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A maldição do Faraó Tutankhamon




      “A morte abaterá com suas asas quem perturbar o sono do

faraó”. Esta foi a frase encontrada no dia 22 de novembro de 1922,

quando a equipa do arqueólogo Howard Carter decifrou os hieróglifos

do portal do mausoléu do faraó Tutankhamon, morto em 1346 a.C..

Coincidência ou não, sete anos depois, treze membros da equipa

haviam morrido de forma inexplicável. Outras nove pessoas que tiveram

contato com a múmia também estavam mortas.

      A primeira morte aconteceu em abril de 1923. O Conde de

Carnarvon, aristocrata inglês, que acompanhou Carter e financiou a

expedição, começou a agonizar no seu quarto, em Luxor, no Egito. Os

médicos explicaram que a febre alta era provocada por picadas de

mosquitos. Mas a sua irmã, Lady Burghclere, disse que ouvia o doente

mencionar o nome Tutankhamon no meio dos delírios: “Já entendi seu

chamado... eu o seguirei!”.

      O arqueólogo americano Arthur Mace, que havia ajudado Carter a

destroçar   os   muros   do   mausoléu,   teve   uma   morte   ainda   mais

fulminante pouco tempo depois do falecimento de Carnavon. Por vários
dias, ele se queixou de uma sensação de fraqueza e prostração

crescentes, perdendo a consciência em certos momentos. Morreu num

hotel, antes mesmo que os médicos pudessem arriscar um diagnóstico.

         O milionário americano George Jay-Gould foi outra vítima fatal.

Ele esteve no sepulcro a convite de Carnarvon, que era um velho

amigo, e morreu na tarde seguinte à visita, também atacado pela febre.

         Archibald Douglas Reed, que desenrolou e radiografou a múmia,

morreu com os mesmos sintomas ao retornar à Inglaterra, em 1924. O

secretário de Howard Carter, Richard Bethell, foi encontrado morto na

sua casa em Londres. Tinha boa saúde e ninguém entendeu a razão da

morte. No mesmo ano, em 1929, a viúva de Lord Carnarvon, Lady

Almina, morreu em circunstâncias semelhantes às do marido.

         A maldição do faraó Tutankamon entrou para a história como um

dos fatos mais inexplicáveis que já desafiaram os arqueólogos. Muitos

acreditaram em uma força sobrenatural. Isso porque encontraram vários

textos no sepulcro que diziam, por exemplo, “Eu sou aquele que fez

fugir os saqueadores dos túmulos com a chama do deserto. Eu sou

aquele que protege o túmulo do faraó”.

         Outros já afirmavam que as mortes dos exploradores estrangeiros

eram mais do que justas, pois eles haviam realizado uma verdadeira

pilhagem das riquezas do túmulo de Tutankhamon. Comentava-se,

inclusive, que Lady Evelyn, filha do conde, frequentava festas em

Londres ostentando as jóias encontradas no sepulcro. Além disso, o seu

pai montou uma imensa coleção de raridades egípcias. De acordo com

os registos, o arqueólogo Carter encontrou 200 quilos de ouro maciço

decorando o túmulo do soberano.

         A maldição do faraó nunca foi totalmente esclarecida. Mesmo

assim,     os   cientistas   ainda   se   admiram   com   a   eficiência   dos

embalsamadores egípcios. Em 1987, na cidade de Lyon, França, equipas
de arqueólogos e médicos realizaram, pela primeira vez, uma autópsia

completa na múmia de um nobre enterrado há mais de 2.500 anos. Os

resultados deixaram os pesquisadores estarrecidos. Os tendões da mão

direita   da   múmia   mantinham   o   tom   rosado.   Os   pés   estavam

perfeitamente conservados, com todos os dedos. As vísceras tinham

sido retiradas e a cavidade tratada com resinas especiais. No interior

do crânio, sem o cérebro, os sacerdotes tinham colocado betume, um

material semelhante ao asfalto. Todos os ossos estavam intactos. O

mesmo teria acontecido com a múmia de Tutankamon, se não fosse a

imprudência dos pesquisadores. Conhecido como          faraó-menino, ele
morreu possivelmente aos 18 anos, num acidente com uma carruagem

puxada por vários bois. Nos séculos em que esteve sepultado, sofreu

menos danos do que nos 75 anos de contato com os vivos.

