O documento analisa o episódio da Batalha de Aljubarrota no Canto IV dos Lusíadas. Descreve as estrofes que narram o início da batalha, a liderança de Nuno Álvares Pereira, o discurso inspirador de D. João I que levanta a moral dos portugueses, e a vitória sobre os castelhanos que fogem em debandada.
2.
Análise do episódio;
A batalha de Aljubarrota;
Estrofes 28 e 29 (Análise);
Estrofes 30 e 31 (Análise);
Estrofes 32 e 33 (Análise);
Estrofes 37 e 38 (Análise);
Estrofes 39 e 40 (Análise);
Estrofe 41 (Análise);
Estrofes 42 e 44 (Análise);
Estrofe 45 (Análise);
Conclusão
Índice
3. Canto IV;
Estrofes 28 e 29 – inicio da batalha sinalizada pela trombeta castelhana
e reação personificada da natureza e das pessoas em geral.
Estrofe 30 – no inicio do combate desde logo se destaca a presença de
Nuno Alves Cabral.
Estrofe 31 – descrição da movimentação e do ruído próprio do
combate.
Estrofes 32 e 33 – traição dos dois irmãos de Nuno Alvares Pereira que
combateram pelo exército de Castelo e referência a outros traidores da
história antiga.
Estrofes 34 até 42 – descrição da batalha propriamente dita, com
especial saliência, para as atuações decisivas de Nuno Alvares Pereira
e D. João I.
Estrofes 43 até 45 – o desânimo e a fuga dos castelhanos perante a
vitória dos portugueses.
Análise do episódio
4.
O episódio da Batalha de Aljubarrota integra o plano da
história de Portugal e surge encaixado no plano narrativo
fulcral da obra – o plano da viagem de Vasco da Gama e
da armada à Índia. Tal como no episódio de Inês de
Castro, Vasco da Gama assume o papel de narrador. A
pedido do rei de Melinde, conta a história de Portugal.
É um episódio bélico, pois o tema centra-se na batalha
entre os portugueses e os castelhanos, em 1385. Este
apresenta diferentes quadros descritivo-narrativos da
batalha, os quais apresentam a evolução que corresponde
aos diferentes momentos vivenciados no campo de
batalha.
A batalha de Aljubarrota
5.
O poeta assinala o terrível efeito provocado na
natureza e nas pessoas, pelo espantoso sinal lançado
pela trombeta castelhana para o começo da batalha.
Estrofes 28 e 29
6.
A batalha decorre com o movimento de ambas as
primeiras filas dos exércitos. Nuno Alvares Pereira
rapidamente se destaca avançando primeiro. Deste
modo, o “Grande Pereira” deixa um rasto de mortos.
A disputa permanece com a adição de
farpões, setas, e cavalaria porém nada pára os
Portugueses que seguem em frente.
Estrofes 30 e 31
7.
D. Nuno defronta-se com os próprios irmãos do lado
dos Castelhanos, contudo matar os seus próprios
irmãos é irrelevante porque trair a sua Pátria é pior.
Aqui assistimos, no final do século XIV, ao
crescimento dos valores nacionalistas bem como à
afirmação do valor moral que é a traição à própria
Pátria.
Estrofes 32 e 33
8.
Vendo as suas tropas a desanimar, D. João I, Mestre
da Avis, decide entusiasmar e elevar o espirito das
tropas com o seu discurso. D. João apela aos
guerreiros portugueses para que defendam as suas
terras, que a liberdade está ao seu alcance. Então
para engrandecer o seu discurso D. João I decide dar
o exemplo e com uma lança só, mata vários inimigos.
Estrofes 37 e 38
9.
Graças ao discurso de D. João I, os guerreiros voltam
a sentir o espírito de luta. Estes homens perderam o
medo de morrer dando o seu melhor, quebram as
defesas dos castelhanos, matando-os. Morrem
muitos castelhanos incluindo os irmãos de Nuno
Álvares Pereira.
Estrofes 39 e 40
10.
Aqui é oficializada a derrota dos castelhanos e
refere-se que todos os que caíram em batalha irão
para o inferno onde o cérbero espera pelas suas
almas. A bandeira de Castela é derrubada pelos
portugueses e a vitória declarada.
Estrofe 41
11.
Os castelhanos recuam e fogem do campo de
batalha. O número de mortes é vasto e o Rei de
Castela não tem outra alternativa se não fugir vendo
o erro que cometeu. Os castelhanos que se retiram
dão graças por permanecerem vivos. Os castelhanos
culpam o seu rei por uma guerra travada com o
propósito da ganância e da cobiça. Por causa disso
muitas mães e esposas ficaram sem filhos e sem
maridos.
Estrofes 42 e 44
12.
D. João I, futuro rei de Portugal, festeja como é da
tradição os três dias no campo de batalha recolhendo
os despojos e contando as baixas sofridas em
combate. Todavia, D. Nuno Álvares Pereira, homem
de grande modéstia, só se afirma pela sua proeza na
arte militar e de ter servido bem a sua Pátria. Ele
retira-se para a sua terra além do Tejo, não ficando a
celebrar.
Estrofe 45
13.
A Batalha de Aljubarrota é um episódio bélico no canto
IV. O episódio descreve e narra o começo da batalha de
Aljubarrota em que os adversários, de nome Portugal e
Castela, se enfrentam numa batalha sangrenta. Portugal
encontra-se em desvantagem em número e recursos, no
entanto revela uma capacidade imensa para virar a
batalha a seu favor. Com a ajuda do discurso de D. João
I, a moral dos portugueses subiu levando-os à vitória. Os
castelhanos, obrigados a fugir, correm para fora de uma
terra onde nem se quer deveriam ter entrado se não fosse
pelo seu rei cobiçoso e ganancioso.
Conclusão