O documento descreve a evolução da vida na Terra ao longo do tempo geológico, com ênfase nos principais períodos da Era Paleozóica. Detalha os achados fósseis, mudanças climáticas e extinções em massa que ocorreram, assim como o surgimento e diversificação de plantas e animais terrestres e marinhos.
2. Paleontologia
Ciência natural que estuda a Vida do
passado da Terra e seu
desenvolvimento ao longo do tempo
geológico, bem como os processos
de integração da informação
biológica no registro
geológico (do Gr. palaiós, antigo
+ óntos, ser + lógos, tratado).
3. Onde está escrita a História da
Terra?
Podemos
encontrar
respostas a esta
questão nos
Fósseis, nas Rochas e
nas Paisagens
Geológicas.
4. Fósseis
Para que se forme um fóssil é
Fósseis (do latim fossilis) são os restos
necessário que as evidências sofram
materiais de antigos organismos ou
uma série de transformações
as manifestações da sua atividade,
químicas e físicas ao longo de um
que ficaram mais ou menos bem
período de tempo. Assim, só se
conservados nas rochas ou em
consideram fósseis os vestígios
outros fósseis.
orgânicos com mais de 13.000 anos .
5. Fósseis
•Evidências de partes do organismo como ossos, dentes,
Restos
troncos, chifres, ou o corpo inteiro em casos
materiais excepcionais
•Vestígios orgânicos, como estruturas reprodutoras (ovos,
sementes, esporos, pólenes, etc.),
•Excrementos (cuprólitos) e restos de construções
Manifestações orgânicas;
de atividade •Rastros, designados por icnofósseis ou icnitos, como
pegadas ou impressões de outras partes do corpo
(dentadas, por exemplo), pistas, galerias abertas em
rochas, esqueletos ou troncos, etc.
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24. Eras Geológicas
O tempo geológico tem uma duração de
quatro bilhões de anos, aproximadamente, A era é a divisão básica do tempo
dos quais somente os últimos quinhentos geológico e cada uma se subdivide em
milhões são bem conhecidos, mercê dos períodos. Com durações desiguais, as eras
fósseis, que começam a ser cada vez mais são quatro, a começar do momento em
abundantes a partir do que se registram fatos notáveis.
período cambriano.
25. Era Arqueozóica
A era proterozóica (arqueozóica), mais
antiga, em que existiam animais de corpo
mole e algas, sendo raros os fósseis, durou de
3 a 3,5 bilhões de anos.
26. Era Paleozóica
a era paleozóica, em que começou a aumentar os registros
fósseis animais e vegetais, idade dos invertebrados e dos
vertebrados primitivos.
A fauna constitui-se de uma maioria de invertebrados, entre
os quais dominam graptosoários, trilobitas e braquiópodes.
Os peixes apresentam com frequência uma couraça
dérmica, que se reduz à medida que aparecem as
verdadeiras escamas, anunciando os vertebrados terrestres.
28. Período Cambriano
O Cambriano é um período da Era Paleozóica, compreendendo em escala
geológica aproximadamente 542 milhões de anos, podendo ser subdividido em
épocas: Cambriano inferior, Cambriano médio e Cambriano superior.
De acordo com os indícios fossilíferos, durante esse período teria ocorrido uma das
maiores expansões e diversificação de organismos. Um dos eventos marcantes
com relação à fauna seria a considerável predominância dos invertebrados
marinhos, por exemplo, os trilobitas. Contudo também apresentando uma grande
irradiação de outros grupos como: equinodermos, anelídeos, moluscos, esponjas e
artrópodes.
Já entre os organismos que compõem a flora, as algas ocuparam uma extensa
distribuição, contribuindo consideravelmente com a formação de um ambiente
cada vez mais oxidante, visto que a concentração de oxigênio gradativamente se
elevava à medida que os seres fotossintetizantes se desenvolviam e multiplicavam,
proporcionando indiretamente a estabilidade climática.
