SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 29
FUNDAMENTOS  BÍBLICOS  E  TEOLÓGICOS  DA  VOCAÇÃO LEIGA  E DOS MINISTÉRIOS LEIGOS Irmão Nery fsc        
1.1- O  momento histórico máximo da religião revelada, segundo a nossa fé, aconteceu com  encarnação, vida, ensino, morte, ressurreição e glorificação do  Filho de Deus, Jesus Cristo .  Seguir Jesus passou a ser  um chamado de Deus  feito à liberdade humana.  1. FUNDAMENTAÇÃO  DA VIDA CRISTÃ:  SEGUIR JESUS  .
1. FUNDAMENTAÇÃO  DA VIDA CRISTÃ:  SEGUIR JESUS  . O chamado é para escutar Jesus e é para segui-lo:  partilhar de sua vida, de suas necessidades, de sua missão (fazer a vontade do Pai).  E Deus fez este chamado, explicitamente, no dia do Batismo de Jesus  no rio Jordão  e, também, na Transfiguração de Jesus.
A vocação cristã é aquela que nos  vem de Deus por Cristo na força do Espírito Santo  para a comunhão, a mais plena possivel com a Santíssima Trindade e a cooperação  com o Plano Salvífico do Pai.  mas, não fazendo de Cristo um ponto de chegada,  e sim, como ele mesmo o disse, como  Caminho, Verdade, Vida e Ponte (Pontífice) para o Pai,  sob o impulso do Espírito Santo.  E se traduz, também, como Igreja e como missão. Como concretização histórica esta vocação se traduz no  seguimento de Jesus , segundo a dinâmica do discipulado  (cf Col 1, 15-17; Ef 1, 1-14),
B. a viver as bem aventuranças (Mt 5, 1ss; 6, 20-38),  e a realizar os valores do Reino. ,[object Object],[object Object],[object Object],D.  a anunciar a esperança do reino futuro  (Lc 21, 29-36; 12, 35-46).  C.  a dar continuidade a sua obra e missão na terra (Mt 28, 16-20); Mc 16, 15-20; Jo 20, 21-23),  1.2- Por esta vocação cristã,  somos chamados:
b) dado sua  adesão pessoal  ao Senhor e ter   aceito o Senhor e a sua Igreja , pelo ato de  fé ,  ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],c)  participar da vida da Igreja , por um profundo sentido de  eclesialidade ;  d)  comprometer-se com a  missão  de Jesus   e de sua Igreja ,   tanto  “ ad intra ecclesiae ”  como “ad extra ecclesiae ”,  na plenitude de direitos e deveres na Igreja. 1.3 -A incorporação em Cristo e na Igreja.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
c) templos do Espírito  (1Cor 6, 19-20),  d) membros vivos do Corpo de Cristo  (1Cor 12, 4-13),  e)  comprometidos a manter a unidade, o amor e a paz  do mesmo Espírito em  “ um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos”  (Ef 4, 1-6).  A transformação ontológica batismal supõe e revela a visibilidade sacramental da vocação cristã  No  BATISMO   somos  chamados a ser  na Igreja: a)  filhos de Deus  (Ef 1,5),  b) criaturas novas  (2Cor 5, 17; Gal 6, 15),
É importante acentuar que a  vocação  cristã   une inseparavelmente: o seguimento de Jesus  ( vocação ao  discipulado )  e a insersão na Igreja  ( vocação  eclesial ).  São duas vertentes sacramentalmente manifestativas em sua diversidade, num duplo movimento  DE CHAMADO E DE RESPOSTA   que,   dando-se   de  modo exemplar  em Cristo ( dimensão  cristológica ),  dá-se  de  modo geral  na Igreja ( dimensão  eclesiológica ),  e se realiza   de  modo particular  em cada cristão  ( dimensão  ontológica e participativa ).
1.4- Vocacção ao apostolado   Apostolicam Actuositatem , 2, Decreto do Concílio diz: “A vocação cristã, por sua própria natureza, é também  vocação ao apostolado  (...)  no Corpo de Cristo, que é a Igreja;  “ a atividade própria de  cada um de seus membros,  faz crescer o corpo inteiro” (Ef 4, 16).   ,[object Object],[object Object],Igreja é comunidade. Todos somos Igreja “ Católica”= para todos em todo o mundo
2. A IGREJA É UNA  NA RICA DIVERSIDADE  DE DONS E CARISMAS, FUNÇÕES E MINISTÉRIOS 2.1- A Vocação cristã.  O essencial é a grande vocação de  seguir Jesus:  somos cristãos ( Christifideles ).   2.2- Vocações distintas e complementares  .  Há distintos caminhos e modos de seguir Jesus.  O Espírito, em sua liberdade, é que  nos convoca, nos santifica e nos envia.
