Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
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1. EMBAIXADA ROCHA VIVA
CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS.
AULA INAUGURAL — CONFIANÇA EM DEUS
[1]
INTRODUÇÃO:
a. Em quem devemos confiar? Saúde? Dinheiro? Vale a pena confiar em alguém? Até
que ponto eu posso confiar? Podemos confiar no governo? na imprensa? Como seria o
mundo se a gente não confiasse em ninguém?
b. Nós somos confiáveis? As pessoas podem confiar em mim? Sou fiel?
[2]
LER O TEXTO: Jeremias 17.5-8
a. Jeremias aborda um momento crucial do povo judeu, uma vez que o ministério dele
ocorre durante a decadência de Judá como reino, no plano interno, e fortes
transformações geopolíticas, no plano externo.
b. Poesia: maldição e benção e conseqüência de cada uma.
MALDIÇÃO
Maldito o homem que confia no homem
faz da carne mortal o seu braço
e aparta seu coração de Iavé.
Porque será como arbusto solitário;
no deserto e não verá quando chegar o bem
antes morará nos lugares secos do deserto
na terra salgada e desabitada.
—
Enganoso é o coração, mais do que
todas as coisas, e perverso; quem o
poderá conhecer?
[3]
BÊNÇÃO
Bendito o homem que confia no Senhor
e cuja esperança é o Senhor.
[e une seu coração a Iavé].
Porque ele é como a árvore plantada
junto às águas
que estende as suas raízes para o ribeiro
e não receia quando vem o calor
mas a sua folha fica verde;
e no ano de seca não se perturba
nem deixa de dar fruto.
Eu, o Senhor, esquadrinho a mente, eu
provo o coração; e isso para dar a cada
um segundo os seus caminhos e
segundo o fruto das suas ações
O QUE SIGNIFICA CONFIAR: CONFIDARE — FIDE — FIDEL :
a. Confiar: fiar; depositar fé; esperar em; ser convencido por; crer, acreditar; entregarse; contar com; reconhecer a dependência; aceitar os cuidados.
b. Dependência: o ser humano precisa confiar porque depende de outros para
satisfazer suas necessidades de amor e segurança: meio ambiente, pais, pessoas...
c. Dilema: confiar ou não? Se confiar demais, pode sofrer muitas decepções; se não
confiar, não conseguirá viver neste mundo.
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2. EMBAIXADA ROCHA VIVA
d. Tipos de confiança:
1. Confiança natural: todos confiam em pessoas e coisas no nível necessário
para viver; o passageiro confia no motorista; o motorista no carro; o pedestre
no guarda.
2. Confiança emocional: marido confia na esposa; filho confia na mãe; confia
no amigo.
3. Confiança cruzada: confio em você porque ele me garante que você é
confiável.
4. Confiança cega: credulidade e ingenuidade.
5. Desconfiança: desconfiômetro; confiamos desconfiando e desconfiamos
confiando.
[4]
CONFIAR EM SI MESMO — AUTOCONFIANÇA
a. "Se queres alguém em quem confiar, confia em ti mesmo" (Renato Russo).
b. Qual o perigo de confiar em si mesmo? — Você confia em quem não conhece? Você
conhece seu próprio coração? Logo, não é possível confiar muito em si mesmo.
I. ―E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Não que sejamos
capazes, por nós, de pensar alguma coisa...; mas a nossa capacidade vem de
Deus‖ (2 Co 3.5).
II. ―Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e
contrataremos, e ganharemos... Porque, que é a vossa vida? É um vapor que
aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis
dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo‖ (Tg 4. 13-17)
[5]
.
CONFIAR NO HOMEM:
a. Requisitos: por que vc confia em uma pessoa e não confia na outra? Por que as
pessoas em quem confiamos nos decepcionam?
1. Conhecer o caráter: falar a verdade; ser coerente; identificação;
reciprocidade;
2. Conhecer os talentos: a pessoa tem as habilidades necessárias; confiar na
habilidade do médico, do motorista, do piloto.
b. Por que é perigoso confiar em pessoas:
1. Porque não conhecemos ninguém perfeitamente: ―o homem vê o exterior,
mas o Senhor [conhece] o coração‖ (1 Sm 16.7).
2. Porque as pessoas mudam: se toda a minha confiança estiver distribuída
apenas nas pessoas, o risco de decepção é muito alto.
3. Porque as pessoas são insuficientes: no máximo, as outras pessoas
também são dependentes e não são capazes de prover tudo que precisamos.
[6]
CONFIAR EM DEUS:
a. Confiança espiritual: confiar em Deus de modo absoluto, seguro e crescente.
1. ―Confia no Senhor de todo o teu coração e não te apóies no teu próprio
entendimento‖ (Pv 3.5). ―Provai, e vede que o SENHOR é bom; bemaventurado o homem que nele confia‖ (Sl 34.8).
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3. EMBAIXADA ROCHA VIVA
b. Confiar e temer: a confiança deve estar unida ao temor a Deus; confiança sem temor
se transforma em arrogância, e o temor sem a confiança em covardia.
1. “Deus aprecia aqueles que O temem, os que esperam no Seu amor” (147, 11).
c. Por que o homem deve lançar toda sua confiança em Deus?
1. Deus é fiel: o fundamento da fé é o próprio caráter de Deus. Ele é fiel a si
mesmo.
2. Deus é revelação: não é necessário confiar em Deus cegamente. ―Em ti
confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, SENHOR, nunca
desamparaste os que te buscam‖ (Sl 9.10); ―O SENHOR e conhece os que
confiam nele‖ (Na 1.7).
3. Deus é amor: o grande amor de Deus envolve os que nele confiam (Sl
32.10).
4. O homem é dependente: só Deus tem os recursos para a realização total e
permanente de todas as expectativas da vida.
5. ―... nós nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne (Fp 3.3).
d. Deus e as pessoas: quem confia em Deus, tem autoconfiança e pode confiar nas
pessoas, porque a base está em Deus e não em si mesmo nem nos outros.
[7]
CONCLUSÃO:
a. A figura da árvore é perfeita para ilustrar a relação entre o homem e Deus:
1. Assim como a árvore não pode viver isoladamente, mas depende do clima,
do solo e da água, assim também o homem depende de Deus.
2. Assim como a árvore estende suas raízes em direção ao ribeiro em busca
de nutrientes, o homem não pode viver sem confiar em alguma fonte.
.3.O homem que confia em si mesmo é tão desprotegido e solitário como um
arbusto no deserto; porque não dispõe de todos os recursos necessários.
4. O homem que confia em Deus é como uma árvore junto às águas e feliz.
5. Confiar no homem é uma vida de solidão e privação.
6. Confiar em Deus e apoiar-se inteiramente nele é garantia de vida e
satisfação.
b. Por que confiamos tanto em nós mesmos? Nós somos perecíveis e fracos.
c. Por que (des)-confiamos nas pessoas? Elas são imprevisíveis e mudam.
d. Por que temos tanta dificuldade de confiar em Deus?
e. Aplicação: confiança em Deus — Nós sempre viveremos de acordo com o Deus que
cremos. Aceitem o testemunho da fidelidade de Deus e cresçam no conhecimento dele
a fim de terem experiências pessoais da fidelidade de Deus.
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4. EMBAIXADA ROCHA VIVA
CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS
AULA 1 — INTRODUÇÃO
[1]
INTRODUÇÃO:
a. Questões: Afinal por que conhecer a Deus? Para que estudar sobre Deus? Por
que Deus quer ser conhecido? O conhecimento de Deus é relevante para a
vida? É importante estudar teologia? Não basta viver a fé?
b. Objetivos: estabelecer a importância do conhecimento de Deus e suas
aplicações práticas.
[2]
CONHECIMENTO RETÓRICO X CONHECIMENTO REAL;
a. Teologia: as doutrinas que praticamos hoje foram formuladas dentro da igreja
para a igreja; os teólogos mais importantes, os pais da igreja não eram
intelectuais apartados da realidade da igreja, mas pastores preocupados.
b. Barreira teórico x real:
i.Conhecimento retórico: ser evangélico ortodoxo; poder explicar o evangelho
com clareza e distinguir a doutrina falsa; saber ensinar sobre Deus
ii.Conhecimento real: ter a alegria, a bondade, a liberdade de espírito, que
constituem as marcas de quem conhece a Deus.
c. Packer: ―Um pequeno conhecimento de Deus vale bem mais que um grande
conhecimento a respeito dele.‖
d. Conclusão:
i.Conhecer sobre Deus x Conhecer a Deus: é possível saber sobre Deus sem
conhecê-lo; ler livros de teologia e apologética; aprofundar-se na história cristã
e estudar o credo cristão; aprender a manusear bem as Escrituras.
e. Conhecer sobre piedade X Conhecer a Deus: ouvir sermões, ler livros e ter
bons amigos; fazer cursos sobre ―como orar‖, ―como testemunhar‖, ―como ler a
Bíblia‖, ―como ser um casal cristão‖ e aprender muito sobre a prática cristã,
mas não conhecer realmente a Deus.
[3]
FUNDAMENTOS PARA O CONHECIMENTO DE DEUS:
a. Deus Criador: não há nada no universo dotado de auto-movimento; não há
nenhum ser no universo dotado de vida autônoma, que não dependa de algo
externo a si mesmo para viver;
1. Mente: dentre todos os seres do universo, Deus concedeu apenas ao
homem a capacidade de se relacionar pessoalmente com ele.
2. Conclusão: se Deus criou todas as coisas, todos os seres e todas as
leis, então é fundamental e necessário conhecer a Deus.
3. Mapa: se você fosse colocado no meio de Tóquio, sem conhecer nada
do Japão? Conhecer a Deus é vital para viver no mundo criado por
Deus. Não conhecer a Deus implica em confusão, solidão e morte.
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5. EMBAIXADA ROCHA VIVA
b. Identidade: quem eu sou? Só há duas respostas:
1. Animal melhorado: fruto do acaso e do tempo, desprovido de
propósito; ―conforme-se‖; o homem deveria estar contente e adaptado à
vida em relação à evolução;
2. Semideus: o homem é um ser autônomo, dotado de capacidade
infinita, basta canalizar e obter as condições necessárias.
3. Pecado: a dependência de Deus é tão absoluta que apenas o pecado
explica a nossa arrogância e tentativa de ser autônomo e rebelde em
relação a Deus (como um boneco de cordas que não sabe que um dia
para).
4. Autoconhecimento: eu não conheço a Deus a partir de mim; é o
contrário: eu conheço a mim a partir de Deus.
5.João Calvino: ―(...) é evidente que o homem jamais alcançará um
conhecimento perfeito de si mesmo, a menos que primeiramente
vislumbre o rosto de Deus e daí desça para a contemplação de si
mesmo‖.
c. Estilo de vida saudável: apenas o conhecimento de Deus nos permite saber
cuidar da nossa vida e escolher nossos caminhos: por que buscar a santidade?
Por que evitar pecados? Baseado em meus impulsos ou em minha identidade
como ser criado à semelhança de Deus?
d. Conclusão: apenas o conhecimento de Deus permite evitar a arrogância de ser
semideus e a falta de significado do evolucionismo materialista.
[4]
FONTES DE CONHECIMENTO DE DEUS:
a. Revelação natural: tudo que Deus criou fala sobre ele (Rm 1.20); a unidade na
diversidade e a complexidade do ser humano; a criação permite saber muito
sobre Deus, mas não fala sobre a pessoalidade e o relacionamento.
b. Revelação proposicional: Deus falou aos homens, e a Bíblia é sua Palavra, que
nos foi dada a fim de nos tornar sábios para a salvação.
c. Revelação pessoal: Jesus Cristo, o Filho de Deus (Hb 1.1-3),
1.Relação com Jesus: quando Jesus estava para se retirar dentre os
discípulos, ele disse que deveria ir a fim de que o Espírito viesse (Jo
14.26-29; 16.7-14); portanto, podemos ter o mesmo relacionamento com
Jesus.
[5]
BEM, ANTES DE COMEÇAR — CONHECIMENTO APLICADO:
a. Intenções: quais são as nossas intenções em conhecer a Deus? Onde
queremos chegar? O conhecimento como fim em si mesmo envaidece.
b. Propósitos: o que eu pretendo fazer com o conhecimento de Deus? A nossa fé
tem sido ponte para um alvo particular? O nosso alvo é Deus?
i.―Se alguém [obedecer a Deus], conhecerá a respeito da doutrina‖ (Jo 7.17).
ii.―Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o
Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar‖ (Mt 11.27).
iii.―Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito que está no seio do Pai, é quem
o revelou‖ (Jo 1.18).
