo, não levando em consideração a parte cônica da
ponta da broca.
82
85. Calibrar furo com alargador
no torno
É dar dimensão, forma cilíndrica e rugosidade Ra da ordem de
0,8µm a furos cilíndricos com uma ferramenta denominada alargador. Esta operação ocorre pela combinação do movimento
de rotação da peça presa na placa do torno e o avanço do alargador preso no mangote do cabeçote móvel, e sua finalidade é
tomar mais rápida e econômica a execução de furos normalizados em buchas, polias, anéis e engrenagens.
Processo de execução
1. Fure a peça.
Observação
•
Deixe sobremetal no furo, considerando o material da
peça e o diâmetro do furo.
2. Monte o alargador.
83
86. Observação
•
O alargador deve ser montado num mandril flutuante, e
este fixado no mangote do cabeçote móvel.
•
Se não dispuser do mandril flutuante, utilize o mandril
porta-brocas ou monte o alargador diretamente no mangote do cabeçote móvel.
3. Aproxime o cabeçote móvel do material e fixe-o.
Observações
•
alargador deve estar alinhado com o furo.
•
mangote deve estar o máximo possível para dentro do
cabeçote móvel.
4. Selecione a rotação para a operação de alargar.
84
87. Observação
•
A rotação é, em geral, 50% menor que a rotação utilizada na operação de furar.
5. Ligue o torno e passe o alargador.
Observações
•
O avanço do alargador é obtido girando o volante do cabeçote móvel, em geral, de 2,5 a 3 vezes o avanço usado para furar.
•
Utilize fluido de corte adequado para lubrificar e obter
bom acabamento.
6. Continue até a passagem do alargador.
7. Retire o alargador.
Observação
•
O alargador deve ser retirado com o material girando no
mesmo sentido de quando penetrou.
•
O alargador deve ser limpo com um pincel
8. Verifique a medida com um calibrador tampão ou um micrômetro interno.
85
88. Observação
•
Para verificar a medida, o cabeçote móvel deve ser
afastado e o furo limpo com um pano ou uma escova
apropriada.
•
86
Se a peça estiver quente, esfrie antes da verificação.
89. Sangrar e cortar no torno
Sangrar e cortar no torno é uma operação que consiste em abrir
canais ou ranhuras por meio da ação de uma ferramenta especial que penetra no material perpendicularmente ao eixo de simetria da peça, podendo chegar a separar o material, caso em
que se obtém o corte. Quando a ferramenta penetra paralelamente ao eixo de simetria da peça, usina-se um canal frontal. É
aplicada principalmente na confecção de arruelas, polias e eixos roscados e retificados.
Processo de execução
Sangrar perpendicularmente no torno
1. Prenda o material, fixando-o de modo que o canal a fazer fique o mais próximo possível da placa, para evitar flexão da
peça.
87
90. 2. Marque a largura do canal.
Observação
•
A marcação pode ser feita também diretamente com a
ferramenta.
3. Prenda a ferramenta.
Observações
•
O balanço B deve ser o menor possível.
•
A aresta de corte da ferramenta deve estar na altura do
eixo do torno.
•
O eixo da ferramenta deve ficar perpendicular ao eixo do
torno.
88
91. 4. Posicione a ferramenta entre as marcas do canal e fixe o
carro principal do torno.
5. Selecione a rotação adequada e ligue o torno.
6. Avance a ferramenta até tocar de leve o material e tome referência no anel graduado do carro transversal, zerando-o.
7. Avance a ferramenta cuidadosamente, próximo à marcalimite, deixando material para o acabamento.
Observação
•
Utilize fluido de corte.
89
92. 8. Afaste a ferramenta, desloque-a para outro lado do canal e
repita o passo 7.
9. Termine o canal, faceando primeiro os flancos e depois o
fundo na profundidade desejada.
90
93. Observações
•
Faça penetrar a ferramenta alternando os lados do canal
para diminuir o esforço e evitar o atrito do cavaco com as
paredes laterais da peça.
•
Verificar o corte da ferramenta e afiá-la, se necessário,
antes de terminar a ranhura.
Sangrar frontalmente no torno
1. Faceie a peça.
2. Prepare a ferramenta, observando os diâmetros do canal.
Observações
•
A largura do bedame deve ser menor que a largura do
canal.
•
A ferramenta deve ser afiada com os raios máximo e mínimo deslocados verticalmente em relação ao eixo geométrico da peça, para que as superfícies de folga da ferramenta não toquem internamente no canal.
