O documento discute a importância da comunicação colaborativa e das redes sociais nas empresas. Aponta que a inovação vem de qualquer lugar, não apenas dos departamentos de P&D, e que as empresas subutilizam o potencial de criatividade coletiva dos funcionários. Também descreve como as redes sociais podem descentralizar a comunicação, identificar especialistas e influenciadores, e como as empresas ainda enfrentam desafios para adotar essas ferramentas.
2. A EMPRESA DO FUTURO ESTARÁ CENTRADA NO SEU CAPITAL INTELECTUAL NA SUA CAPACIDADE DE SE REINVENTAR E INOVAR GLOBAL CEO STUDY 2008 – THE ENTERPRISE OF THE FUTURE
3. AS EMPRESAS E SEUS DEPARTAMENTOS DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
4. A GRANDE CAPACIDADE INOVADORA NAS EMPRESAS NÃO ESTÁ SOMENTE NOS CENTROS DE PESQUISAS E LABORATÓRIOS... ESTÁ EM QUALQUER LUGAR
5. As fontes de novas idéias e Inovação IBM Institute for Business Value, CEO Study 2006 Colaboração impulsiona a inovação Academia Associações Parceiros Competidores Think-tanks Consultores Clientes Funcionários Outras instituições Pesquisa & Desenvolvimento Vendas e Serviços 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%
6. O CONHECIMENTO E A CAPACIDADE DE INOVAÇÃO DENTRO DAS EMPRESAS UM TESOURO ENTERRADO
7.
8. A Transformação da Comunicação DESCENTRALIZAÇÃO TECNOLOGIA O NOVO “ COMUNICADOR”
11. As redes de relacionamentos que as empresas não vêem O lado DARK das empresas FINANÇAS RH MARKETING
12. Redes de Relacionamento Além da Organização Hierárquica Júlia Carlos Davi André Franco Lúcia Márcia Regina Alex Carla Rubens Leo Cris Marketing Finanças Manufatura Roberto João
13. Redes de Relacionamento Além da Organização Hierárquica Júlia Roberto Carlos Davi André Franco Lúcia Márcia João Regina Alex Carla Rubens Leo Cris Marketing Finanças Manufatura
14. Júlia Roberto Carlos Davi André Franco Lúcia Márcia João Regina Alex Carla Rubens Leo Cris Redes de Relacionamento Além da Organização Hierárquica Júlia Carlos Davi André Franco Lúcia Márcia João Regina Alex Carla Rubens Leo Cris Marketing Finanças Manufatura Roberto
15. Identificar o papel desempenhado pelas pessoas no fluxo da informação ajuda na compreensão da eficácia de uma rede Marketing Finanças Manufatura Júlia Roberto Carlos Davi André Franco Lúcia Márcia João Regina Alex Carla Rubens Leo Cris
16. A organização sob risco: O que acontece se Alex decide ir embora? Marketing Finanças Manufatura Júlia Roberto Carlos Davi André Franco Lúcia Márcia João Regina Carla Rubens Leo Cris
17. Influencia o julgamento Transforma a cultura Influencia a estratégia Dirige a cobertura 90s Responde questões Relata os fatos Jornalismo corporativo Eventos Internos Escreve discursos Anuncia produtos Gerencia as interações Mídia Relações com os Analistas Comunicação Executiva Comunicação Interna 80s HOJE Cria o novo ambiente de trabalho Influencia a estratégia Cria e atua em toda a roda de influência O novo “ Comunicador ”
18. GESTÃO GLOBAL E LOCAL CUSTOMIZADA INFORMAÇÃO O Modelo Antigo da Comunicação da IBM
19. O Modelo Atual da Comunicação da IBM GESTÃO GLOBAL E LOCAL CUSTOMIZADA INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO COLABORAÇÃO CUSTOMIZADA GLOBAL E LOCAL LIDERANÇA COMUNIDADES
20. Migração para uma Comunicação Colaborativa CONHECIMENTO COMPARTILHADO CONHECIMENTO DISPERSO
21. NÚMERO DE USUÁRIOS Blogs + 80 mil Wikis + 380 mil Redes Sociais + 80 mil BLOG CENTRAL DEVELOPERWORKS INNOVATION JAMS EM 2005 IBM SOCIAL COMPUTING GUIDELINES A Experiência prática da IBM
22.