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6. EMBAIXADA ROCHA VIVA
c. Objetivo errado: o conhecimento como fim em si mesmo produz orgulho.
1. ―o saber ensoberbece, mas o amor edifica...‖ (1Co 8.1,2).
2. ―Quem dentre em vós é sábio e entendido? Mostre em mansidão de
sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras‖ (Tg 3.13).
d. Objetivo adequado: conhecer o caráter de Deus, segundo a revelação do
Espírito Santo, para obediência (Sl 119.1,2,5;12,18,97,103,125; Fp 3.8-11).
[6]
VAMOS REFLETIR:
a. Primeiro passo: reconhecer como é pequeno nosso conhecimento sobre Deus
e pedir ao Senhor que sonde o nosso coração.
b. Segundo passo: buscar a Deus; embora Jesus não esteja presente em corpo,
espiritualmente isso não faz diferença; ainda podemos ter relacionamento com
Deus.
c. Convite: renovar o compromisso de buscar a conhecer a Deus.
CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS
AULA 2 — CONHECER E SER CONHECIDO
[1]
INTRODUÇÃO:
a. Questões: O que significa conhecer? Como se conhece uma pessoa? O que
significa conhecer a Deus? Como se adquire conhecimento de alguém único?
b. Conhecimento inato: todo homem tem noção de Deus (Rm 1.20).
c. Conhecimento revelado: todo homem tem o dever de conhecer a Deus.
[2]
CONHECER — SIGNIFICADO:
a. Etimologia: a palavra ‗conhecer‘ vem do latim cognoscere (co + gnos) que quer
dizer aprender com a mente; saber (sapere de sabor); discernir; reconhecer; ter
noção, informação de algo (matéria) ou alguém (pessoa).
1.Conhecer é uma relação entre sujeito e objeto; não há conhecimento
sem um sujeito que conhece ou sem um objeto conhecido.
2.Curiosidade: a palavra latina para ‗saber‘ está relacionada
etimologicamente a sabor (sapere, ter gosto).
b. Sentido bíblico: yâda (heb) refere-se à intimidade conjugal (p. ex., Adão e Eva,
em Gn 4.1,17,25; Elcana e Ana, em 1Sm 1.19; José e Maria, em Mt 1.25; Lc
1.77); ginoceko (grego) estar ciente; sentir; perceber; ter certeza.
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7. EMBAIXADA ROCHA VIVA
c. Obediência: pré-condição para conhecer a Deus;
1. ―Se alguém me ama, guardará a minha palavra‖ (Jo 14.15,21,23;
15.10);
.2.―Nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus
mandamentos‖ (1Jo 2.3,4,5).
[3]
CONHECER — NIVEIS DE COMPLEXIDADE:
a. Conhecer a Deus não é: um tipo de emoção; arrepios; emoções irreais;
sensação de entorpecimento e euforia procurada pelos viciados em drogas; um
tipo de experiência intelectual.
b. Na prática: que tipo de atividade ou acontecimento pode ser propriamente
descrito como "conhecer a Deus"?
c. Níveis de complexidade: "conhecer" a Deus é necessariamente um assunto
mais complexo que "conhecer" uma pessoa, assim como "conhecer" uma
pessoa é mais complexo que "conhecer" um lugar; conhecer um ser vivo é
mais complicado do que conhecer uma matéria.
d. Níveis de complexidade: matéria/local animal pessoa pessoa superior
1.matéria: estudo, observação e descrição; local: pesquisa; visitação;
exploração;
2.animal: requer saber suas reações, comportamento e necessidades.
3.pessoa: é mais complexo, porque o exterior não revela o coração; há
níveis de conhecimento (―conheço bem‖ ou ―conheço de vista‖); depende
mais da permissão do outro do que do esforço próprio; a relação vai até
o limite que a outra parte impõe.
4.pessoa superior: em posição de autoridade, capacidade profissional ou
social — o conhecimento depende da disposição, abertura e iniciativa do
outro; se a pessoa se restringir ao protocolo, não poderemos tratar com
familiaridade.
[4]
CONHECER A DEUS — A INICIATIVA DE DEUS:
a. Deus tomou a iniciativa: o Criador todo-poderoso, o Senhor dos Exércitos, o
grande Deus diante de quem as nações são como uma gota no oceano, se
aproxima de nós e fala ao nosso coração:
1. Como ele fala? especialmente por meio das Sagradas Escrituras.
2. Com quem ele fala? com você e comigo.
3. O que ele fala? sobre seu pecado, culpa e fraqueza, cegueira e
insensatez e o leva a ver quem é de fato; mas também fala de perdão,
nova vida e eternidade.
4. Para que? Deus abre seu coração conosco para nos tornar seu amigo
e ―parceiro de aliança‖ — segundo a expressão de Barth.
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8. EMBAIXADA ROCHA VIVA
b. Ilustração: o ato divino de tirar José da prisão e torná-lo primeiro-ministro do
Faraó ilustra o que Deus faz com todo cristão: de prisioneiro de Satanás a uma
posição de confiança a serviço de Deus.
c. Conclusão: conhecer a Deus é participar de um relacionamento iniciado por ele
mesmo; um relacionamento entre o Deus santo e os homens pecaminosos no
qual estes são aceitos como filhos, amigos e cooperadores de Deus (1Co 3:9).
[5]
CONHECER A DEUS — O QUE ENVOLVE:
a. Fé: não é possível confiar em quem não se conhece; por outro lado, não se
conhece a Deus se não crer que ele é quem diz ser; ―sem fé é impossível
agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam‖ (Hb 11.6).
b. Revelação natural — a criação: todo homem é responsável por conhecer a
Deus com base nas coisas que existem; esta percepção de que há um Deus
pessoal será a base do julgamento justo contra os incrédulos (Rm 1.20).
c. Revelação especial — Palavra de Deus: ouvir a Palavra de Deus e recebê-la
de acordo com a interpretação do Espírito Santo ao aplicá-la a nós (Rm 10.17).
d. Revelação plena — o Filho de Deus: quando Filipe pediu a Jesus que lhe
mostrasse o Pai, a resposta foi: quem me vê a mim, vê o Pai (Jo 14.8.11);
Jesus é a plena revelação de Deus (Hb 1.1-3; Cl 1.19; 2 Co 3.16 – 4.6);
e. Foco da revelação — o caráter de Deus: prestar atenção, meditar sobre a
natureza e o caráter de Deus revelados em sua Palavra e obra.
f. Obediência: aceitar seu convite de amor e obedecer a suas ordens por amor.
g. Relacionamento: reconhecer o amor demonstrado por Deus e alegrar-nos nele.
―Amar a Deus sobre todas as coisas‖; qualquer coisa ou pessoa que amarmos
mais do que a Deus corromperá nosso coração.
[6]
PARA REFLETIR:
a. Conhecer sobre Deus X conhecer a Deus: é possível saber sobre Deus sem
conhecê-lo; ler livros de teologia e apologética; aprofundar-se na história cristã
e estudar o credo cristão; aprender a manusear bem as Escrituras.
b. Pergunta: como podemos transformar nosso conhecimento sobre Deus em
conhecimento de Deus?
c. Resposta: transformar cada verdade aprendida sobre Deus em assunto de
meditação diante de Deus, conduzindo-nos à oração e ao louvor a Deus.
d. O que é meditação? É o ato de trazer à mente as coisas conhecidas sobre os
caminhos, propósitos e promessas de Deus; pensar, deter-se nelas e aplicá-las
à própria vida; é falar consigo mesmo a respeito de Deus e de si próprio; é um
meio de raciocinar consigo mesmo em ocasiões de dúvida e apreensão até
chegar ao claro entendimento do poder e da graça de Deus.
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9. EMBAIXADA ROCHA VIVA
CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS
AULA 3 — O QUE É CONHECER A DEUS
[1] INTRODUÇÃO
d. Conhecer a Deus: é o alicerce, a forma e o alvo da vida, além de ser uma
escala de prioridades e de valores; se aceito que conhecer a Deus é a principal
razão da vida, muitos problemas serão resolvidos.
e. Alvo: o que dá valor à vida é ter um grande objetivo, alguma coisa que prenda
nossa imaginação e conserve nossa fidelidade;
1. "Assim diz o Senhor: 'Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o
forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar,
glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o
Senhor" (Jr 9:23s).
[2] CONHECER A DEUS — O QUE É
f. Conhecer a Deus não é: um tipo de emoção; arrepios; emoções irreais;
sensação de entorpecimento e euforia; um tipo de experiência intelectual.
g. Conhecer a Deus é:
1. Ouvir a Palavra de Deus e recebê-la de acordo com a interpretação
do Espírito Santo ao aplicá-la a nós;
2. Atentar para a natureza e o caráter de Deus revelados na Palavra e
obra;
[3] CONHECER A DEUS – UMA QUESTÃO PESSOAL
h. Pessoal: o relacionamento com Deus é individual e intransferível.
i. Conhecer a Deus é mais do que conhecer sobre Deus: um teólogo conhece
mais a Deus do que um crente analfabeto?
j. Conhecer a Deus é uma precondição para confiar nele: "E como alguém pode
ter fé no Senhor se não ouvir falar dele?" (Rm 10.14).
k. Intimidade: de íntimo ou dentro, interior; significa submissão, dependência,
entrega sem medo a Deus; somente é possível pelo Espírito (1Co 2.10);
1.―No amor não existe medo... o perfeito amor lança fora o medo‖ (1Jo
4.18).
2. ―A nós, porém, Deus o revelou pelo Espírito. Pois o Espírito sonda
todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus" (1Co
2.10,11).
3. ―A intimidade do Senhor é para os que o temem aos quais ele dará a
conhecer a sua aliança‖ (Sl 25.14).
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10. EMBAIXADA ROCHA VIVA
l. Mutualidade: Deus sabe tudo sobre nós e ainda nos ama — ele não tem
ilusões a nosso respeito; o relacionamento com Deus implica em segurança.
1. ―tu me sondas e me conheces‖ (Sl 139.1);
2. ―Conheço-te pelo teu nome―(Ex 33.11);
3. ―Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci‖ (Jr 1.5).
4. ―Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me
conhecem a mim. Assim como o Pai me conhece e eu conheço o
Pai...As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me
seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão eternamente...‖ (Jo
10.14,15,27,28).
m. Salvação: ninguém é salvo por conhecer doutrina, mas é salvo pela vida de
Cristo, recebida pela fé por meio do Espírito Santo (e permanecer num),
relacionamento de confiança e obediência a Deus.
[4] CONHECER A DEUS – UMA QUESTÃO DE ENVOLVIMENTO PESSOAL
n. Envolvimento: vontade, mente e emoções; experimentar (provar) seu amor.
o. Relação integral: ―Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda
a tua alma, e de todo o teu pensamento‖ (Mt 22.37,38); os evangelhos de
Marcos (12.30) e Lucas (10.27) falam em coração (volitiva), alma (emocional),
entendimento (intelectual) e forças.
p. Amar: ―Quem não ama, não conhece a Deus, pois Deus é amor‖ (1 Jo 4.8).
q. Obedecer: ―Se me amais, guardai os meus mandamentos‖ (Jo14.15,21-24).
r. Emoções: compartilhar alegrias e tristezas; não desprezar as emoções;
1.de um lado, devemos lembrar que Deus não existe para nosso
conforto ou para proporcionar "experiências religiosas"; se alguém diz
que conhece a Deus, mas não lhe obedece, é mentiroso (1Jo 2.4, 9,11;
3:6,11; 4.20).
2.por outro lado, não devemos desprezar o fato de que o conhecimento
de Deus é uma relação emocional, assim como intelectual e volitiva; se
não for assim, não é integral ou profundo; o cristão é, e deve ser,
emocional.
s. Provar: "experimentar" com a intenção de apreciar o sabor;
1. um prato pode parecer delicioso e ser bem recomendado pelo
cozinheiro, mas não saberemos suas reais qualidades enquanto não o
provarmos.