A distinções entre  leigos, clérigos, religiosos/as   não se situam em nível de “estado” o “dignidade”, nem  de “sagrado” e “temporal” ou profano.  Mas, no que isto  significa, expressa e se organiza enquanto encargo, missão, responsabilidade, consagração, serviço, representatividade, direção e comunhão.  O eclesial não deriva do hierárquico  já que ser Igreja é a forma de ser cristão, comum a todos os batizados. A Igreja somos todos nós, os seguidores de Jesus, e a Igreja é de todos.  Todos temos uma igualdade básica, uma forma comum de ser e de estar na Igreja.
2.3- A unidade na diversidade.   ,[object Object],[object Object],O Espírito Santo é livre e pródigo em: - segundo as necessidades que ele detecta na Igreja e no mundo.   A vocação, qualquer vocação na Igreja, está intimamente conectada com dons e carismas, ministérios, funções e serviços  que provém do Espírito.
2.4. Os fiéis leigos.   Pouco a pouco, os “Christifideles” (os fiéis leigos) se organizaram  fundamentalmente  em duas categorias distintas e complementares:   a)  “Christifideles laici”  (leigos e leigas);  b)  “Christifideles ministri ordenati”  (presbíteros).  NB. Com muita dúvida, ambigüidade e discussão, a prática criou uma terceira categoria, os  “Christifideles consecretati”  (religiosos e religiosas) com a afirmação de que os religiosos  não pertencem nem à categoria dos leigos e nem à categoria clerical,  à exceção, óbviamente, dos religiosos presbíteros.
Os fiéis leigos constituem  a maioria da Igreja,   um pouco mais de  98%.   Eles são a força mais importante com a qual Deus conta para dar continuidade à missão de Jesus na história.   Mas, uma grave distorção sobre a compreensão da Igreja,  por parte da hierarquia, concentrou, durante séculos e séculos, a importância maior na Igreja, nos membros da hierarquia, quando, na verdade,   a responsabilidade pela missão é de todos.   Sem os leigos e as leigas não teríamos as famílias, os filhos, a organização da vida e da sociedade segundo os valores do Evangelho...
O Concílio é claro quando fala da  igualdade entre  os seguidores de Cristo,  a partir da graça batismal: “ Não há, por conseguinte, desigualdade por razão de raça ou de nacionalidade, da condição social ou de sexo”  (LG 32,2).  E acrescenta:  “ existe una autêntica igualdade entre todos quanto à dignidade e à  ação comum a todos em função da edificação  do Corpo de Cristo”  (LG 33,3).  OS LEIGOS
            Cristo Senhor Papa e Cardeais Arcebispos e Bispos Presbíteros Religiosos/as Leigos/as 2.5- EIS ALGUNS ESQUEMAS ILUSTRATIVOS:   A. Modelo Piramidal,  tudo depende da hierarquia Neste modelo os leigos não têm voz e nem vez. Em grego  LAÓS  = Povo; e  LAIKÓS  = membro do Povo. Mas, na Igreja passou a significar, sobretudo, INGORANTE, NÃO PARTICIPANTE.
Presbíteros Religiosos/as Laicos/as Presbíteros- religiosos Leigos seculares / Leigos consagrados               B. Modelo Derivativo dual:  Leigo-Presbítero Neste modelo o centro é a categoria leigo/a e, em segundo lugar, está a categoria clero...
Presbíteros Diocesanos Religiosos/as Presbíteros- religiosos Ligos/as seculares Leigos/as  consagrados                           Leigos/as C. Modelo trinitário:  Leigo, Presbítero, Religioso Neste modelo os religiosos/as constituem uma nova categoria na Igreja
Presbíteros Diocesanos Religiosos/as Presbíteros- religiosos Leigos seglares Leigos consagrados                           TODOS SÃO  CRISTÃOS TESTEMUNHAS DO ABSOLUTO DO DEUS-AMOR, EM JESUS, SOB O IMPULSO DO ESPÍRITO SANTO EM COMUNHÃO DE CARISMAS, DONS, FUNÇÕES E MINSTÉRIOS PARA A GLÓRIA DE DEUS: O HOMEM E A MULHER VIVOS E FELIZES Povo de Deus D. Modelo
3. Somos todos CRISTÃOS , seguidores de Jesus, membros da Igreja, co-responsáveis, com Jesus e os demais cristãos, pela construção do Reino de Deus 3.1- REINO DE DEUS 1. NOVO CONCEITO DE DEUS: Amor, Pai, Bondade, Misericórdia... 2.   NOVO CONCEITO DE RELAÇÃO   PESSOAL COM DEUS:   Filhos/as. 3. NOVO CONCEITO DE RELAÇÕES   HUMANAS:  Amor, fraternidade, justiça...   4. NOVO TIPO DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Convivência e administração, no amor e na justiça. 5. NOVA VISÃO SOBRE A VIDA APÓS A MORTE: Vida eterna feliz em Deus; vitória definitiva de Deus sobre a morte e o pecado – Escatologia, Parusia...
