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Poema: “ApontAmento”
 de Álvaro de Campos
Índice
             Poema;
 Características estilísticas;
       Motivos temáticos;
   Sensações Representadas;
Valor expressivo dA perguntA “o
     que erA um vAso vAzio?”;
  Expressividade da oposição
 estAbelecidA entre os “cAcos” e
            “um cAco”;
 O resultado da queda da alma.
Apontam
                          ento
 A minha alma partiu-se como um vaso                 Não se zanguem com ela.
                  vazio.                              São tolerantes com ela.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.             O que eu era um vaso vazio?
 Caiu das mãos da criada descuidada.
  Caiu, fez-se em mais pedaços do que        Olham os cacos absurdamente conscientes.
           havia loiça no vaso.                 Mas conscientes de si-mesmos, não
                                                        conscientes deles.
     Asneira? Impossível? Sei lá!
                                                         Olham e sorriem.
  Tenho mais sensações do que tinha
         quando me sentia eu.                 Sorriem tolerantes à criada involuntária.
Sou um espalhamento de cacos sobre um
         capacho por sacudir.                 Alastra a grande escadaria atapetada de
                                                              estrelas.
                                             Um caco brilha, virado do exterior lustroso,
Fiz barulho na queda como um vaso que                      entre os astros.
                se partia.                   A minha obra? A minha alma principal? A
    Os deuses que há debruçam-se do                          minha vida?
          parapeito da escada.                                Um caco.
E fitam os cacos que a criada deles fez de    E os deuses olham-no, especialmente, pois
                  mim.                               não sabem porque ficou ali.
Características
                      estilísticas
                         Verso longo e livre
                   Irregularidade estrófica e métrica
                         Pontuação emotiva
                          Ausência da rima
                         Riqueza estilística:
*Comparação e Metáfora :” A minha alma partiu-se como um vaso vazio.”;

*Anáfora: “Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.”

*Metáfora: “Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.”

*Interrogação Retórica: “Asneira? Impossível? Sei lá! “
Motivos temáticos
                            Fase abúlica e intimista
*Sentimentos de frustração e desilusão: “Caiu pela escada excessivamente abaixo” /
                     ; “Caiu das mãos da criada descuidada”;

*Tom pessimista: “ Fiz barulho na queda como um vaso que se partia”/ ; “ E fitam os
                      cacos que a criada deles fez de mim.”;

*Fragmentação do “eu”: “ Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso”/
        ; “Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir”/;

        *Domínio do pensar e da consciência: “absurdamente conscientes.
            Mas conscientes de si-mesmos, não conscientes deles.”

 *Sensação de estar perdido: “Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia
                       eu”/; “ O que eu era um vaso vazio?”

*Perda da unidade e identidade: “E fitam os cacos que a criada deles fez de mim”/;
                      “Sou um espalhamento de cacos…”

                     *Dúvida: “Asneira?, Impossível? Sei lá!”
Motivos
                         temáticos                    Não se zanguem com ela.
 A minha alma partiu-se como um vaso
                  vazio.                               São tolerantes com ela.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.              O que eu era um vaso vazio?
 Caiu das mãos da criada descuidada.
  Caiu, fez-se em mais pedaços do que         Olham os cacos absurdamente conscientes.
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                                                                 deles.
     Asneira? Impossível? Sei lá!
                                                          Olham e sorriem.
  Tenho mais sensações do que tinha
         quando me sentia eu.                  Sorriem tolerantes à criada involuntária.
Sou um espalhamento de cacos sobre um
         capacho por sacudir.                   Alastra a grande escadaria atapetada de
                                                                estrelas.
Fiz barulho na queda como um vaso que         Um caco brilha, virado do exterior lustroso,
                se partia.                                   entre os astros.
                                               A minha obra? A minha alma principal? A
    Os deuses que há debruçam-se do                           minha vida?
          parapeito da escada.
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E fitam os cacos que a criada deles fez de
                  mim.                       E os deuses olham-no, especialmente, pois não
                                                        sabem porque ficou ali.
Sensações
              representadas
Sensação Auditiva: “Fiz barulho na queda”

Sensação Táctil: “Caiu das mãos da criada”

Sensações Visuais: “um vaso vazio” ;“caiu pela escada”; “Caiu
das mãos da criada”; “espalhamento de cacos sobre um capacho
por sacudir” e “ um caco que brilha virado do exterior lustroso”.
vAlor expressivo dA perguntA “o que
         eu erA um vAso vAzio?”

