SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  28
Télécharger pour lire hors ligne
Introdução
A palavra automação está diretamente ligada ao controle automático, ou seja
ações que não dependem da intervenção humana. Este conceito é discutível pois
a “mão do homem” sempre será necessária, pois sem ela não seria possível a
construção e implementação dos processos automáticos.

Atualmente a automação industrial é muito aplicada para melhorar a
produtividade e qualidade nos processos considerados repetitivos.

A automação industrial pode ser entendida como uma tecnologia integradora de
três áreas: a eletrônica responsável pelo hardware, a mecânica na forma de
dispositivos mecânicos (atuadores) e a informática responsável pelo software que
irá controlar todo o sistema. Desse modo, para efetivar projetos nesta área
exige-se uma grande gama de conhecimentos, impondo uma formação muito
ampla e diversificada dos projetistas, ou então um trabalho de equipe muito bem
coordenado com perfis interdisciplinares.
Os sistemas automatizados podem ser aplicados em simples máquina ou em toda
indústria, como é o caso das usinas de cana e açúcar. A diferença está no número de
elementos monitorados e controlados, denominados de “pontos”. Estes podem ser
simples válvulas ou servomotores, cuja eletrônica de controle é bem complexa. De
uma forma geral o processo sob controle tem o diagrama semelhante ao mostrado na
figura abaixo, onde os citados pontos correspondem tanto aos atuadores quanto aos
sensores.
Os sensores são os elementos que fornecem informações sobre o sistema,
correspondendo as entradas do controlador. Esses podem indicar variáveis físicas, tais
como pressão e temperatura, ou simples estados, tal como um fim-de-curso
posicionado em um cilindro pneumático.
Os atuadores são os dispositivos responsáveis pela realização de trabalho no processo
ao qual está se aplicando a automação. Podem ser magnéticos, hidráulicos,
pneumáticos, elétricos, ou de acionamento misto
O controlador é o elemento responsável pelo acionamento dos atuadores, levando
em conta o estado das entradas (sensores) e as instruções do programa inserido em
sua memória. Neste curso esses elemento será denominado de Controlador Lógico
Programável (CLP).
Automação é diferente de mecanização. A mecanização consiste simplesmente no uso
de máquinas para realizar um trabalho, substituindo assim o esforço físico do homem.
Já a automação possibilita fazer um trabalho por meio de máquinas controladas
automaticamente, capazes de se regularem sozinhas.
Componentes da automação
A maioria dos sistemas modernos de automação, como os utilizados nas indústrias
automobilística, siderúrgica, petroquímica e nos supermercados, é extremamente
complexa e requer muitos ciclos de realimentação.

Cada sistema de automação compõe-se de cinco elementos:


Acionamento: Provê o sistema de energia para atingir determinado objetivo. É o caso
dos motores elétricos, pistões hidráulicos, etc.
Sensoriamento: Mede o desempenho do sistema de automação ou uma propriedade
particular de algum de seus componentes.

Exemplos: Termopares para medição de temperatura e encoders para medição de
velocidade.

Controle: Utiliza a informação dos sensores para regular o acionamento.

Exemplo: Para manter o nível de água num reservatório, usamos um controlador de
fluxo que abre ou fecha uma válvula de acordo com o consumo. Mesmo um robô
requer um controlador para acionar o motor elétrico que o movimenta.
Comparador ou elemento de decisão: Compara os valores medidos com valores
preestabelecidos e toma a decisão de quando atuar no sistema.

Exemplos: Termostatos e programas de computadores.

Programas: Contêm informações de processo e permitem controlar as interações entre
os diversos componentes
Revisão de comandos elétricos

Ressaltando a importância dos motores em sistemas automatizados,      descreve-se
abaixo os conceitos de comandos, necessários a manobra dos mesmos.

Um dos pontos fundamentais para o entendimento dos comandos elétricos é a noção
de que “os objetivos principais dos elementos em um painel elétrico são:

a) proteger o operador;
b) propiciar uma lógica de comando”.

Partindo do princípio da proteção do operador, mostra-se na figura abaixo, uma
seqüência genérica dos elementos necessários a partida e manobra de motores, onde
são encontrados os seguintes elementos:
Seccionamento: só pode ser operado sem carga. Usado durante a manutenção e
verificação do circuito.
Proteção contra correntes de curto-circuito: destina-se a proteção dos condutores do
circuito terminal.