91
94. 3. Prenda a ferramenta.
Observação
•
A aresta de corte da ferramenta deve estar no centro da
peça e posicionada paralelamente à face usinada.
4. Selecione a rotação adequada, ligue o torno e marque a largura do canal com a própria ferramenta.
92
95. 5. Avance a ferramenta por meio do deslocamento do carro
superior e toque a ferramenta na face da peça, zerando o
anel graduado.
6. Avance a ferramenta próximo da marca-limite, deixando
material para acabamento.
Observação
•
A ferramenta deve penetrar de forma escalonada para
diminuir o esforço de corte.
7. Termine o canal torneando os diâmetros e depois o fundo,
na profundidade desejada.
Observação
•
Verificar o corte da ferramenta e, se necessário, reafiá-la
antes de terminar a ranhura.
Cortar no torno
1. Afie a aresta de corte com uma inclinação de aproximadamente 5º para que a rebarba não fique presa na peça a ser
segmentada.
2. Repita os passos 6 e 7 da operação de sangrar perpendicularmente no torno.
93
96. Observação
•
Uma outra maneira de cortar é afiar a aresta de corte do
bedame com um abaulado, que provoca um cavaco em
forma de arco e reduz o atrito com as laterais da ranhura, produzindo melhor corte.
94
97. Perfilar com ferramenta de forma
Perfilar com ferramenta de forma consiste em obter sobre o material uma superfície com o perfil da ferramenta. Realiza-se freqüentemente para arredondar arestas e facilitar a construção de
peças com perfis especiais.
Processo de execução
1. Prepare o material.
2. Coloque a aresta cortante da ferramenta na altura do eixo
geométrico do material.
95
98. 3. Posicione a ferramenta com a ajuda de um gabarito e fixe-a.
4. Selecione o número de rotações compatível com o material e
a ferramenta.
5. Fixe o carro principal.
6. Inicie o perfilado, fazendo lentamente a penetração da ferramenta.
Observações
•
Em casos de superfícies de corte muito grande, movimente lateralmente a ferramenta, ao mesmo tempo em
que ela avança.
•
A verificação deve ser feita periodicamente, utilizando um
gabarito de forma desejada.
7. Termine o perfilado, continuando lentamente a penetração.
Observação
•
Preste atenção à concordância das curvas, quando se
aproximar da forma desejada.
8. Verifique a forma.
96
99. Recartilhar no torno
Recartilhar no torno é produzir sulcos paralelos ou cruzados, sob
compressão dos dentes de uma ferramenta chamada recartilha,
sobre um material em movimento. O recartilhado é feito para
evitar que a mão deslize quando se manipula uma peça e, no
travamento de peças injetadas em pinos metálicos, e em certos
casos para melhorar seu aspecto.
Processo de execução
1. Torneie a parte que será recartilhada, deixando-a lisa, limpa
e com o diâmetro compatível com o tipo de recartilha a ser
utilizada.
Observação
•
Consulte as designações referentes a recartilha na norma
DIN 82.
97
100. 2. Monte o porta-recartilha no porta-ferramenta, observando a
altura e o alinhamento.
Observações
•
Altura: o porta-recartilha deverá ficar na altura do eixo
geométrico da peça.
•
Alinhamento: a recartilha deverá ficar perpendicular à superfície que será recartilhada.
3. Desloque o porta-recartilha até próximo ao extremo da parte
que será recartilhada.
4. Determine o avanço e a rotação e ligue o torno.
Observação
•
98
O avanço deve ser de 1/5 do passo da recartilha.
101. 5. Avance a recartilha transversalmente até marcar o material e
desloque-a um pouco, no sentido longitudinal.
6. Desligue o torno e examine a zona recartilhada.
Observação
•
Caso o recartilhado pareça irregular, corrija-o, repetindo
os passos 2, 5 e 6, até que fique uniforme.
Recartilhado irregular
Recartilhado regular
7. Ligue o torno, engate o movimento automático do carro principal e recartilhe toda a superfície desejada.
8. Inverta a posição da alavanca do carro principal e retorne
com movimento automático à posição inicial.
9. Repita os passos 7 e 8, aumentando a penetração gradualmente, até concluir o recartilhado.
Precaução
•
A peça deve estar bem presa na placa do torno.
99
102. Observação
•
Utilize querosene ou óleo lubrificante de baixa viscosidade para lubrificar a peça e as recartilhas.