3.2- SOMOS   MINISTROS  NO POVO DE DEUS E PARA O POVO DE DEUS A. MINISTRO vem do latim:  MUNUS + STARE =  Estar a Serviço   e vem também de  MINOR =  Como menor, isto é, aquele que serve. B. Não temos mérito algum,  pois é pura  gratuidade da escolha de Deus... Apenas recebemos  MAIS RESPONSABILIDADES , que exigem de nós competência, dedicação, correspondência à graça de Deus, testemunho... C. Não somos, por ser ministros, mais santos e melhores do que nenhum outro seguidor de Jesus.
Sem este compromisso primeiro de nossa vocação e missão de leigos/as o ministério dentro da Igreja, a serviço dos fiéis,  fica incompleto, manco... Neste sentido ninguém de nós,  por sermos Ministros,  é do CLERO, isto é, da Hierarquia.   D. Nosso primeiro e principal ministério  na Igreja é fora da Igreja, isto é, no mundo:   a serviço da família, da sociedade, das causas sociais que ferem a dignidade humana, os valores do Evangelho.
Continuamos leigos/as.  E não podemos cair nas tentações do CLERICALISMO, que por muitos séculos deturpou a missão do Clero, da Hierarquia:  que não valorizou os leigos/as, centralizou tudo, não possibilitando ao leigo/a ter voz, vez, para ajudar a refletir, decidir, coordenar, administrar...  E. O fato de sermos Ministro na Igreja para uma determinada tarefa, nos obriga a termos uma visão ampla da missão da Igreja,  e não uma visão míope, parcial,  pois tudo está em nossa fé,  profundamente interligado, interdependente.
Exemplo: Ministro de um determinado Sacramento . É óbvio que ele está a serviço do todo da Igreja e do fiel, e não apenas de determinado Sacramento  ou aspecto da vida do fiel. Como alguém vai cuidar de  Eucaristia,  ou do  Matrimônio   ou de qualquer outro sacramento? sem primeiro trabalhar seriamente o conhecimento  da Bíblia, de Jesus, da Igreja,  do Batismo e da Confirmação?  Sem um bom conhecimento do todo, corremos o risco de sermos meros executores de ritos,  favorecendo a fragmentação e, pior ainda, uma noção devocionista e mágica da fé e dos sacramentos...
F. E é ainda fundamental, a qualquer ministro  CULTIVAR E EXERCER  excelentes  RELAÇÕES HUMANAS   Este é um dos aspectos mais falhos em nossas Comunidades Eclesiais.  Há presbíteros e ministros/as leigos/as, religiosos/as que não capricham nas relação humanas, essenciais para revelar o Mandamento Novo: DE ACOLHIDA, ESCUTA, COMPREENSÃO, FRATERNIDADE,  ESCLARECIMENTO, AJUDA...
Na  Última Ceia,  no conta São João:  “ Compreendeis o que fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem,  pois eu o sou. Se, portanto, eu, o Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns dos outros” Jo 13, 12-14).  Dei-vos exemplo para que, como eu fiz vós o façais  (Jo 13,15).  Se compreenderdes isso  e o praticardes, sereis felizes!  (Jo 13, 17). Depois de  levar os pés de seus discípulos  Ele lhes disse:
“ Eu vos dou um novo mandamento:  que vos ameis uns aos outros como eu vos amo.  Nisto todos saberão que sois meus discípulos se vos amardes  uns aos outros  como eu vos amo!”   (Jo 13, 34-35). E Jesus concluiu, dizendo  que  a marca   que distingue  o seu seguidor, o seu discípulo,  é o AMOR
E São Mateus explicita ainda mais concretamente  que amar, segundo Jesus é fazer  a opção preferencial pelos pobres e lutar junto com eles pela libertação deles das necessidades humanas básicas e da exclusão social:   “ Vinde, benditos de meu Pai. Tomai posse do Reino que para vós está preparado desde o começo do mundo.  Porque eu estava com fome, sede, nu, doente, no cárcere, sem onde ficar...  E vós cuidastes de mim!  Mas, Senhor, quando foi que vos socorremos assim? “ Todas as vezes que isso fizestes  ao menor de meus irmãos,  foi a mim que o fizestes”   (Mt 25, 31-46).  FIM