32. Período Ordoviciano
No período Ordoviciano o norte dos trópicos era quase
inteiramente oceano, e a maior parte terrestre do mundo foi
confinada ao sul, o Gondwana. Durante todo o Ordoviciano,
o Gondwana foi deslocado para o pólo sul e muito dele ficou
debaixo d'água.
O Ordoviciano é o mais conhecido pela presença de seus
invertebrados marinhos diversos, incluindo graptozoários,
trilobites e braquiopodes. Uma comunidade marinha típica
conviveu com estes animais, algas vermelhas e verdes,
peixes primitivos, cefalópodes, corais, crinóides, e
gastrópodes. Mas recentemente, houve a evidência de
esporos trietes que são similares àqueles de plantas primitivas
terrestres, sugerindo que as plantas invadiram a terra neste
período.
33. Período Ordoviciano
O Ordoviciano é o período da Era Paleozóica ocorrido aproximadamente entre 510 a 433 milhões de anos,
sendo divido em três épocas: Ordoviciano Inferior (mais antigo), Médio, e Superior (mais “recente”). O clima
provavelmente era bem ameno, apresentando temperatura mediana e elevada umidade.
Durante essa passagem ocorreram várias transformações no planeta, entre elas eventos que incidiram sobre a
conformação continental (na litosfera). Chamada de Gondwana, a imensa massa continental ficou
praticamente restrita ao hemisfério sul, submetido a um intenso período de glaciação.
A vegetação é caracterizada pelo surgimento dos primeiros vegetais fixados ao substrato terrestre, havendo
uma grande predominância de algas que cobriam as regiões oceânicas.
Esse período marcou para os animais invertebrados, uma grande explosão quanto à diversidade de espécies.
O momento circunstanciou o surgimento dos primeiros peixes agnatas (sem mandíbula).
Contudo, ao final do Ordoviciano teria ocorrido um processo de extinção em massa, dizimando considerável
número de organismos, certamente caracterizado por um período interglacial.
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36. Período Ordoviciano
Na escala de tempo geológico,
o Siluriano ou Silúrico é
o período da era Paleozóica que está
compreendido entre 443 milhões e 700 mil e
416 milhões de anos atrás, aproximadamente.
No Siluriano a fauna teve que se recuperar da
extinção em massa do final do Ordoviciano,
porém ela manteve a predominância de
invertebrados,
principalmente trilobitas, crinóides, euriptéridos
(escorpiões marinhos) e cefalópodes; embora
os peixes já estivessem de diversificando
bastante.
Com relação a flora, este período é marcado
pelo surgimento das primeiras plantas terrestres.
39. Devoniano
Na escala de tempo geológico, o Devoniano ou Devónico, é
o período da era Paleozóica que está compreendido entre 416 milhões e 359
milhões de anos atrás, aproximadamente.
Neste período se formaram muitos depósitos de petróleo e gás natural que temos
hoje.
Neste período os continentes de Laurentia e Báltica colidem e formam o
continente de Euramérica, reduzindo o número de continentes do mundo para
três (os outros dois são Sibéria, no norte, e Gondwana, no sul).
Os continentes começam a se aproximar cada vez mais, já indicando sua futura
união para formar Pangéia.
O clima era quente e o nível dos oceanos alto. o que fez com que muitas terras
fossem cobertas por mares rasos, onde proliferavam grandes recifes de coral.
40. Devoniano
Durante o Devoniano, ocorre a proliferação dos peixes, que dominam de vez os ambientes aquáticos, motivo
pelo qual o Devoniano é conhecido como "a idade dos peixes"; surgem os primeiros tubarões e
os placodermos assumem o topo a cadeia alimentar, porém se extinguem no final do período, além disso, é neste
período que surgem os primeiros anfíbios.
Os graptólitos graptolóides extinguem-se e os trilobitas iniciam sua decadência.
Neste período também surgem as primeira formas de amonitas, que só seriam extintos no final do
período Cretáceo, junto com os dinossauros. Com relação a vida terrestre, esta permace dominada
por artrópodes, dentre eles escorpiões e centopéias.