10. Afaste a recartilha e limpe o recartilhado com uma escova de
aço, movimentando-a no sentido das estrias.
11. Chanfre os cantos, a fim de eliminar as rebarbas.
100
103. Abrir rosca triangular externa por
penetração perpendicular
Abrir rosca triangular externa por penetração perpendicular é dar
forma triangular ao filete da rosca, com uma ferramenta de perfil
adequado, conduzida pelo carro principal, com penetração perpendicular à peça. O avanço deve ser igual ao passo da rosca
por volta completa do material. A relação entre os movimentos
da ferramenta e o material se obtém com um jogo de engrenagens fixo na grade do recâmbio.
Esta operação é necessária para a confecção das roscas de peças e parafusos e recomendada para roscas de passo menor
que 3mm.
Processo de execução
1. Torneie no diâmetro.
2. Verifique se a espera ou carro superior está em posição paralela ao eixo da peça.
101
104. 3. Monte a ferramenta no porta-ferramenta.
Observações
§
A ponta da aresta cortante deve estar na altura do eixo
geométrico da peça.
•
O ângulo ε deve estar com sua bissetriz perpendicular ao
eixo geométrico da peça.
•
Para auxiliar o posicionamento da ferramenta, utilize o
escantilhão.
4. Fixe a ferramenta.
5. Determine e regule o avanço do torno.
Observações
•
Utilize a caixa de avanços; se o torno não tiver, monte o
jogo de engrenagens calculado.
•
O valor de avanço no torno é o próprio passo da rosca;
esse valor é encontrado em tabelas e catálogos técnicos.
102
105. Precaução
•
Desligue a chave geral do torno na troca de engrenagens.
6. Selecione a rotação adequada para roscar.
7. Verifique a preparação e ligue o torno.
Precaução
•
Assegure-se de que a proteção das engrenagens esteja
colocada.
8. Encoste a ferramenta na peça.
9. Desloque manualmente a ferramenta para fora do material e
registre a referência zero no anel graduado.
10. Avance a ferramenta, dando uma profundidade de corte de
0,3mm.
11. Engate o carro principal.
12. Ligue o torno e deixe a ferramenta deslocar-se num comprimento de aproximadamente 10 filetes.
13. Afaste a ferramenta, desligue o torno e verifique o passo com
a ajuda do verificador de roscas ou de uma régua graduada.
14. Retorne a ferramenta ao ponto inicial de corte e desbaste a
rosca.
103
106. Observação
•
Quando o passo da rosca confeccionada é submúltiplo do
passo do fuso, o carro pode ser desengatado e colocado
manualmente. Caso contrário, para voltar ao ponto inicial
de corte, o retorno se faz invertendo o sentido de rotação
do motor e com o carro engatado.
15. Dê a profundidade de corte recomendada.
Observação
•
Para saber quando a profundidade dos sucessivos passos chega à altura do filete, faça o controle por meio do
anel graduado, observando os valores da altura do filete
em tabelas e em catálogos técnicos.
16. Ligue o torno e dê um passe, interrompendo quando chegar
ao comprimento previsto da rosca.
104
107. Observação
•
Durante todo o roscamento, use fluido de corte de acordo
com o material.
17. Recue a ferramenta e dê reversão para retornar ao ponto inicial, repetindo o passo 15.
18. Dê outro passe, com uma nova profundidade de corte, deslocando a ferramenta.
19. Repita os passos 17 e 18, porém deslocando a ferramenta
longitudinalmente, em sentido contrário ao do avanço dado
no passo 18.
Observação
•
Continue dando passes com o mesmo procedimento até
que faltem alguns décimos de milímetro para a altura do
filete.
20. Coloque a ferramenta no centro do vão da rosca, com o carro
em movimento.
105
108. 21. Dê a menor profundidade de corte possível, até que a ferramenta encoste nos flancos do filete a fim de reproduzir exatamente a sua forma, e faça a referência no anel graduado.
22. Repasse toda a rosca com a mesma profundidade de corte,
de acordo com o passo 21.
23. Verifique a rosca com uma porca calibradora ou com calibrador anel tipo passa-não-passa.
Observações
•
A porca calibradora deve entrar de modo justo, porém
não forçado.
•
Se necessário, repasse a rosca dando o mínimo possível
de profundidade de corte até conseguir o ajuste.
106
109. Fresar superfície plana
Fresar superfície plana horizontal é usinar um material na fresadora a fim de obter uma superfície plana paralela à mesa da máquina, utilizando uma fresa frontal montada no cabeçote universal da fresadora.
