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Nova espécie de peixe é descrita para a Calha Norte do Rio
Amazonas
No coração do maior bloco de florestas tropicais protegidas do mundo, pesquisadores do Museu
Goeldi e da Universidade Federal do Pará encontram uma nova espécie de peixe.
Artigo publicado na Revista Zootaxa em janeiro de 2011 apresenta mais um resultado positivo
das expedições que desbravam a Calha Norte da Amazônia desde 2008. Dessa vez, o destaque
da pesquisa científica veio da área de Ictiologia, que descreve uma nova espécie de peixe
localizada no Igarapé Curuá, afluente da margem esquerda do Rio Amazonas (no estado do
Pará), na Estação Ecológica Grão Pará, a maior unidade de conservação de proteção integral
do mundo, com mais de 4 milhões de hectares.
“É um peixe muito pequeno, que foi coletado quase no fim dos trabalhos no igarapé. Devido ao
seu tamanho, acreditamos ser uma espécie difícil de ser encontrada, tanto que só conseguimos
coletar um único individuo” relata Wolmar Wosiacki. Wolmar é pesquisador e curador da coleção
ictiológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), e juntamente com Luciano Montag,
professor da Universidade Federal do Pará, e Daniel Coutinho, do Programa de Pós-Graduação
em Zoologia, mantido em parceria pelas duas instituições, são os autores do artigo que descreve
a espécie Stenolicmus ix.
Esta espécie de peixe se difere das outras pelo comprimento dos barbilhões (filamento olfativo
ou gustativo) nasais e maxilares; pelo padrão de coloração da região dorsal do tronco e pelos
olhos e comprimento da cabeça proporcionalmente grandes, entre outras características
descritas no artigo.
Habitat e comportamento - O indivíduo de Stenolicnus ix foi coletado com uma peneira nas
cabeceiras do Rio Curuá (PA) e, com ele, outras quinze espécies foram observadas. Segundo
os autores do artigo, não é possível afirmar o tipo de ambiente utilizado por S. ix, porque não
foram realizadas observações das espécies em seu habitat natural.
No entanto, pode-se sugerir uma associação a ambientes arenosos considerando o fato de que
a maioria das espécies próximas à descrita são associados a este tipo de ambiente. A nova
espécie é conhecida somente pelo exemplar encontrado durante as expedições à Calha Norte.
A Revista Zootaxa é a principal publicação sobre taxonomia do mundo, com mais de 8 mil autores
desde 2001. E pode ser acessada no link http://www.mapress.com/zootaxa/(...)

Texto: Vanessa Brasil, Joice Santos e Fernando Cardoso
Nova Espécie de Golfinho Descoberta na
Austrália
Aqui está algo que não acontece todos os dias – na verdade, desde 1800, só aconteceu
três vezes. Uma nova espécie de golfinho foi descoberta.
O novo golfinho, batizado de golfinho de Burrunan foi encontrado em duas populações
no Estado de Victoria, Austrália, uma população de cerca de 100 golfinhos e outra de
50. Estas populações de golfinhos distintas eram já conhecidas, mas foram as análises
de ADN que surpreenderam (de tal forma que os cientistas acharam que estavam
errados e repetiram-nos): estes golfinhos são geneticamente distintos dos dois
golfinhos-nariz-de-garrafa conhecidos, o comum (Tursiops truncatus) e o indo-pacifico
(Tursiops aduncus). É portanto uma nova espécie confirmada (Tursiops australis).
“O objetivo da investigação era descobrir a que espécie de golfinho-nariz-de-garrafa
pertenciam estas duas populações. Mas as sequências [de ADN] que obtivemos,
mostraram que são muito diferentes quer de uma, quer de outra” explicou a líder da
investigação, Kate Charlton-Robb, bióloga marinha da Universidade de Monash,
Australia.
Os cientistas estudaram também crânios destes golfinhos, recolhidos por museus
australianos no último século, e detectaram que existem diferenças cranianas entre este
novo golfinho e as outras duas espécies até agora conhecidas. Além disso, os novos
golfinhos de Burrunan têm uma barbatana dorsal mais curvada, um nariz mais
atarracado e uma “tricoloração” única – cinzento escuro, cinzento normal e branco.
Os 150 golfinhos de Burrunan conhecidos não são, contudo, em número suficiente para
que a espécie esteja segura. Esforços de conservação são necessários para que este
novo golfinho continue a existir.
Pesquisador encontra nova espécie de
perereca em Minas Gerais
A descoberta de duas novas espécies em Minas Gerais confirma a rica
biodiversidade do Brasil.
Belo Horizonte — Das cinco da manhã até a meia-noite, no meio da mata, à procura pelo
desconhecido. Poderia ser o roteiro de um filme de aventura, mas é só a rotina vivida durante
meses pelo pesquisador Clodoaldo Lopes de Assis, do Museu de Zoologia João Moojen, da
Universidade Federal de Viçosa (UFV). O esforço foi recompensado. Assis descobriu uma
espécie de perereca — a Aparasphenodon pomba — na localidade de Sinimbu, no município de
Cataguases, na Zona da Mata mineira. O artigo científico resultante da novidade foi publicado
há 15 dias na revista Zootaxa, da Nova Zelândia. O nome do anfíbio homenageia o Rio Pomba,
na região. Além de Assis, Leandro Braga Godinho, pesquisador da mesma instituição, encontrou,
na Bacia Hidrográfica do Médio São Francisco, um sapo não descrito na literatura: o
Proceratophrys carranca.
O primeiro exemplar da Aparasphenodon pomba foi encontrado em 2008, mas, só neste ano,
Assis conseguiu reunir a quantidade mínima de oito animais a fim de atestar que não se trata
apenas de um bicho já conhecido com algumas alterações. A perereca tem entre 5cm e 6cm e,
nas palavras do pesquisador, “parece uma onça”: dourada, com manchas beges e olhos
vermelhos. O pesquisador comparou o animal com todas as espécies do gênero, encontrando
diferenças

significativas

tanto

na

coloração

quanto

na

morfologia

interna.

Peneira, lanterna, máquina fotográfica, gravador e caderno para anotações foram as ferramentas
de campo usadas pelo biólogo para descobrir a A. pomba, considerada por ele uma espécie
difícil de ser observada e capturada. “Ela vive em bambuzais e, no período chuvoso, tem hábitos
reprodutivos explosivos. Reproduz-se em um pequeno período, quando está chovendo, e depois
some, volta para seu refúgio”, diz. O próximo passo, segundo ele, é encontrar o animal se
reproduzindo, gravar seu canto e achar o girino, para aprofundar os estudos.