2. um amigo se torna um grande companheiro à medida que
experimentamos suas virtudes e qualidades, especialmente em
momentos difíceis.
3. "Provai e vede que o Senhor é bom" (Sl 34:8);
4. ―Se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso‖ (1Pe
2.1).
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11. EMBAIXADA ROCHA VIVA
[5] CONHECER A DEUS – UMA QUESTÃO DE GRAÇA
t. "Conhecer": em relação a Deus, é uma palavra da graça soberana; Deus
tomou a iniciativa de amar, escolher, redimir, chamar e preservar.
1. ―Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas
em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação...‖ (1Jo
4.10).
2. ―conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus‖ (Gl 4.9);
3. O Senhor disse a Moisés ―[...] porque tenho me agradado de você e o
conheço pelo nome‖ (Êx 33.17).
4. ―Antes de formá-lo [Jeremias] no ventre eu o escolhi; antes de você
nascer, eu o separei‖ (Jr 1.5).
5. ―Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me
conhecem [...] e dou a minha vida pelas ovelhas [...] As minhas ovelhas
ouvem a minha voz; eu as conheço [...] jamais perecerão‖ (Jo
10:14,15,27,28).
u. Auto-revelação: Deus se deixa conhecer e achar pelo homem que o busca; a
revelação é dada a cada um na medida da fé pessoal e da maturidade.
1. ―Eu amo os que me amam; os que me procuram me acham‖ (Pv
8.17).
2. ―Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes como todo o
vosso coração, e serei achado de vós‖ (Jr 29.13);
3. ―buscai e encontrareis‖ (Mt 7.7).
[6] PARA REFLETIR:
v. Revelação: abrir os olhos — remover o véu — e dar instrução sobre ele e sua
vontade por meio da comunhão com ele.
w. Expectativa: à medida que penetramos mais e mais profundamente nessa
experiência de sermos humilhados e exaltados, nosso conhecimento de Deus
aumenta e, com ele, teremos paz, força e alegria para a vida.
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12. EMBAIXADA ROCHA VIVA
CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS
AULA 4 — O ÚNICO E VERDADEIRO DEUS
"Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra,
ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás
culto, porque eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso" (Êx 20:4,5).
1.IDOLATRIA :
x. O que a palavra idolatria sugere: selvagens prostrados diante de um posteídolo? estátuas com faces cruéis nos templos hinduístas? danças religiosas
dos sacerdotes de Baal ao redor do altar levantado por Elias?
y. A idolatria não: se refere apenas à adoração de imagens de outros deuses (ver
Is 44.9; 46:1), ou o paganismo do mundo greco-romano (Rm 1.23-25); não se
aplica apenas a representações imorais ou degradantes de Deus, tiradas dos
cultos pagãos.
z. A idolatria é: fazer uso de nenhuma representação visual de Deus; "... a
idolatria consiste não só no culto a falsos deuses, mas também no culto ao
verdadeiro Deus através de imagens" (Charles Hodge).
2.O PERIGO DAS IMAGENS:
A. Problemas: que mal pode haver em usar estátuas e quadros se estes
ajudam a elevar o coração a Deus? Se são úteis, porque são proibidos?
B.O segundo mandamento proíbe o:
1. Uso de imagens que representam como a mais elevada criatura,
o homem;
2. Uso de imagens de Jesus como homem, embora ele tenha sido
homem;
3. Uso de qualquer figura ou estátua de Deus Pai, do Filho e do
Espírito Santo.
C. Resposta: a Bíblia mostra que a glória de Deus e o bem espiritual do
homem estão diretamente ligados ao mandamento.
3. DOIS FUNDAMENTOS DA PROIBIÇÃO DA IDOLATRIA:
A. As imagens desonram a Deus, pois obscurecem sua glória.
1. Nenhuma criatura é capaz de refletir a glória de Deus: as coisas
celestes (sol, lua, estrelas), terrestres (homens, animais, pássaros,
insetos) e marítimas (peixes, mamíferos, crustáceos) não correspondem
ao Criador.
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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13. EMBAIXADA ROCHA VIVA
2. Calvino: "A verdadeira imagem de Deus não é encontrada em
nenhuma parte do mundo; conseqüentemente [...] sua glória é
profanada, e sua verdade corrompida pela mentira, sempre que ele nos
é apresentado de forma visível [...] Projetar qualquer imagem de Deus é
por si só irreverência, porque mediante essa corrupção sua majestade é
adulterada..."
3.Toda imagem obscurece a glória de Deus: não é apenas em
relação à semelhança, mas a natureza pessoal e o caráter de Deus.
4."Com quem vocês compararão Deus?" (Is 40.18).
b. As imagens enganam os homens ao projetar idéias falsas sobre
Deus.
1. Quando os pensamentos estão focalizados na imagem de Deus, a
pessoa orará "curvando-se" e "adorando" a imagem; como a
imagem falha em representar a verdade sobre Deus, a adoração não
é verdadeira.
2. A mente que admite imagens não aprendeu ainda a amar e a
ouvir a Palavra de Deus; quem espera ser guiado a Deus por meio
de imagens, materiais ou mentais, não está levando a sério a
palavra de Deus.
4. IMAGENS ESCULPIDAS X IMAGENS MENTAIS
a. Imagem material: qualquer imagem e figura visível de Deus.
b. Imagem mental: idéias ao gosto pessoal — "Gosto de pensar em Deus como o
grande Arquiteto‖; ou "Não penso em Deus como juiz, mas como pai".
c. Que imagem temos de Deus? De um homem — o homem ideal ou um superhomem; Deus não é igual a nenhum tipo humano.
d. ―Imago dei‖: embora tenhamos sido criados a imagem de Deus, não podemos
pensar em Deus de acordo com ela.
e. Deus é real: ninguém é livre para pensar em Deus como gosta, porque ele é
real e existe objetivamente; imagens mentais de Deus servem de pretexto para
negar algum ensinamento bíblico a respeito de Deus.
f. Segundo mandamento:
1. Propósito positivo: conhecer a Deus como ele é revelado em sua
Palavra e obra, isto é, como Deus Criador, transcendente,
misterioso e inescrutável, além do alcance de qualquer conjectura
filosófica.
2. Propósito negativo: exortação contra a adoração e prática
religiosa que desonram a Deus e falsificam sua verdade.
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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14. EMBAIXADA ROCHA VIVA
g. Dependência de Deus: humilhar-se diante de Deus, ouvi-lo e aprender dele;
Ele mesmo nos ensinará como é e como devemos pensar sobre ele.
1. "Os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem
os seus caminhos são os meus caminhos..." (Is 55.8,9).
2. "Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de
Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus
caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor?" (Rm 11:33,34).
5. IMAGENS X PALAVRA DE DEUS
h. Palavra de Deus: a proibição de imagens na adoração coloca a fabricação de
imagens com a atenção aos mandamentos e à palavra de Deus, como se
ambas fossem mutuamente excludentes (Deuteronômio 4).
i. Monte Sinai: o povo viu sinais da presença de Deus, mas não viu nenhuma
representação visível do próprio Deus; eles ouviram sua palavra.
j. Significado: Deus não lhes apresentou nenhum símbolo visível de si mesmo,
mas falou com eles; portanto, eles não deveriam procurar símbolos visíveis de
Deus, mas simplesmente obedecer a sua Palavra.
6. PARA REFLETIR:
k. Perguntas:
1. Até que ponto estamos guardando o segundo mandamento? Com
certeza, não temos em nossas igrejas e nem crucifixos em casa.
2. Adoramos o Deus da Bíblia, o Deus triúno, o único e verdadeiro
Deus? Ou nossa concepção dele demonstra que não o
conhecemos?
l. Teste: como saber se eu sirvo o Deus verdadeiro?
1. O Deus da Bíblia falou através de seu Filho. A luz do
conhecimento de sua glória nos é dada na face de Jesus Cristo.
Olhar habitualmente para a pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo
como a revelação da verdade final sobre a natureza e a graça de
Deus. Compreender todos os propósitos de Deus centralizados em
Jesus Cristo.
2. Se creio nisto e, com fé, aceito a solução de Deus na cruz de
Cristo, então posso saber que realmente adoro o Deus verdadeiro,
que ele é o meu Deus e que já desfruto a vida eterna de acordo com
a definição do próprio Senhor: "Esta é a vida eterna: que te
conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste" (Jo 17:3).
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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15. EMBAIXADA ROCHA VIVA
CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS
AULA 5 — DEUS ENCARNADO
1. INTRODUÇÃO:
a.ADificuldades para crer: expiação; ressurreição; nascimento virginal; milagres.
b.Dificuldade real: a encarnação de Jesus; "O Verbo se fez carne" (Jo 1.14).
c.Quem é Jesus: um homem piedoso? Um louco? Ou a Palavra eterna, o agente
do Pai na criação? "por quem criou igualmente os mundos" (Hb 1:2)
d.Objetivo: demonstrar a natureza e a divindade de Jesus, Filho de Deus.
2. PRÓLOGO DE JOÃO — QUEM É JESUS?
a.Objetivo de João: a fim de que "creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e,
crendo, tenham vida em seu nome" (Jo 20.31).
b.Destinatários: dirige-se a leitores tanto de formação judaica quanto grega.
c.Filho de Deus: expressão corrompida por associações filosóficas errôneas.
1. teologia judaica: usava o título para o esperado Messias
(humano).
2. mitologia grega: inclui muitos "filhos dos deuses", super-homens
nascidos da união de alguma divindade com seres humanos.
3.PRÓLOGO DE JOÃO — ANÁLISE DA DIVINDADE
a.―No princípio era o Verbo‖ (v. 1a): aqui está mostrada a eternidade da Palavra.
Ele não teve começo quando as outras coisas começaram; ele era
1.pano de fundo: evidente é Gn 1.1 — ―No princípio, Deus criou‖
(heb: bereshit); João menciona um ―princípio‖ anterior a Gênesis;
compare com Cl 2.18: ―Ele é o princípio‖; ―Eu sou ... o princípio e o
fim‖ (Ap 21.6; 22.13).
b.―e o Verbo estava com Deus‖ [pros theos] (v. 1b): aqui a Palavra tem
personalidade; coexistência e co-eternidade; o poder que cumpre os propósitos
de Deus procede de um ser pessoal, que está em relacionamento eterno de
amizade viva com Deus (este é o significado da frase).
c.―e o Verbo era Deus‖ (v. 1b): aqui está a divindade da Palavra; um ser com
Deus; pessoalmente distinto do Pai, mas não é criatura; é divino como o Pai.
d.―Todas as coisas foram feitas por ele‖ (v. 3): a Palavra criando; agente do Pai
em todos os atos da criação; participação ativa de Cristo na criação anterior e na
nova criação; todo homem é nova criatura (2 Co 5.17).
e.―Nele estava a vida [zoé]‖ (v 4a): ver Jo 14.6 – ―eu sou... a VIDA‖; a Palavra
animando; não há vida física (bios) na criação a não ser por meio dele.
f.―e a vida era a luz dos homens‖ (v 4b): a Palavra revela; ao conceder vida,
também dá luz; equivale a dizer que todo ser humano recebe intimações de Deus
apenas pelo fato de estar vivo em seu mundo, e isso, não menos que o fato de
viver, é decorrência da ação da Palavra.
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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16. EMBAIXADA ROCHA VIVA
g.―E o Verbo se fez carne‖ (v. 14): a encarnação da Palavra; o bebê na
manjedoura em Belém não era outro senão a Palavra eterna de Deus.
h.Revelação: depois de mostrar quem a Palavra é — uma pessoa divina, criadora
de todas as coisas — João faz uma identificação: A Palavra foi revelada pela
encarnação:
1. "Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai" (v.
14b).
2. "O Deus Unigênito, que está junto do Pai".
i.Conclusão: ―Jesus Filho de Deus‖ — Jesus é a Palavra de Deus; a Palavra é
Deus; logo Jesus é Deus.
1. ―E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por
graça...‖
2. ―a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Deus nunca foi visto
por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o
revelou.‖
4.ENCARNAÇÃO — DEUS FEITO HOMEM
a.‖Natal‖: O bebê nascido em Belém era Deus feito homem. A Palavra se fez carne:
uma criança, humana e real.
b.Totalmente Deus:
1. não deixou de ser Deus;
2. não era menos Deus do que havia sido antes, mas passou a ser
homem;
3. não era Deus com menos elementos de divindade, mas Deus e
mais tudo o que havia tornado seu ao assumir a forma humana.
c.Totalmente homem: O criador do homem sentia agora o que era ser homem; ele
assumia um estado no qual podia ser tentado por sua própria criatura — o Diabo —
porém sem pecado (Hb 4.15).
d.Homem perfeito: a perfeição de sua vida humana só seria alcançada por meio do
conflito com o Diabo; isto é um grande conforto.
