O documento descreve a formação do caráter distintivo dos povos através da reunião de espíritos afins que escolhem encarnar naquele povo. Relata como Jesus e seus mensageiros guiaram a formação das nações futuras na Terra, incluindo o Brasil, transplantando o Evangelho para cá e escolhendo espíritos purificados para compor o povo brasileiro e torná-lo um exemplo de fraternidade.
1. Estudo de O Livro dos Espíritos
e do Evangelho Segundo o Espiritismo
L.E. – Questão 215
Dubai, 01/12/2013
2. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
215. Que é o que dá origem ao caráter distintivo que se
nota em cada povo?
“Também os Espíritos se grupam em famílias, formando-as pela
analogia de seus pendores mais ou menos puros, conforme a
elevação que tenham alcançado. Pois bem! Um povo é uma grande
família formada pela reunião de Espíritos simpáticos.
Na tendência que apresentam os membros dessas famílias, para se unirem, é
que está a origem da semelhança que, existindo entre os indivíduos, constitui o
Julgas que Espíritos bons e humanitários
caráter distintivo de cada povo.
procurem, para nele encarnar, um povo rude e grosseiro? Não. Os Espíritos
simpatizam com as coletividades, como simpatizam com os indivíduos.
Naquelas em cujo seio se encontrem, eles se acham no meio que lhes é
próprio.”
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
2
3. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
“Cada povo se encontra reunido pela analogia de sentimentos. Os semelhantes
se atraem por lei universal da própria justiça, entretanto, o amor tem o poder
de não generalizar essa lei, porque Deus é amor e bondade. Sempre no
seio de cada nação reencarnam Espíritos elevados, condutores de massas
humanas, trazendo a divina missão de paz e de entendimento, como sendo
misericórdia para os que sofrem e choram. Quase todos os que ali se agrupam
se encontram jungidos uns aos outros pelos mesmos sentimentos, juntos nos
mesmos ideais; é mais fácil de se educarem”. (Miramez, Filosofia Espírita)
“Quem observa o caráter distintivo de cada país
entenderá porque ele aceita certas leis de bom
grado; voltadas aos mesmos sentimentos dos
filhos que ali aportaram, pela afinidade dos
ideais”.
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
3
4. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
Por volta do sec XIII.., após as últimas Cruzadas..
“... É então que inúmeros mensageiros de
Jesus, sob a sua orientação, iniciam largo
trabalho de associação dos Espíritos, de
acordo com as tendências e afinidades, a
fim de formarem as nações do futuro,
com a sua personalidade coletiva. (A
Caminho da Luz Emmanuel – Chico Xavier)
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
A cada uma dessas
nacionalidades seria
cometida
determinada missão no
concerto dos povos futuros,
segundo as determinações
sábias do Cristo, erguendose as bases de um mundo
novo, depois de tantos e tão
continuados desastres da
fraqueza humana. (pag169)
4
5. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
FIM DA IDADE MEDIEVAL
Do plano invisível e em todos os tempos, os Espíritos abnegados
acompanharam a Humanidade em seus dias de martírio e glorificação,
lutando sempre pela paz e pelo bem de todas as criaturas.
Referindo-nos, de escantilhão, à nobre figura de Joana d'Arc, que
cumpriu elevada missão adstrita aos princípios de justiça e de fraternidade
na Terra, e às guerras dolorosas que assinalaram o fim da idade medieval,
registramos aqui, que, com as conquistas tenebrosas de Gêngis Khan e de
Tamerlão e com a queda de Constantinopla, em 1453, que ficou para
sempre em poder dos turcos, verificava-se o término da época medieval.
Uma nova era despontava para a Humanidade terrestre, com a assistência
contínua do Cristo, cujos olhos misericordiosos acompanham a evolução
dos homens, lá dos arcanos do Infinito.
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
5
6. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
1938
“Estas páginas modestas constituem, pois,
uma contribuição humilde à elucidação da
história da civilização brasileira em sua
marcha através dos tempos. Têm por
único objetivo provar a excelência da
missão evangélica do Brasil no concerto
dos povos e que, acima de tudo, todas as
suas realizações e todos os seus feitos,
forros dos miseráveis troféus das glórias
sanguinolentas, tiveram suas origens
profundas no plano espiritual” .
(pelo Espírito Humberto de Campos)
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
6
7. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
Cenário da Terra…século XIV,
— Helil — disse a voz suave e meiga do Mestre a um dos seus
mensageiros, encarregado dos problemas sociológicos da Terra —,
meu coração se enche de profunda amargura, vendo a
incompreensão dos homens, no que se refere às lições do meu
Evangelho. Por toda parte é a luta fratricida, como polvo de infinitos
tentáculos, a destruir todas as esperanças; recomendei-lhes que se
amassem como irmãos, e vejo-os em movimentos impetuosos,
aniquilando-se uns aos outros como Cains desvairados. (pág. 17)
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
1938
7
8. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
Cenário da Tera…século XIV,
A amargura divina empolgara toda a formosa assembleia de querubins e
arcanjos. Foi quando Helil, para renovar a impressão ambiente, dirigiu-se a
Jesus com brandura e humildade:
1938
— Senhor, se esses povos infelizes, que procuram na grandeza material
uma felicidade impossível, marcham irremediavelmente para os grandes
infortúnios coletivos, visitemos os continentes ignorados, onde espíritos
jovens e simples aguardam a semente de uma vida nova. Nessas terras,
para além dos grandes oceanos, poderíeis instalar o pensamento cristão,
dentro das doutrinas do amor e da liberdade .