Nova espécie de besouro surpreende cientistas
Uma nova espécie de besouro descoberta nas florestas da Guiana Francesa
surpreendeu os cientistas. Batizado “besouro espetacular de falsa forma da Guiana”
(Guyanemorpha spectabilis), ele apresenta tamanho maior e uma coloração muita mais
viva que outros insetos relacionados da tribo Pseudomorphini, conhecida por sua
convivência com diversas espécies de formigas.
Este surpreendentemente grande e colorido pseudomorphine foi um choque para mim,
já que todas outras espécies no Hemisfério Ocidental são de tediosa coloração marrom,
vermelho escura ou preta com nenhum ou pouco contraste na superfície superior –
explica Terry L. Erwin, pesquisador do Instituto Smithsonian e um dos autores de artigo
que descreve a nova espécie, publicado nesta terça-feira no periódico científico de
acesso aberto “ZooKeys”. - No mundo da entomologia, esta nova espécie só pode ser
comparada às raras características do Olinguito, uma nova espécie carnívora que
encantou o mundo e foi descrita recentemente por Kris Helgen também na “ZooKeys”.
Segundo os pesquisadores, o besouro foi encontrado nas planícies da selva da Guiana
Francesa e, como integrante da tribo Pseudomorphini, provavelmente convive com as
formigas da região, mas seu exato ciclo de vida ainda é desconhecido.
Os pseudomorphines são uma derivação evolucionária muito interessante da morfologia
normal da família Carabidae tanto em forma quanto em função e apenas recentemente
estão começando a ser compreendidos na América do Norte – acrescentou Erwin. - O
fato de uma espécie de gênero relacionado estar vivendo na América do Sul junto a
formigas arbóreas faz com que aprender sobre eles se torne ainda mais difícil. O uso de
inseticidas permite a captura de adultos desta espécie, mas só destruindo os
formigueiros suspensos nas árvores teremos suas larvas, o que não é trabalho para os
estudiosos mais fracos.
Bolsista da Univates descobre nova espécie de ácaro
Transeius gervasioi é a espécie de ácaro descoberta por Matheus dos Santos Rocha. Em todos
os ambientes a nossa volta, existe uma grande quantidade de seres vivos, muitos dos quais
ainda não foram classificados como espécie. Conforme dados da revista National Geographic,
no grupo dos aracnídeos, por exemplo, apenas 17% das espécies estimadas já foram
classificadas. O aluno do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da Univates Matheus dos
Santos Rocha está colaborando para que esse percentual cresça.
Recentemente ele descobriu nova espécie de ácaro: a Transeius gervasioi. Conforme o
estudante, que atua há três anos como bolsista de iniciação científica do Laboratório de
Acarologia, vinculado ao Museu de Ciências Naturais da Instituição, o nome gervasioi é uma
homenagem ao pesquisador Gervásio Carvalho, da Pucrs, um eminente entomólogo gaúcho
com o qual o grupo de pesquisa tem uma boa relação. A espécie foi encontrada no município de
Forquetinha, enquanto era realizado o Trabalho de Conclusão de Curso de Matheus em uma
área de regeneração ambiental, sobre folhas de Chicória (Cichorium intybus) e Tanchagem
(Plantago sp.). “Porém, não se pode excluir a possibilidade de encontrar essa espécie em outras
espécies vegetais”, afirma o acadêmico.
Ele conta que todo o processo para descrição de novas espécies é árduo, pois deve-se buscar
todas as espécies que pertencem ao mesmo gênero para definir quais são mais semelhantes,
levando em conta os caráteres morfológicos definidos pela literatura. “Esse gênero (Transeius)
possui outras 54 espécies. Sendo assim, tivemos que observar todas as descrições para
encontrar alguma que fosse semelhante”, diz. Para o estudante, a importância de descobrir
espécies é, principalmente, ampliar o conhecimento da biodiversidade onde vivemos. “Para mim,
é ter a oportunidade de poder fazer parte da história da acarologia, pois, toda vez que alguém
encontrar essa espécie em campo, saberá que o Laboratório de Acarologia da Univates a
descreveu”, comemora. Toda a pesquisa foi desenvolvida no local, desde a coleta e triagem do
material até o desenho e a descrição do novo ácaro. Além disso, o Laboratório de Acarologia
está em processo de publicação de mais 15 espécies, incluindo um novo gênero nos próximos
dois anos.
De acordo com Matheus, muitas dessas espécies e de outros trabalhos desenvolvidos no
laboratório contam com o auxílio de pesquisadores de outros países, como África do Sul, Grécia,
Polônia, Estados Unidos, Holanda, Espanha, entre outros. “Além de contribuir significativamente
para a comunidade científica, essas publicações colocam nosso laboratório entre os melhores
do país”, completa. Ainda, segundo ele, o artigo que descreve a nova espécie, de coautoria do
mestrando da UFPel Guilherme Liberato da Silva e do professor da Univates Noeli Juarez Ferla,
especialista em taxonomia desse grupo, foi publicado na International Journal of Acarology, uma
das mais importantes revistas científicas da área da acarologia.
Nova espécie de anta é descrita na região amazônica
por Clara Nobre de Camargo
Uma nova espécie de anta foi descoberta na região Norte do Brasil, mais
especificamente na divisa entre Rondônia e Amazonas. A pesquisa foi publicada no
início desta semana pelo Journal of Mammalogy, apesar de o estudo, iniciado pelo
paleontólogo Mario Cozzuol da UNIR (Universidade Federal de Rondônia) e UFMG
(Universidade Federal de Minas Gerais), ter começado há cerca de 10 anos.
Denominada Tapirus kabomani, a espécie é a primeira que se revela em 100 anos da
ordem Perissodactyla, da qual também fazem parte cavalos, zebras e rinocerontes.
Cozzuol afirma haver relatos dos povos indígenas da região, que apontavam esta nova
espécie como diferente das outras antas, porém foram sempre ignorados. “O
conhecimento da comunidade local precisa ser levado em conta e é o que fizemos em
nosso estudo, que culminou com a descoberta de uma nova espécie para a ciência",
contou o paleontólogo ao site mongabay.com.