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  • 1. A maldição do Faraó Tutankhamon “A morte abaterá com suas asas quem perturbar o sono do faraó”. Esta foi a frase encontrada no dia 22 de novembro de 1922, quando a equipa do arqueólogo Howard Carter decifrou os hieróglifos do portal do mausoléu do faraó Tutankhamon, morto em 1346 a.C.. Coincidência ou não, sete anos depois, treze membros da equipa haviam morrido de forma inexplicável. Outras nove pessoas que tiveram contato com a múmia também estavam mortas. A primeira morte aconteceu em abril de 1923. O Conde de Carnarvon, aristocrata inglês, que acompanhou Carter e financiou a expedição, começou a agonizar no seu quarto, em Luxor, no Egito. Os médicos explicaram que a febre alta era provocada por picadas de mosquitos. Mas a sua irmã, Lady Burghclere, disse que ouvia o doente mencionar o nome Tutankhamon no meio dos delírios: “Já entendi seu chamado... eu o seguirei!”. O arqueólogo americano Arthur Mace, que havia ajudado Carter a destroçar os muros do mausoléu, teve uma morte ainda mais fulminante pouco tempo depois do falecimento de Carnavon. Por vários
  • 2. dias, ele se queixou de uma sensação de fraqueza e prostração crescentes, perdendo a consciência em certos momentos. Morreu num hotel, antes mesmo que os médicos pudessem arriscar um diagnóstico. O milionário americano George Jay-Gould foi outra vítima fatal. Ele esteve no sepulcro a convite de Carnarvon, que era um velho amigo, e morreu na tarde seguinte à visita, também atacado pela febre. Archibald Douglas Reed, que desenrolou e radiografou a múmia, morreu com os mesmos sintomas ao retornar à Inglaterra, em 1924. O secretário de Howard Carter, Richard Bethell, foi encontrado morto na sua casa em Londres. Tinha boa saúde e ninguém entendeu a razão da morte. No mesmo ano, em 1929, a viúva de Lord Carnarvon, Lady Almina, morreu em circunstâncias semelhantes às do marido. A maldição do faraó Tutankamon entrou para a história como um dos fatos mais inexplicáveis que já desafiaram os arqueólogos. Muitos acreditaram em uma força sobrenatural. Isso porque encontraram vários textos no sepulcro que diziam, por exemplo, “Eu sou aquele que fez fugir os saqueadores dos túmulos com a chama do deserto. Eu sou aquele que protege o túmulo do faraó”. Outros já afirmavam que as mortes dos exploradores estrangeiros eram mais do que justas, pois eles haviam realizado uma verdadeira pilhagem das riquezas do túmulo de Tutankhamon. Comentava-se, inclusive, que Lady Evelyn, filha do conde, frequentava festas em Londres ostentando as jóias encontradas no sepulcro. Além disso, o seu pai montou uma imensa coleção de raridades egípcias. De acordo com os registos, o arqueólogo Carter encontrou 200 quilos de ouro maciço decorando o túmulo do soberano. A maldição do faraó nunca foi totalmente esclarecida. Mesmo assim, os cientistas ainda se admiram com a eficiência dos embalsamadores egípcios. Em 1987, na cidade de Lyon, França, equipas
  • 3. de arqueólogos e médicos realizaram, pela primeira vez, uma autópsia completa na múmia de um nobre enterrado há mais de 2.500 anos. Os resultados deixaram os pesquisadores estarrecidos. Os tendões da mão direita da múmia mantinham o tom rosado. Os pés estavam perfeitamente conservados, com todos os dedos. As vísceras tinham sido retiradas e a cavidade tratada com resinas especiais. No interior do crânio, sem o cérebro, os sacerdotes tinham colocado betume, um material semelhante ao asfalto. Todos os ossos estavam intactos. O mesmo teria acontecido com a múmia de Tutankamon, se não fosse a imprudência dos pesquisadores. Conhecido como faraó-menino, ele morreu possivelmente aos 18 anos, num acidente com uma carruagem puxada por vários bois. Nos séculos em que esteve sepultado, sofreu menos danos do que nos 75 anos de contato com os vivos.