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

CNBB - Diretorio Nancional de Catequese
CNBB - Diretorio Nancional de CatequeseCNBB - Diretorio Nancional de Catequese
CNBB - Diretorio Nancional de CatequeseLuís Miguel Rodrigues
 
Introdução à doutrina social da igreja
Introdução à doutrina social da igrejaIntrodução à doutrina social da igreja
Introdução à doutrina social da igrejaRicardo Castro
 
Metodologia na Catequese ~ VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR-REVER
Metodologia na Catequese ~ VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR-REVERMetodologia na Catequese ~ VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR-REVER
Metodologia na Catequese ~ VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR-REVERJorge Felliphe
 
Apresentação a iniciação da vida cristã
Apresentação a iniciação da vida cristãApresentação a iniciação da vida cristã
Apresentação a iniciação da vida cristãeusouaimaculada
 
Diretrizes da Igreja no Brasil 2019 a 2023
Diretrizes da Igreja no Brasil 2019 a 2023Diretrizes da Igreja no Brasil 2019 a 2023
Diretrizes da Igreja no Brasil 2019 a 2023José Vieira Dos Santos
 
Metologia na catequese
Metologia na catequeseMetologia na catequese
Metologia na catequeseJorge Felliphe
 
Os sacramentos-de-iniciação-cristã-salesianos
Os sacramentos-de-iniciação-cristã-salesianosOs sacramentos-de-iniciação-cristã-salesianos
Os sacramentos-de-iniciação-cristã-salesianosPresentepravoce SOS
 
Catequese IVC - Reflexão para Retiro com jovens
Catequese IVC - Reflexão para Retiro com jovensCatequese IVC - Reflexão para Retiro com jovens
Catequese IVC - Reflexão para Retiro com jovensFábio Vasconcelos
 
Chaves de Leitura do Documento 107 da CNBB.pptx
Chaves de Leitura do Documento 107 da CNBB.pptxChaves de Leitura do Documento 107 da CNBB.pptx
Chaves de Leitura do Documento 107 da CNBB.pptxLuizHonorio4
 
1º Encontro de Pais e Catequistas 24/05/2012
1º Encontro de Pais e Catequistas 24/05/20121º Encontro de Pais e Catequistas 24/05/2012
1º Encontro de Pais e Catequistas 24/05/2012Adriano de Paula
 
Formação para Ministros Extraordinário da Palavra 17° encontro pps
Formação para Ministros Extraordinário da Palavra 17° encontro ppsFormação para Ministros Extraordinário da Palavra 17° encontro pps
Formação para Ministros Extraordinário da Palavra 17° encontro ppsJosé Luiz Silva Pinto
 

Mais procurados (20)

Catequese batismo-adultos-resumo
Catequese batismo-adultos-resumoCatequese batismo-adultos-resumo
Catequese batismo-adultos-resumo
 
CNBB - Diretorio Nancional de Catequese
CNBB - Diretorio Nancional de CatequeseCNBB - Diretorio Nancional de Catequese
CNBB - Diretorio Nancional de Catequese
 
Introdução à doutrina social da igreja
Introdução à doutrina social da igrejaIntrodução à doutrina social da igreja
Introdução à doutrina social da igreja
 
Metodologia na Catequese ~ VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR-REVER
Metodologia na Catequese ~ VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR-REVERMetodologia na Catequese ~ VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR-REVER
Metodologia na Catequese ~ VER-ILUMINAR-AGIR-CELEBRAR-REVER
 
Homilética
HomiléticaHomilética
Homilética
 
Um culto bem preparado
Um culto bem preparadoUm culto bem preparado
Um culto bem preparado
 
ética cristã
ética cristãética cristã
ética cristã
 
Apresentação a iniciação da vida cristã
Apresentação a iniciação da vida cristãApresentação a iniciação da vida cristã
Apresentação a iniciação da vida cristã
 
Diretrizes da Igreja no Brasil 2019 a 2023
Diretrizes da Igreja no Brasil 2019 a 2023Diretrizes da Igreja no Brasil 2019 a 2023
Diretrizes da Igreja no Brasil 2019 a 2023
 
Metologia na catequese
Metologia na catequeseMetologia na catequese
Metologia na catequese
 
Encontro de Catequistas
Encontro de Catequistas  Encontro de Catequistas
Encontro de Catequistas
 
Catequese renovada
Catequese renovadaCatequese renovada
Catequese renovada
 
Os sacramentos-de-iniciação-cristã-salesianos
Os sacramentos-de-iniciação-cristã-salesianosOs sacramentos-de-iniciação-cristã-salesianos
Os sacramentos-de-iniciação-cristã-salesianos
 
formação para catequistas
formação para catequistasformação para catequistas
formação para catequistas
 
Catequese IVC - Reflexão para Retiro com jovens
Catequese IVC - Reflexão para Retiro com jovensCatequese IVC - Reflexão para Retiro com jovens
Catequese IVC - Reflexão para Retiro com jovens
 
Catecumenato
CatecumenatoCatecumenato
Catecumenato
 
Chaves de Leitura do Documento 107 da CNBB.pptx
Chaves de Leitura do Documento 107 da CNBB.pptxChaves de Leitura do Documento 107 da CNBB.pptx
Chaves de Leitura do Documento 107 da CNBB.pptx
 