Proteção contra correntes de sobrecarga: para proteger as bobinas do enrolamento do
motor.
Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e desligar o motor de forma segura,
ou seja, sem que haja o contato do operador no circuito de potência, onde circula a
maior corrente.
Em comandos elétricos e automação trabalhar-se-á bastante com um elemento
simples que é o contato. A partir do mesmo é que se forma toda lógica de um circuito
e também é ele quem dá ou não a condução de corrente. Basicamente existem dois
tipos de contatos, listados a seguir:
• Contato Normalmente Aberto (NA): não há passagem de corrente elétrica na
   posição de repouso, como pode ser observado na figura abaixo. Desta forma a
   carga não estará acionada.
• Contato Normalmente Fechado (NF): há passagem de corrente elétrica na posição
   de repouso, como pode ser observado na figura abaixo. Desta forma a carga estará
   acionada.
Um sistema automático pode ser dividido em dois blocos principais:
Os elementos de comando e os atuadores.

Os atuadores são os componentes do sistema automático que que transformam a
energia em trabalho.

Os elementos de comando são os componentes que formam o comando propriamente
dito.
O comando constitui um conjunto de componentes que recebe as informações de
entrada, processa-as e envia-as como informações de saída.
Um comando pode ser realizado em malha aberta, onde as variáveis de entrada
fornecem informações para o comando que as processa, segundo sua construção
interna e libera informações de saída para os elementos comandados
(atuadores).Neste tipo de comando se ocorrer uma perturbação que altere o
comportamento do sistema, este não teria como avaliar se a instrução foi executada
corretamente. O comando continuaria a enviar as informações de saída baseado
somente nas informações de entrada.
No comando em em malha fechada a variável controlada deve estar em torno de um
valor previamente estabelecido. Neste tipo, as informações de saída não dependem
só da construção interna do comando mas também das informações vindas do
elemento comandado as quais são comparadas com as informações de entrada e se
for necessário é feita a correção
Os elementos comandados são os atuadores. Neste grupo, estão:

• atuadores com acionamento linear:
         – cilindros: pneumáticos ou hidráulicos;
         – motores lineares
• atuadores com acionamento rotativo:
         – motores:
                    ∗ pneumáticos;
                    ∗ hidráulicos;
                    ∗ elétricos
         – cilindros giratórios
Circuito com contato selo
1) Dado o circuito abaixo :
1. Indique o circuito de potencia e comando;
2. Descreva a simbologia do circuito;
3. Explique o funcionamento do circuito;
2) Montar o circuito elétrico de uma bomba separando circuito de potencia e
comando, conforme a descrição abaixo:

Deseja-se controlar o nível de uma caixa d´água entre um valor máximo e mínimo;
Existem para isto dois sensores de nível (boias), respectivamente, S1 (NF) (nível
máximo) e S2 (NF) (nível mínimo);
Para enchermos esta caixa, usamos uma bomba centrífuga que será ligada ou
desligada pelo em função do nível da caixa.
Se o sensor S2 estiver aberto, a bomba é ligada, permanecendo assim até que o sensor
S1 seja ativado.
Quando S1 é ativado, a bomba é desligada, permanecendo assim até que o sensor S2
abra novamente.
Este controle automático pode ser desligado manualmente por uma botão NA com
trava (retenção).

Contenu connexe

Tendances

indrodução automação industrial
indrodução automação industrialindrodução automação industrial
indrodução automação industrial
elliando dias
 
Apostila de-instrumentacao-industrial
Apostila de-instrumentacao-industrialApostila de-instrumentacao-industrial
Apostila de-instrumentacao-industrial
tabVlae
 
Topografia representação do relevo notas de aula
Topografia representação do relevo notas de aulaTopografia representação do relevo notas de aula
Topografia representação do relevo notas de aula
Henrique Prado
 
Aula 1 introdução à química orgânica.
Aula 1    introdução à química orgânica.Aula 1    introdução à química orgânica.
Aula 1 introdução à química orgânica.
Ajudar Pessoas
 

Tendances (20)

indrodução automação industrial
indrodução automação industrialindrodução automação industrial
indrodução automação industrial
 
Princípio fundamental da dinâmica
Princípio fundamental da dinâmicaPrincípio fundamental da dinâmica
Princípio fundamental da dinâmica
 