23. No mundo: 8 milhões de colaboradores No Brasil: 140 mil de colaboradores 65 mil UV por mês Rede Aberta para Comunidade Técnica Conteúdo Recursos Educação (Seminários e Tutoriais) Códigos (Download, Avaliação e Testes online) Tecnologias de Padrão Aberto
24. A História dos JAMs na IBM 6.046 posts 9.337 posts 32.662 posts WorldJam2001 ValuesJam WorldJam2004 268.233 views 1.016.763 views 2.378.992 views 4.600.000+ views 46.000 posts InnovationJam2006
29. OS FUNCIONÁRIOS QUE USAM REDES SOCIAIS NO TRABALHO SÃO 9% MAIS PRODUTIVOS QUE AQUELES QUE NÃO USAM Fonte: Estudo da Universidade de Melbourne http://www.computerworld.com/s/article/9131066/Elgan_Why_goofing_off_boosts_productivity?taxonomyId=15&pageNumber=1 http://aquintaonda.blogspot.com/2009/04/os-funcionarios-que-usam-redes-sociais.html http://uninews.unimelb.edu.au/news/5750/
30.
31.
32.
33. Redes Sociais nas Empresas: Um processo evolutivo INFORMAÇÃO E ENGAJAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS ATENDIMENTO AOS CLIENTES DESENVOLVIMENTO DA FORÇA DE TRABALHO RELACIONAMENTO COM O MERCADO INOVAÇÃO COLABORATIVA MARKETING
34. Redes Sociais nas Empresas: Um processo evolutivo INFORMAÇÃO HIERARQUIA COLABORAÇÃO COMUNIDADES AMBIENTE FECHADO AMBIENTE CONTROLADO AMBIENTE LIVRE
35. UM AMBIENTE COLABORATIVO ATRAVÉS DAS FERRAMENTAS DE WEB 2.0... POTENCIALIZA AS COMUNIDADES CRIA NOVOS RELACIONAMENTOS CRIA ILHAS DE COMPETÊNCIA DESCOBRE TALENTOS E EXPERTS IDENTIFICA OS INFLUENCIADORES
36.
37. OS MEDOS, OS RISCOS E OS MITOS NA IMPLEMENTAÇÃO DAS REDES SOCIAIS NAS EMPRESAS
38. Mauro Segura [email_address] http://www.lojasingular.com.br/a-quinta-onda_.html Livro A QUINTA ONDA Blog: www.aquintaonda.blogspot.com Twitter: @maurosegura
Notes de l'éditeur
Um estudo global feito pela IBM em 2008, chamado Global CEO Study, mostrou 5 pilares que desenharão a empresa do futuro. Esse estudo global foi baseado em entrevistas presenciais com 1.130 CEOs e presidentes de 40 países e 32 setores da economia, e desenhado para capturar insights sobre como os desafios enfrentados atualmente pelos CEOs impactarão o futuro dos negócios. O estudo tem um nome sugestivo: “A Empresa do Futuro”. Acho que a conclusão mais intrigante é que os CEOs demonstram um nível surpreeendente de otimismo ao reportarem as mudanças como oportunidades para obter vantagem competitiva. No geral, 83% dos CEOs entrevistados esperam mudanças substanciais no futuro – 68% dos executivos brasileiros compartilham essa expectativa –, um crescimento de 28% em relação a 2006. Entretanto, os CEOs admitem que suas habilidades para a gestão efetiva das mudanças está crescendo a um passo mais devagar. Ou seja, a mudança é o maior desafio e a maior oportunidade para os líderes das empresas. As discussões com os CEOs sobre a empresa do futuro revelaram que estão: Ávidos de mudança - Um número maior de CEOs antevê mudanças significativas e planeja ações audaciosas para reagir a elas; Inovativos além da imaginação dos clientes - Estão aproveitando as demandas dos novos consumidores, que estão mais informados e mais colaborativos que antes; Integrados globalmente - Estão reconfigurando suas empresas para se tornarem integrados globalmente; Desbravadores por natureza - Estão implementando novos modelos de negócios que são colaborativos e desbravadores; Genuínos - não somente generosos. Estão mais atentos à responsabilidade social corporativa. Em última análise, empresas com melhor desempenho estão agindo com mais audácia, criando organizações mais globais, colaborativas e desbravadoras que seus pares na indústria. As 4 primeiras tendências apontam que as organizações cada vez mais dependerão da capacidade de se reinventarem e inovarem. E isso indica que o sucesso das organizações do futuro dependerão completamente do seu CAPITAL INTELECTUAL.