1.―Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a
seus irmãos em todos os apectos [...] Porque tendo em vista o que
ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles
que também estão sendo tentados. [...]‖ (Hb 2.17-18).
2.―Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecerse das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou
por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Assim, aproximemonos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos
misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da
necessidade‖ (Hb 4.15-16).
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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17. EMBAIXADA ROCHA VIVA
5.PARA REFLETIR:
a.Ministério da encarnação:
1.Credo atanasiano: "... nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus,
é Deus e homem; [...] Deus perfeito e Homem perfeito [...] Ainda que
é Deus e Homem, nem por isso são dois, mas um único Cristo. Um
só, não pela transformação da divindade em humanidade, mas
mediante a recepção da humanidade na divindade".
2.Charles Wesley: "Nosso Deus reduzido ao tamanho de um palmo
Incompreensivelmente fez-se homem".
b..Divindade de Cristo:
1.pedra fundamental: ―Sobre esta pedra edificarei a minha igreja e
as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.15,16)
2.pedra de toque: a fé em Cristo é o critério que decide o destino
eterno. Quem crer é salvo, quem não crê já está condenado (Jo
3.18). Pedro fala de Cristo como sendo a pedra viva para os que
crêem e pedra de tropeço para os que não crêem. ―Por isso também
na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da
esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido‖ (1
Pe 2.4-8).
CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS
AULA 6 — DEUS CRUCIFICADO
1.INTRODUÇÃO:
a.Calvário: o significado de Belém reside na seqüência de passos que levaram o
Filho de Deus à cruz do Calvário.
b.Encarnação:
1. Fato: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14).
2.Significado: "Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio
de sua pobreza vocês se tornassem ricos" (2Co 8.9).
2.DIVINDADE DE CRISTO
a.Divindade: ―subsistindo em forma de Deus‖ — ―sendo em a forma de Deus‖.
1.subsistindo: (gr. uparxwn) existência eterna, prévia, não criada.
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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2.forma (gr. morphe): não é formato independente da essência, mas
aparência externa indicativa de uma realidade interior; atributos
essenciais que se demonstram na forma; p. ex.: metamorfose –
mudança de forma.
3.Deus: forma de Deus significa que ele tem conteúdo e essência de
Deus; ―nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade‖ (Cl
2.9); ―Ele é a expressão exata de seu Ser‖ (Hb 1.3).
b.Igualdade: ―não julgou como usurpação o ser igual a Deus‖ — ―não considerou
o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar‖.
1.usurpação: 2 aspectos –
1º) Jesus tinha pleno direito a existir como Deus, porque esta
é a sua natureza; ele não abriu mão de sua glória porque
estivesse no lugar errado; sua condição de Deus não havia
sido usurpada ou ―tomada a força‖.
2º) mesmo sendo Deus, ele não considerou que devesse se
aferrar a isto.
2.ser igual a Deus: Jesus é Deus com Deus; plena identificação com
o Pai.
3.ESVAZIAMENTO DE CRISTO
a.Menor que Deus: Jesus era completamente Deus e completamente homem;
1.se estivesse privado de atributos divinos, como ele poderia ser
Deus?
2.como ele poderia manifestar completamente o Pai?
3.se ele não pode encarnar e ser Deus, como ele está hoje?
4.ficou reduzido em sua divindade?
5."[As naturezas] divina e humana se reuniram em uma Pessoa,
para nunca mais se separarem" (Trinta e nove artigos de religião,
§2º).
b.Ekenosen: ―antes a si mesmo se esvaziou‖ — ―fez-se de nenhuma reputação‖;
―Jesus... sendo rico se fez pobre por amor de vós‖ (2Co 8.9).
1.voluntário: Jesus não foi tirado de sua posição; o Pai não
empurrou o Filho para fora, como se ele não tivesse o direito de
estar ali; antes, o Filho se determinou à obra da redenção; ―ninguém
a tira [a vida] de mim, pelo contrário, eu espontaneamente a dou‖ (Jo
10.18).
2.reputação: Cristo não considerou a manifestação da sua divindade
no céu como um tesouro a que devia se agarrar e reter a todo custo;
na sua encarnação ele não se preocupou em reter nada dessa
manifestação.
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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19. EMBAIXADA ROCHA VIVA
c.Esvaziar-se: de que? de sua glória e dignidade e não de seus poderes e
atributos divinos, porque isto seria impossível; se ele se esvaziasse de ser Deus,
ele deixaria de existir; se você deixar de ser você, deixará de existir;
1.Jesus é a glória de Deus (1 Co 2.8; Tg 2.1); Rei da Glória (Sl 24);
―Isaías viu a glória de Cristo‖ (Jo 12.41); ―a glória do Senhor se
manifestará, e toda a carne a verá‖ (Is 40.6; Hc 2.14); ―encherei de
glória esta casa‖ (Ag 2.9);
2.transfiguração: ―uma nuvem luminosa os envolveu‖ (Mt 17.5); ―ele
recebeu da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória
Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz... ‖ (2 Pe 1.17; c/c Lc 9.31).
3.Jesus: ―glorifica-me com a glória que eu tive junto de ti antes que
houvesse mundo‖ (Jo 17.5,22,24;1Tm 3.16); ver também Jo 8.54.
4.HUMILHAÇÃO DE CRISTO:
a.Encarnação: ―assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de
homens‖ — ―a forma de servo havendo tomado, havendo sido feito na
semelhança de homens.”
1.assumiu: (gr. genomenov) compare ―subsistindo‖ e ―assumiu‖;
tornar-se, em certo momento, homem; não assumiu forma de Deus,
mas de homem.
2.forma de servo e semelhança de homens: Cristo, sendo Deus,
assumiu forma humana, uma semelhança real, física; não
fantasmagórica.
3.carne: sua humanidade era tão real quanto a sua divindade. ―E o
Verbo se fez carne" (Jo 1.1); "[Jesus] nasceu da descendência de
Davi segundo a carne" (Rm 1:3); "Deus enviou seu Filho, nascido de
mulher" (Gl 4:4).
4.encarnação: Jesus aceitou assumir a semelhança de homem
durante a encarnação; ele aceitou a limitação de espaço,
conhecimento e poder.
5.natureza humana: Jesus assumiu uma natureza humana, não uma
pessoa humana; a pessoa de Cristo é o Filho de Deus; ter natureza
humana significa que Jesus tinha alma, espírito e corpo humano.
b.Humilhação: ―e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou‖ —
1.ato voluntário: humilhou-se a si mesmo; repete ênfase do v. 6.
2.limitação: posição de Filho, de Servo, submeteu-se à autoridade;
"... aprendeu a obediência..." (Hb 5:8); "... todavia, não seja como eu
quero, mas como tu queres..." (Mt 26:39,42).
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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5.EXPIAÇÃO DE CRISTO:
a.Submissão: ―tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz‖ — ―e, na figura
havendo sido achado como um homem, humilhou-se a si mesmo havendo se
tornado obediente até a morte, morte mesmo de uma cruz.”
b.Obediente até à morte: ―Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice‖ (Mt
26:39); ―Jesus... pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando
a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus‖ (Hb 12:2).
c.Morte de cruz: Cristo sofreu a execução mais degradante em todos os sentidos
(Sl 22:1,6-8,11-18; Is 53:2-12; Gl 3:13).
1.Ele percorreu a descida do trono de Deus até o nível mais baixo
para atender a lei de Deus e resgatar o homem.
2.―Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por
nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado...‖
(Gl 3:13).
6.PARA REFLETIR:
a.Por que é necessário que o redentor fosse Deus: somente Deus poderia
satisfazer a justiça de Deus.
b.Por que é necessário que o redentor fosse homem: somente um homem real
poderia substituir o homem e pagar a culpa da humanidade.
c.―Seja a atitude vocês a mesma que houve em Cristo Jesus‖ (Fp 2.5).
CLÍNICA DO CONHECIMENTO DE DEUS
AULA 7 — ELE DARÁ TESTEMUNHO
1.INTRODUÇÃO:
a.Segunda pessoa: ―e o Verbo se fez carne... ―glória como do unigênito de Deus,‖
(Jo 1.1-14); ―... o Deus unigênito que está no seio do Pai...‖ (Jo 1.18)
b.Terceira pessoa: ―o Pai vos dará outro Consolador‖ (Jo 14.16).
c.Espírito Desconhecido: noção vaga; ―espírito do Natal‖; discípulos em Éfeso:
"nem sequer ouvimos que existe o Espírito Santo" (At 19.2).
2.O OUTRO CONSOLADOR
a.―outro‖: o grego usa duas palavras: hetero (outro diferente) e allos (outro igual);
Jesus disse que o Espírito é o ―allos Parakleto‖ (outro da mesma natureza de
Jesus);
1.―E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador‖ (Jo 14.1618).
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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b.Consolador: "Conselheiro" (NVI), "Auxiliador" (VFL), "Paráclito" (BJ).
c.Significado: estímulo, apoio, assistência, cuidado e aceitação de responsabilidade
pelo bem-estar alheio.
d.Consolador: Jesus com os crentes e diante do Pai (Jo 14.25; 1 Jo 2.1).
e.Outro consolador: Espírito Santo nos crentes (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7).
f.Missão do outro Consolador: o Espírito vem " estar com vocês para sempre"
(14.16) para continuar o ministério de Jesus; fazer o que Jesus fez em relação ao
amor, cuidado, instrução paciente e preocupação com o bem-estar de seus
discípulos durante o seu ministério terreno.
3.O ESPÍRITO SANTO:
a.Divindade: os nomes "Espírito da verdade" e " Espírito Santo" (Jo 14.17,26).
b.Pessoalidade: Jesus o chama ―Santo‖ como o Pai de "Pai santo" (17.11).
c.Palavra e Espírito: no AT, a Palavra de Deus e o Espírito de Deus são figuras
paralelas; a Palavra de Deus é sua voz, o Espírito é seu alento.
d.Poder em ação: a palavra e o alento de Deus aparecem juntos na criação:
1."O Espírito [alento] de Deus se movia sobre a face das águas.
Disse [palavra] Deus [...] e houve [...]" (Gn 1:2, 3);
2."Mediante a palavra do Senhor foram feitos os céus, e os
corpos celestes, pelo sopro [alento] de sua boca" (Sl 33:6).
4.O ESPÍRITO SANTO NA TRINDADE:
a.Trindade: ―... em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo‖ (Mt 28.18); o
Espírito Santo é o mesmo Espírito do Senhor (At 5.9; 1 Co 3.17,18); Espírito de
Deus (Mt 3.16: Rm 8.9,14); Espírito de Cristo (Rm 8.9; 1 Pe 1.11).
b.Deus Espírito Santo: eterno (Hb 9.14); onipresente (Sl 139: 07-10); onipotente
(Lc 1.35); onisciente (1 Co 2.10).
c.Pessoa: — intelecto (administra, 1 Co 2:10, 11); — vontade (guia, intercede, Jo
16:13; Rm 8.26); — emoções (Rm 15:30; Ef 4:30).
d.Mistério da Trindade: três pessoas e um Deus; o Filho realiza a vontade do Pai,
e o Espírito a vontade do Pai e do Filho;
e.Importância: se o ministério de Cristo foi importante, o ministério do Espírito
Santo é igualmente importante; se a obra realizada por Cristo foi importante para
a Igreja, também a obra do Espírito é importante.
5. A OBRA DO ESPÍRITO — O EVANGELHO:
a.Comissão: Cristo confiou aos discípulos a missão de ir e fazer discípulos em
todas as nações; "e vocês também testemunharão" (Jo 15.27); "E serão minhas
testemunhas [...] até aos confins da terra" (At 1.8).
b.Promessa: Cristo enviou o Espírito para lhes ensinar todas as verdades;
1."[...] o Conselheiro [...] lhes ensinará todas as coisas e lhes fará
lembrar tudo o que eu lhes disse" (Jo 14.26).