Essa operação tem a finalidade de gerar uma superfície plana
para servir como referência para as operações seguintes. Produz
peças que tenham formato de prisma retangular.
Processo de execução
Montagem da morsa
1. Limpe a mesa e a base da morsa com trincha e panos.
2. Posicione a morsa sobre a mesa, de modo que as guias das
morsas penetrem totalmente na ranhura da mesa.
107
110. Precaução
•
Transporte a morsa com a ajuda de outras pessoas para
evitar esforço excessivo e quedas.
3. Coloque os parafusos na ranhura da mesa até que se encaixem nos rasgos da morsa.
4. Fixe a morsa, apertando as porcas ou os parafusos.
Fixação do material na morsa
5. Abra as mandíbulas e limpe a morsa.
Observação
•
Se o material tiver rebarbas e impurezas na superfície,
estas devem ser eliminadas antes da fixação na morsa.
6. Posicione e fixe o material, apertando suavemente as mandíbulas.
Observação
•
Dependendo do formato do material, utilize o calço e o
mordente adequados.
7. Assente o material dando golpes leves com um macete de
latão ou plástico, procurando um bom apoio sobre os calços
e a base da morsa.
Observação
•
Se a mandíbula móvel da morsa tiver folgas nas guias, ou
se a peça tiver formato irregular, use calços cilíndricos
para facilitar o apoio.
108
111. 8. Aperte fortemente o material.
Observação
•
Na fixação do material, nunca bata com martelo na manivela de fixação da morsa, pois seu comprimento é suficiente para a fixação manual.
Fresagem da superfície
9. Monte o cabeçote universal.
Precaução
•
Por se tratar de um acessório muito pesado, solicite a
ajuda de um colega.
10. Monte a fresa.
Precaução
•
Ao montar a fresa, manuseie-a pela haste para evitar
cortar a mão com as navalhas da ferramenta.
11. Selecione o número de rotações por minuto.
12. Ligue a fresadora.
Observação
•
Antes de pôr a fresadora em funcionamento, verifique se
a fresa não está em contato com o material.
13. Aproxime manualmente o material de modo que a fresa toque na parte mais alta da superfície que se quer fresar.
14. Zere o anel graduado do fuso que aciona a mesa no sentido
vertical.
15. Desligue a máquina.
109
112. 16. Selecione o avanço da mesa baseando-se no número de
dentes da fresa e na rotação.
17. Ligue a fresadora.
18. Aproxime manualmente a peça da fresa para iniciar o corte
por uma das extremidades e dê a profundidade de corte.
Observação
•
A profundidade de corte deve proporcionar a retirada da
mínima quantidade possível de material.
19. Fixe o carro do movimento vertical e o carro transversal.
20. Ponha em funcionamento o avanço automático longitudinal
da mesa.
Observação
•
No caso de ter de deixar uma medida determinada, inicie
o corte manualmente e, em seguida, retroceda a mesa
para medir a peça. Depois, aproxime manualmente a
peça da fresa e ligue o avanço automático.
Precaução
•
A medida deve ser feita com a máquina desligada.
Observação
•
Use fluido de corte de acordo com a ferramenta e o material que está sendo usinado.
21. Pare a máquina, baixe a mesa e desloque-a longitudinalmente para levar o material à posição inicial.
Observação
•
Dê quantos passes forem necessários para atingir a superfície desejada.
110
113. Fresar superfícies côncavas
e convexas
Fresar superfícies côncavas e convexas é uma operação de fresagem que permite a obtenção de superfícies côncavas ou convexas, seja por reprodução do perfil da fresa, seja como resultado da combinação de movimento de corte com outros movimentos adicionais do material e da ferramenta.
Normalmente, este tipo de fresagem é aplicado na construção de
moldes ou como complemento de outras operações, basicamente na fresagem de contornos.
Processo de execução
1. Monte e alinhe o material.
Observação
•
Em casos que sejam necessários movimentos adicionais
do material para a geração da superfície, deve-se prever
o acessório adequado.
111
114. 2. Desbaste, aproximando o corte do perfil final.
Observação
•
Dependendo do formato e do tamanho da peça e da
existência ou não de fresa com o perfil desejado, a fresagem pode ocorrer em dois casos:
Caso 1 - Reproduzindo o perfil da ferramenta
1. Faça uma aproximação com sucessivos cortes planos.
2. Substitua a fresa plana pela fresa de forma e posicione-a de
maneira que o perfil fique centrado na superfície usinada.