O artigo afirma que as espécies de anta conhecidas, que atualmente são cinco contando
com esta nova, estão listadas como vulneráveis na lista da União Internacional para
Conservação da Natureza, devido à caça predatória do homem. As antas apareceram
há cerca de 50 milhões de anos, são caracterizadas por sua tromba curta que auxilia o
animal a agarrar-se à vegetação. É um mamífero de hábitos noturnos, além de ser um
excelente nadador e, no caso da Tapirus kabomani, habita regiões montanhosas.
"Como predadores de sementes e dispersores, elas têm um papel-chave na dinâmica
de florestas tropicais, Cerrado, Pantanal e ecossistemas de alta montanha ", escrevem
os cientistas no artigo sobre a espécie nova descoberta.
Xysticus grallator (Simon, 1932) – uma nova espécie de aranha para
Portugal
A espécie de aranha Xysticus grallator foi descrita por E. Simon na sua obra Les
Arachnides de France para a ilha da Córsega em 1932 e foi depois citada em Itália
(Sardenha) por Kraus em 1955 e em Espanha por Urones et al. em 1983.
Muito poucos exemplares foram encontrados até hoje e pouco se sabe também sobre
a biologia desta espécie.
Em Outubro de 2000, em Valverde (Évora), foi encontrado o primeiro exemplar em
Portugal (um macho), durante uma saída noturna sendo depois encontrados mais dois
machos em Outubro de 2003: um exatamente no mesmo local, o outro, a cerca de 7
Km. Estas novas citações para o território português, vêm ampliar para Sudoeste a área
de distribuição mundial conhecida de X. grallator Simon, 1914.
Facto curioso, é que em toda a área de distribuição conhecida, e ao longo de 72 anos,
os adultos desta espécie surgiram todos no mês de Outubro, o que sugere uma vida de
adulto muito curta com uma época de reprodução restrita.
Ao contrário das restantes espécies do género Xysticus, esta espécie apresenta patas
muito compridas facto que levou Simon a atribuir-lhe um grupo próprio chamado de
longipes ou “patas compridas”.
É possível que esta espécie tenha um comportamento mais arborícola que as restantes
e por isso seja menos robusta e mais ágil, parecendo ter preferência por zonas mais
húmidas.
O artigo com a citação desta espécie foi aceite pela RIA – Revista Ibérica de Aracnologia
e encontra-se em fase de publicação.
Com mais esta citação, eleva-se o número de espécies de aranhas conhecidas em
Portugal para 746 de acordo com a mais recente listagem oficial de P. Cardoso incluída
no site Aranhas.info. Este número aumenta todos os anos o que mostra o quanto ainda
nos falta conhecer sobre o nosso Património Natural.
Nova espécie de bambu descoberta em RPPN da Cenibra
Batizada com o nome Eremitis magnifica, uma nova espécie de bambu herbáceo foi
encontrada por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia e Universidade
Estadual de Feira de Santana em propriedade da CENIBRA, na Reserva de Patrimônio
Particular Natural (RPPN) Fazenda Macedônia.
O registro da descoberta foi oficializado com a publicação na revista científica
internacional Phytotaxa, da Nova Zelândia. De acordo com o artigo publicado, a espécie
pode ser considerada criticamente ameaçada de extinção, devido à sua raridade,
pequeno número de exemplares e ocorrência restrita a área da RPPN Fazenda
Macedônia. O artigo foi publicado pelo doutor Fabrício Moreira Ferreira, do
Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana,
com a participação de outros pesquisadores. Desde 2008 eles vêm realizando estudos
envolvendo filogenia e genética molecular, anatomia foliar, palinologia e estudos
morfológicos sobre o gênero Eremitis, que apresenta distribuição restrita à Floresta
Atlântica na costa Leste do Brasil. Entre as 18 novas espécies de Eremitis encontradas
e descritas, uma possuía características únicas, que as diferenciava das demais.
Após um aprofundamento dos estudos confirmou-se e publicou-se essa descoberta
científica. A descoberta de uma nova espécie é de extrema relevância para a ciência e
pode trazer diversos benefícios para toda a sociedade. Grande parte dos medicamentos
utilizados pela humanidade é extraída de plantas e a descoberta de uma nova espécie
amplia as possibilidades na busca pelo tratamento de doenças ainda incuráveis.
Após a publicação da descoberta, uma equipe do Departamento de Meio Ambiente e
Qualidade realizou novos levantamentos na Fazenda Macedônia e identificou cerca de
60 indivíduos da nova espécie. Trata-se de uma população muito pequena e, por esse
motivo, a equipe elaborou estratégias e ações para garantir a proteção e conservação
da Eremitis magnifica.
A descoberta de uma nova espécie é um indicativo da elevada qualidade ambiental do
manejo florestal praticado pela CENIBRA, que, pelo baixo impacto das operações
florestais e por conservar áreas extensas com vegetação nativa, abriga espécies raras,
endêmicas e ameaçadas de extinção.
Nova espécie de humanos “cara chata” pode ter sido descoberta
Acredita-se que a linhagem do ser humano Homo surgiu há 2,5 milhões de anos,
coincidindo com as evidências mais antigas de ferramentas, feitas de pedra. E até a
metade do século passado, acreditava-se que o ancestral humano mais antigo era o
Homo erectus.
50 anos atrás, na Garganta de Olduvai, foi descoberto outro hominídeo mais primitivo,
o Homo habilis, com o crânio menor e esqueleto mais simiesco.
Mais tarde, em 1972, foi descoberto no Quênia um outro crânio, que recebeu o nome
de KNM-ER 1470, e agitou o meio paleontológico desde então: alguns entendiam que
as características dele, como a face mais achatada e o cérebro maior que o do H. habilis,
indicavam tratar-se de uma nova espécie, que recebeu o nome provisório Homo
rudolfensis.
O problema era que a comparação era difícil de ser feita, já que só havia um pedaço do
crânio e nenhuma mandíbula do H. rudolfensis. A diferença entre ele e o H. habilis
poderia ser um caráter sexual secundário, por exemplo, ou uma variação geográfica.
Mas isto mudou com a descoberta de alguns fragmentos em 2007 e 2009, não mais de
10 quilômetros distante de onde o KNM-ER 1470 foi encontrado. Os novos fósseis tem
entre 1,78 e 1,95 milhões de anos, e receberam o nome de KNM-ER 60000 e KNM-ER
62000.