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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2."quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade.
Não falará de si mesmo; falará apenas o que tiver ouvido" (Jo 12.49;
17.8,14);
3."e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque
receberá do que é meu e o tornará conhecido" (16.12-14);
4."ele testemunhará a meu respeito" [a vocês a quem o enviarei] "e"
[capacitados pela sua atuação] "vocês também testemunharão..."
(15.26,27).
c.Autoridade:
1.profetas do AT: "Assim diz o Senhor Jeová",
2.apóstolos do NT: "Assim diz o Senhor Jesus Cristo".
d.Paulo: ―... Deus o revelou a nós por meio do Espírito [...] porém [...] recebemos
[...] o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos
tem dado gratuitamente. Delas também falamos... com palavras ensinadas pelo
Espírito‖ (1 Co 2.9-13).
6.A OBRA DO ESPÍRITO — A IGREJA:
a.Revelação: "O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes" (2Co 4:4);
o cego não reage ao estímulo da luz.
b.Cristo: "Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo" (Jo 3:3; cf.
v. 5). "[...] vocês não aceitam nosso testemunho" (v. 11).
c.Testemunho: a igreja prega o Evangelho e o Espírito Santo dá testemunho. ―A
minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de
sabedoria, mas em demonstração do Espírito... " (1Co 2.1).
d.Ministério do Espírito Santo: Jo 16.8
1.em relação ao mundo: convence do pecado, da justiça, e do juízo;
2.em relação aos crentes: ensina, guia, exorta, consola, disciplina,
capacita...;
3.em relação à igreja: une, edifica, conserva, vivifica, exorta, etc.
7.A RESPOSTA APROPRIADA:
a.Com relação à fé: reconhecemos a autoridade da Bíblia, o Antigo Testamento
e o Novo Testamento que ele inspirou? Nós o lemos e ouvimos com a reverência
e fé devidas à Palavra de Deus?
b.Com relação à vida: aplicamos a autoridade da Bíblia e vivemos por ela, sem
nos importar com o que possam dizer contra ela, reconhecendo que a Palavra de
Deus tem propósito, é verdadeira e que ele manterá sua palavra?
c.Com relação ao testemunho: lembramo-nos de que apenas o Espírito Santo
pelo seu testemunho pode tornar autêntico o nosso? Esperamos que ele o faça e
confiamos que ele o fará, demonstrando realmente nossa confiança, abstendonos de demonstrar sabedoria humana?
d.Julgamento: a frieza e a esterilidade na vida da Igreja é o julgamento de Deus
sobre nós pelo modo como temos desonrado o Espírito Santo; "Aquele que tem
ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas."
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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23. EMBAIXADA ROCHA VIVA
e.―se vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais
o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem‖ (Lc 11.9)
AQUI NESTE CONTEXTO – MINISTRAR SOBRE O ESPÍRITO SANTO/;Ver lições 28 a 32 sobre o Espírito
Santo no estudo Fundamentos da fé cristã.
ANEXO 1
[1]
Veja se tudo está certo entre você e Deus:
a) Confissão: confessar significa reconhecer a verdade; concordar com Deus
que você ofendeu Seu santo caráter, que você merece punição e necessita
de perdão.
b) Andar na luz: confessar o que o Espírito Santo traz a mente (1 Jo 1.7); "O que
encobre as suas transgressões, jamais prosperará" (Pv 28:13).
c)Billy Graham: ―Devemos lidar completamente com o pecado em nossas vidas,
se quisermos ser cheios do Espírito Santo‖
[2]
Reconheça sua necessidade e a provisão de Deus:
a) Sondar o coração: permita que o Espírito Santo sonde o seu coração e seja
honesto. não faça confissões gerais mas específicas; mencione claramente.
b) Confie na provisão: creia que o Espírito Santo purifica, consola e fortalece.
[3]
Tenha fome e sede da plenitude do Espírito:
a) ―Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos‖
(Mt 5.6).
b) ―Se alguém tem sede, venha a mim e beba‖ (Jo 7.38-39); ―Buscar-me-eis e
me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração‖(Jr 29.13; ver Is
44.3; 55.1).
c)Torrey: ―Homem algum jamais recebeu esta benção enquanto sentiu que podia
passar sem ela‖.
[4]
Entregue-se totalmente ao senhorio de Cristo:
a) Sacrifício vivo: entregue a si mesmo, sua vontade, ambições, posses (Rm
12.1-2).
c)Dê a preferência a Jesus: ―Busque em primeiro lugar o reino de Deus‖ (Mt 6.33)
[5]
Peça em oração:
a) ―Se vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto
mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem‖ (Lc 11.13)
d) ―pedi, pedi‖: indica um tempo de espera em que Deus prepara o coração (Is
40.31).
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24. EMBAIXADA ROCHA VIVA
[6]
Apropriar-se pela simples confiança:
a) O dom do Espírito Santo não vem por obras, mas pela fé (Atos 15.9).
e) A.J. Gordon: ―Parece claro pelas Escrituras que é ainda o dever e privilégio
dos crentes receber o Espírito Santo mediante um ato consciente e definido
de fé, assim como receberam Jesus Cristo‖.
[7]
Lembretes sobre o enchimento do Espírito Santo:
a) É instantâneo.
f) É uma realidade espiritual (não de sentimentos).
g) Pode ocorrer muitas vezes.
h) Alegre-se na plenitude de Deus continuamente.
CLINÍCA DO CONHECIMENTO DE DEUS
AULA 8 – A SANTÍSSIMA TRINDADE
Texto: ―Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR‖ (Dt 6.4,5).
1.INTRODUÇÃO:
A.Trindade
não é: 3 deuses em 1 deus (triteísmo); o filho não é criado pelo pai
(arianismo e TJ); as pessoas de Deus não são apenas manifestações
(modalismo).
B.Trindade no Antigo Testamento: criação de todas as coisas; confissão do
monoteísmo: ―Ouve, Israel, o Iavé, nosso Elohim é o único Iavé‖ (Dt 6.4);
C.Trindade no Novo Testamento: batismo de Cristo: fórmula batismal: ―em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo‖ (Mt 28.19); benção apostólica.
2.Características da Trindade:
A.Pessoas: o termo pessoa não se refere ao uso comum, mas ao modo de
subsistência pessoal em Deus (vontade, emoções e inteligência).
B.Tri-unidade: um Deus — três pessoas; único ser, essência e natureza harmonia.
C.Unidade: nenhuma pessoa sem as outras é Deus; cada pessoa com as outras é
Deus.
D.Igualdade: o Pai não é o Filho; o Filho não é o Espírito Santo e o Espírito Santo
não é o Pai. Eles são co-iguais, co-eternos e co-poderosos.
E.Pericorese (circuminsercio): onde uma pessoa está, as outras também estão; Jo
14.10 — ―Quem me vê a mim, vê o Pai... não credes que eu estou no Pai e que o
Pai está em mim?‖ – contém e está contido (ver Mt 28.20 Jo 14.18,23).
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25. EMBAIXADA ROCHA VIVA
3. Esquema ilustrativo:
A.Diversidade: o Pai não é o Filho; o Pai não é o Espírito Santo; o Filho não é o Espírito
Santo.
B.Unidade: o Pai é Deus; o Filho é Deus; o Espírito Santo é Deus.
C.Pericorese: O Pai e o Filho estão no Espírito Santo; O Pai e o Espírito Santo estão no
Filho; O Filho e o Espírito Santo estão no Pai.
PAI
é
DEUS
Não é
é
Não é
é
FILHO
ESPÍRITO SANTO
Não é
4.Aplicação doutrinária quanto à personalidade:
A. Personalidade de Deus: se Deus fosse unipessoal, ele não conheceria o
relacionamento com outra pessoa além dele mesmo. A Bíblia diz que ―Deus é
amor‖ (1Jo 4.8), mas não é possível haver amor na solidão pessoal.
B.Personalidade do homem: Se este ―Deus Uno‖ criasse o homem à sua imagem
e semelhança, os seres humanos teriam uma natureza ‗autista‘, em que o
relacionamento seria impossível.
C. Implicações:
1. Se Deus precisasse do homem para se relacionar, ele seria
dependente.
2. Se Deus fosse fechado em si mesmo, ele não se relacionaria com
criação.
3. Caso Deus se relacionasse de alguma forma com a sua criatura,
não haveria amor nem segurança de coexistência de Deus com a
humanidade.
4. Os seres humanos seriam incapazes de se relacionar com amor e,
neste caso, a própria sobrevivência da espécie estaria ameaçada de
extinção.
5. Se os seres humanos se relacionassem bem entre si, então eles
seriam melhores do que Deus?
D.Conclusão: a perfeição de Deus está assentada na elevada ordem da Trindade,
ou seja, um Deus que subsiste em três pessoas em comunhão eterna, íntima e
perfeita, que criou o homem à sua imagem e semelhança.
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26. EMBAIXADA ROCHA VIVA
5.Aplicação doutrinária quanto ao amor:
A. Amor: fora de Deus não há explicação para o amor; a Trindade é a referência
universal para o amor, porque o amor existiu em Deus desde toda eternidade.
Quando o homem moderno afirma que é produto de evolução, ele nega sua
personalidade e reduz a si mesmo a um ser originado do impessoal.
B. Imagem e semelhança de Deus: só o cristão pode compreender o sentido do
amor e vivê-lo ―de fato, e de verdade‖, em toda a sua beleza e plenitude. Em
Cristo, o amor deixa de ser uma palavra sem sentido porque sua realidade se
fundamenta no amor que sempre houve entre as pessoas da Trindade, desde toda
eternidade.
C. Implicações:
1.Se Deus fosse uno, ele não poderia comunicar plenamente o seu
amor.
2. Se há amor na Trindade, então Deus é pessoal.
3. Se Deus criou os homens à sua imagem e semelhança, somos
pessoais.
4. Ao amar, estou refletindo uma experiência que sempre houve em
Deus. Eu posso me relacionar com Deus em amor e posso amar os
meus semelhantes.
6. Aplicação doutrinária quanto à justificação:
A. Deus Uno: se Deus fosse uno, santo e justo, Ele não poderia salvar o homem
sem comprometer sua santidade. Como é que o Todo-Santo poderia perdoar e ter
comunhão com os pecadores? (Jó 9.22 — ―não há entre nós árbrito‖)
B. Trindade: Deus é justo e o Justificador de nossos pecados (Rm 3:23-26),
porque ele é pluri-pessoal; assim ele pode ser o Santo Juiz, o Cordeiro sacrificial
que morreu em nosso lugar e o Espírito santificador que atua em nós.
7. Reflexão:
A. Trindade: 1. Deus é três pessoas; 2. Cada pessoa é plenamente Deus; 3. Há
um só Deus" (Wayne Grudem).
B. Deus é invisível: Paulo diz que Deus é o Rei eterno, invisível a quem nenhum
homem viu nem é capaz de ver. Este Deus se revelou a nós por meio de Cristo.
C. Comunhão: nós fomos chamados à comunhão da Trindade (ver a oração
sacerdotal de Jesus em Jo 17.11, 21, 23, 26; ―nossa comunhão é com o Pai e com
seu Filho― 1Jo 1.3b).
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CLINÍCA DO CONHECIMENTO DE DEUS — II
LIÇÃO 9 — O DEUS IMUTÁVEL E VERDADEIRO
1. INTRODUÇÃO
A. Bíblia: Palavra de Deus — lâmpada para nossos pés e luz para o caminho;
mas como os fatos do passado podem nos alimentar hoje?
B. Problemática: Como o registro das palavras e ações de Deus podem nos
ajudar hoje? Qual o ponto de contato entre o mundo antigo e o nosso?
2. A VIDA DE DEUS NÃO MUDA
A.Vida imutável: ele existe para sempre e é sempre o mesmo; não envelhece, sua
vida não aumenta nem diminui; não ganha novas forças nem perde a que possui;
não amadurece nem se desenvolve; "vida indissolúvel" (Hb 7:16).
B.Textos bíblicos: Ele é "desde a antigüidade" (Sl 93:2): "o rei eterno" (Jr 10:10);
"incorruptível" (Rm 1:23); "o único que é imortal" (1Tm 6:16); "Antes de nascerem
os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus"
(Sl 90:2); ―A terra e o céu perecerão, mas tu permanecerás; envelhecerão como
vestimentas... tu permaneces o mesmo, e os teus dias jamais terão fim" (Sl
102:26,27); "eu [Deus] sou o primeiro e sou o último" (Is 48:12); ―Pois eu, o
Senhor, não mudo‖ (Ml 3:6).