1º Encontro de Pais e Catequistas 24/05/2012
1º Encontro de Pais e Catequistas 24/05/20121º Encontro de Pais e Catequistas 24/05/2012
1º Encontro de Pais e Catequistas 24/05/2012
 
Formação para Ministros Extraordinário da Palavra 17° encontro pps
Formação para Ministros Extraordinário da Palavra 17° encontro ppsFormação para Ministros Extraordinário da Palavra 17° encontro pps
Formação para Ministros Extraordinário da Palavra 17° encontro pps
 
O catecismo da igreja católica
O catecismo da igreja católicaO catecismo da igreja católica
O catecismo da igreja católica
 

Semelhante a Fundamentos bíblicos e teológicos da vocação leiga

Apresentacao-DOC-105_Dom (8).pptx
Apresentacao-DOC-105_Dom (8).pptxApresentacao-DOC-105_Dom (8).pptx
Apresentacao-DOC-105_Dom (8).pptxLeilaCardoso20
 
12 ist - a vida cristã - liturgia
12   ist - a vida cristã - liturgia12   ist - a vida cristã - liturgia
12 ist - a vida cristã - liturgiaLéo Mendonça
 
1 história do cristianismo - 1ª aula
1   história do cristianismo - 1ª aula1   história do cristianismo - 1ª aula
1 história do cristianismo - 1ª aulaPIB Penha
 
11 ist - revisão geral modulo 1 e 2
11   ist - revisão geral modulo 1 e 211   ist - revisão geral modulo 1 e 2
11 ist - revisão geral modulo 1 e 2Léo Mendonça
 
Apresentação ponto 1 e 2
Apresentação ponto 1 e 2Apresentação ponto 1 e 2
Apresentação ponto 1 e 2Renata R. Lucas
 
Igreja una, santa, católica e apostólica
Igreja una, santa, católica e apostólicaIgreja una, santa, católica e apostólica
Igreja una, santa, católica e apostólicaJosé Luiz Silva Pinto
 
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11LFKlein
 
Dgae 2011 2015 visitapastoral
Dgae 2011 2015 visitapastoralDgae 2011 2015 visitapastoral
Dgae 2011 2015 visitapastoralKleber Silva
 
DGAE 2011 2015 padrekleber
DGAE 2011 2015 padrekleberDGAE 2011 2015 padrekleber
DGAE 2011 2015 padrekleberKleber Silva
 
EIXOVocaçãoAula2.pptx
EIXOVocaçãoAula2.pptxEIXOVocaçãoAula2.pptx
EIXOVocaçãoAula2.pptxssuserc9ef03
 
Lição 1 - A Igreja e o Plano Divino
Lição 1 - A Igreja e o Plano DivinoLição 1 - A Igreja e o Plano Divino
Lição 1 - A Igreja e o Plano DivinoÉder Tomé
 
7º PPO – Encontro de Espiritualidade: Padre Nadai
7º PPO – Encontro de Espiritualidade: Padre Nadai7º PPO – Encontro de Espiritualidade: Padre Nadai
7º PPO – Encontro de Espiritualidade: Padre NadaiRodrigo Catini Flaibam
 

Semelhante a Fundamentos bíblicos e teológicos da vocação leiga (20)

Apresentacao-DOC-105_Dom (8).pptx
Apresentacao-DOC-105_Dom (8).pptxApresentacao-DOC-105_Dom (8).pptx
Apresentacao-DOC-105_Dom (8).pptx
 
12 ist - a vida cristã - liturgia
12   ist - a vida cristã - liturgia12   ist - a vida cristã - liturgia
12 ist - a vida cristã - liturgia
 
Catequese Renovada
Catequese RenovadaCatequese Renovada
Catequese Renovada
 
1 história do cristianismo - 1ª aula
1   história do cristianismo - 1ª aula1   história do cristianismo - 1ª aula
1 história do cristianismo - 1ª aula
 
11 ist - revisão geral modulo 1 e 2
11   ist - revisão geral modulo 1 e 211   ist - revisão geral modulo 1 e 2
11 ist - revisão geral modulo 1 e 2
 
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
 
DOCUMENTO 105 CNBB
DOCUMENTO 105 CNBBDOCUMENTO 105 CNBB
DOCUMENTO 105 CNBB
 
Apresentação ponto 1 e 2
Apresentação ponto 1 e 2Apresentação ponto 1 e 2
Apresentação ponto 1 e 2
 
6º Encontro ano da fé documento de aparecida
6º Encontro ano da fé   documento de aparecida6º Encontro ano da fé   documento de aparecida
6º Encontro ano da fé documento de aparecida
 
Igreja una, santa, católica e apostólica
Igreja una, santa, católica e apostólicaIgreja una, santa, católica e apostólica
Igreja una, santa, católica e apostólica
 
Encontro com Catequistas
Encontro com CatequistasEncontro com Catequistas
Encontro com Catequistas
 