3. Dê passes com a fresa de forma até perfilar o material.
4. Verifique a curvatura com gabarito ou com verificador de raio.
Observações
•
A peça deve obedecer à forma geométrica requerida pelo
projeto: perfil de uma linha qualquer ou perfil de uma superfície qualquer.
•
112
Utilize o fluido de corte apropriado ao material.
115. Caso 2 - Fresagem de superfície convexa com cabeçote divisor
1. Faça uma primeira aproximação com cortes planos.
2. Posicione a fresa, fazendo contato na parte mais saliente e
tome referência no anel graduado.
3. Dê um passe, girando a peça, agindo na manivela do cabeçote divisor de forma lenta e uniforme.
Observação
•
Quando a superfície da peça a ser fresada for mais larga
que o diâmetro da fresa, após cada passada desloque a
fresa e de tantos passes quanto forem necessários.
4. Verifique a curvatura com gabarito ou com verificador de raio.
Observações
•
Também nesse caso a peça deve obedecer à forma geométrica requerida pelo projeto: perfil de uma linha qualquer ou perfil de uma superfície qualquer.
•
Utilize o fluido de corte apropriado ao material.
113
116. Fresar rebaixos
Fresar rebaixos é produzir superfícies planas combinadas, a
distâncias previstas, ou em relação a uma superfície determinada. Essa operação pode ser feita por meio de fresagem frontal
ou tangencial e de diferentes maneiras.
A fresagem de rebaixos aplica-se na construção de peças
como: matrizes, chapas de fixação e calços escalonados.
Processo de execução
1. Monte o material.
Observação
•
Dependendo da forma e tamanho da peça, esta pode
ser montada na morsa ou diretamente na mesa da fresadora.
2. Frese a superfície de referência, se necessário.
3. Selecione e monte a ferramenta de acordo com o tipo de rebaixo.
114
117. 4. Selecione o número de rotações por minuto e a velocidade
de avanço.
5. Para iniciar o desbaste do rebaixo, toque levemente a superfície horizontal a fresar e tome referência no anel graduado.
6. Dê a profundidade, deixando 0,5 mm de sobremetal no fundo do rebaixo.
Observação
•
Caso a profundidade seja superior à que a máquina pode
suportar, dê tantos passes quantos sejam necessários.
7. Com a fresa em movimento, toque levemente na superfície
vertical e tome referência no anel graduado.
8. Com o auxílio do anel graduado, determine o comprimento
do rebaixo, deixando 0,5 mm de sobremetal.
Observação
•
Se necessário, utilize fluido de corte. Inicie o corte com
avanço manual e, em seguida, ligue o avanço automático.
9. Verifique as medidas.
10. Termine o rebaixo com o auxílio do anel graduado, observando as dimensões finais.
115
118. Fresar ranhuras retas
Esta operação consiste em reproduzir, por meio do perfil de uma
fresa, canais, rasgos ou entalhes retos denominados ranhuras
retas, produzindo vários perfis, de forma que atendam às mais
diversas aplicações como: encaixes para chavetas, guias para
órgão de máquinas ou alojamento de parafusos, entre outras.
Processo de execução
A execução desta operação, dependendo da aplicação da ranhura reta, divide-se em três casos:
Caso 1 - Por reprodução do perfil da fresa
Esta operação também serve como base para execução de outros casos de fresagem de ranhuras retas.
1. Monte e alinhe a peça.
116
119. Observação
•
Dependendo do tamanho e da forma da peça pode-se
montá-la na morsa, cabeçote divisor ou diretamente na
mesa da fresadora.
2. Selecione e monte o porta-fresa e a fresa.
3. Determine os parâmetros de corte de acordo com a peça e a
fresa utilizada.
4. Ligue a máquina.
5. Faça o contato da fresa com a superfície de referência,
acerte em zero o anel graduado e desloque a medida X.
6. Faça contato com a fresa na parte superior da peça, e zere o
anel graduado.
7. Posicione os limitadores.
117
120. Observação
•
No caso de ranhuras sem saída, fixe o limitador do avanço automático 1 ou 2 mm antes da medida final e, em seguida, termine o corte com avanço manual.
8. Regule a profundidade de corte para o desbaste.
9. Inicie o corte com avanço manual e, em seguida, ligue o
avanço automático.
Observações
•
Aplique fluido de corte apropriado ao material.
•
Dê várias passadas até atingir a profundidade.