Apostila de-instrumentacao-industrial
Apostila de-instrumentacao-industrialApostila de-instrumentacao-industrial
Apostila de-instrumentacao-industrial
 
Elétrica e eletrônica 2ª aula
Elétrica e eletrônica   2ª aulaElétrica e eletrônica   2ª aula
Elétrica e eletrônica 2ª aula
 
Manual avaliação fornecedores
Manual avaliação fornecedoresManual avaliação fornecedores
Manual avaliação fornecedores
 
MALHA ABERTA E MALHA FECHADA
MALHA ABERTA E MALHA FECHADAMALHA ABERTA E MALHA FECHADA
MALHA ABERTA E MALHA FECHADA
 
Auditor interno da Norma ISO 9001 2015 - Desmonstração
Auditor interno da Norma ISO 9001  2015 - DesmonstraçãoAuditor interno da Norma ISO 9001  2015 - Desmonstração
Auditor interno da Norma ISO 9001 2015 - Desmonstração
 
Elevação de Petróleo e Gás
Elevação de Petróleo e GásElevação de Petróleo e Gás
Elevação de Petróleo e Gás
 
3 1 simbologia-2
3 1   simbologia-23 1   simbologia-2
3 1 simbologia-2
 
Revisão geral ISO 9001
Revisão geral ISO 9001Revisão geral ISO 9001
Revisão geral ISO 9001
 
Aula - CLP & Linguagem Ladder
Aula - CLP & Linguagem LadderAula - CLP & Linguagem Ladder
Aula - CLP & Linguagem Ladder
 
Topografia representação do relevo notas de aula
Topografia representação do relevo notas de aulaTopografia representação do relevo notas de aula
Topografia representação do relevo notas de aula
 
ISO 9001
ISO 9001ISO 9001
ISO 9001
 
Sensores de Posição
Sensores de PosiçãoSensores de Posição
Sensores de Posição
 
Instrumentaçao Industrial - Introduçao
Instrumentaçao Industrial - IntroduçaoInstrumentaçao Industrial - Introduçao
Instrumentaçao Industrial - Introduçao
 
Passivos Ambientais - Discrepâncias na Valoração
Passivos Ambientais - Discrepâncias na ValoraçãoPassivos Ambientais - Discrepâncias na Valoração
Passivos Ambientais - Discrepâncias na Valoração
 
Simbologia instrumentacao if
Simbologia instrumentacao ifSimbologia instrumentacao if
Simbologia instrumentacao if
 
Aula 1 introdução à química orgânica.
Aula 1    introdução à química orgânica.Aula 1    introdução à química orgânica.
Aula 1 introdução à química orgânica.
 
Projeto exemplo - instalação elétrica residencial e predial
Projeto exemplo - instalação elétrica residencial e predialProjeto exemplo - instalação elétrica residencial e predial
Projeto exemplo - instalação elétrica residencial e predial
 
2009 - Introdução ao SGQ para Novos Colaboradores
2009 - Introdução ao SGQ para Novos Colaboradores2009 - Introdução ao SGQ para Novos Colaboradores
2009 - Introdução ao SGQ para Novos Colaboradores
 

Similaire à Introdução automação

Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Everton_michel
 
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Everton_michel
 
Sra ohara sra_2009_self-healing_s&c
Sra ohara sra_2009_self-healing_s&cSra ohara sra_2009_self-healing_s&c
Sra ohara sra_2009_self-healing_s&c
Fernando Albuquerque
 
Automação ind 6_2014
Automação ind 6_2014Automação ind 6_2014
Automação ind 6_2014
Marcio Oliani
 
Relatório de Projeto - Desenvolvimento de um Controlador de Rotação para Moto...
Relatório de Projeto - Desenvolvimento de um Controlador de Rotação para Moto...Relatório de Projeto - Desenvolvimento de um Controlador de Rotação para Moto...
Relatório de Projeto - Desenvolvimento de um Controlador de Rotação para Moto...
Gustavo Fernandes
 

Similaire à Introdução automação (20)

Introdução a Automação.
Introdução a Automação.Introdução a Automação.
Introdução a Automação.
 
Automatos programaveis
Automatos programaveisAutomatos programaveis
Automatos programaveis
 
Softstarter
SoftstarterSoftstarter
Softstarter
 
ceel2013_069
ceel2013_069ceel2013_069
ceel2013_069
 
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
 
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...Automação industrial   prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
Automação industrial prof. msc. marcelo eurípedes da silva, eep – escola de...
 