A foto que ilustra este artigo é uma reconstrução do crânio do H. rudolfensis, usando a
face encontrada em 1972, a mandíbula KNM-ER 60000, e um crânio obtido por
tomografia.
A análise das descobertas, publicada este mês, aponta que a mandíbula tem uma forma
em U, e diferente da mandíbula em V do H. habilis, o que indica que a dieta do novo
hominídeo era diferente: ele provavelmente era mais vegetariano. Por esta análise, o H.
rudolfensis realmente se trata de um novo hominídeo.
O trabalho, publicado por Meave Leakey, do Insituto Turkana Basin, do Quênia, Fred
Spoor, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, da Alemanha, e equipe de
colaboradores, sugere que dois milhões de anos atrás, no lago cercado de vegetação
luxuriante que existia ali no norte do Quênia, não só duas, mas três espécies de
hominídeos compartilhavam o mesmo ambiente.
O que aconteceu então com o H. habilis e o hominídeo descrito recentemente, que
talvez venha a se chamar H. rudolfensis? Um beco sem saída evolutivo? Será que o H.
erectus descende de alguma destas linhagens, ou de um outro Homo, ainda não
descoberto?
Nova espécie de lêmure em Madagascar está em risco extremo
de extinção
No Sudeste da ilha de Madagáscar, na época das chuvas, as poucas dezenas de
lêmures-anões-lavasoa param de hibernar e tornam-se ativos nas florestas. Em 2001,
estes primatas foram observados pela primeira vez por um cientista, mas só agora se
compreendeu que pertencem a uma espécie nova para a ciência. O artigo com a
descoberta foi agora publicado na revista Molecular Phylogenetics and Evolution.
Madagascar terá recebido há cerca de 60 milhões de anos a espécie de lêmure
antepassada das que hoje lá habitam. Não se sabe exatamente como é que lá chegou,
mas teve oportunidade de prosperar e de se diversificar nas florestas distribuídas pela
ilha – que tem 6,3 vezes o tamanho de Portugal – sem a competição de outros primatas
que, entretanto, levaram à extinção as antigas espécies de lémures que viviam no
continente africano.
Hoje, conhecem-se cerca de 100 espécies de lémures. Todas vivem em Madagascar, à
exceção de duas que habitam as ilhas Comores, mas que foram provavelmente
introduzidas lá por pessoas.
A nova espécie Cheirogaleus lavasoensis é um lêmure-anão que se pensava pertencer
à espécie Cheirogaleus crossleyi. Mas investigadores do Instituto de Antropologia da
Universidade Johannes Gutenberg em Mainz, na Alemanha, capturaram 51 lémuresanões em nove locais diferentes para lhes retirarem amostras de tecido. Os animais
foram devolvidos à natureza. Com as amostras, os cientistas fizeram análises
moleculares e genéticas, para compreender melhor a diversidade genética entre
diferentes géneros de lémures.
“Fizemos uma análise exaustiva para examinar a diversidade genética de dois géneros
de lémures que têm um parentesco próximo, o género Cheirogaleus (lémur-anão) e o
Microcebus. A comparação revelou que a diversidade de lémures-anões era maior do
que o que se pensava anteriormente”, explica em comunicado Dana Thiele, uma das
autoras do artigo.
Dessa forma, a equipe identificou o Cheirogaleus lavasoensis. A espécie vive apenas
em três pequenos fragmentos de floresta, isolados uns dos outros, e que ficam
inundados na altura das chuvas quando este animal se torna ativo. Uma estimativa
preliminar da população aponta para a existência de apenas 50 indivíduos, o que coloca
a espécie num risco extremo de extinção. A perda de habitat e a caça são duas ameaças
que fazem com que muitas espécies de lémures estejam à beira da extinção.
Descoberta nova espécie de tartaruga com 145 milhões de anos nas arribas de Mafra
Os paleontólogos espanhóis Francisco Ortega e Adán Pérez-García anunciam hoje em Torres
Vedras a descoberta de uma nova espécie de tartaruga com 145 milhões de anos, cujo fóssil foi
descoberto nas arribas de uma praia em Mafra. "Sabíamos que estas tartarugas se encontravam
unicamente na Europa e apenas na Inglaterra no Cretáceo Inferior (há 65 milhões de anos), mas
este achado em Portugal permitiu-nos descobrir uma tartaruga com 80 milhões de diferença
daquela, porque esta é do Jurássico Superior e tem 145 milhões de anos", afirmou Francisco
Ortega, paleontólogo e diretor científico da Sociedade de História Natural de Torres Vedras, à
agência Lusa.
As semelhanças existentes entre elas permitiram aos cientistas perceber que pertencem à
mesma família das "eucryptodiras", de que fazem parte tartarugas atuais, mas as diferenças
anatômicas entre ambas levaram-nos a concluir que se tratava de uma nova espécie para a
ciência, a que apelidaram de Hylaeochelys kappa’. "Tem formas um pouco mais primitivas do
que a da Inglaterra, como uma carapaça mais aplanada do que a das outras que são mais
redondas, o que não é tão comum nas tartarugas", explicou o também professor na Universidade
Nacional de Educação à Distância, em Madrid. Essa característica levou os investigadores a
inspirarem-se num episódio em que os japoneses, no século XVI, confundiram as cabeças dos
frades franciscanos portugueses com as figuras mitológicas japonesas `kappas`, semelhantes a
tartarugas, por terem a cabeça parecida à carapaça das tartarugas, para apelidarem a nova
espécie.
Trata-se de uma tartaruga de água doce adulta, cuja carapaça de meio metro de diâmetro foi
encontrada quase completa. O achado foi feito em 2011 na praia do Porto Barril, concelho de
Mafra, por José Joaquim dos Santos, um cidadão de Torres Vedras que, nos seus tempos livres
de carpinteiro, se ocupa a encontrar achados de dinossauro e outros animais nas arribas.
A descoberta foi validada pela comunidade científica, depois de a Academia das Ciências
francesa ter aprovado a publicação para breve do artigo científico na sua revista. Para os
cientistas, este grupo de tartarugas confinado à Europa vem corroborar a tese de que, com a
abertura do Atlântico Norte no Jurássico Superior e a separação dos continentes europeu e
americano, começou a existir faunas diferentes dos dois lados que se tornou mais patente no
Cretáceo. Nos últimos 20 dias, José Joaquim dos Santos recolheu alguns milhares de fósseis
pertencentes a dinossauros, tartarugas, crocodilos, peixes e até tubarões, cuja coleção foi
vendida em 2009 à Câmara de Torres Vedras, para vir a expô-los num futuro museu. A coleção
tem vindo a ser estudada desde essa altura por investigadores associados da Sociedade de
História Natural.