10. Verifique as medida e faça o acabamento.
Caso 2 - Ranhuras retas com seção em “T”
Este tipo de ranhura é aplicado em mesas, acessórios e dispositivos de máquinas-ferramentas.
1. Monte e alinhe o material.
Observação
•
Dependendo do tamanho e da forma da peça pode-se
montá-la na morsa, cabeçote divisor ou diretamente na
mesa da fresadora.
2. Selecione e monte o porta-fresa e a fresa para ranhura retangular.
3. Determine os parâmetros de corte de acordo com a peça e a
fresa utilizada.
4. Frese a ranhura retangular.
118
121. Observações
•
Aplique fluido de corte apropriado ao material.
•
A largura da ranhura retangular deve ser compatível com
o diâmetro menor da fresa para ranhuras em “T”.
•
Deixe 0,5 mm de sobremetal na profundidade.
5. Faça a substituição da fresa.
Observações
•
Selecione uma fresa de menores dimensões que as da
ranhura em “T”.
•
Em alguns casos, a montagem da fresa para ranhuras em
“T” implica a mudança de eixo de trabalho da fresadora,
isto é, muda do eixo horizontal para o eixo vertical.
6. Centre a fresa usando como referência o eixo da ranhura retangular e posicione a uma profundidade 0,5 mm menor que
a definitiva.
7. Determine os parâmetros de corte de acordo com o material
e a fresa para ranhuras em “T”.
8. Frese a ranhura em “T”.
119
122. Observações
•
Inicie o corte com avanço manual e, em seguida, ligue o
avanço automático.
•
Aplique fluido de corte de forma abundante para assegurar a retirada dos cavacos da ranhura.
•
No caso de fresar materiais que não necessitem fluido de
corte, pare a máquina para retirar os cavacos da ranhura.
9. Substitua a fresa.
Observação
•
Se possível, monte uma fresa que tenha as dimensões
definitivas da ranhura.
10. Termine a ranhura.
Observações
•
A fresa deve ser posicionada na profundidade definitiva.
•
Dê o mínimo de avanço nesta passada.
•
Do mesmo modo que no desbaste, aplique fluido de corte
de forma abundante, para assegurar a retirada dos cavacos da ranhura.
120
123. Caso 3 - Ranhura reta com seção trapezoidal.
É aplicada na construção de guias para elementos de máquinas,
sendo as mais comuns as chamadas “rabo-de-andorinha”.
1. Monte e alinhe o material na fresadora.
Observação
•
Dependendo do tamanho e da forma da peça pode-se
montá-la na morsa, cabeçote divisor ou diretamente na
mesa da fresadora.
2. Selecione e monte o porta-fresa e a fresa para ranhura retangular.
3. Determine os parâmetros de corte de acordo com o material
e a fresa utilizada.
4. Frese a ranhura retangular, inscrita na seção trapezoidal.
Observações
•
Aplique fluido de corte apropriado ao material.
•
Deve-se deixar um sobremetal de aproximadamente 0,5
mm para dar o acabamento com a fresa de forma.
121
124. 5. Substitua a fresa por uma angular, de acordo com o perfil da
ranhura.
6. Determine os parâmetros de corte de acordo com a peça e a
fresa .
7. Posicione a fresa de maneira que toque o fundo da ranhura
retangular e o flanco sobre o qual vai fresar. Tome referência
nos anéis graduados.
Observação
•
Verifique o sentido de rotação da fresa e o avanço do
material, para que o corte se faça em movimento discordante.
8. Afaste a fresa do material e dê a profundidade de corte,
avançando para o flanco que se vai fresar.
9. Comece o corte com avanço manual.
Observação
•
Avance lentamente, pois os dentes deste tipo de fresa
são muito agudos e frágeis.
10. Desbaste, aproximando o perfil do flanco da forma final.
Observações
•
Aplique fluido de corte de forma abundante para assegurar a retirada dos cavacos da ranhura.
122
125. •
No caso de fresar materiais que não necessitem fluido de
corte, pare a máquina para retirar os cavacos da ranhura
com uma trincha.
•
Dê tantos passes quantos forem necessários, deixando
sobremetal para o acabamento.
11. Desbaste o flanco oposto repetindo os passos 7, 8, 9 e 10.
12. Para dar o acabamento, faça penetrar a fresa até a profundidade final da ranhura.
13. Aproxime a fresa até que toque no flanco desbastado.
14. Dê um passe.
15. Termine o outro flanco.
Observações
•
Antes de dar o último passe neste flanco, verifique a medida (m).