Muitas empresas investem enorme volume de dinheiro em pesquisa e desenvolvimento. Muitos chamam isso de inovação, e é mesmo. Estou falando daquela imagem que temos de laboratórios e salas fechadas onde grupos de cientistas, intelectuais e bem aventurados se trancam para pensarem coisas novas. É como se cada um deles chegasse de manhã cedo para trabalhar e falasse: “Hoje eu vou inovar prá caramba. Ninguém me segura!”. É como se a empresa delegasse para um grupo de pessoas a missão de pensar em soluções inovadoras. Isso ainda existe muito no mundo empresarial e é muito eficaz. Nessas empresas a inovação é fruto de métricas claras e agressivas. Muitas definidas por engenheiros e administradores que as vezes estão longe da realidade, distante dos clientes e do mercado, mas se apoiam em pesquisas e estudos. Essas pesquisas, com os clientes e com o mercado, têm o objetivo de entender o que está acontecendo, as necessidades e os desejos e sonhos de consumo. Na maioria das vezes, essas pesquisas ficam confinadas num número restrito de pessoas que recebem a missão de inovar e pensar diferente.
CEO Study Collaboration and co-creation are shaping every industry in one way or another. For example, the 750 CEOs we surveyed last year year told us a lot about where their companies get the best ideas. Note that after “employees,” the next seven sources are external ... They’re getting about twice as many innovation insights from customers as they are from the sales and service units who work directly with those customers. Their own R&D functions came in eighth!! What they’re realizing is that they no longer have to create – and own -- everything themselves, as they once believed. People know they need to innovate. They’re looking for a way to create new value for their clients …or to create jobs for their citizens. That is the struggle today. It’s no longer about the race to best, but about the race to be special.
A capacidade inovadora dentro das empresas é incrível. Parece um tesouro enterrado . Ela está lá. Mas ninguém procura, e daí ninguém acha. Mas esta situação está mudando, porque as empresas estão em um profundo processo de transformação.
Apesar do fenômeno que ocorre dentro das empresas, a comunicação na maioria delas continua do mesmo jeito de décadas atrás. Só mudou o meio e a velocidade. Mas ela ainda funciona do mesmo modo que antigamente, quando só existia os murais e as revistinhas internas. A maioria das empresas tem suas intranets e suas newsletters eletrônicas. Tudo moderno, mas continua fazendo a mesma comunicação institucional de antigamente. Comunicação de uma única mão, com linguagem chata, impessoal e quase sempre sem emoção. Totalmente na contra-mão do que a pessoa faz quando chega em casa, que vai logo para o computador, entrar em sua rede social de preferência e falar com os amigos. Ou seja, o ambiente de casa é muito mais interativo e divertido do que no trabalho. As empresas transformaram a intranet e as newsletters nos murais e revistinhas de antigamente. Continua tudo igual.
Um estudo da Universidade de Melbourne, Austrália, afirma que aqueles que usam Facebook, Twitter e Orkut no escritório são mais produtivos do aqueles que não usam. O estudo diz que, em média, os empregados que usam a internet para fins pessoais durante o expediente são 9% mais produtivos do que aqueles que não usam. E lista 8 excelentes razões que reforçam a conclusão do estudo da universidade australiana. Eu não vou entrar no estudo aqui, mas o estudo tem coisas interessantes que vale consultar. Uma das coisas é que o acesso à internet e as redes sociais aceleram aquelas tarefas que a pessoa faria de qualquer forma ao longo do dia. Transforma interações em tempo real em tarefas assíncronas. Em vez de pegar o telefone e ligar para bater papo, a pessoa entra no facebook e deixa uma mensagem e vai embora. Também ajuda às pessoas a tirar preocupações da cabeça. E por aí vai. Até agora, nesta apresentação, eu não havia falado a respeito do uso de redes sociais para fins particulares, mas sou muito a favor e concordo com essa questão do aumento de produtuvidade. Conheço muitas empresas que não permitem o uso do MSN dentro das empresas. Estas empresas não imaginam o quanto que um software de mensagem instântanea disponível aumenta a produtividade. Falar que isso dispersa o foco e a concentração do funcionário no trabalho é um mito. Um paradigma.