Automação de sistemas elétricos de potência
Automação de sistemas elétricos de potênciaAutomação de sistemas elétricos de potência
Automação de sistemas elétricos de potência
 
Sra ohara sra_2009_self-healing_s&c
Sra ohara sra_2009_self-healing_s&cSra ohara sra_2009_self-healing_s&c
Sra ohara sra_2009_self-healing_s&c
 
Apostila-automacao
Apostila-automacaoApostila-automacao
Apostila-automacao
 
Automação ind 6_2014
Automação ind 6_2014Automação ind 6_2014
Automação ind 6_2014
 
01 m
01 m01 m
01 m
 
Variador de velocidade
Variador de velocidadeVariador de velocidade
Variador de velocidade
 
Apostila automação controle de processos
Apostila automação controle de processosApostila automação controle de processos
Apostila automação controle de processos
 
Simulacao analise e_controle_de_motor_de_corrente_
Simulacao analise e_controle_de_motor_de_corrente_Simulacao analise e_controle_de_motor_de_corrente_
Simulacao analise e_controle_de_motor_de_corrente_
 
Aproveitamento Funcional de Sistemas Digitais em Subestações: Funções Automát...
Aproveitamento Funcional de Sistemas Digitais em Subestações: Funções Automát...Aproveitamento Funcional de Sistemas Digitais em Subestações: Funções Automát...
Aproveitamento Funcional de Sistemas Digitais em Subestações: Funções Automát...
 
Relatório de Projeto - Desenvolvimento de um Controlador de Rotação para Moto...
Relatório de Projeto - Desenvolvimento de um Controlador de Rotação para Moto...Relatório de Projeto - Desenvolvimento de um Controlador de Rotação para Moto...
Relatório de Projeto - Desenvolvimento de um Controlador de Rotação para Moto...
 
Altivar 31
Altivar 31Altivar 31
Altivar 31
 
Mec variadores velocidade
Mec variadores velocidadeMec variadores velocidade
Mec variadores velocidade
 
Cap1.pdf
Cap1.pdfCap1.pdf
Cap1.pdf
 
Motor CC no Matlab
Motor CC no MatlabMotor CC no Matlab
Motor CC no Matlab
 

Plus de panelada

Clp completa
Clp completaClp completa
Clp completa
panelada
 
Introdução automação
Introdução automaçãoIntrodução automação
Introdução automação
panelada
 
Elementos.de.analise.de.sistemas.de.potencia. .william.stevenson
Elementos.de.analise.de.sistemas.de.potencia. .william.stevensonElementos.de.analise.de.sistemas.de.potencia. .william.stevenson
Elementos.de.analise.de.sistemas.de.potencia. .william.stevenson
panelada
 
Harmonicas
HarmonicasHarmonicas
Harmonicas
panelada
 
Máquinas elétricas fitzgerald cap 6
Máquinas elétricas   fitzgerald cap 6Máquinas elétricas   fitzgerald cap 6
Máquinas elétricas fitzgerald cap 6
panelada
 
Ge protecao diferencial
Ge protecao diferencialGe protecao diferencial
Ge protecao diferencial
panelada
 
Temperatura
TemperaturaTemperatura
Temperatura
panelada
 
40003581 trabalho-de-maquinas-termicas
40003581 trabalho-de-maquinas-termicas40003581 trabalho-de-maquinas-termicas
40003581 trabalho-de-maquinas-termicas
panelada
 
Mecanismos complexos explicados visualmente!!!
Mecanismos complexos explicados visualmente!!!Mecanismos complexos explicados visualmente!!!
Mecanismos complexos explicados visualmente!!!
panelada
 
Eletronica de potencia_-_ashfaq_ahmed
Eletronica de potencia_-_ashfaq_ahmedEletronica de potencia_-_ashfaq_ahmed
Eletronica de potencia_-_ashfaq_ahmed
panelada
 

Plus de panelada (12)

Clp completa
Clp completaClp completa
Clp completa
 
Introdução automação
Introdução automaçãoIntrodução automação
Introdução automação
 
Elementos.de.analise.de.sistemas.de.potencia. .william.stevenson
Elementos.de.analise.de.sistemas.de.potencia. .william.stevensonElementos.de.analise.de.sistemas.de.potencia. .william.stevenson
Elementos.de.analise.de.sistemas.de.potencia. .william.stevenson
 