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11
K papel leigoigrejahojeigrejasinacio19out11
 
Natureza,finalidade e tarefas da catequese
Natureza,finalidade e tarefas da catequeseNatureza,finalidade e tarefas da catequese
Natureza,finalidade e tarefas da catequese
 
Dgae 2011 2015 visitapastoral
Dgae 2011 2015 visitapastoralDgae 2011 2015 visitapastoral
Dgae 2011 2015 visitapastoral
 
DGAE 2011 2015 padrekleber
DGAE 2011 2015 padrekleberDGAE 2011 2015 padrekleber
DGAE 2011 2015 padrekleber
 
EIXOVocaçãoAula2.pptx
EIXOVocaçãoAula2.pptxEIXOVocaçãoAula2.pptx
EIXOVocaçãoAula2.pptx
 
A Igreja corpo de Cristo.ppt
A Igreja corpo de Cristo.pptA Igreja corpo de Cristo.ppt
A Igreja corpo de Cristo.ppt
 
Lição 1 - A Igreja e o Plano Divino
Lição 1 - A Igreja e o Plano DivinoLição 1 - A Igreja e o Plano Divino
Lição 1 - A Igreja e o Plano Divino
 
7º PPO – Encontro de Espiritualidade: Padre Nadai
7º PPO – Encontro de Espiritualidade: Padre Nadai7º PPO – Encontro de Espiritualidade: Padre Nadai
7º PPO – Encontro de Espiritualidade: Padre Nadai
 
Igreja corpo de_cristo
Igreja corpo de_cristoIgreja corpo de_cristo
Igreja corpo de_cristo
 

Último

A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).natzarimdonorte
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxDIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxRoseLucia2
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
Material sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significadoMaterial sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significadofreivalentimpesente
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaDenisRocha28
 
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............Nelson Pereira
 

Último (12)

A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
A Besta que emergiu do Abismo (O OITAVO REI).
 
Fluido Cósmico Universal e Perispírito.ppt
Fluido Cósmico Universal e Perispírito.pptFluido Cósmico Universal e Perispírito.ppt
Fluido Cósmico Universal e Perispírito.ppt
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptxDIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
DIP Domingo da Igreja Perseguida 2024.pptx
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
Material sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significadoMaterial sobre o jubileu e o seu significado
Material sobre o jubileu e o seu significado
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo DiaSérie: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
Série: O Conflito - Palestra 08. Igreja Adventista do Sétimo Dia
 
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
ARMAGEDOM! O QUE REALMENTE?.............
 