Um estudo da Universidade de Melbourne, Austrália, afirma que aqueles que usam Facebook, Twitter e Orkut no escritório são mais produtivos do aqueles que não usam. O estudo diz que, em média, os empregados que usam a internet para fins pessoais durante o expediente são 9% mais produtivos do que aqueles que não usam. E lista 8 excelentes razões que reforçam a conclusão do estudo da universidade australiana. Eu não vou entrar no estudo aqui, mas o estudo tem coisas interessantes que vale consultar. Uma das coisas é que o acesso à internet e as redes sociais aceleram aquelas tarefas que a pessoa faria de qualquer forma ao longo do dia. Transforma interações em tempo real em tarefas assíncronas. Em vez de pegar o telefone e ligar para bater papo, a pessoa entra no facebook e deixa uma mensagem e vai embora. Também ajuda às pessoas a tirar preocupações da cabeça. E por aí vai. Até agora, nesta apresentação, eu não havia falado a respeito do uso de redes sociais para fins particulares, mas sou muito a favor e concordo com essa questão do aumento de produtuvidade. Conheço muitas empresas que não permitem o uso do MSN dentro das empresas. Estas empresas não imaginam o quanto que um software de mensagem instântanea disponível aumenta a produtividade. Falar que isso dispersa o foco e a concentração do funcionário no trabalho é um mito. Um paradigma.
Um estudo da Universidade de Melbourne, Austrália, afirma que aqueles que usam Facebook, Twitter e Orkut no escritório são mais produtivos do aqueles que não usam. O estudo diz que, em média, os empregados que usam a internet para fins pessoais durante o expediente são 9% mais produtivos do que aqueles que não usam. E lista 8 excelentes razões que reforçam a conclusão do estudo da universidade australiana. Eu não vou entrar no estudo aqui, mas o estudo tem coisas interessantes que vale consultar. Uma das coisas é que o acesso à internet e as redes sociais aceleram aquelas tarefas que a pessoa faria de qualquer forma ao longo do dia. Transforma interações em tempo real em tarefas assíncronas. Em vez de pegar o telefone e ligar para bater papo, a pessoa entra no facebook e deixa uma mensagem e vai embora. Também ajuda às pessoas a tirar preocupações da cabeça. E por aí vai. Até agora, nesta apresentação, eu não havia falado a respeito do uso de redes sociais para fins particulares, mas sou muito a favor e concordo com essa questão do aumento de produtuvidade. Conheço muitas empresas que não permitem o uso do MSN dentro das empresas. Estas empresas não imaginam o quanto que um software de mensagem instântanea disponível aumenta a produtividade. Falar que isso dispersa o foco e a concentração do funcionário no trabalho é um mito. Um paradigma.
Um estudo da Universidade de Melbourne, Austrália, afirma que aqueles que usam Facebook, Twitter e Orkut no escritório são mais produtivos do aqueles que não usam. O estudo diz que, em média, os empregados que usam a internet para fins pessoais durante o expediente são 9% mais produtivos do que aqueles que não usam. E lista 8 excelentes razões que reforçam a conclusão do estudo da universidade australiana. Eu não vou entrar no estudo aqui, mas o estudo tem coisas interessantes que vale consultar. Uma das coisas é que o acesso à internet e as redes sociais aceleram aquelas tarefas que a pessoa faria de qualquer forma ao longo do dia. Transforma interações em tempo real em tarefas assíncronas. Em vez de pegar o telefone e ligar para bater papo, a pessoa entra no facebook e deixa uma mensagem e vai embora. Também ajuda às pessoas a tirar preocupações da cabeça. E por aí vai. Até agora, nesta apresentação, eu não havia falado a respeito do uso de redes sociais para fins particulares, mas sou muito a favor e concordo com essa questão do aumento de produtuvidade. Conheço muitas empresas que não permitem o uso do MSN dentro das empresas. Estas empresas não imaginam o quanto que um software de mensagem instântanea disponível aumenta a produtividade. Falar que isso dispersa o foco e a concentração do funcionário no trabalho é um mito. Um paradigma.