•
Para verificar a dimensão (x), que é previamente calculada, utilize dois cilindros.
123
126. Furar na fresadora
Furar na fresadora consiste em realizar furo nas peças pela penetração de uma broca que gire montada no eixo-árvore da fresadora ou no cabeçote universal da fresadora.
Esta operação é geralmente feita como passo prévio para mandrilar ou coordenar furações que não permitam o acúmulo de erros de posição, partindo das arestas de referência.
Processo de execução
1. Monte o material.
Observações
•
A peça pode ser montado na morsa, na mesa divisora ou
diretamente sobre a mesa da fresadora, dependendo do
seu tamanho e forma.
•
É importante que a peça seja alinhada, quando fixado na
morsa ou na mesa da fresadora.
124
127. 2. Monte o mandril porta-pinça.
Observações
•
Dependendo da posição do furo, o mandril porta-broca
poderá ser montado no eixo principal ou no cabeçote vertical.
•
Se possível utilize o mandril porta-pinça para fixar a broca.
3. Coordene o furo.
Observações
•
O furo deve ser coordenado tangenciando as faces de
referência com o localizador de aresta (centralizador marva). O centralizador marva é constituído de duas hastes,
montadas no mandril porta-broca ou pinça, sendo que a
haste inferior se desalinha da superior no momento do
tangenciamento, isto é, quando o centralizador toca a superfície de referência da peça.
•
Na ausência de um centralizador marva, utiliza-se um
pino retificado, pintado com tinta de traçagem. Quando o
pino tocar a peça, a tinta será riscada indicando que
ocorreu o tangenciamento.
125
128. •
Desconte a metade do diâmetro do centralizador ou do
pino retificado para obter a localização efetiva da aresta
da peça.
4. Selecione a rotação adequada com base no diâmetro menor
da broca de centrar e ligue a fresadora.
5. Faça o furo de guia.
Observações
•
O furo de guia deve ser feito com uma broca de centrar,
para evitar eventual desvio.
•
Limpe o furo freqüentemente com um pincel, evitando
possível quebra da broca.
•
Use fluido de corte para refrigerar a broca de centrar.
6. Substitua a broca de centrar pela broca helicoidal.
7. Selecione a rotação adequada e inicie o furo com movimento
de penetração manual.
Observações
•
O material deverá ser aproximado da broca até que a penetração atinja o diâmetro efetivo da broca.
•
Utilize fluido de corte constantemente.
•
Quando o furo for superior a 12 mm, faça primeiro um
furo guia com uma broca de diâmetro ligeiramente superior à espessura k do núcleo (alma da ponta) da broca
que está sendo utilizada.
126
129. 8. Situe e fixe os limitadores para o avanço automático.
9. Regule o avanço automático.
10. Ligue o avanço automático e termine o furo.
Observação
•
No caso de furos não passante (cegos), limpe o furo e verifique a profundidade com paquímetro ou paquímetro de
profundidade.
127
130. Retificar superfície plana paralela
Retificar superfície plana sobre placa magnética é a operação
mais usual na retificadora plana universal, que permite obter
superfícies com baixo valor de rugosidade e dimensões mais
exatas, pela ação de um rebolo que remove o material excedente. Tampas de cilindros, bases e réguas são exemplos de
aplicação desta operação.
Não se deve esquecer que em todos os trabalhos de retificação
é necessário utilizar sempre óculos de segurança; em caso de
retificação a seco, deve-se usar também máscara contra pó ou
um equipamento de aspiração de pó. As mãos devem ser mantidas afastadas do rebolo em movimento para evitar acidentes.
128
131. Processo de execução
1. Dresse o rebolo.
Observações
•
Verifique que o fluido de corte cubra a área de contato
do diamante com o rebolo.
•
Sempre que puser a máquina em funcionamento, certifique-se de que as válvulas estejam fechadas.
2. Monte a peça na placa magnética.
Observações
•
Limpe a superfície de contato com pincel ou pano sem felpas.
•
Apóie suavemente a peça sobre a placa magnética, com
a superfície a retificar voltada para cima.
•
Faça atuar o magnetismo da placa por meio da alavanca
ou botão de acionamento.
129
132. 3. Aproxime o rebolo manualmente, sem tocar na peça.
4. Desloque manualmente a mesa para um dos lados e fixe os
limitadores; em seguida, repita a ação no outro lado.
Observação
•
A referência para o deslocamento é o centro do rebolo, o
qual deve exceder a peça em aproximadamente 10mm.