E a caravana fulgurante, deixando um rastro de luz na imensidade dos
espaços, encaminhou-se ao continente que seria, mais tarde, o mundo
americano.
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
8
9. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
Cheio de esperanças, emociona-se o coração do Mestre,
contemplando a beleza do sublimado espetáculo.
— Helil — pergunta ele —, onde fica, nestas terras novas, o recanto
planetário do qual se enxerga, no infinito, o símbolo da redenção
humana?
— Esse lugar de doces encantos, Mestre, de onde se veem, no mundo,
as homenagens dos céus aos vossos martírios na Terra, fica mais para
o sul.
1938
E, quando no seio da paisagem repleta de aromas e de
melodias, contemplavam as almas santificadas dos orbes felizes,
na presença do Cordeiro, as maravilhas daquela terra nova, que
seria mais tarde o Brasil, desenhou-se no firmamento, formado
de estrelas rutilantes, no jardim das constelações de Deus, o
mais imponente de todos os símbolos.
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
9
10. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
“... Jesus transplantou da
Palestina para a região do
Cruzeiro a árvore
magnânima do seu
Evangelho, a fim de que os
seus rebentos delicados
florescessem de novo,
frutificando em obras de
amor para todas as
criaturas. ”. (BCPE – Humberto
de Campos)
“— Para esta terra maravilhosa e bendita
será transplantada a árvore do meu
Evangelho de piedade e de amor. No seu
solo dadivoso e fertilíssimo, todos os
povos da Terra aprenderão a lei da
fraternidade universal. (...) Tu, Helil, te
corporificarás na Terra, no seio do povo
mais pobre e mais trabalhador do
Ocidente; instituirás um roteiro de
coragem, para que sejam transpostas as
imensidades desses oceanos perigosos e
solitários, que separam o velho do novo
mundo. Instalaremos aqui uma tenda de
trabalho para a nação mais humilde da
Europa, glorificando os seus esforços na
oficina de Deus”.
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
10
11. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
“...ordenarei a reencarnação de muitos
Espíritos já purificados no sentimento da
humildade e da mansidão, entre as raças
oprimidas e sofredoras das regiões africanas,
para formarmos o pedestal de solidariedade
do povo fraterno que aqui florecerá, no futuro,
a fim de exaltar o meu Evangelho. Aqui Helil,
sob a luz misericordiosa das estrelas da cruz,
ficará localizado o coração do mundo.”. (BCPE –
1938
Humberto de Campos)
Em 1394 encarna, o seu mensageiro se estabelecia na Terra, em 1394, como filho de D. João I e de
D. Filipa de Lencastre, e foi o heroico Infante de Sagres, que operou a renovação das energias
portuguesas, expandindo as suas possibilidades realizadoras para além dos mares.
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
11
12. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
Cap. Os Degradados
Dirigindo-se a um dos seus elevados mensageiros na face do orbe
terrestre, em meio do divino silêncio da multidão espiritual, sua voz
ressoou com doçura:
— Ismael, manda o meu coração que doravante sejas o zelador dos
patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro. Recebe-a
nos teus braços de trabalhador devotado da minha seara, como a
recebi no coração, obedecendo a sagradas inspirações do Nosso
Pai. Reúne as incansáveis falanges do infinito, que cooperam nos
ideais sacrossantos de minha doutrina, e inicia, desde já, a
construção da pátria do meu ensinamento.
1938
No livro Crônicas de Além Tumulo, o próprio Humberto de Campos revela que este é o Ismael do Velho Testamento irmão do Isac,
filhos de Abraão. O que nos chama a atenção é a estrutura de Ismael, que eh a estrutura do peregrino, a estrutura do beduino.
Aquele que peregrina pelo deserto e tem a chamada lei de hospitalidade. No deserto entre as tribos há uma lei de hospitalidade que
diz que o peregrino deve ser acolhido. O que casa bem com o espirito norteador da formação desse país.
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
12
13. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
Primeiramente, surgiram os índios, que eram os simples de
coração; em segundo lugar, chegavam os sedentos da justiça
divina e, mais tarde, viriam os escravos, como a expressão
dos humildes e dos aflitos, para a formação da alma
1938
coletiva de um povo bem-aventurado por sua
mansidão e fraternidade.
Dentro, pois, do Brasil, a grande obra de
Ismael tem a sua função relevante no
organismo social da Pátria do
Cruzeiro, vivificando a seara da educação
espiritual. E não tenhamos dúvida.
Superior às funções dos transitórios
organismos políticos, é essa obra
abençoada, de educação genuinamente
cristã, o ascendente da nação do Evangelho e o
elemento que preparará o seu povo para os
tempos do porvir.
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
13
14. Parte II - Cap. IV – Da pluralidade das Existências.
Parecenças físicas e morais
Nosso objetivo, trazendo alguns apontamentos à história espiritual do
Brasil, foi tão somente encarecer a excelência da sua missão no
planeta, demonstrando, simultaneamente, que cada nação, como
cada indivíduo, tem sua tarefa a desempenhar no concerto dos
povos.
Todas elas têm seus ascendentes no mundo invisível, de onde
recebem a seiva espiritual necessária à sua formação e conservação.
E um dos fins principais do nosso escorço foi examinar, aos olhos de
todos, a necessidade da educação pessoal e coletiva, no
desdobramento de todos os trabalhos do país.
GECD - Grupo Espírita Cristão Despertar
14