Um estudo da Universidade de Melbourne, Austrália, afirma que aqueles que usam Facebook, Twitter e Orkut no escritório são mais produtivos do aqueles que não usam. O estudo diz que, em média, os empregados que usam a internet para fins pessoais durante o expediente são 9% mais produtivos do que aqueles que não usam. E lista 8 excelentes razões que reforçam a conclusão do estudo da universidade australiana. Eu não vou entrar no estudo aqui, mas o estudo tem coisas interessantes que vale consultar. Uma das coisas é que o acesso à internet e as redes sociais aceleram aquelas tarefas que a pessoa faria de qualquer forma ao longo do dia. Transforma interações em tempo real em tarefas assíncronas. Em vez de pegar o telefone e ligar para bater papo, a pessoa entra no facebook e deixa uma mensagem e vai embora. Também ajuda às pessoas a tirar preocupações da cabeça. E por aí vai. Até agora, nesta apresentação, eu não havia falado a respeito do uso de redes sociais para fins particulares, mas sou muito a favor e concordo com essa questão do aumento de produtuvidade. Conheço muitas empresas que não permitem o uso do MSN dentro das empresas. Estas empresas não imaginam o quanto que um software de mensagem instântanea disponível aumenta a produtividade. Falar que isso dispersa o foco e a concentração do funcionário no trabalho é um mito. Um paradigma.
Um ambiente livre e acessível por todos vai permitir que novos relacionamentos apareceram. Vão surgir novos relacionamentos. E o mais legal é que vão surgir novos relacionamentos entre pessoas que não se conhecem bem ou até não se conhecem, que estão em departamentos diferentes. E vão descobrir que tem interesses comuns, áreas de desenvolvimentos comuns. Serão grupos de afinidades. Comunidades já existentes serão potencializadas. Comunidades novas aparecerão. Muitos dos grupos estarão ligados a aspectos culturais, outros ligados a hobby, como correr ou andar de bicicleta. Mas também surgirão grupos ligados a trabalho. Surgirão grupos que tem conhecimento técnico específico, outros que estão ligados a determinado projeto e outros que dominam determinada estratégia da empresa mas precisam de mais cérebros e braços para fazer a execução dessa estratégia. No final das contas, toda essa movimentação vai disseminar o conhecimento existente e, melhor, vai gerar novos conhecimentos. O CAPITAL INTELECTUAL disperso na empresa vai começar a se aglutinar nas comunidades. Células de conhecimento começarão a surgir. Será fácil identificar aqueles que participam das comunidades. Vão ter aqueles que lideram, que influenciam, vão surgir os pessimistas, os questionadores, os sonhadores e os experts. O resultado final é o CAPITAL INTELECTUAL escondido da empresa surgindo com força. E cada vez mais gente entrando na rede gera mais colaboração e inovação. E tudo está lá, escrito e registrado, para toda empresa ver, usar e abusar.
Aqui listo dez razões para que as empresas entrem fundo nas redes sociais. Já falamos sobre muitas delas até aqui. Mas tem algumas que merecem ser citadas . As redes sociais QUEBRAM A BARREIRA GEOGRÁFICA pois permite o relacionamento de pessoas que estão distantes fisicamente, em locais com fusos horários distintos e idiomas diversos. Essa característica é particularmente importante para as empresas globais. Acontece a QUEBRA DA BARREIRA HIERÁRQUICA. Uma rede social bem implementada permite a expansão dos relacionamentos de pessoas de diferentes departamentos internos, onde muitas vezes a organização hierárquica formal se transforma numa barreira. Conhecer e se relacionar com pessoas de outras estruturas organizacionais é uma dificuldade nas empresas, tal situação inibe a criação de times multifuncionais que é o modelo cada vez mais praticado pelas organizações modernas. A COMUNICAÇÃO FLUI DIRETA, SEM INTERMEDIÁRIOS. Uma rede social estabelece um canal de diálogo direto entre comandantes e comandados, sem intermediários. É chance do presidente e do time executivo estabelecerem contato com os funcionários, sentir o clima da tropa e descobrir o que anda sendo conversado nos cafezinhos. Uma das características mais importantes é a CRIAÇÃO DE UMA IDENTIDADE PESSOAL. A rede social permite que o funcionário crie a sua marca, a sua identidade e como ele deseja ser conhecido na empresa. Essa identidade pessoal pode ser criada a partir das próprias atividades que o funcionário exerce na rede social, pelos seus relacionamentos e pela sua capacidade de expor seu conhecimento, idéias e propostas. Uma rede social gera REFERÊNCIAS. Uma rede colaborativa é pródiga em referências e testemunhos, o que é muito útil no dia a dia das empresas. Aliás, em todos os trabalhos que vivi, a identificação de referências sempre foi uma dificuldade muito grande. Uma rede social facilita essa exposição e até incentiva o compartilhamento de experiências. E fica lá tudinho registrado. A implementação de redes sociais nas empresas é sinônimo de transparência e PORTAS ABERTAS. As pessoas gostam e precisam disso. Essa liberdade é valorizada nos dias atuais, especialmente pela geração Y que considera essencial viver e trabalhar num ambiente com facilidades de troca de idéias e opiniões. A TECNOLOGIA SIMPLES E FÁCIL. Já passou o tempo em que a implementação de uma rede social era coisa complicada. Agora qualquer empresa pode fazer uso de ferramentas como o Blogger ou o Ning para implementar uma rede. E de graça. Qualquer pessoa sem experiência consegue fazer isso sem dificuldade. E não tem exigência de plataformas de tecnologia de hardware e software sofisticadas. Enfim, a tecnologia não é mais desculpa.