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  • 1. Nova espécie de peixe é descrita para a Calha Norte do Rio Amazonas No coração do maior bloco de florestas tropicais protegidas do mundo, pesquisadores do Museu Goeldi e da Universidade Federal do Pará encontram uma nova espécie de peixe. Artigo publicado na Revista Zootaxa em janeiro de 2011 apresenta mais um resultado positivo das expedições que desbravam a Calha Norte da Amazônia desde 2008. Dessa vez, o destaque da pesquisa científica veio da área de Ictiologia, que descreve uma nova espécie de peixe localizada no Igarapé Curuá, afluente da margem esquerda do Rio Amazonas (no estado do Pará), na Estação Ecológica Grão Pará, a maior unidade de conservação de proteção integral do mundo, com mais de 4 milhões de hectares. “É um peixe muito pequeno, que foi coletado quase no fim dos trabalhos no igarapé. Devido ao seu tamanho, acreditamos ser uma espécie difícil de ser encontrada, tanto que só conseguimos coletar um único individuo” relata Wolmar Wosiacki. Wolmar é pesquisador e curador da coleção ictiológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), e juntamente com Luciano Montag, professor da Universidade Federal do Pará, e Daniel Coutinho, do Programa de Pós-Graduação em Zoologia, mantido em parceria pelas duas instituições, são os autores do artigo que descreve a espécie Stenolicmus ix. Esta espécie de peixe se difere das outras pelo comprimento dos barbilhões (filamento olfativo ou gustativo) nasais e maxilares; pelo padrão de coloração da região dorsal do tronco e pelos olhos e comprimento da cabeça proporcionalmente grandes, entre outras características descritas no artigo. Habitat e comportamento - O indivíduo de Stenolicnus ix foi coletado com uma peneira nas cabeceiras do Rio Curuá (PA) e, com ele, outras quinze espécies foram observadas. Segundo os autores do artigo, não é possível afirmar o tipo de ambiente utilizado por S. ix, porque não foram realizadas observações das espécies em seu habitat natural. No entanto, pode-se sugerir uma associação a ambientes arenosos considerando o fato de que a maioria das espécies próximas à descrita são associados a este tipo de ambiente. A nova espécie é conhecida somente pelo exemplar encontrado durante as expedições à Calha Norte. A Revista Zootaxa é a principal publicação sobre taxonomia do mundo, com mais de 8 mil autores desde 2001. E pode ser acessada no link http://www.mapress.com/zootaxa/(...) Texto: Vanessa Brasil, Joice Santos e Fernando Cardoso
  • 2. Nova Espécie de Golfinho Descoberta na Austrália Aqui está algo que não acontece todos os dias – na verdade, desde 1800, só aconteceu três vezes. Uma nova espécie de golfinho foi descoberta. O novo golfinho, batizado de golfinho de Burrunan foi encontrado em duas populações no Estado de Victoria, Austrália, uma população de cerca de 100 golfinhos e outra de 50. Estas populações de golfinhos distintas eram já conhecidas, mas foram as análises de ADN que surpreenderam (de tal forma que os cientistas acharam que estavam errados e repetiram-nos): estes golfinhos são geneticamente distintos dos dois golfinhos-nariz-de-garrafa conhecidos, o comum (Tursiops truncatus) e o indo-pacifico (Tursiops aduncus). É portanto uma nova espécie confirmada (Tursiops australis). “O objetivo da investigação era descobrir a que espécie de golfinho-nariz-de-garrafa pertenciam estas duas populações. Mas as sequências [de ADN] que obtivemos, mostraram que são muito diferentes quer de uma, quer de outra” explicou a líder da investigação, Kate Charlton-Robb, bióloga marinha da Universidade de Monash, Australia. Os cientistas estudaram também crânios destes golfinhos, recolhidos por museus australianos no último século, e detectaram que existem diferenças cranianas entre este novo golfinho e as outras duas espécies até agora conhecidas. Além disso, os novos golfinhos de Burrunan têm uma barbatana dorsal mais curvada, um nariz mais atarracado e uma “tricoloração” única – cinzento escuro, cinzento normal e branco. Os 150 golfinhos de Burrunan conhecidos não são, contudo, em número suficiente para que a espécie esteja segura. Esforços de conservação são necessários para que este novo golfinho continue a existir.
  • 3. Pesquisador encontra nova espécie de perereca em Minas Gerais A descoberta de duas novas espécies em Minas Gerais confirma a rica biodiversidade do Brasil. Belo Horizonte — Das cinco da manhã até a meia-noite, no meio da mata, à procura pelo desconhecido. Poderia ser o roteiro de um filme de aventura, mas é só a rotina vivida durante meses pelo pesquisador Clodoaldo Lopes de Assis, do Museu de Zoologia João Moojen, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O esforço foi recompensado. Assis descobriu uma espécie de perereca — a Aparasphenodon pomba — na localidade de Sinimbu, no município de Cataguases, na Zona da Mata mineira. O artigo científico resultante da novidade foi publicado há 15 dias na revista Zootaxa, da Nova Zelândia. O nome do anfíbio homenageia o Rio Pomba, na região. Além de Assis, Leandro Braga Godinho, pesquisador da mesma instituição, encontrou, na Bacia Hidrográfica do Médio São Francisco, um sapo não descrito na literatura: o Proceratophrys carranca. O primeiro exemplar da Aparasphenodon pomba foi encontrado em 2008, mas, só neste ano, Assis conseguiu reunir a quantidade mínima de oito animais a fim de atestar que não se trata apenas de um bicho já conhecido com algumas alterações. A perereca tem entre 5cm e 6cm e, nas palavras do pesquisador, “parece uma onça”: dourada, com manchas beges e olhos vermelhos. O pesquisador comparou o animal com todas as espécies do gênero, encontrando diferenças significativas tanto na coloração quanto na morfologia interna. Peneira, lanterna, máquina fotográfica, gravador e caderno para anotações foram as ferramentas de campo usadas pelo biólogo para descobrir a A. pomba, considerada por ele uma espécie difícil de ser observada e capturada. “Ela vive em bambuzais e, no período chuvoso, tem hábitos reprodutivos explosivos. Reproduz-se em um pequeno período, quando está chovendo, e depois some, volta para seu refúgio”, diz. O próximo passo, segundo ele, é encontrar o animal se reproduzindo, gravar seu canto e achar o girino, para aprofundar os estudos.