Com relação as plantas, é neste período que licopódios, samambaias e progimnospermas formam os primeiros
bosques. Nestes bosques algumas samambaias arborescentese árvores (como Archaeopteris e a
classe Cladoxylopsida, por exemplo) podiam ultrapassar os 20 metros de altura. Muitas destas arvores já
apresentavam madeira de verdade (lignina) em seus troncos.
Essas primeiras florestas e se espalhavam se limites, devido ao fato de praticamente não existirem ainda
animais herbívoros. Elas também absolviam enormes quantidade dedióxido de carbono e bombeavam para a
atmosfera muito oxigênio, possivelmente estes fatos contribuíram para o maior desenvolvimento da vida terrestre
em nosso planeta.
44. Carbonífero
Na escala de tempo geológico, o Carbonífero ou Carbónico é
o período da era Paleozóica que está compreendido entre 359 milhões e
200 mil e 299 milhões de anos atrás, aproximadamente.
O Carbonifero tem este nome devido as grandes quantidades de carvão
mineral encontradas em formações rochosas da época na Inglaterra,
onde foram datadas pela primeira vez rochas deste período. Estas
grandes formações de carvão tem origem, segundo crêem os
especialistas, nas grandes florestas e pântanos que cobriam a maior parte
das terras imersas do período.
45. Carbonífero
O inicio do Carbonifero foi marcado por um
aumento do nível dos oceanos, que alagou
muitas terras baixas criando mares litorâneos
rasos. Porém tal efeito se reverteu em
meados do período (cerca de 318 milhões
de anos atrás).
A mudança nos níveis dos oceanos causou
considerável extinção na fauna marinha,
principalmente entre crinóides (40% das
espécies extintas) e amonitas (80% das
espécies extintas).
46. Carbonífero
Gondwana, o supercontinente do hemisfério sul,
sofreu uma grande glaciação neste período,
porém isto parece não ter causado diferença no
clima equatorial do período, que se
manteve tropical e propiciou o desenvolvimento
de exuberantes florestas e pântanos.
Também foi ao longo deste período que as
massas de terra se uniram para formar o
supercontinente Pangéia, que resistiu como
único continente mundial até a era dos
dinossauros.
48. Carbonífero
Um dos aspectos marcantes do Carbonifero foi a
proliferação das florestas e de novas formas de vida
vegetal, apesar de licopódios e samambaias ainda
predominarem.
Também merece resaltar que fora neste período que
ocorreu o desenvolvimento das Cicadáceas.
Algumas das árvores desse período poderiam
alcançar uma altura próxima aos 40 metros.
Também foi ao longo deste período que as massas
de terra se uniram para formar o
supercontinente Pangéia, que resistiu como único
continente mundial até a era dos dinossauros.
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50. Carbonífero
Dentre os animais, se destaca a extinção total
dos graptólitos e dos peixes mais primitivos (como
os placodermos, por exemplo). O período também
merece destaque pela proliferação dos animais terrestres,
com grande variedade de artrópodes e anfíbios, além do
surgimento dos primeiros répteis (os primeiros vertebrados
totalmente terrestres a surgir em nosso planeta) e dos
primeiros animais com a capacidade de voar (insetos,
muitos deles semelhantes a libélulas).
Ainda falando de artrópodes, merece destacar o grande
tamanho de alguns (como, por
exemplo, Arthropleura e Archimylacris) comparado com
os atuais, segundo crêem os cientistas, tal gigantismo
destas criaturas seria consequência de uma maior
porcentagem de oxigênio na atmosfera do período
(sendo que se considera que os níveis
de oxigênio na atmosfera naquele período superava os
35%, contra cerca de 21% da atualidade).
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52. Permiano
Na escala de tempo geológico, o Permiano ou Pérmico é
o período da era Paleozóica que está compreendido entre 299
milhões e 245 milhões de anos atrás, aproximadamente. Deve o seu
nome à cidade e região de Perm, na Rússia, onde se encontraram
formações rochosas do período.