Mas entrar nesse mundo tem riscos. E as empresas têm que se preparar para isso. Vou contar uma história para ilustrar. Em 2007, nós vivemos um fato muito interessante na empresa. Um rapaz, chamado Washington (é o nome verdadeiro!), mudou o seu número de celular e resolveu enviar um e-mail informando o novo número para os amigos. Nada mais natural, pois todos nós fazemos isso. O grande problema, e até hoje não entendi muito bem o motivo, é que em vez dele usar uma lista dos seus amigos, ele pegou uma lista de distribuição com todos os nomes da empresa e deu um “send all”. Prá que se dar o trabalho de montar uma lista de amigos? É mais prático mandar para todos os funcionários da empresa. E mandou brasa. Ele usou uma lista de distribuição com mais de 10 mil nomes e ids. Até hoje nós não sabemos como ele conseguiu essa lista, que deveria ser protegida e ter acesso proibido, mas isso é outra história. O fato é que Washington enviou o tal “e-mail informativo” para os tais 10 mil nomes. Em questões de segundos, vários deles começaram a responder dando “reply all” dizendo algo do tipo: “Não te conheço Washington”, “Parabéns Washington”, “Não faça mais isso Washington”, “Quem é você Washington”, “Você é maluco, Washington?”, "Foi bom conhecê-lo, Washington", etc. Foram centenas de e-mails sendo enviados. Eu recebi vários deles. Eram todos respondendo para todos. Aquele primeiro e-mail singelo deu origem à uma corrente sem controle, algo viral e intenso, num curto espaço de tempo. A rede da empresa rapidamente apresentou problemas de performance, chegou a travar várias vezes. Tudo aquilo porque o Washington resolver comunicar a mudança de celular de uma maneira mais “abrangente”. E para tornar a história mais pitoresca. Em pouco mais de 1 hora surgiu uma comunidade no Orkut chamada: “EU TENHO O CEL DO WASHINGTON!!”, com vários participantes. O email do Washington foi enviado às 14:37hs do dia 16/03/07. A comunidade no Orkut foi criada às 15:57hs do mesmo dia e ainda está lá, disponível para ser visitada. Eis o link: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=29237591 Essa história, apesar de divertida, causou transtorno e muita discussão na companhia. O caso tem várias facetas e dá para tirarmos muitos aprendizados. Uma das evidências é que o “povo” quer mesmo é se relacionar. Bastou surgir uma oportunidade instantânea, informal, engraçada, para que os funcionários começassem a reagir e criar uma corrente. Ou melhor, uma rede de mensagens relacionadas ao fato do rapaz ter mudado o celular. Enfim, o caminho da comunicação interna nas grandes empresas necessariamente passa pelas redes de relacionamento e fóruns de troca de experiências e mensagens. As empresas têm que criar e viabilizar essas redes sociais internas. É uma oportunidade de ouro para conhecer mais as ansiedades, os desafios e as aspirações dos funcionários. Essa é a empresa do futuro, que fala, se relaciona e libera os potenciais e sonhos dos funcionários. Ainda temos muito que caminhar em comunicação interna, desenvolvimento e clima dentro do mundo corporativo.