  • 4. Nova espécie de besouro surpreende cientistas Uma nova espécie de besouro descoberta nas florestas da Guiana Francesa surpreendeu os cientistas. Batizado “besouro espetacular de falsa forma da Guiana” (Guyanemorpha spectabilis), ele apresenta tamanho maior e uma coloração muita mais viva que outros insetos relacionados da tribo Pseudomorphini, conhecida por sua convivência com diversas espécies de formigas. Este surpreendentemente grande e colorido pseudomorphine foi um choque para mim, já que todas outras espécies no Hemisfério Ocidental são de tediosa coloração marrom, vermelho escura ou preta com nenhum ou pouco contraste na superfície superior – explica Terry L. Erwin, pesquisador do Instituto Smithsonian e um dos autores de artigo que descreve a nova espécie, publicado nesta terça-feira no periódico científico de acesso aberto “ZooKeys”. - No mundo da entomologia, esta nova espécie só pode ser comparada às raras características do Olinguito, uma nova espécie carnívora que encantou o mundo e foi descrita recentemente por Kris Helgen também na “ZooKeys”. Segundo os pesquisadores, o besouro foi encontrado nas planícies da selva da Guiana Francesa e, como integrante da tribo Pseudomorphini, provavelmente convive com as formigas da região, mas seu exato ciclo de vida ainda é desconhecido. Os pseudomorphines são uma derivação evolucionária muito interessante da morfologia normal da família Carabidae tanto em forma quanto em função e apenas recentemente estão começando a ser compreendidos na América do Norte – acrescentou Erwin. - O fato de uma espécie de gênero relacionado estar vivendo na América do Sul junto a formigas arbóreas faz com que aprender sobre eles se torne ainda mais difícil. O uso de inseticidas permite a captura de adultos desta espécie, mas só destruindo os formigueiros suspensos nas árvores teremos suas larvas, o que não é trabalho para os estudiosos mais fracos.
  • 5. Bolsista da Univates descobre nova espécie de ácaro Transeius gervasioi é a espécie de ácaro descoberta por Matheus dos Santos Rocha. Em todos os ambientes a nossa volta, existe uma grande quantidade de seres vivos, muitos dos quais ainda não foram classificados como espécie. Conforme dados da revista National Geographic, no grupo dos aracnídeos, por exemplo, apenas 17% das espécies estimadas já foram classificadas. O aluno do curso de licenciatura em Ciências Biológicas da Univates Matheus dos Santos Rocha está colaborando para que esse percentual cresça. Recentemente ele descobriu nova espécie de ácaro: a Transeius gervasioi. Conforme o estudante, que atua há três anos como bolsista de iniciação científica do Laboratório de Acarologia, vinculado ao Museu de Ciências Naturais da Instituição, o nome gervasioi é uma homenagem ao pesquisador Gervásio Carvalho, da Pucrs, um eminente entomólogo gaúcho com o qual o grupo de pesquisa tem uma boa relação. A espécie foi encontrada no município de Forquetinha, enquanto era realizado o Trabalho de Conclusão de Curso de Matheus em uma área de regeneração ambiental, sobre folhas de Chicória (Cichorium intybus) e Tanchagem (Plantago sp.). “Porém, não se pode excluir a possibilidade de encontrar essa espécie em outras espécies vegetais”, afirma o acadêmico. Ele conta que todo o processo para descrição de novas espécies é árduo, pois deve-se buscar todas as espécies que pertencem ao mesmo gênero para definir quais são mais semelhantes, levando em conta os caráteres morfológicos definidos pela literatura. “Esse gênero (Transeius) possui outras 54 espécies. Sendo assim, tivemos que observar todas as descrições para encontrar alguma que fosse semelhante”, diz. Para o estudante, a importância de descobrir espécies é, principalmente, ampliar o conhecimento da biodiversidade onde vivemos. “Para mim, é ter a oportunidade de poder fazer parte da história da acarologia, pois, toda vez que alguém encontrar essa espécie em campo, saberá que o Laboratório de Acarologia da Univates a descreveu”, comemora. Toda a pesquisa foi desenvolvida no local, desde a coleta e triagem do material até o desenho e a descrição do novo ácaro. Além disso, o Laboratório de Acarologia está em processo de publicação de mais 15 espécies, incluindo um novo gênero nos próximos dois anos. De acordo com Matheus, muitas dessas espécies e de outros trabalhos desenvolvidos no laboratório contam com o auxílio de pesquisadores de outros países, como África do Sul, Grécia, Polônia, Estados Unidos, Holanda, Espanha, entre outros. “Além de contribuir significativamente para a comunidade científica, essas publicações colocam nosso laboratório entre os melhores do país”, completa. Ainda, segundo ele, o artigo que descreve a nova espécie, de coautoria do mestrando da UFPel Guilherme Liberato da Silva e do professor da Univates Noeli Juarez Ferla, especialista em taxonomia desse grupo, foi publicado na International Journal of Acarology, uma das mais importantes revistas científicas da área da acarologia.
  • 6. Nova espécie de anta é descrita na região amazônica por Clara Nobre de Camargo Uma nova espécie de anta foi descoberta na região Norte do Brasil, mais especificamente na divisa entre Rondônia e Amazonas. A pesquisa foi publicada no início desta semana pelo Journal of Mammalogy, apesar de o estudo, iniciado pelo paleontólogo Mario Cozzuol da UNIR (Universidade Federal de Rondônia) e UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), ter começado há cerca de 10 anos. Denominada Tapirus kabomani, a espécie é a primeira que se revela em 100 anos da ordem Perissodactyla, da qual também fazem parte cavalos, zebras e rinocerontes. Cozzuol afirma haver relatos dos povos indígenas da região, que apontavam esta nova espécie como diferente das outras antas, porém foram sempre ignorados. “O conhecimento da comunidade local precisa ser levado em conta e é o que fizemos em nosso estudo, que culminou com a descoberta de uma nova espécie para a ciência", contou o paleontólogo ao site mongabay.com. O artigo afirma que as espécies de anta conhecidas, que atualmente são cinco contando com esta nova, estão listadas como vulneráveis na lista da União Internacional para Conservação da Natureza, devido à caça predatória do homem. As antas apareceram há cerca de 50 milhões de anos, são caracterizadas por sua tromba curta que auxilia o animal a agarrar-se à vegetação. É um mamífero de hábitos noturnos, além de ser um excelente nadador e, no caso da Tapirus kabomani, habita regiões montanhosas. "Como predadores de sementes e dispersores, elas têm um papel-chave na dinâmica de florestas tropicais, Cerrado, Pantanal e ecossistemas de alta montanha ", escrevem os cientistas no artigo sobre a espécie nova descoberta.