  “ O que eu era um vaso vazio?” - esta pergunta intensifica a
 dúvida, incerteza e desilusão do sujeito poético, já que só depois
de o vaso ter caído pelas escadas é que ele interroga-se quanto ao
 vazio da sua alma (vaso), vendo, assim, que existe uma enorme
possibilidade de que a sua alma já estivesse vazia, antes sequer de
  esta ter caído pelas escadas, pois o seu estado de tristeza é tão
  intenso que o leva a duvidar de si próprio e da essência do seu
 ser, sendo que, quando o vaso já está partido, ele tem como que
 uma confirmação do estado da sua alma ( fruto do seu estado de
espírito nesse instante), apesar de o núcleo da dúvida permanecer
                                 lá.
Expressividade da oposição
estAbelecidA entre os “cAcos” e “ um
               cAco”

Cacos:
*Fragmentação da alma: “Sou um espalhamento de cacos sobre um
capacho por sacudir.”
*Sente-se sem existência: “Olham os cacos absurdamente
conscientes./Mas conscientes de si-mesmos, não conscientes deles.”

Um Caco:
*Um caco sobressai: “Um caco brilha, virado do exterior lustroso,
entre os astros.”
*Interrogação Retórica: “A minha obra? A minha alma principal? A
minha vida?”
“Um caco.”
O resultado da queda da
              alma


Depois da queda da alma, o sujeito poético sente-se inútil,
  sem valor, como se nunca mais pudesse restaurar a sua
   alma ( pelo menos nesse momento), não se sente ele
   mesmo, estranhando-se a si próprio (fragmentação do
“eu”), tal é o seu estado emocional; ele também sente que
 a sua alma está excessivamente danificada devido a esta
 queda, sendo que ele utiliza o “barulho” da queda como
mais uma forma de demonstrar a destruição da sua própria
                           alma.

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Poema Apontamento de Álvaro de Campos