Harmonicas
HarmonicasHarmonicas
Harmonicas
 
Máquinas elétricas fitzgerald cap 6
Máquinas elétricas   fitzgerald cap 6Máquinas elétricas   fitzgerald cap 6
Máquinas elétricas fitzgerald cap 6
 
Ge protecao diferencial
Ge protecao diferencialGe protecao diferencial
Ge protecao diferencial
 
Temperatura
TemperaturaTemperatura
Temperatura
 
40003581 trabalho-de-maquinas-termicas
40003581 trabalho-de-maquinas-termicas40003581 trabalho-de-maquinas-termicas
40003581 trabalho-de-maquinas-termicas
 
Vazão
VazãoVazão
Vazão
 
Mecanismos complexos explicados visualmente!!!
Mecanismos complexos explicados visualmente!!!Mecanismos complexos explicados visualmente!!!
Mecanismos complexos explicados visualmente!!!
 
Eletronica de potencia_-_ashfaq_ahmed
Eletronica de potencia_-_ashfaq_ahmedEletronica de potencia_-_ashfaq_ahmed
Eletronica de potencia_-_ashfaq_ahmed
 
Nivel
NivelNivel
Nivel
 

Introdução automação

  • 2. A palavra automação está diretamente ligada ao controle automático, ou seja ações que não dependem da intervenção humana. Este conceito é discutível pois a “mão do homem” sempre será necessária, pois sem ela não seria possível a construção e implementação dos processos automáticos. Atualmente a automação industrial é muito aplicada para melhorar a produtividade e qualidade nos processos considerados repetitivos. A automação industrial pode ser entendida como uma tecnologia integradora de três áreas: a eletrônica responsável pelo hardware, a mecânica na forma de dispositivos mecânicos (atuadores) e a informática responsável pelo software que irá controlar todo o sistema. Desse modo, para efetivar projetos nesta área exige-se uma grande gama de conhecimentos, impondo uma formação muito ampla e diversificada dos projetistas, ou então um trabalho de equipe muito bem coordenado com perfis interdisciplinares.
  • 3. Os sistemas automatizados podem ser aplicados em simples máquina ou em toda indústria, como é o caso das usinas de cana e açúcar. A diferença está no número de elementos monitorados e controlados, denominados de “pontos”. Estes podem ser simples válvulas ou servomotores, cuja eletrônica de controle é bem complexa. De uma forma geral o processo sob controle tem o diagrama semelhante ao mostrado na figura abaixo, onde os citados pontos correspondem tanto aos atuadores quanto aos sensores.
  • 4. Os sensores são os elementos que fornecem informações sobre o sistema, correspondendo as entradas do controlador. Esses podem indicar variáveis físicas, tais como pressão e temperatura, ou simples estados, tal como um fim-de-curso posicionado em um cilindro pneumático.
  • 5. Os atuadores são os dispositivos responsáveis pela realização de trabalho no processo ao qual está se aplicando a automação. Podem ser magnéticos, hidráulicos, pneumáticos, elétricos, ou de acionamento misto
  • 6. O controlador é o elemento responsável pelo acionamento dos atuadores, levando em conta o estado das entradas (sensores) e as instruções do programa inserido em sua memória. Neste curso esses elemento será denominado de Controlador Lógico Programável (CLP).
  • 7. Automação é diferente de mecanização. A mecanização consiste simplesmente no uso de máquinas para realizar um trabalho, substituindo assim o esforço físico do homem. Já a automação possibilita fazer um trabalho por meio de máquinas controladas automaticamente, capazes de se regularem sozinhas.
  • 8. Componentes da automação A maioria dos sistemas modernos de automação, como os utilizados nas indústrias automobilística, siderúrgica, petroquímica e nos supermercados, é extremamente complexa e requer muitos ciclos de realimentação. Cada sistema de automação compõe-se de cinco elementos: Acionamento: Provê o sistema de energia para atingir determinado objetivo. É o caso dos motores elétricos, pistões hidráulicos, etc.
  • 9. Sensoriamento: Mede o desempenho do sistema de automação ou uma propriedade particular de algum de seus componentes. Exemplos: Termopares para medição de temperatura e encoders para medição de velocidade. Controle: Utiliza a informação dos sensores para regular o acionamento. Exemplo: Para manter o nível de água num reservatório, usamos um controlador de fluxo que abre ou fecha uma válvula de acordo com o consumo. Mesmo um robô requer um controlador para acionar o motor elétrico que o movimenta.
