2. Vulnerabilidades acrescidas num mundo
em rápida mudança
• Actualmente existem mais de 2,6 mil milhões de pessoas vulneráveis – 40% da população
mundial que vive com menos de 2 dólares por dia.
• 18 milhões de pessoas – 50 mil por dia – estão a morrer devido a causas relacionadas com a
pobreza
• Mais de 250 milhões de pessoas são afectadas anualmente por catástrofes relacionadas com o
clima e mais de 98% destes ocorrem nos países em desenvolvimento
• Cerca de 192 milhões de pessoas são migrantes, vivendo fora do seu país natal, cerca de 3%
da população mundial. Estima-se que metade sejam mulheres e que 20% se encontram em
situação irregular.
• Mil milhões de pessoas estão a viver actualmente em bairros pobres urbanos. A população
mundial neste tipo de bairros pode atingir cerca de 1,5 mil milhões de pessoas no ano 2020. Em
2030, cerca de 5 mil milhões de pessoas viverão em cidades – 60% da população mundial.
3. • Cerca de 963 milhões de pessoas no mundo têm fome. Todos os dias quase 16 mil crianças
morrem devido a causas relacionadas com a fome, uma criança a cada 5 segundos.
• Mais de mil milhões de pessoas nos países em desenvolvimento têm um acesso inadequado à
água; 2,6 mil milhões não possuem saneamento básico.
• As doenças relacionadas com a falta de higiene custam aos países em desenvolvimento 5 mil
milhões de dias de trabalho por ano.
• Todos os anos, a malária afecta 500 milhões de pessoas e ceifa 1 milhão de vidas – 3 mil
crianças por dia.
• Actualmente, 42 milhões de pessoas vivem com SIDA – 8 mil morrem diariamente devido à
doença.
4. A acção da Cruz Vermelha: enfrentar
catástrofes e crises
• A FICV ( Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha) é a maior rede
humanitária do mundo, com 186 Sociedades Nacionais e dezenas de milhões de voluntários que
actuam ao nível comunitário antes, durante e após a ocorrência de uma catástrofe ou crise.
• Todos os anos, a FICV apoia e melhora as condições de vida de mais de 200 milhões de
pessoas espalhadas pelo mundo.
• Nos últimos dois anos, a FICV reduziu o tempo de entrega de bens de primeira necessidade em
70%, através do desenvolvimento de capacidades regionais e focando-se na preparação.
• O número de famílias apoiadas diariamente pela FICV cresceu 25% e o custo de entrega de um
kit de assistência standard para essas famílias desceu mais de 400%, para uma média de 200
francos suíços.
• O Fundo de Emergência para Assistência em situações de catástrofe da FICV é cada vez mais
utilizado na preparação para crises iminentes, bem como na resposta a catástrofes.
5. • Para além de responder a crises alimentares de emergência, a FICV acredita que a
segurança alimentar não pode ser obtida sem um investimento a longo prazo. A 10 de Abril de
2008, lançou um programa estratégico de 5 anos, visando melhorar as capacidades na área
de segurança alimentar para 2,3 milhões de pessoas.
• A FICV tem o compromisso de duplicar o seu apoio ao Programa HIV. A abordagem
comunitária da Cruz Vermelha é rentável e completamente focada em apoiar as comunidades
para enfrentarem os seus próprios desafios.
• 4 milhões de beneficiários irão ser apoiados pelo Programa global de Apoio à Malária da FICV
• Só na Europa, as Sociedades da Cruz Vermelha formam cerca de 3,5 milhões de pessoas em
primeiros socorros todos os anos – isto representa 56% de um total estimado de 6,2 milhões
de pessoas formados anualmente na Europa neste âmbito.
• A abordagem do Movimento Internacional da Cruz Vermelha/Crescente Vermelho aos
migrantes é estritamente humanitária, focada nas necessidades, vulnerabilidades e
potencialidades dos migrantes nas suas comunidades de acolhimento, independentemente do
seu estatuto legal, género ou raça.
6. Promover uma cultura de prevenção
e Voluntariado
• Um factor chave destinado a melhorar o nosso mundo consiste no empenhamento numa cultura
de prevenção. No contexto das alterações climáticas mais vidas e meios de subsistência podem
ser salvos quando a atenção é dirigida para uma preparação efectiva para catástrofes e crises.
• Apenas 4% dos 10 mil milhões de dólares gastos anualmente em assistência humanitária
destinam-se à prevenção e redução de riscos.
• 1 dólar gasto na redução de riscos e na preparação para catástrofes pode poupar até 7 dólares
na assistência de emergência e reconstrução
• O sector não lucrativo, incluindo o Voluntariado, é uma força económica significativa, responsável
por uma média de 5% do PIB em 8 países onde esses dados estão disponíveis (Voluntários das
Nações Unidas).
• No campo humanitário, o trabalho voluntário e a contribuição de tempo/horas distancia-se do
valor das contribuições financeiras numa média de pelo menos 50%