Fundamentos bíblicos e teológicos da vocação leiga

  • 1. FUNDAMENTOS BÍBLICOS E TEOLÓGICOS DA VOCAÇÃO LEIGA E DOS MINISTÉRIOS LEIGOS Irmão Nery fsc     
  • 2. 1.1- O momento histórico máximo da religião revelada, segundo a nossa fé, aconteceu com encarnação, vida, ensino, morte, ressurreição e glorificação do Filho de Deus, Jesus Cristo . Seguir Jesus passou a ser um chamado de Deus feito à liberdade humana. 1. FUNDAMENTAÇÃO DA VIDA CRISTÃ: SEGUIR JESUS .
  • 3. 1. FUNDAMENTAÇÃO DA VIDA CRISTÃ: SEGUIR JESUS . O chamado é para escutar Jesus e é para segui-lo: partilhar de sua vida, de suas necessidades, de sua missão (fazer a vontade do Pai). E Deus fez este chamado, explicitamente, no dia do Batismo de Jesus no rio Jordão e, também, na Transfiguração de Jesus.
  • 4. A vocação cristã é aquela que nos vem de Deus por Cristo na força do Espírito Santo para a comunhão, a mais plena possivel com a Santíssima Trindade e a cooperação com o Plano Salvífico do Pai. mas, não fazendo de Cristo um ponto de chegada, e sim, como ele mesmo o disse, como Caminho, Verdade, Vida e Ponte (Pontífice) para o Pai, sob o impulso do Espírito Santo. E se traduz, também, como Igreja e como missão. Como concretização histórica esta vocação se traduz no seguimento de Jesus , segundo a dinâmica do discipulado (cf Col 1, 15-17; Ef 1, 1-14),
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. c) templos do Espírito (1Cor 6, 19-20), d) membros vivos do Corpo de Cristo (1Cor 12, 4-13), e) comprometidos a manter a unidade, o amor e a paz do mesmo Espírito em “ um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos” (Ef 4, 1-6). A transformação ontológica batismal supõe e revela a visibilidade sacramental da vocação cristã No BATISMO somos chamados a ser na Igreja: a) filhos de Deus (Ef 1,5), b) criaturas novas (2Cor 5, 17; Gal 6, 15),
  • 9. É importante acentuar que a vocação cristã une inseparavelmente: o seguimento de Jesus ( vocação ao discipulado ) e a insersão na Igreja ( vocação eclesial ). São duas vertentes sacramentalmente manifestativas em sua diversidade, num duplo movimento DE CHAMADO E DE RESPOSTA que, dando-se de modo exemplar em Cristo ( dimensão cristológica ), dá-se de modo geral na Igreja ( dimensão eclesiológica ), e se realiza de modo particular em cada cristão ( dimensão ontológica e participativa ).
  • 10.
  • 11. 2. A IGREJA É UNA NA RICA DIVERSIDADE DE DONS E CARISMAS, FUNÇÕES E MINISTÉRIOS 2.1- A Vocação cristã. O essencial é a grande vocação de seguir Jesus: somos cristãos ( Christifideles ). 2.2- Vocações distintas e complementares . Há distintos caminhos e modos de seguir Jesus. O Espírito, em sua liberdade, é que nos convoca, nos santifica e nos envia.
  • 12. A distinções entre leigos, clérigos, religiosos/as não se situam em nível de “estado” o “dignidade”, nem de “sagrado” e “temporal” ou profano. Mas, no que isto significa, expressa e se organiza enquanto encargo, missão, responsabilidade, consagração, serviço, representatividade, direção e comunhão. O eclesial não deriva do hierárquico já que ser Igreja é a forma de ser cristão, comum a todos os batizados. A Igreja somos todos nós, os seguidores de Jesus, e a Igreja é de todos. Todos temos uma igualdade básica, uma forma comum de ser e de estar na Igreja.
  • 13.
  • 14. 2.4. Os fiéis leigos. Pouco a pouco, os “Christifideles” (os fiéis leigos) se organizaram fundamentalmente em duas categorias distintas e complementares: a) “Christifideles laici” (leigos e leigas); b) “Christifideles ministri ordenati” (presbíteros). NB. Com muita dúvida, ambigüidade e discussão, a prática criou uma terceira categoria, os “Christifideles consecretati” (religiosos e religiosas) com a afirmação de que os religiosos não pertencem nem à categoria dos leigos e nem à categoria clerical, à exceção, óbviamente, dos religiosos presbíteros.
  • 15. Os fiéis leigos constituem a maioria da Igreja, um pouco mais de 98%. Eles são a força mais importante com a qual Deus conta para dar continuidade à missão de Jesus na história. Mas, uma grave distorção sobre a compreensão da Igreja, por parte da hierarquia, concentrou, durante séculos e séculos, a importância maior na Igreja, nos membros da hierarquia, quando, na verdade, a responsabilidade pela missão é de todos. Sem os leigos e as leigas não teríamos as famílias, os filhos, a organização da vida e da sociedade segundo os valores do Evangelho...
  • 16. O Concílio é claro quando fala da igualdade entre os seguidores de Cristo, a partir da graça batismal: “ Não há, por conseguinte, desigualdade por razão de raça ou de nacionalidade, da condição social ou de sexo” (LG 32,2). E acrescenta: “ existe una autêntica igualdade entre todos quanto à dignidade e à ação comum a todos em função da edificação do Corpo de Cristo” (LG 33,3). OS LEIGOS
  • 17.             Cristo Senhor Papa e Cardeais Arcebispos e Bispos Presbíteros Religiosos/as Leigos/as 2.5- EIS ALGUNS ESQUEMAS ILUSTRATIVOS: A. Modelo Piramidal, tudo depende da hierarquia Neste modelo os leigos não têm voz e nem vez. Em grego LAÓS = Povo; e LAIKÓS = membro do Povo. Mas, na Igreja passou a significar, sobretudo, INGORANTE, NÃO PARTICIPANTE.
