2. Índice
Poema;
Características estilísticas;
Motivos temáticos;
Sensações Representadas;
Valor expressivo dA perguntA “o
que erA um vAso vAzio?”;
Expressividade da oposição
estAbelecidA entre os “cAcos” e
“um cAco”;
O resultado da queda da alma.
3. Apontam
ento
A minha alma partiu-se como um vaso Não se zanguem com ela.
vazio. São tolerantes com ela.
Caiu pela escada excessivamente abaixo. O que eu era um vaso vazio?
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que Olham os cacos absurdamente conscientes.
havia loiça no vaso. Mas conscientes de si-mesmos, não
conscientes deles.
Asneira? Impossível? Sei lá!
Olham e sorriem.
Tenho mais sensações do que tinha
quando me sentia eu. Sorriem tolerantes à criada involuntária.
Sou um espalhamento de cacos sobre um
capacho por sacudir. Alastra a grande escadaria atapetada de
estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso,
Fiz barulho na queda como um vaso que entre os astros.
se partia. A minha obra? A minha alma principal? A
Os deuses que há debruçam-se do minha vida?
parapeito da escada. Um caco.
E fitam os cacos que a criada deles fez de E os deuses olham-no, especialmente, pois
mim. não sabem porque ficou ali.
4. Características
estilísticas
Verso longo e livre
Irregularidade estrófica e métrica
Pontuação emotiva
Ausência da rima
Riqueza estilística:
*Comparação e Metáfora :” A minha alma partiu-se como um vaso vazio.”;
*Anáfora: “Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.”
*Metáfora: “Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.”
*Interrogação Retórica: “Asneira? Impossível? Sei lá! “
5. Motivos temáticos
Fase abúlica e intimista
*Sentimentos de frustração e desilusão: “Caiu pela escada excessivamente abaixo” /
; “Caiu das mãos da criada descuidada”;
*Tom pessimista: “ Fiz barulho na queda como um vaso que se partia”/ ; “ E fitam os
cacos que a criada deles fez de mim.”;
*Fragmentação do “eu”: “ Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso”/
; “Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir”/;
*Domínio do pensar e da consciência: “absurdamente conscientes.
Mas conscientes de si-mesmos, não conscientes deles.”
*Sensação de estar perdido: “Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia
eu”/; “ O que eu era um vaso vazio?”
*Perda da unidade e identidade: “E fitam os cacos que a criada deles fez de mim”/;
“Sou um espalhamento de cacos…”
*Dúvida: “Asneira?, Impossível? Sei lá!”
6. Motivos
temáticos Não se zanguem com ela.
A minha alma partiu-se como um vaso
vazio. São tolerantes com ela.
Caiu pela escada excessivamente abaixo. O que eu era um vaso vazio?
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que Olham os cacos absurdamente conscientes.
havia loiça no vaso. Mas conscientes de si-mesmos, não conscientes
deles.
Asneira? Impossível? Sei lá!
Olham e sorriem.
Tenho mais sensações do que tinha
quando me sentia eu. Sorriem tolerantes à criada involuntária.
Sou um espalhamento de cacos sobre um
capacho por sacudir. Alastra a grande escadaria atapetada de
estrelas.
Fiz barulho na queda como um vaso que Um caco brilha, virado do exterior lustroso,
se partia. entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A
Os deuses que há debruçam-se do minha vida?
parapeito da escada.
Um caco.
E fitam os cacos que a criada deles fez de
mim. E os deuses olham-no, especialmente, pois não
sabem porque ficou ali.
7. Sensações
representadas
Sensação Auditiva: “Fiz barulho na queda”
Sensação Táctil: “Caiu das mãos da criada”
Sensações Visuais: “um vaso vazio” ;“caiu pela escada”; “Caiu
das mãos da criada”; “espalhamento de cacos sobre um capacho
por sacudir” e “ um caco que brilha virado do exterior lustroso”.
8. vAlor expressivo dA perguntA “o que
eu erA um vAso vAzio?”
“ O que eu era um vaso vazio?” - esta pergunta intensifica a
dúvida, incerteza e desilusão do sujeito poético, já que só depois
de o vaso ter caído pelas escadas é que ele interroga-se quanto ao
vazio da sua alma (vaso), vendo, assim, que existe uma enorme
possibilidade de que a sua alma já estivesse vazia, antes sequer de
esta ter caído pelas escadas, pois o seu estado de tristeza é tão
intenso que o leva a duvidar de si próprio e da essência do seu
ser, sendo que, quando o vaso já está partido, ele tem como que
uma confirmação do estado da sua alma ( fruto do seu estado de
espírito nesse instante), apesar de o núcleo da dúvida permanecer
lá.
9. Expressividade da oposição
estAbelecidA entre os “cAcos” e “ um
cAco”
Cacos:
*Fragmentação da alma: “Sou um espalhamento de cacos sobre um
capacho por sacudir.”
*Sente-se sem existência: “Olham os cacos absurdamente
conscientes./Mas conscientes de si-mesmos, não conscientes deles.”
Um Caco:
*Um caco sobressai: “Um caco brilha, virado do exterior lustroso,
entre os astros.”
*Interrogação Retórica: “A minha obra? A minha alma principal? A
minha vida?”
“Um caco.”
10. O resultado da queda da
alma
Depois da queda da alma, o sujeito poético sente-se inútil,
sem valor, como se nunca mais pudesse restaurar a sua
alma ( pelo menos nesse momento), não se sente ele
mesmo, estranhando-se a si próprio (fragmentação do
“eu”), tal é o seu estado emocional; ele também sente que
a sua alma está excessivamente danificada devido a esta
queda, sendo que ele utiliza o “barulho” da queda como
mais uma forma de demonstrar a destruição da sua própria
alma.