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Arquitetura surge quando se colocam dois tijolos
                                                                     juntos
                                                         cuidadosamente.
                                                           Ali ela começa.
                                                         Ludwig Mies van der Rohe

A obra

Lemke Haus, Ludwig Mies van der Rohe - 1933, Berlim, Alemanha

A casa projetada para Karl e Martha Lemke pode ser considerada uma ilustra-
ção da célebre frase de Mies van der Rohe de que: “(...) a arquitetura começa
quando dois tijolos são cuidadosamente colocados juntos.”¹
Isto se traduz de forma literal e volumétrica na casa Lemke, uma pequena e sim-
ples casa de tijolos em forma de “L”, composto por dois retângulos, situada em
um terreno perto do lago Obersee, em Berlim, e cuja construção foi terminada
em 1933. Esta configuração em L marca uma mudança na arquitetura residen-
cial de Mies: até então, suas residências voltavam suas aberturas para o espaço
publico; com a casa Lemke, as suas casas passaram a se voltar para o jardim,
ficando mais voltadas para o interior do terreno.




Uma análise cuidadosa das dimensões da casa mostrou que os dois retângulos
que formam o L têm proporção áurea. Além disso, as janelas voltadas para o
espaço público têm dimensões relacionadas: há dois módulos diferentes, cada
qual com submúltiplos e múltiplos. Percebe-se, também, que as dimensões do
tijolo foram usadas como módulo para as dimensões da casa.
O programa da casa é composto por um quarto, um escritório do “cavalheiro”,
uma sala das damas, uma sala de estar, além de áreas de serviço. Para os pa-
drões burgueses da época, tal programa era dimensionalmente bastante limita-
do.
A casa se abre para o jardim e para o lago; as fachadas respondem a isso com
grandes aberturas para o terraço e com janelas menores voltadas para a rua.
Mies manipulou paredes e a cobertura para enquadrar a paisagem, extenden-
do os limites entre o interior e o exterior. A experiência máxima da casa se dá
enquanto se está na sala ou no quarto: o exterior está no meio, e o observador
olha para fora, e para dentro novamente. A porta de entrada é completamente
envidraçada e contribui com a relativa transparência do prédio maciço.




O hall de estar é o cômodo mais importante da casa. Definido pelo bloco que
contém o quarto e pelo bloco que contém a area social, é ele que cria a articu-
lação entre os espaços internos e com o exterior: a grande extensão de vidro
do hall, ao mesmo tempo que conecta as duas partes, separa-o do jardim fisi-
camente, restando a conexão visual, que sugere um adentramento do mesmo
para dentro da casa.
Seu jardim foi projetado pelo escritório de Karl Foerster, Herta Hammerbach e
Hermann Mattern, importante escritório de paisagismo que atuava na região. O
interior conta com móveis projetador por Lilly Reich e pelo próprio Mies.	
A casa foi aberta ao público em 1990, e passou por reforma entre os anos de
2000 e 2002.
O arquiteto
Ludwig Mies van der Rohe, 1886 - Alemanha, 1969 - EUA
Ludwig Mies van der Rohe, juntamente com Walter Gropius e Le Corbusier,
são considerados os mestres da Arquitetura Moderna. Mies, como muitos
dos seus conterrâneos do pós-guerra, buscaram estabelecer um novo estilo
arquitetônico que pudesse representar os temos moderno, asim como o Clas-
sicismo e o Gótico fizeram nas suas épocas. Ele criou um estilo arquitetônico
influente, marcado por uma clareza e simplicidade extremas.
Chamava seus prédios de arquitetura de pele e ossos; buscou um um enfoque
racional que guiaria o processo criativo de criação. Nas suas obras, usou em
profusão materiais modernos e de extrema qualidade.




Casa Farnsworth, 1946                                                Edifício Seagram, 1958




Pavilhão Barcelona, 1929                                               Crown Hall - IIT, 1956




Villa Tugendhat, 1928                                             Neue Nationalgalerie, 1962


Fontes
¹ http://www.galinsky.com/buildings/lemke/index.htm
http://www.germangalleries.com/MiesVanDerRoheH
http://www.miessociety.org/legacy/projects/lemke-house/aus/MiesVanDerRoheHaus3E.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Mies_van_der_Rohe
RILEY, TERENCE; BERGDOLL, BARRY. Mies in Berlin. Nova Iorque: MOMA.