3. O CARÁTER DE DEUS NÃO MUDA
A. Caráter imutável: Deus nunca se torna melhor do que sempre foi; o caráter de
Deus é hoje, e sempre será, exatamente como era nos tempos bíblicos;
"[Deus] em quem não pode existir variação ou sombra de mudança" (Tg 1.17).
B. Nome de Deus: revelação do caráter de Deus em seu nome
1. Êxodo 3.14: "Eu sou o que Sou" — tetragrama Yahweh (ou Iavé,
Senhor) — este nome declara sua existência e eterna imutabilidade;
tem vida em si mesmo e o que ele é agora será eternamente.
(Êxodo 34.6-7.)
4. A VERDADE DE DEUS NÃO MUDA
A.Palavra imutável: permanece para sempre como expressões permanentemente
válidas de sua mente e de seu pensamento.
1."Toda a carne é erva [...] seca-se a erva [...] mas a palavra de
nosso Deus permanece eternamente" (Is 40:6).
2. "A tua palavra, Senhor, para sempre está firmada nos céus" (Sl
119:89);
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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28. EMBAIXADA ROCHA VIVA
3."[...] todos os teus mandamentos são verdadeiros [...] tu os
estabeleceste para sempre" (Sl 119.151,152).
B.Bíblia: não é relíquia de eras passadas, mas a revelação eternamente válida da
mente divina para seu povo, em todas as gerações, enquanto este mundo existir.
"A Escritura não pode falhar" (Jo 10:35).
5. OS PROPÓSITOS DE DEUS NÃO MUDAM
A. Propósito imutável: Deus tem a sabedoria para propor e o poder de realizar
tudo que propõe; ele jurou a Abraão, pai da fé (Hb 6:17).
B. Textos bíblicos: Querendo Deus mostrar mais abundantemente aos herdeiros
da promessa a imutabilidade do seu conselho (Hb 6.16-20); "Aquele que é a glória
de Israel não mente nem se arrepende, pois não é homem para se arrepender"
(1Sm 15:29);
5.1 DEUS É VERDADE
a.
b.
c.
d.
Queda: conhecer a verdade me si mesmo; conhecedores do bem e do mal.
O que é a verdade? É possível ser totalmente verdadeiro?
O que significa para a nossa fé pessoal a afirmação bíblica de que Deus é fiel?
Crise de verdade: O que é confiável?
5.2. VERDADE – CONCEITOS IMPORTANTES
e. Significado: o nosso conceito moderno de verdade deriva de 3 fontes etimológicas
principais:
1. aletheia (grego): significa ‗o não oculto‘, ‗não escondido‘,‗não dissimulado‘;
verdadeiro é o que se manifesta ou existe tal como é; o contrário de falso
(‗pseudos’); verdadeiro é o evidente, claro, delineado, estruturado, visível.
2. veritas (latim): refere-se à precisão, ao rigor e à exatidão de um relato, no
qual se diz com detalhes, pormenores e fidelidade o que aconteceu; veradeiro
se refere à linguagem como narrativa de fatos acontecidos; contrário de
mentira;
3. emunah (hebraico): significa ‗confiança‘; refere-se ao caráter das pessoas;
a pessoa é verdadeira se cumpre o que promete, se são fieis à palavra dada;
o contrário é trair a confiança; emunah é da mesma origem da palavra amém
(‗que assim seja‘); a verdade é uma crença fundada na esperança e na
confiança, referidas ao futuro, ao que será ou virá; sua forma mais elevada é
a revelação divina e sua expressão mais perfeita é a profecia.
f. Conclusão:
1. Aletheia refere-se ao que as coisas são; veritas aos fatos que foram;
emunah se refere às ações e coisas que serão.
2. A nossa concepção de verdade é uma síntese dessas três fontes e por isso
se refere às coisas presentes (aletheia), aos fatos passados (veritas) e às
coisas futuras (emunah).
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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29. EMBAIXADA ROCHA VIVA
3. Também se refere à própria realidade (aletheia), à linguagem (veritas) e à
confiança-esperança (emunah).
1. VERDADE — O CARÁTER DO DEUS VERDADEIRO
g. Fonte de verdade: Deus sabe tudo sobre tudo; tem todo poder e santidade;
portanto somente nele a verdade é perfeita;
1.―Deus é a verdade‖ (Dt 32.4); ―O Senhor Deus é a verdade‖ (Jr 10.10);
2.Jesus: ―Eu sou a... verdade‖ (Jo 14.6); ―Porque a lei foi dada por Moisés; a
graça e a verdade vieram por Jesus Cristo‖ (Jo 1.17).
3.―Espírito da verdade...‖ ―guiará a toda a verdade‖ (Jo 14.17;15.26;16.13);
4.― a tua palavra é a verdade‖ (Jo 17.17).
h. Luz: sinônimo de verdade e pureza total; Pai das Luzes (Tg 1.17);
1.―Deus é luz, e não há nele treva nenhuma‖ (1Jo 1.5);
2.―Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a
luz da vida‖ (Jo 8.12;9.5;12.46); ver Jo 1.4,5,9; 3.19;2 Co 4.4-6.
3.Caráter: não há possibilidade de qualquer variação ou inverdade; Deus não
mente (Tt 1:2; Nm 23:19; Hb 6:18); suas palavras são verdade e não falham.
Conclusão: Deus é único que pode ser o padrão de verdade, porque é perfeito em
essências, em conhecimento e em santidade. Deus não apenas conhece a verdade,
Ele é a própria verdade.
CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS — II
ESTUDO 10 — SOBERANIA E MAJESTADE DE DEUS
1. INTRODUÇÃO:
A. Soberania de Deus: exercício da supremacia ou do poder divino sobre a
criação; Deus é supremo e independente.
B. Majestade: vem do latim; indica a suprema grandeza de Deus.
1.―Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitória e a majestade;
porque Teu é tudo quanto há nos céus e na terra; Teu, Senhor, é o reino,
e Tu Te exaltaste por chefe sobre todos... dominas sobre tudo‖ ( 2Cr
29.11,12).
2. SOBERANIA NA CRIAÇÃO, GOVERNO E SALVAÇÃO:
A. Criador soberano: Deus não criou nada por necessidade;
1."Tudo o que o Senhor quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em
todos os abismos" (Sl 135.6).
2.―Mas nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou" (Sl 115.3).
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B. Senhor soberano: Deus reina e sustenta todas as coisas; ele está no controle
de todas as coisas e de todos os poderes dos homens e do maligno.
1."Os meus tempos estão em tuas mãos" (Sl 31:15)
2."Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor;
que o inclina a todo o seu querer" (Pv 21.1).
C. Salvador soberano: Deus não era obrigado a salvar os homens; a condenação
seria dos homens seria justa; ele salvou por graça (Rm 4.4); "Logo, pois,
compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer". (Rm 9.18).
3. CONHECIMENTO INFINITO – ONISCIENTE:
A. Onisciência: omni (latim) – tudo; ―Deus conhece plenamente a si mesmo e
todas as coisas reais e possíveis num ato simples e eterno" (Grudem)
B. Onisciência de Deus é:
1. Abrangente: Deus conhece todas as circunstâncias, tudo e todos.
Conhece a si mesmo, e todas as suas criaturas; seu entendimento
transcende a todo o entendimento e a todas as mentes.
2. Exaustivo: Deus conhece tudo de tudo (não conhece algo
parcialmente).
3. Infinito: Deus conhece exaustivamente tudo o que criou, mas seu
conhecimento ainda transcende a sua própria criação.
4. Arquitípico: Deus conheceu o universo como ele existiu em sua própria
e eterna idéia, antes que viesse a existir no tempo e no espaço.
5. Intuitivo: Deus não usa instrumentos para conhecer alguma coisa, seu
conhecimento é inato, Deus não possui um conhecimento a posteriori.
6. Simultâneo: Deus é atemporal não está sujeito ao tempo que ele
próprio criou, desta forma Deus não vê os fatos pouco a pouco no tempo
em que estão acontecendo, mas os vê, ou os conhece em sua totalidade.
C. Conhecimento perfeito de si: conhece tudo sobre si (1Co 2.10);
D.Conhecimento do homem: todas as ações (Sl 139.2a); todos os pensamentos
(139.2b); todos os hábitos, planos idéias (139.3); todas as intenções (139.4);
―Porque... às coisas que vos sobem ao espírito Eu as conheço‖ (Ez 11.5); ver Mt
10.30; Pv 15.11; Sl 103.13-14; Is 46.10.
4. PRESENÇA INFINITA – ONIPRESENTE:
A. Presença total: Deus está presente em tudo e além de tudo que existe;
1.Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
(139.6-12).
2.―Porventura sou eu Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de
longe? Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o
veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o
Senhor‖ (Jr 23.23,24).
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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31. EMBAIXADA ROCHA VIVA
C. Presença individual: o salmista compreende que não pode fugir deste Deus no
espaço, no tempo ou na eternidade; veja Salmo 139.5:
1. ―Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua
mão‖.
2. ―não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas
estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar‖ (Hb
4.13).
3. Jesus: "Eis que estou convosco todos os dias" (Mt. 28.18-20).
4. "Não te deixarei, nem te desampararei..." (Hb. 13.5,6; Is 43.2).
5. "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal
algum, porque tu estás comigo..." (Sl. 23.4)
D. A.W. Tozer: "Deus está em todo lugar aqui, perto de tudo, próximo a todos."
5. PODER INFINITO – ONIPOTENTE (SALMO 139.14):
A. Todo-poderoso: nome de Deus revelado a Abraão em Gn 17.1:
1. ―Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê
perfeito.‖
2. Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que
era, e que há de vir, o Todo-Poderoso (Ap 1.8)
3. ―Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e
que é, e que há de vir‖ (Ap 4.8).
B. Poder e vontade: Deus pode fazer tudo que ele quer.
1.―Acaso para Deus há coisa demasiadamente difícil?‖ (Gn 18.14; Jr
32.27).
2.―Para Deus nada é impossível‖: nascimento virginal (Lc 1.37);
regeneração da humanidade decaída (Mc 10.27).
3."Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas
obras são maravilhosas!" (139.14).
C.A.W. Tozer: "... A fé se ergue e se eleva, entrando em comunhão com Aquele
que pode fazer tudo que quer para quem nada é impossível ou difícil porque o
Seu poder é absoluto".
6. PARA REFLETIR:
A. Reprova idéias erradas sobre Deus: '"Com quem vocês me vão comparar?
Quem se assemelha a mim?', pergunta o Santo" (v. 25).
1. Lutero: "Suas idéias a respeito de Deus são muito humanas"
B. Reprova idéias erradas sobre nós:"Por que você reclama, ó Jacó, e por que se
queixa, ó Israel: 'O Senhor não se interessa pela minha situação; o meu Deus não
considera a minha causa?'" (v. 27). Deus não abandona; Cristo, o Bom Pastor,
jamais perde a direção do rebanho.
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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32. EMBAIXADA ROCHA VIVA
1.Se você tem se resignado com a idéia de que Deus o abandonou,
busque a graça para se sentir envergonhado.
C. Reprova a demora em crer em Deus: "Será que você não sabe? Nunca ouviu
falar? O Senhor é o Deus eterno, o Criador de toda a terra. Ele não se cansa nem
fica exausto" (v. 28).
CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS
ESTUDO 11 — A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS
1. A BONDADE DE DEUS:
a. Texto base: "...considere a bondade e a severidade de Deus; severidade para
com aqueles que caíram, mas bondade para com você" (Rm 11:22).
b. Palavra-chave: conjunção e — aparecem juntas em todo o processo da graça
e devem ser conhecidas juntamente para que se conheça a Deus de fato.
2. CONCEITOS GERAIS:
a. Bondade: qualidades morais de Deus que nos levam à adoração por sua
generosidade, misericórdia, graça e amor.
1.Moisés: "... Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de
amor e de fidelidade, que mantém o seu amor a milhares e perdoa a
maldade, a rebelião e o pecado. Contudo, não deixa de punir o
culpado..." (Êx 34:5-7).