  • 10. Comparador ou elemento de decisão: Compara os valores medidos com valores preestabelecidos e toma a decisão de quando atuar no sistema. Exemplos: Termostatos e programas de computadores. Programas: Contêm informações de processo e permitem controlar as interações entre os diversos componentes
  • 11. Revisão de comandos elétricos Ressaltando a importância dos motores em sistemas automatizados, descreve-se abaixo os conceitos de comandos, necessários a manobra dos mesmos. Um dos pontos fundamentais para o entendimento dos comandos elétricos é a noção de que “os objetivos principais dos elementos em um painel elétrico são: a) proteger o operador; b) propiciar uma lógica de comando”. Partindo do princípio da proteção do operador, mostra-se na figura abaixo, uma seqüência genérica dos elementos necessários a partida e manobra de motores, onde são encontrados os seguintes elementos:
  • 12. Seccionamento: só pode ser operado sem carga. Usado durante a manutenção e verificação do circuito.
  • 13. Proteção contra correntes de curto-circuito: destina-se a proteção dos condutores do circuito terminal. Proteção contra correntes de sobrecarga: para proteger as bobinas do enrolamento do motor.
  • 14. Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e desligar o motor de forma segura, ou seja, sem que haja o contato do operador no circuito de potência, onde circula a maior corrente.
  • 15.
  • 16. Em comandos elétricos e automação trabalhar-se-á bastante com um elemento simples que é o contato. A partir do mesmo é que se forma toda lógica de um circuito e também é ele quem dá ou não a condução de corrente. Basicamente existem dois tipos de contatos, listados a seguir: • Contato Normalmente Aberto (NA): não há passagem de corrente elétrica na posição de repouso, como pode ser observado na figura abaixo. Desta forma a carga não estará acionada. • Contato Normalmente Fechado (NF): há passagem de corrente elétrica na posição de repouso, como pode ser observado na figura abaixo. Desta forma a carga estará acionada.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. Um sistema automático pode ser dividido em dois blocos principais: Os elementos de comando e os atuadores. Os atuadores são os componentes do sistema automático que que transformam a energia em trabalho. Os elementos de comando são os componentes que formam o comando propriamente dito.
  • 22.
  • 23. O comando constitui um conjunto de componentes que recebe as informações de entrada, processa-as e envia-as como informações de saída. Um comando pode ser realizado em malha aberta, onde as variáveis de entrada fornecem informações para o comando que as processa, segundo sua construção interna e libera informações de saída para os elementos comandados (atuadores).Neste tipo de comando se ocorrer uma perturbação que altere o comportamento do sistema, este não teria como avaliar se a instrução foi executada corretamente. O comando continuaria a enviar as informações de saída baseado somente nas informações de entrada.
  • 24. No comando em em malha fechada a variável controlada deve estar em torno de um valor previamente estabelecido. Neste tipo, as informações de saída não dependem só da construção interna do comando mas também das informações vindas do elemento comandado as quais são comparadas com as informações de entrada e se for necessário é feita a correção
  • 25. Os elementos comandados são os atuadores. Neste grupo, estão: • atuadores com acionamento linear: – cilindros: pneumáticos ou hidráulicos; – motores lineares • atuadores com acionamento rotativo: – motores: ∗ pneumáticos; ∗ hidráulicos; ∗ elétricos – cilindros giratórios
  • 27. 1) Dado o circuito abaixo : 1. Indique o circuito de potencia e comando; 2. Descreva a simbologia do circuito; 3. Explique o funcionamento do circuito;
  • 28. 2) Montar o circuito elétrico de uma bomba separando circuito de potencia e comando, conforme a descrição abaixo: Deseja-se controlar o nível de uma caixa d´água entre um valor máximo e mínimo; Existem para isto dois sensores de nível (boias), respectivamente, S1 (NF) (nível máximo) e S2 (NF) (nível mínimo); Para enchermos esta caixa, usamos uma bomba centrífuga que será ligada ou desligada pelo em função do nível da caixa. Se o sensor S2 estiver aberto, a bomba é ligada, permanecendo assim até que o sensor S1 seja ativado. Quando S1 é ativado, a bomba é desligada, permanecendo assim até que o sensor S2 abra novamente. Este controle automático pode ser desligado manualmente por uma botão NA com trava (retenção).