No Brasil, a Formação Irati pertence a este período.
No Sudoeste do geoparque da Paleorrota há uma área
com fósseis do Permiano que datam a 270 milhões de anos.
Merecendo destaque para o chamado Mesosaurus brasiliensis, um
pequeno réptil aquático encontrado pelo cientista alemão Alfred
Wegener, em 1911, cuja similaridade com a espécie sul-africana do
fóssil o fez lançar as bases da teoria da deriva continental.
53. Permiano
Neste período, o ajuntamento de todas as massas de
terra para formar o supercontinente Pangéia se
consolidou. O desaparecimento dos mares interiores
fez com que o clima se tornasse mais seco no interior
do continente.
Longe dos ventos que traziam a umidade do mar,
estas regiões passaram a se converter em desertos
colossais, o que possivelmente dificultava muito a
sobrevivência de animais e plantas.
O clima mais seco também fez diminuir as grandes
florestas e pântanos (abundantes no Carbonífero),
assim os níveis de oxigênio da atmosfera também
diminuíram até níveis atuais, ou talvez até mesmo um
pouco inferiores.
54. Permiano
A flora é caracterizada pelo surgimento e pela
proliferação das coníferas, que se tornam as plantas
dominantes a partir deste período e se mantém até o
período Cretáceo, quando se dá a proliferação
das angiospermas. Outras plantas comuns da época
incluem cicadáceas e as chamadas samambaias com
sementes
Relativamente à fauna, se destacam o maior
desenvolvimento e diversificação dos répteis; que passam
a dominar definitivamente o mundo, atingindo grandes
porte (ex. Moschops) e o topo da cadeia alimentar
(ex. Dimetrodon); e a decadência
dos artrópodes gigantes; que se extinguem neste período.
Com a queda do nível de oxigênio da atmosfera, os
artrópodes terrestres já não podiam manter o grande
porte, embora nos ínicios do Permiano alguns espécimes
ainda persistiam (ex.: Apthoroblattina).
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56. Permiano
No permiano ainda não existiam lissanfíbios (anfíbios
modernos), mamíferos, tartarugas, lepidossauros (lagartos), pterossauros
e nem dinossauros, mas os ancestrais de todos estes grupos já existiam,
prontos para evoluir e lhes dar origem durante o triássico.
Na fauna terrestre do período se destacam um grupo de répteis que se
acredita terem sido os ancestrais dos mamíferos e inclusive
compartilhavam mais características com estes do que com os répteis
atuais, os sinapsídeos, os quais se dividiam em dois grupos principais:
os pelicossáurios (mais primitivos e que se extinguiram ao final do
período) e os terapsídeos (que sobreviveram incluso à extinção
massiva do final do período).
Nas águas doces havia anfíbios gigantes e no mar, tubarões primitivos,
moluscos cefalópodes, braquiópodes, trilobitas (embora estes já haviam
se tornado bem raros) eartrópodes gigantescos conhecidos
como escorpiões marinhos. As únicas criaturas voadoras do período
eram insetos, muitos deles bem semelhantes às
atuais libélulas (ex.:Meganeuropsis permiana).
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58. Extinção Permiana
O final do período Permiano é marcado por uma extinção
em massa de proporções nunca antes vistas, onde 95%
da vida na Terra desapareceu, incluindo os trilobites e os
escorpiões marinhos, esse evento é conhecido
como extinção Permo-triássica; porém alguns grupos
sobreviveram e voltaram a se desenvolver, entre eles
os amonites e os répteis terapsídeos.
As causas de tal extinção permanecem desconhecidas,
porém especialistas supõem se tratar de mudanças
climáticas extremas e bruscas.
Muitos também aceitam a hipótese da queda de um
gigantesco meteoro tê-la causado ou mesmo agravado.
Segundo os adeptos desta teoria, o meteoro teria caído
em alguma parte daonde é hoje o continente
da Antártida.