2.Davi: "Este é o Deus cujo caminho é perfeito; a palavra do Senhor é ...
genuína. Ele é escudo para todos os que nele se refugiam". (Sl 18:30);
b. Generosidade: dar aos outros sem nenhum interesse mercenário, sem limitarse ao que o receptor merece, mas indo sempre muito além;
1.Salmo 145: "O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança
todas as suas criaturas [...] Os olhos de todos estão voltados para ti, e tu
lhes dás o alimento no devido tempo" (v. 9,15,16; cf. At 14:17).
2.Natural x espiritual: as misericórdias de Deus no plano natural são
encobertas pelas maiores misericórdias da redenção espiritual.
3. ADORAÇÃO E OBEDIENCIA:
a. Israel: dar graças a Deus porque "[...] ele é bom; o seu amor dura para
sempre" (Sl 106:1; 107:1; 118:1; 136:1; cf. 100:4,5; 2Cr 5:13; 7:3; Jr 33:11),
b. Paulo: a misericórdia de Deus em enxertar os gentios "selvagens" em sua
oliveira; isto é, na comunidade dos salvos, do povo da aliança (Rm 11.22).
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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33. EMBAIXADA ROCHA VIVA
c. Salmo 107: dar "graças ao Senhor, porque ele é bom"; 4 exemplos de como
as pessoas ―clamaram ao Senhor, e ele os livrou da tribulação" (v. 6,13,19,28):
1.Deus livra os indefesos de seus inimigos e tirando-os da aridez do
deserto para conduzi-los a um lar (107.6).
2.Deus livra das "trevas e da sombra mortal" os que por sua rebeldia
haviam sido levados pelo próprio Senhor nessa condição (107.13).
3.Deus cura as doenças daqueles "tolos" que ele próprio havia punido
por causa de sua negligência (107.19).
4.Deus protege os viajantes quando acalmou a tempestade que poderia
afundar seus navios (107.28).
d. Cada episódio termina com este refrão: "dêem graças ao Senhor por seu
amor leal e por suas maravilhas em favor dos homens" (v. 8,15,21,31). O salmo
todo é um panorama majestoso da atuação da bondade divina transformando as
vidas humanas.
4. A SEVERIDADE DE DEUS:
a. Significado: a palavra usada significa literalmente "cortar fora" e denota a
retirada decisiva de sua bondade dos que a haviam rejeitado (Êx 34:6,7).
b. Alerta: se o cristão se desviar como Israel havia feito, Deus também o
rejeitará:
1."... Eles, porém, foram cortados devido à incredulidade, e você
permanece pela fé. Não se orgulhe, mas tema. Pois, se Deus não
poupou os ramos naturais, também não poupará você" (Rm 11:20,21).
c. Princípio: por trás de toda manifestação de bondade divina encontra-se uma
ameaça de severidade no julgamento, caso essa bondade seja desprezada.
d. Repreensão: "não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao
arrependimento?" (Rm 2.4); ou "tem o objetivo de conduzi-los ao arrependimento"
(John B. Phillips). "Portanto, você, que julga os outros, é indesculpável; pois está
condenando a si mesmo naquilo em que julga".
e. Auto-análise: Deus tem suportado nossas faltas, as mesmas faltas que
consideramos dignas de juízo quando as vemos em outros; por isso, devemos ser
humildes e agradecidos; caso contrário seremos disciplinados (Rm 2:1-5).
f. Condição: "[...] desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você
também será cortado" (Rm 11:22); negar-se a responder à bondade de Deus com
arrependimento, fé, confiança e submissão a sua vontade não pode se
surpreender ou reclamar se os sinais da bondade divina forem retirados.
ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS!
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34. EMBAIXADA ROCHA VIVA
5. PACIÊNCIA DE DEUS:
a. Deus é "tardio em irar-se" (Ne 9:17; Sl 103:8, 145:8; Jl 2:13; Jn 4:2) e
"paciente" (Êx 34:6, Nm 14:18; Sl 86:15).
b. A Bíblia fala muito sobre a paciência e clemência de Deus em adiar a
merecida condenação a fim de dar mais oportunidade para o arrependimento.
c.
Exemplos:
1.―Deus esperou pacientemente‖ antes de enviar o dilúvio (1Pe 3.20);
2.Deus "suportou com grande paciência os vasos de sua ira,
preparados para a destruição" (Romanos 9.22);
3.Deus "é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça,
mas que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe 3:9).
d. Paciência x arrependimento: o NT destaca a paciência como virtude e dever
cristão porque é parte da imagem de Deus (Gl 5:22; Ef 4:2; Cl 3:12).
6. PARA REFLETIR — 3 lições:
a. Apreço pela bondade de Deus: ser grato pelas pelas bençãos de Deus; não
considere os benefícios naturais, dons e prazeres como certos e agradeça a
Deus; não despreze a Bíblia; o Calvário é a medida da bondade de Deus. "Como
posso retribuir ao Senhor toda a sua bondade para comigo?" (Sl 16:12).
b. Apreço pela paciência de Deus: ser grato pela paciência de Deus; aprenda a
maravilhar-se com a paciência divina; peça a Deus que o ajude a imitá-la em seu
relacionamento com os outros; procure não provocar mais sua paciência.
c. Apreço pela disciplina de Deus: ser grato pelas provas que Deus lhe envia;
a bondade de Deus o tem levado ao arrependimento e à fé em Cristo?
1."Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor" (Hb 12:5);
2."Foi bom para mim ter sido castigado, para que aprendesse os teus
decretos" (Sl 119:71).
ANOTAÇÕES:________________________________________________________
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CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS
ESTUDO 12 — JUSTIÇA E IRA
1. DEUS É JUSTO:
a. Supremo Juiz: Deus é Pai, amigo, ajudador, ama; mas também é juiz.
b. Exemplos de juízos executados por Deus
1.Antigo Testamento: Adão e Eva (Gn 3); dilúvio (Gn 6-8); Sodoma e
Gomorra (Gn 18,19); Egito (Êx 7-12); (Êx 32:26-35); Nadabe e Abiú (Lv
10); Acã (Jz 7);
c. no Novo Testamento: judeus (Mt 21:43,44; 1Ts 2:14-16); Ananias e Safira (At
5); Herodes (At 12:21); Elimas (At 13:8);
d. Julgamento futuro: "dia do julgamento", "o dia da ira", "a ira vindoura" e
proclama Jesus, o divino Salvador, como o Juiz indicado por Deus.
1.Juízo: Deus "estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com
justiça, por meio do homem que destinou" (At 17:31); "no dia em que
Deus julgar os segredos dos homens, mediante Cristo Jesus" (Rm
2:16).
2. CARACTERÍSTICAS DO JUIZ:
a.
O juiz possui autoridade: Deus é o juiz do seu mundo; ele tem o direito de
criar leis para suas criaturas e recompensá-las de acordo essas leis.
b. O juiz se identifica com o que é bom e certo: o juiz bíblico ama a justiça e a
honestidade e sente repulsa por toda maldade infligido às pessoas.
c. O juiz tem sabedoria para discernir a verdade: o juiz deve apurar os fatos;
interrogar, detectar mentiras e determinar a situação real (Gn 18:20; 2Co 5:10).
d. O juiz tem poder para executar a sentença: Deus é juiz e executor.
3. PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO:
a. Justiça: a retribuição é o centro da justiça de Deus; ele dará ao ser humano o
que merece; "de acordo com o que tenham feito" (Mt 16:27; Ap 20:12).
b. Juízo universal: ―[Deus] retribuirá a cada um conforme o seu procedimento...
vida eterna aos que... buscam glória, honra e imortalidade. Mas haverá ira e
indignação para os que são egoístas... Pois em Deus não é parcial‖ (Rm 2:6).
c. Juízo imparcial: o princípio da retribuição é aplicado integralmente a cristãos e
não-cristãos "todos... comparecer perante o tribunal de Cristo para que cada um
receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo" (2Co 5:10).
d. Garantia: o caráter de Deus é a garantia de que tudo o que é errado será
endireitado um dia (Rm 2:5); Deus não é indiferente ao mal.
e. Conclusão: a retribuição é a inescapável lei moral da criação; Deus cuidará
para que cada pessoa receba o que merece, aqui ou na vida futura.
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4.
INDICATIVOS DO CORAÇÃO:
a. Obras: base do julgamento final; pois indicam o que há no coração.
b. Palavras: mostram o que você é interiormente (Mt 12.33-37; 25:34-46.).
c. Problema: a salvação é dom da graça ou das obras?
1.Jesus: "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou
tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para
a vida" (Jo 5:24).
2.Paulo: "Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas
por meio do corpo, quer sejam boas, quer sejam más" (2Co 5:10).
5.
A IRA DE DEUS:
a. Introdução: a Bíblia fala da ira de deus (Rm 1:18; 2:5; 5:9; 12:19; 13:4,5; lTs
1:10; 2:16; 5:9; Ap 6:16,17; 16:19; Lc 21:22-24 etc).
b. Sentido comum: "um intenso sentimento de ódio ou rancor"; ódio é "aversão
intensa"; rancor é "mágoa guardada por uma ofensa ou um mal recebido".
c. Sentido teologico:.
1.Noção equivocada: Deus não pode ficar irado, porque significa perda
de controle humana, impotência consciente, orgulho ferido, ou mau
gênio.
2.Antroporfismo: uso de termos humanos para descrever Deus; nós é
que somos imagem de Deus e não o inverso; p.ex., Deus não ama
como os homens.
3.Ira de Deus: reação justa diante do mal; Deus não pode ser
indiferente ao mal; ele tem prazer na justiça e odeia a iniquidade.
4.Perfeição moral: Um Deus que tivesse tanto prazer no mal quanto no
bem seria um Deus bom? Um Deus que não reagisse contra o mal em
seu mundo seria moralmente perfeito? A perfeição moral de Deus
exige ira contra o mal.
6. FUNDAMENTOS PARA A IRA DIVINA:
a. A ira de Deus na Bíblia é sempre judicial: a ira do juiz aplicando a justiça;
cada um recebe exatamente o que merece.
1."dia da ira": dia "quando se revelará o seu justo julgamento. Deus
'retribuirá a cada um conforme o seu procedimento'" (Rm 2:5,6). Lucas
12:47,48
b. A ira de Deus é escolhida pela própria pessoa: o homem é um ser moral que faz
escolhas e assume os resultados.
1."quem não crê [em Jesus] já está condenado, por não crer no nome
do Filho Unigênito de Deus... Este é o julgamento: a luz veio ao
mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as
suas obras eram más" (Jo 3:18,19).
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2.Ônus da moralidade: tudo o que Deus faz subseqüentemente,
aplicando a ação judicial ao descrente, é com a finalidade de mostrarlhe a conseqüência total da escolha que fez e levá-lo a senti-la.
7. A IRA DIVINA EM ROMANOS:
a. O significado da ira de Deus: denota sua ação resoluta na punição do pecado;
é a manifestação ativa de seu ódio à descrença e à perversidade moral; Deus não
é injusto por aplicar a sua ira" (3:5).
b. A revelação da ira de Deus:
1."Porquanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda
impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela
injustiça" (1:18);
(1) "é revelada" — verbo no presente — implica manifestação constante, agindo
durante todo o tempo;
(2) "dos céus" implica a manifestação universal atingindo quem não foi ainda
alcançado pelo Evangelho.
2.Como se processa a revelação? Deus imprime sua lei diretametne
na consciência de cada pessoa.
3.O livramento da ira de Deus: "Como agora fomos justificados por
seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira
de Deus!" (5:9).
c. A.W.Pink: A ira de Deus é a perfeição do caráter divino sobre o qual precisamos
meditar freqüentemente
1.para que nosso coração tema o ódio divino contra o pecado;
2.para criar o verdadeiro temor e gratidão a Deus; e
3.para levar nossa alma ao fervoroso louvor (a Jesus Cristo) por ternos livrado da "ira vindoura" (1Ts 1:10).