  • 7. Xysticus grallator (Simon, 1932) – uma nova espécie de aranha para Portugal A espécie de aranha Xysticus grallator foi descrita por E. Simon na sua obra Les Arachnides de France para a ilha da Córsega em 1932 e foi depois citada em Itália (Sardenha) por Kraus em 1955 e em Espanha por Urones et al. em 1983. Muito poucos exemplares foram encontrados até hoje e pouco se sabe também sobre a biologia desta espécie. Em Outubro de 2000, em Valverde (Évora), foi encontrado o primeiro exemplar em Portugal (um macho), durante uma saída noturna sendo depois encontrados mais dois machos em Outubro de 2003: um exatamente no mesmo local, o outro, a cerca de 7 Km. Estas novas citações para o território português, vêm ampliar para Sudoeste a área de distribuição mundial conhecida de X. grallator Simon, 1914. Facto curioso, é que em toda a área de distribuição conhecida, e ao longo de 72 anos, os adultos desta espécie surgiram todos no mês de Outubro, o que sugere uma vida de adulto muito curta com uma época de reprodução restrita. Ao contrário das restantes espécies do género Xysticus, esta espécie apresenta patas muito compridas facto que levou Simon a atribuir-lhe um grupo próprio chamado de longipes ou “patas compridas”. É possível que esta espécie tenha um comportamento mais arborícola que as restantes e por isso seja menos robusta e mais ágil, parecendo ter preferência por zonas mais húmidas. O artigo com a citação desta espécie foi aceite pela RIA – Revista Ibérica de Aracnologia e encontra-se em fase de publicação. Com mais esta citação, eleva-se o número de espécies de aranhas conhecidas em Portugal para 746 de acordo com a mais recente listagem oficial de P. Cardoso incluída no site Aranhas.info. Este número aumenta todos os anos o que mostra o quanto ainda nos falta conhecer sobre o nosso Património Natural.
  • 8. Nova espécie de bambu descoberta em RPPN da Cenibra Batizada com o nome Eremitis magnifica, uma nova espécie de bambu herbáceo foi encontrada por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia e Universidade Estadual de Feira de Santana em propriedade da CENIBRA, na Reserva de Patrimônio Particular Natural (RPPN) Fazenda Macedônia. O registro da descoberta foi oficializado com a publicação na revista científica internacional Phytotaxa, da Nova Zelândia. De acordo com o artigo publicado, a espécie pode ser considerada criticamente ameaçada de extinção, devido à sua raridade, pequeno número de exemplares e ocorrência restrita a área da RPPN Fazenda Macedônia. O artigo foi publicado pelo doutor Fabrício Moreira Ferreira, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana, com a participação de outros pesquisadores. Desde 2008 eles vêm realizando estudos envolvendo filogenia e genética molecular, anatomia foliar, palinologia e estudos morfológicos sobre o gênero Eremitis, que apresenta distribuição restrita à Floresta Atlântica na costa Leste do Brasil. Entre as 18 novas espécies de Eremitis encontradas e descritas, uma possuía características únicas, que as diferenciava das demais. Após um aprofundamento dos estudos confirmou-se e publicou-se essa descoberta científica. A descoberta de uma nova espécie é de extrema relevância para a ciência e pode trazer diversos benefícios para toda a sociedade. Grande parte dos medicamentos utilizados pela humanidade é extraída de plantas e a descoberta de uma nova espécie amplia as possibilidades na busca pelo tratamento de doenças ainda incuráveis. Após a publicação da descoberta, uma equipe do Departamento de Meio Ambiente e Qualidade realizou novos levantamentos na Fazenda Macedônia e identificou cerca de 60 indivíduos da nova espécie. Trata-se de uma população muito pequena e, por esse motivo, a equipe elaborou estratégias e ações para garantir a proteção e conservação da Eremitis magnifica. A descoberta de uma nova espécie é um indicativo da elevada qualidade ambiental do manejo florestal praticado pela CENIBRA, que, pelo baixo impacto das operações florestais e por conservar áreas extensas com vegetação nativa, abriga espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção.
  • 9. Nova espécie de humanos “cara chata” pode ter sido descoberta Acredita-se que a linhagem do ser humano Homo surgiu há 2,5 milhões de anos, coincidindo com as evidências mais antigas de ferramentas, feitas de pedra. E até a metade do século passado, acreditava-se que o ancestral humano mais antigo era o Homo erectus. 50 anos atrás, na Garganta de Olduvai, foi descoberto outro hominídeo mais primitivo, o Homo habilis, com o crânio menor e esqueleto mais simiesco. Mais tarde, em 1972, foi descoberto no Quênia um outro crânio, que recebeu o nome de KNM-ER 1470, e agitou o meio paleontológico desde então: alguns entendiam que as características dele, como a face mais achatada e o cérebro maior que o do H. habilis, indicavam tratar-se de uma nova espécie, que recebeu o nome provisório Homo rudolfensis. O problema era que a comparação era difícil de ser feita, já que só havia um pedaço do crânio e nenhuma mandíbula do H. rudolfensis. A diferença entre ele e o H. habilis poderia ser um caráter sexual secundário, por exemplo, ou uma variação geográfica. Mas isto mudou com a descoberta de alguns fragmentos em 2007 e 2009, não mais de 10 quilômetros distante de onde o KNM-ER 1470 foi encontrado. Os novos fósseis tem entre 1,78 e 1,95 milhões de anos, e receberam o nome de KNM-ER 60000 e KNM-ER 62000. A foto que ilustra este artigo é uma reconstrução do crânio do H. rudolfensis, usando a face encontrada em 1972, a mandíbula KNM-ER 60000, e um crânio obtido por tomografia. A análise das descobertas, publicada este mês, aponta que a mandíbula tem uma forma em U, e diferente da mandíbula em V do H. habilis, o que indica que a dieta do novo hominídeo era diferente: ele provavelmente era mais vegetariano. Por esta análise, o H. rudolfensis realmente se trata de um novo hominídeo. O trabalho, publicado por Meave Leakey, do Insituto Turkana Basin, do Quênia, Fred Spoor, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, da Alemanha, e equipe de colaboradores, sugere que dois milhões de anos atrás, no lago cercado de vegetação luxuriante que existia ali no norte do Quênia, não só duas, mas três espécies de hominídeos compartilhavam o mesmo ambiente. O que aconteceu então com o H. habilis e o hominídeo descrito recentemente, que talvez venha a se chamar H. rudolfensis? Um beco sem saída evolutivo? Será que o H. erectus descende de alguma destas linhagens, ou de um outro Homo, ainda não descoberto?