  • 18. Presbíteros Religiosos/as Laicos/as Presbíteros- religiosos Leigos seculares / Leigos consagrados               B. Modelo Derivativo dual: Leigo-Presbítero Neste modelo o centro é a categoria leigo/a e, em segundo lugar, está a categoria clero...
  • 19. Presbíteros Diocesanos Religiosos/as Presbíteros- religiosos Ligos/as seculares Leigos/as consagrados                           Leigos/as C. Modelo trinitário: Leigo, Presbítero, Religioso Neste modelo os religiosos/as constituem uma nova categoria na Igreja
  • 20. Presbíteros Diocesanos Religiosos/as Presbíteros- religiosos Leigos seglares Leigos consagrados                           TODOS SÃO CRISTÃOS TESTEMUNHAS DO ABSOLUTO DO DEUS-AMOR, EM JESUS, SOB O IMPULSO DO ESPÍRITO SANTO EM COMUNHÃO DE CARISMAS, DONS, FUNÇÕES E MINSTÉRIOS PARA A GLÓRIA DE DEUS: O HOMEM E A MULHER VIVOS E FELIZES Povo de Deus D. Modelo
  • 21. 3. Somos todos CRISTÃOS , seguidores de Jesus, membros da Igreja, co-responsáveis, com Jesus e os demais cristãos, pela construção do Reino de Deus 3.1- REINO DE DEUS 1. NOVO CONCEITO DE DEUS: Amor, Pai, Bondade, Misericórdia... 2. NOVO CONCEITO DE RELAÇÃO PESSOAL COM DEUS: Filhos/as. 3. NOVO CONCEITO DE RELAÇÕES HUMANAS: Amor, fraternidade, justiça... 4. NOVO TIPO DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL: Convivência e administração, no amor e na justiça. 5. NOVA VISÃO SOBRE A VIDA APÓS A MORTE: Vida eterna feliz em Deus; vitória definitiva de Deus sobre a morte e o pecado – Escatologia, Parusia...
  • 22. 3.2- SOMOS MINISTROS NO POVO DE DEUS E PARA O POVO DE DEUS A. MINISTRO vem do latim: MUNUS + STARE = Estar a Serviço e vem também de MINOR = Como menor, isto é, aquele que serve. B. Não temos mérito algum, pois é pura gratuidade da escolha de Deus... Apenas recebemos MAIS RESPONSABILIDADES , que exigem de nós competência, dedicação, correspondência à graça de Deus, testemunho... C. Não somos, por ser ministros, mais santos e melhores do que nenhum outro seguidor de Jesus.
  • 23. Sem este compromisso primeiro de nossa vocação e missão de leigos/as o ministério dentro da Igreja, a serviço dos fiéis, fica incompleto, manco... Neste sentido ninguém de nós, por sermos Ministros, é do CLERO, isto é, da Hierarquia. D. Nosso primeiro e principal ministério na Igreja é fora da Igreja, isto é, no mundo: a serviço da família, da sociedade, das causas sociais que ferem a dignidade humana, os valores do Evangelho.
  • 24. Continuamos leigos/as. E não podemos cair nas tentações do CLERICALISMO, que por muitos séculos deturpou a missão do Clero, da Hierarquia: que não valorizou os leigos/as, centralizou tudo, não possibilitando ao leigo/a ter voz, vez, para ajudar a refletir, decidir, coordenar, administrar... E. O fato de sermos Ministro na Igreja para uma determinada tarefa, nos obriga a termos uma visão ampla da missão da Igreja, e não uma visão míope, parcial, pois tudo está em nossa fé, profundamente interligado, interdependente.
  • 25. Exemplo: Ministro de um determinado Sacramento . É óbvio que ele está a serviço do todo da Igreja e do fiel, e não apenas de determinado Sacramento ou aspecto da vida do fiel. Como alguém vai cuidar de Eucaristia, ou do Matrimônio ou de qualquer outro sacramento? sem primeiro trabalhar seriamente o conhecimento da Bíblia, de Jesus, da Igreja, do Batismo e da Confirmação? Sem um bom conhecimento do todo, corremos o risco de sermos meros executores de ritos, favorecendo a fragmentação e, pior ainda, uma noção devocionista e mágica da fé e dos sacramentos...
  • 26. F. E é ainda fundamental, a qualquer ministro CULTIVAR E EXERCER excelentes RELAÇÕES HUMANAS Este é um dos aspectos mais falhos em nossas Comunidades Eclesiais. Há presbíteros e ministros/as leigos/as, religiosos/as que não capricham nas relação humanas, essenciais para revelar o Mandamento Novo: DE ACOLHIDA, ESCUTA, COMPREENSÃO, FRATERNIDADE, ESCLARECIMENTO, AJUDA...
  • 27. Na Última Ceia, no conta São João: “ Compreendeis o que fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou. Se, portanto, eu, o Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns dos outros” Jo 13, 12-14). Dei-vos exemplo para que, como eu fiz vós o façais (Jo 13,15). Se compreenderdes isso e o praticardes, sereis felizes! (Jo 13, 17). Depois de levar os pés de seus discípulos Ele lhes disse:
  • 28. “ Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amo. Nisto todos saberão que sois meus discípulos se vos amardes uns aos outros como eu vos amo!” (Jo 13, 34-35). E Jesus concluiu, dizendo que a marca que distingue o seu seguidor, o seu discípulo, é o AMOR
  • 29. E São Mateus explicita ainda mais concretamente que amar, segundo Jesus é fazer a opção preferencial pelos pobres e lutar junto com eles pela libertação deles das necessidades humanas básicas e da exclusão social: “ Vinde, benditos de meu Pai. Tomai posse do Reino que para vós está preparado desde o começo do mundo. Porque eu estava com fome, sede, nu, doente, no cárcere, sem onde ficar... E vós cuidastes de mim! Mas, Senhor, quando foi que vos socorremos assim? “ Todas as vezes que isso fizestes ao menor de meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25, 31-46). FIM