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ESTUDO 13 — O AMOR DE DEUS
1) INTRODUÇÃO
a) "Deus é amor" (1Jo 4:8,16): o que significa? É necessário ler o contexto:
i) "Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse
amor" (v. 16).
ii) Paulo diz: "... Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do
Espírito Santo que ele nos concedeu" (Rm 5:5).
b) Amor, espírito e luz: "Deus é espírito" (Jo 4:24); Deus é luz (1Jo 1:5). Deusamor é primeiro e acima de tudo luz; o amor de Deus é santo; Deus ama a
justiça e odeia a iniqüidade (Mt 5:48; Hb 12:6-11).
c) Objetivo: mostrar a natureza do amor divino derramado pelo Espírito; o amor
de Deus é a revelação de seu próprio ser interior.
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2) DEFINIÇÃO DO AMOR DE DEUS
O amor de Deus é um exercício de sua bondade para com os pecadores,
individualmente, por meio do qual, tendo se identificado com o bem-estar dessas
pessoas, entregou seu Filho para ser o Salvador delas, e agora as leva a conhecê-lo
e a desfrutá-lo em uma relação de aliança.
a) O amor de Deus é um exercício de sua bondade: o amor de Deus é a
manifestação suprema e mais gloriosa desta bondade;
i) Berkhof: a bondade divina é "a perfeição em Deus que o leva a tratar
benévola e generosamente todas as suas criaturas. É a afeição que o
Criador sente para com as suas criaturas dotadas de sensibilidade
consciente" (citando Sl 145:9,15,16; Lc 6:35; At 14:17).
ii) James Orr: "O amor é, de forma geral, o princípio que leva um ser moral a
desejar e a se alegrar com outro, e alcança sua forma mais elevada em
uma amizade na qual cada um vive na vida do outro e encontra sua
alegria em se dar ao outro, recebendo de volta o extravasamento da
afeição do outro em si mesmo".
b) O amor de Deus é um exercício de sua bondade para com os pecadores:
o amor encerra a natureza da graça e da misericórdia; é emanação divina na
forma de bondade, não apenas imerecida, como contrária a qualquer
merecimento; (Rm 5.8);
c) O amor de Deus é um exercício de sua bondade para com os pecadores,
individualmente: o exercício do amor de Deus, no tempo, em relação aos
pecadores, individualmente, é a execução do propósito formado por ele na
eternidade, no sentido de abençoar esses mesmos indivíduos pecadores.
i) E encontra a prova de que "o Filho de Deus [...] me amou" no fato de que
ele "se entregou por mim" (Gl 2:20).
ii) "Mas nós devemos sempre dar graças a Deus por vocês, irmãos amados
pelo Senhor, porque desde o princípio Deus os escolheu para serem
salvos [o fim determinado], mediante a obra santificadora do Espírito e a fé
na verdade" (2Ts 2:13).
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d) O amor de Deus pelos pecadores implica sua identificação com o
bem-estar deles: esta identificação está envolvida em toda espécie de
amor, sendo, na realidade, uma prova para verificar se o amor é genuíno ou
não; quem ama de verdade só fica feliz quando as pessoas queridas também
estão felizes; Deus como o Pai amoroso noa ama assim. Deus tem prazer na
nossa salvação:
i) Há alegria no céus quando um pecador se arrepende (Lc 15:10);
ii) haverá "grande alegria" quando Deus nos colocar imaculados em sua
santa presença no último dia (Jd 24).
e) O amor de Deus pelos pecadores foi expressa pela dádiva de ser seu
Filho o Salvador deles: o amor é medido pelo que oferece; Deus deu seu
único Filho para morrer pelos pecadores, e assim tornar-se o único mediador
que nos pode levar a Deus; amor grande (ver Ef 2:4; 3:19);
i) "Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós,
como não nos dará... de graça, todas as coisas?" (Rm 8:32).
ii) "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas
que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos
pecados" (1Jo 4:9,10).
iii) "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crer [...] tenha a vida eterna" (Jo 3:16).
f) O amor de Deus pelos pecadores alcança seu objetivo quando os leva a
conhecê-lo e a desfrutá-lo em uma relação de aliança: aliança é quando
as duas partes estão permanentemente comprometidas uma com a outra em
serviço mútuo e dependência (p. ex., o casamento); a Bíblia fala de um
relacionamento baseado na aliança com Deus;
i) aliança com Abraão: "para ser o seu Deus e o Deus dos seus
descendentes" (Gn 17:1-7).
ii) herdeiros dessa promessa: ver Gálatas 3:15-29.
iii) Sibbes: "Esta é a primeira promessa e a fundamental, na verdade, é a vida
e a alma de todas as promessas".
iv) Brooks: [Isto] é como se ele dissesse: "Você terá uma participação tão
verdadeira em todos os meus atributos, para seu benefício, como eles são
meus para minha glória" [...] "Minha graça", disse Deus, "será de vocês
para lhes perdoar, meu poder será de vocês para protegê-los, minha
sabedoria será para dirigi-los, minha bondade para livrá-los, minha
misericórdia para sustentá-los e minha glória será de vocês para coroálos".
3) PARA REFLETIR
a) Se Deus é amor: então por que eu sempre reclamo e mostro
descontentamento diante das circunstâncias em que Deus me colocou? Por
que estou sempre desconfiado? Por que sempre me permito ficar impassível,
formal e pouco dedicado ao serviço do Deus que me ama tanto? Por que
permito que minha lealdade se divida, de modo que Deus não tenha todo meu
coração?
b) Ponto de ética: "... visto que Deus assim nos amou, nós também devemos
amar uns aos outros" (1Jo 4:11): será que algum observador poderá aprender
pela qualidade e intensidade de amor que eu mostro aos outros (esposa,
marido, família, vizinhos, irmãos da igreja, colegas de trabalho) alguma coisa
sobre a grandeza do amor de Deus por mim?
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CURSO CONHECIMENTO DE DEUS
LIÇÃO 14 — SABEDORIA DE DEUS
1.INTRODUÇÃO
a. Conceito: qualidade tanto moral quanto intelectual; consiste em conhecer a
verdade e escolher os melhores meios para atingir os melhores fins.
b. Sabedoria e bondade: sabedoria é o lado prático da bondade moral; por isso, é
encontrada em plenitude somente em Deus; Deus é sábio em tudo o que fez.
c. Essência de Deus: a sabedoria é sua essência, assim como também o são poder,
verdade, bondade — elementos que formam seu caráter.
2.SABEDORIA E PODER DE DEUS
d. Sabedoria de Deus: não pode ser frustrada pois está unida à onipotência; a
onisciência governando a onipotência, o poder infinito dirigido pela sabedoria
também infinita, assim é basicamente a descrição do caráter divino na Bíblia.
i. "Sua sabedoria é profunda, seu poder é imenso" (Jó 9.4); "Deus é quem tem
sabedoria e poder" (12.13); "[...] grande é em força e sabedoria" (36.5; SBTB);
ii. "Tão grande é o seu poder... sua sabedoria é insondável" (Is 40.26ss; Dn 2.20).
iii. Paulo: "àquele que tem poder para confirmá-los pelo meu evangelho... ao único
Deus sábio..." (Rm 16.25,27).
e. Sabedoria e poder: sabedoria sem poder seria patética e inútil; poder sem
sabedoria seria meramente assustador; em Deus a sabedoria ilimitada e o poder
infinito estão unidos; por isso, Deus é digno de toda a nossa confiança.
f. Sabedoria imutável: a poderosa sabedoria de Deus está sempre ativa e jamais
falha. Todas as obras de sua criação, providência e graça demonstram isso, e
enquanto não virmos nelas sua sabedoria não teremos uma avaliação correta.
g. Engano: não podemos reconhecer a sabedoria de Deus a menos que
conheçamos com que finalidade ele age; Deus é amor (1Jo 4.8-10); mas ele
permite problemas e sofrimento para todos, independente da condição moral.
3.SABEDORIA DE DEUS — PROPÓSITO
h. Propósito: Deus criou o homem para comunhão com ele e adoração, para
desfrutar de Deus e da criação; o pecado não mudou o propósito de Deus;
i. Salvação: o objetivo supremo de Deus é levar o homem a um estado de
obediência, em que Deus seja tudo para nós e juntos nos regozijemos
continuamente na fruição do amor mútuo.
j. Consumação: Deus está lidando com um mundo contaminado pelo pecado e com
pessoas rebeladas; ele usa todas as circunstancia para seu propósito.
2. DEUS INTERAGE COM SEU POVO
a. Biografia de Abraão: falhas de caráter (mentira, medo, fraco); andando com
Deus, ele cumpriu fielmente sua missão foi o primeiro a receber a aliança.
b. Biografia de Jacó: o filho preferido de Rebeca, dotado de instintos oportunistas e
amorais; Deus já o havia escolhido para a promessa; mas ele precisou ser tratado
para abandonar seu pecado e confiar totalmente em Deus (Sl 102.23);
c. Biografia de José: vendido como escravo, traído pela esposa de Potifar, preso, e,
depois, elevado a ministro; Deus o ensinou a esperar com paciência.
d. Aplicação pessoal: Deus é poderoso para fazer todas as coisas cooperarem para
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o seu propósito (Rm 8.28); exercícios para fortalecer a paciência, bom humor,
compaixão, humildade, mansidão; lições de abnegação e dependência; purificar
marcas de orgulho; fortalecer a comunhão; preparação para missão futura; ver
2Co 1.4; Hb 5.8,9.
e. J.I. Packer: ―Não devemos hesitar em confiar em sua sabedoria, mesmo quando
ele nos deixa na ignorância.‖
f. Como enfrentar situações difíceis, quando não entendemos o propósito?
i. Primeiro, aceitando-as como vindas de Deus e perguntando-nos que reações o
Evangelho de Deus requer de nós.
ii. Segundo, buscando a face de Deus especialmente acerca delas.
iii. "A minha graça te basta, o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2Co 12.9).
3.
a.
i.
ii.
A SABEDORIA DE DEUS E A NOSSA
Dom de Deus: Deus está sempre disposto a conceder este dom a seus filhos.
"Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus" (Tg 1.5).
"Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem, que não seja como
insensatos, mas como sábios [...] Portanto, não sejam insensatos, mas procurem
compreender qual é a vontade do Senhor" (Ef 5.15,17).
iii. "Sejam sábios no procedimento para com os de fora [...]" (Cl 4.5).
iv. Paulo ora para que "... sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus,
com toda a sabedoria [...] (Cl 1.9).
b. Provérbios 1 a 9: exortação única e constante à busca desse dom.
i. "O conselho da sabedoria é: Procure obter sabedoria; use tudo o que você possui
para adquirir entendimento [...] Apegue-se à instrução, não a abandone; guarde-a
bem, pois dela depende a sua vida" (Pv 4.7,13).
ii. ―Como é feliz o homem que me ouve... Pois todo aquele que me encontra,
encontra a vida e recebe o favor do Senhor‖ (Pv 8.34-36).
iii. A sabedoria convida ao banquete: "Venham todos os inexperientes!" (Pv 9.4).
c. Pré-requisitos para receber o dom da sabedoria:
i. Aprender a reverenciar a Deus: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria‖
(SI 111.10; Pv1.7; 9.10; 15.33); a sabedoria está com os humildes (Pv 11.2).
ii. Aprender a receber a palavra de Deus: a sabedoria é dada aos que buscam;
(1) "Os teus mandamentos me tornam mais sábio que os meus inimigos. Tenho
mais discernimento que todos os meus mestres, pois medito...‖ (Sl 119.98,99).
(2) "Habite ricamente em vós a palavra de Cristo...com... sabedoria‖ (Cl 3.16).
(3) As ―Escrituras... podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em
Cristo‖ e aperfeiçoar o homem de Deus em "toda boa obra" (2Tm 3.15s).
4. PARA REFLETIR
a. O que sabedoria não é: não é conhecimento de tudo que Deus está fazendo; não
é assumir o controle; não é ilusão; falso sentimento; não é viver no mundo dos
sonhos, com a cabeça nas nuvens e os pés fora do chão.
b. Para que serve a sabedoria: para discernimento de situações e oportunidades,
para melhor aplicação do conhecimento; reação apropriada; para ter visão clara e
real da vida como ela é de fato; para depender de Deus.
c. Fruto da sabedoria: humildade, alegria, piedade, discernimento da vontade de
Deus, prontidão para obedecer; o fruto da sabedoria é a semelhança com Cristo:
paz, humildade e amor (Tg 3.17), e a raiz disso é a fé em Cristo (1Co 3.8; 2Tm
3.15) como manifestação da sabedoria divina (1Co 1.24,30).
d. Princípio da sabedoria: "Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos."
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