  • 10. Nova espécie de lêmure em Madagascar está em risco extremo de extinção No Sudeste da ilha de Madagáscar, na época das chuvas, as poucas dezenas de lêmures-anões-lavasoa param de hibernar e tornam-se ativos nas florestas. Em 2001, estes primatas foram observados pela primeira vez por um cientista, mas só agora se compreendeu que pertencem a uma espécie nova para a ciência. O artigo com a descoberta foi agora publicado na revista Molecular Phylogenetics and Evolution. Madagascar terá recebido há cerca de 60 milhões de anos a espécie de lêmure antepassada das que hoje lá habitam. Não se sabe exatamente como é que lá chegou, mas teve oportunidade de prosperar e de se diversificar nas florestas distribuídas pela ilha – que tem 6,3 vezes o tamanho de Portugal – sem a competição de outros primatas que, entretanto, levaram à extinção as antigas espécies de lémures que viviam no continente africano. Hoje, conhecem-se cerca de 100 espécies de lémures. Todas vivem em Madagascar, à exceção de duas que habitam as ilhas Comores, mas que foram provavelmente introduzidas lá por pessoas. A nova espécie Cheirogaleus lavasoensis é um lêmure-anão que se pensava pertencer à espécie Cheirogaleus crossleyi. Mas investigadores do Instituto de Antropologia da Universidade Johannes Gutenberg em Mainz, na Alemanha, capturaram 51 lémuresanões em nove locais diferentes para lhes retirarem amostras de tecido. Os animais foram devolvidos à natureza. Com as amostras, os cientistas fizeram análises moleculares e genéticas, para compreender melhor a diversidade genética entre diferentes géneros de lémures. “Fizemos uma análise exaustiva para examinar a diversidade genética de dois géneros de lémures que têm um parentesco próximo, o género Cheirogaleus (lémur-anão) e o Microcebus. A comparação revelou que a diversidade de lémures-anões era maior do que o que se pensava anteriormente”, explica em comunicado Dana Thiele, uma das autoras do artigo. Dessa forma, a equipe identificou o Cheirogaleus lavasoensis. A espécie vive apenas em três pequenos fragmentos de floresta, isolados uns dos outros, e que ficam inundados na altura das chuvas quando este animal se torna ativo. Uma estimativa preliminar da população aponta para a existência de apenas 50 indivíduos, o que coloca a espécie num risco extremo de extinção. A perda de habitat e a caça são duas ameaças que fazem com que muitas espécies de lémures estejam à beira da extinção.
  • 11. Descoberta nova espécie de tartaruga com 145 milhões de anos nas arribas de Mafra Os paleontólogos espanhóis Francisco Ortega e Adán Pérez-García anunciam hoje em Torres Vedras a descoberta de uma nova espécie de tartaruga com 145 milhões de anos, cujo fóssil foi descoberto nas arribas de uma praia em Mafra. "Sabíamos que estas tartarugas se encontravam unicamente na Europa e apenas na Inglaterra no Cretáceo Inferior (há 65 milhões de anos), mas este achado em Portugal permitiu-nos descobrir uma tartaruga com 80 milhões de diferença daquela, porque esta é do Jurássico Superior e tem 145 milhões de anos", afirmou Francisco Ortega, paleontólogo e diretor científico da Sociedade de História Natural de Torres Vedras, à agência Lusa. As semelhanças existentes entre elas permitiram aos cientistas perceber que pertencem à mesma família das "eucryptodiras", de que fazem parte tartarugas atuais, mas as diferenças anatômicas entre ambas levaram-nos a concluir que se tratava de uma nova espécie para a ciência, a que apelidaram de Hylaeochelys kappa’. "Tem formas um pouco mais primitivas do que a da Inglaterra, como uma carapaça mais aplanada do que a das outras que são mais redondas, o que não é tão comum nas tartarugas", explicou o também professor na Universidade Nacional de Educação à Distância, em Madrid. Essa característica levou os investigadores a inspirarem-se num episódio em que os japoneses, no século XVI, confundiram as cabeças dos frades franciscanos portugueses com as figuras mitológicas japonesas `kappas`, semelhantes a tartarugas, por terem a cabeça parecida à carapaça das tartarugas, para apelidarem a nova espécie. Trata-se de uma tartaruga de água doce adulta, cuja carapaça de meio metro de diâmetro foi encontrada quase completa. O achado foi feito em 2011 na praia do Porto Barril, concelho de Mafra, por José Joaquim dos Santos, um cidadão de Torres Vedras que, nos seus tempos livres de carpinteiro, se ocupa a encontrar achados de dinossauro e outros animais nas arribas. A descoberta foi validada pela comunidade científica, depois de a Academia das Ciências francesa ter aprovado a publicação para breve do artigo científico na sua revista. Para os cientistas, este grupo de tartarugas confinado à Europa vem corroborar a tese de que, com a abertura do Atlântico Norte no Jurássico Superior e a separação dos continentes europeu e americano, começou a existir faunas diferentes dos dois lados que se tornou mais patente no Cretáceo. Nos últimos 20 dias, José Joaquim dos Santos recolheu alguns milhares de fósseis pertencentes a dinossauros, tartarugas, crocodilos, peixes e até tubarões, cuja coleção foi vendida em 2009 à Câmara de Torres Vedras, para vir a expô-los num futuro museu. A coleção tem vindo a ser estudada desde essa altura por investigadores associados da Sociedade de História Natural.