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  • 1. Arquitetura surge quando se colocam dois tijolos juntos cuidadosamente. Ali ela começa. Ludwig Mies van der Rohe A obra Lemke Haus, Ludwig Mies van der Rohe - 1933, Berlim, Alemanha A casa projetada para Karl e Martha Lemke pode ser considerada uma ilustra- ção da célebre frase de Mies van der Rohe de que: “(...) a arquitetura começa quando dois tijolos são cuidadosamente colocados juntos.”¹ Isto se traduz de forma literal e volumétrica na casa Lemke, uma pequena e sim- ples casa de tijolos em forma de “L”, composto por dois retângulos, situada em um terreno perto do lago Obersee, em Berlim, e cuja construção foi terminada em 1933. Esta configuração em L marca uma mudança na arquitetura residen- cial de Mies: até então, suas residências voltavam suas aberturas para o espaço publico; com a casa Lemke, as suas casas passaram a se voltar para o jardim, ficando mais voltadas para o interior do terreno. Uma análise cuidadosa das dimensões da casa mostrou que os dois retângulos que formam o L têm proporção áurea. Além disso, as janelas voltadas para o espaço público têm dimensões relacionadas: há dois módulos diferentes, cada qual com submúltiplos e múltiplos. Percebe-se, também, que as dimensões do tijolo foram usadas como módulo para as dimensões da casa.
  • 2. O programa da casa é composto por um quarto, um escritório do “cavalheiro”, uma sala das damas, uma sala de estar, além de áreas de serviço. Para os pa- drões burgueses da época, tal programa era dimensionalmente bastante limita- do. A casa se abre para o jardim e para o lago; as fachadas respondem a isso com grandes aberturas para o terraço e com janelas menores voltadas para a rua. Mies manipulou paredes e a cobertura para enquadrar a paisagem, extenden- do os limites entre o interior e o exterior. A experiência máxima da casa se dá enquanto se está na sala ou no quarto: o exterior está no meio, e o observador olha para fora, e para dentro novamente. A porta de entrada é completamente envidraçada e contribui com a relativa transparência do prédio maciço. O hall de estar é o cômodo mais importante da casa. Definido pelo bloco que contém o quarto e pelo bloco que contém a area social, é ele que cria a articu- lação entre os espaços internos e com o exterior: a grande extensão de vidro do hall, ao mesmo tempo que conecta as duas partes, separa-o do jardim fisi- camente, restando a conexão visual, que sugere um adentramento do mesmo para dentro da casa. Seu jardim foi projetado pelo escritório de Karl Foerster, Herta Hammerbach e Hermann Mattern, importante escritório de paisagismo que atuava na região. O interior conta com móveis projetador por Lilly Reich e pelo próprio Mies. A casa foi aberta ao público em 1990, e passou por reforma entre os anos de 2000 e 2002.
  • 3. O arquiteto Ludwig Mies van der Rohe, 1886 - Alemanha, 1969 - EUA Ludwig Mies van der Rohe, juntamente com Walter Gropius e Le Corbusier, são considerados os mestres da Arquitetura Moderna. Mies, como muitos dos seus conterrâneos do pós-guerra, buscaram estabelecer um novo estilo arquitetônico que pudesse representar os temos moderno, asim como o Clas- sicismo e o Gótico fizeram nas suas épocas. Ele criou um estilo arquitetônico influente, marcado por uma clareza e simplicidade extremas. Chamava seus prédios de arquitetura de pele e ossos; buscou um um enfoque racional que guiaria o processo criativo de criação. Nas suas obras, usou em profusão materiais modernos e de extrema qualidade. Casa Farnsworth, 1946 Edifício Seagram, 1958 Pavilhão Barcelona, 1929 Crown Hall - IIT, 1956 Villa Tugendhat, 1928 Neue Nationalgalerie, 1962 Fontes ¹ http://www.galinsky.com/buildings/lemke/index.htm http://www.germangalleries.com/MiesVanDerRoheH http://www.miessociety.org/legacy/projects/lemke-house/aus/MiesVanDerRoheHaus3E.html http://en.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Mies_van_der_Rohe RILEY, TERENCE; BERGDOLL, BARRY. Mies in Berlin. Nova Iorque: MOMA.