  • 1. Poema: “ApontAmento” de Álvaro de Campos
  • 2. Índice Poema; Características estilísticas; Motivos temáticos; Sensações Representadas; Valor expressivo dA perguntA “o que erA um vAso vAzio?”; Expressividade da oposição estAbelecidA entre os “cAcos” e “um cAco”; O resultado da queda da alma.
  • 3. Apontam ento A minha alma partiu-se como um vaso Não se zanguem com ela. vazio. São tolerantes com ela. Caiu pela escada excessivamente abaixo. O que eu era um vaso vazio? Caiu das mãos da criada descuidada. Caiu, fez-se em mais pedaços do que Olham os cacos absurdamente conscientes. havia loiça no vaso. Mas conscientes de si-mesmos, não conscientes deles. Asneira? Impossível? Sei lá! Olham e sorriem. Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu. Sorriem tolerantes à criada involuntária. Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir. Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas. Um caco brilha, virado do exterior lustroso, Fiz barulho na queda como um vaso que entre os astros. se partia. A minha obra? A minha alma principal? A Os deuses que há debruçam-se do minha vida? parapeito da escada. Um caco. E fitam os cacos que a criada deles fez de E os deuses olham-no, especialmente, pois mim. não sabem porque ficou ali.
  • 4. Características estilísticas Verso longo e livre Irregularidade estrófica e métrica Pontuação emotiva Ausência da rima Riqueza estilística: *Comparação e Metáfora :” A minha alma partiu-se como um vaso vazio.”; *Anáfora: “Caiu pela escada excessivamente abaixo. Caiu das mãos da criada descuidada. Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.” *Metáfora: “Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.” *Interrogação Retórica: “Asneira? Impossível? Sei lá! “
  • 5. Motivos temáticos Fase abúlica e intimista *Sentimentos de frustração e desilusão: “Caiu pela escada excessivamente abaixo” / ; “Caiu das mãos da criada descuidada”; *Tom pessimista: “ Fiz barulho na queda como um vaso que se partia”/ ; “ E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.”; *Fragmentação do “eu”: “ Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso”/ ; “Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir”/; *Domínio do pensar e da consciência: “absurdamente conscientes. Mas conscientes de si-mesmos, não conscientes deles.” *Sensação de estar perdido: “Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu”/; “ O que eu era um vaso vazio?” *Perda da unidade e identidade: “E fitam os cacos que a criada deles fez de mim”/; “Sou um espalhamento de cacos…” *Dúvida: “Asneira?, Impossível? Sei lá!”
  • 6. Motivos temáticos Não se zanguem com ela. A minha alma partiu-se como um vaso vazio. São tolerantes com ela. Caiu pela escada excessivamente abaixo. O que eu era um vaso vazio? Caiu das mãos da criada descuidada. Caiu, fez-se em mais pedaços do que Olham os cacos absurdamente conscientes. havia loiça no vaso. Mas conscientes de si-mesmos, não conscientes deles. Asneira? Impossível? Sei lá! Olham e sorriem. Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu. Sorriem tolerantes à criada involuntária. Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir. Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas. Fiz barulho na queda como um vaso que Um caco brilha, virado do exterior lustroso, se partia. entre os astros. A minha obra? A minha alma principal? A Os deuses que há debruçam-se do minha vida? parapeito da escada. Um caco. E fitam os cacos que a criada deles fez de mim. E os deuses olham-no, especialmente, pois não sabem porque ficou ali.
  • 7. Sensações representadas Sensação Auditiva: “Fiz barulho na queda” Sensação Táctil: “Caiu das mãos da criada” Sensações Visuais: “um vaso vazio” ;“caiu pela escada”; “Caiu das mãos da criada”; “espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir” e “ um caco que brilha virado do exterior lustroso”.
  • 8. vAlor expressivo dA perguntA “o que eu erA um vAso vAzio?” “ O que eu era um vaso vazio?” - esta pergunta intensifica a dúvida, incerteza e desilusão do sujeito poético, já que só depois de o vaso ter caído pelas escadas é que ele interroga-se quanto ao vazio da sua alma (vaso), vendo, assim, que existe uma enorme possibilidade de que a sua alma já estivesse vazia, antes sequer de esta ter caído pelas escadas, pois o seu estado de tristeza é tão intenso que o leva a duvidar de si próprio e da essência do seu ser, sendo que, quando o vaso já está partido, ele tem como que uma confirmação do estado da sua alma ( fruto do seu estado de espírito nesse instante), apesar de o núcleo da dúvida permanecer lá.
  • 9. Expressividade da oposição estAbelecidA entre os “cAcos” e “ um cAco” Cacos: *Fragmentação da alma: “Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.” *Sente-se sem existência: “Olham os cacos absurdamente conscientes./Mas conscientes de si-mesmos, não conscientes deles.” Um Caco: *Um caco sobressai: “Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.” *Interrogação Retórica: “A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?” “Um caco.”
  • 10. O resultado da queda da alma Depois da queda da alma, o sujeito poético sente-se inútil, sem valor, como se nunca mais pudesse restaurar a sua alma ( pelo menos nesse momento), não se sente ele mesmo, estranhando-se a si próprio (fragmentação do “eu”), tal é o seu estado emocional; ele também sente que a sua alma está excessivamente danificada devido a esta queda, sendo que ele utiliza o “barulho” da queda como mais uma forma de demonstrar a destruição da sua própria alma.