130
133. 5. Ligue o rebolo.
Precaução
•
Fique ao lado do rebolo pois, se ele quebrar, poderá ferilo.
6. Acione o movimento da mesa.
7. Tangencie o rebolo com a parte mais alta da superfície da
peça.
Observações
•
Gire o volante de acionamento vertical do cabeçote porta-rebolo até que o rebolo se aproxime da peça.
•
Movimente o botão de ajuste fino até tocar a peça.
8. Zere o anel graduado.
9. Desloque a peça longitudinal e transversalmente até que fique livre do rebolo.
10. Determine a profundidade do passe.
11. Regule o passo do avanço transversal da mesa ou do cabeçote porta-rebolo.
131
134. 12. Regule a velocidade de deslocamento longitudinal da mesa
por meio da válvula reguladora de fluxo hidráulico.
13. Ligue a bomba de fluido de corte.
14. Retifique a superfície.
Observação
•
Repita os passos segundo a necessidade.
15. Pare a máquina, desligue o magnetismo da placa e retire a
peça.
Precaução
•
Antes de colocar a mão na peça, certifique-se de que o
rebolo esteja totalmente parado.
Observação
•
Não deslize a peça sobre a placa magnética para evitar
danos à superfície da placa.
16. Retifique a superfície oposta, seguindo a mesma seqüência
indicada para a primeira face.
17. Verifique a medida e o paralelismo com auxílio de relógio
comparador ou micrômetro.
132
135. Temperar e revenir
Temperar e revenir são operações de tratamento térmico destinadas a aços carbono e aços ligados, conferindo ao aço tratado
propriedades mecânicas de dureza e, consequentemente, resistência ao desgaste.
Na operação de têmpera, o aço adquire elevada dureza acompanhada de tensões e fragilidades, que são características da
estrutura martensítica, obtida pelo resfriamento rápido.
O revenido reduz a fragilidade provocada pela têmpera, corrige a
dureza e aumenta a tenacidade do aço temperado. Normalmente
a operação de revenir acompanha a operação de têmpera.
133
136. Processo de execução
Têmpera
1. Ligue o forno.
2. Regule a temperatura de aquecimento.
Observação
•
A temperatura de aquecimento deve ser de 50ºC acima
da linha A3 para aços hipoeutetóides e de 50ºC acima
da linha A1 para aços hipereutetóides.
3. Coloque o material no forno.
Observação
•
O tempo de permanência na temperatura de aquecimento deve ser suficiente para a completa difusão dos
elementos da liga na austenita. Como regra, adota-se um
tempo de 2 minutos por milímetro de bitola.
134
137. 4. Resfrie o material para efetivar a operação de têmpera.
Observações
•
A velocidade de resfriamento está relacionada à severidade do meio (água ou óleo), ao tipo de aço, ao grau de
agitação e ao volume da peça.
•
O resfriamento deve ser feito em um meio liquido para
possibilitar a formação da martensita.
•
As peças devem ser mergulhadas sempre na vertical.
•
Deve-se agitar a peça ou o meio de resfriamento para garantir que a curva de resfriamento passe à esquerda da
curva em “C” do aço em tratamento.
Revenir
1. Regule a temperatura de aquecimento.
Observação
•
A temperatura de aquecimento varia em função do tipo
de aço, da dureza e da característica mecânica desejada.
135
138. Observação
•
Cada material tem uma curva característica.
2. Coloque o material no forno.
Observação
•
O tempo de permanência na temperatura de aquecimento deve ser de no mínimo 60 minutos para peças com
até 25mm de espessura. Para peças de massa elevada,
acrescentar 60 minutos para cada 25mm de espessura.
3. Resfrie o material para efetivar a operação de revenido no
aço temperado.
Observações
•
A velocidade de resfriamento deve ser média, normalmente ao ar tranqüilo.
•
Aços ligados ao cromo e níquel, principalmente, devem
ser resfriados em água para evitar o fenômeno chamado
de fragilidade ao revenido.
4. Repetir a operação até obter a dureza desejada.
136
139. Referência bibliográfica
SENAI-SP. Metalmecânica - Teoria Caminhão Betoneira. V. 1.
Por Regina Célia Roland Novaes e Selma Ziedas. São Paulo,
1997.
SENAI-SP. Metalmecânica - Teoria Caminhão Betoneira. V. 2.
Por Abílio José Weber e Adriano Ruiz Secco. São Paulo,
1997.
137