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A Sociedade Europeia nos séculos IX a XII




       Doc. 1 – A divisão tripartida da sociedade medieval.
        (A – Clero / B – Aristocracia Guerreira / C – Povo)
A Sociedade Senhorial
         A insegurança que abalou a Europa durante o período das invasões
contribuiu para a organização de uma sociedade tripartida e hierarquizada em
que cada grupo tinha uma determinada função a cumprir.

Doc. 2 – A sociedade tripartida


         A família do Senhor, que parece una, está, portanto, dividida em três ordens. Uns
rezam, outros combatem, os últimos trabalham. Estas três ordens formam um único todo
e não poderiam ser separadas , o que faz a sua força, é que, se uma delas trabalha para as
outras duas, estas, por seu lado, fazem o mesmo por aquela; é assim que todas três
satisfazem as necessidades umas das outras.
                                       Adalberon (finais do século X), Diálogo com o rei Roberto,
                                                         in Les Mémoires de l’Europe (adaptado)
O nascimento e o exercício de determinados cargos é que
  determinavam a pertença a uma ou outra ordem social.


                                                As desigualdades sociais daí
                                        resultantes acentuaram a existência de
                                        dois grupos na sociedade medieval:
                                        •os privilegiados (uma minoria, cheia
                                        de regalias ao qual pertenciam o clero e
                                        a nobreza);
                                        • os não privilegiados (constituído pela
                                        maioria da população, e do qual fazem
Doc. 3 – Distribuição populacional na
Idade Média.                            parte os camponeses, os artificies e os
                                        pequenos comerciantes).
A Predominância do Clero
        Apesar da instabilidade provocada pelas invasões, a Igreja Católica
continuou a manter as suas estruturas estáveis e bem organizadas.



                                        Os serviços que o clero prestava aos
                              monarcas, o apoio que dava às populações e a
                              religiosidade da época proporcionaram-lhe
                              poder económico, prestígio social e privilégios.



                               Doc. 4 – O clero era o grupo social mais instruído –
                                 O ensino e a cópia de manuscritos davam-lhe
                                            grande prestígio e poder.
Doc. 5 – Do batismo à extrema-unção.




                                       Doc. 6 – As esmolas.
Doc. 7 – O tratamento de doentes.
Privilégios do Clero


• Recebia grandes doações em terras e outros bens;

• Exercício de cargos administrativos importantes;
• Estava isento do pagamento de impostos;
• Cobrava rendas e outros benefícios aos camponeses que viviam nas suas
propriedades;
• Tinham tribunais próprios;
• Praticamente só o clero sabia ler e escrever na Idade Média;
• Estava presente em todos os momentos importantes da vida das
populações (no nascimento, no casamento e na morte;
• Prestava assistência aos doentes e aos mais pobres e acolhia as pessoas
nos mosteiros e nas igrejas nos períodos de guerra.
No entanto, existiam grandes diferenças entre o alto e o baixo clero:


• Alto    Clero    –   era      composto   por
arcebispos, bispos e abades que dirigiam
a   Igreja   e    administravam      as    suas
propriedades. Os abades estavam à
frente dos mosteiros;


• Baixo Clero – formado por monges e
párocos      que       viviam     junto    das
populações, não usufruindo de grandes
regalias ou privilégios.
A Aristocracia Guerreira
        A aristocracia guerreira possuía grandes propriedades (os domínios
senhoriais), o que a tornava num grupo social muito poderoso.


                                                   A riqueza da nobreza
                                         podia     ser    herdada      dos   seus
                                         antepassados ou concedida como
                                         um      benefício     pelos     serviços
                                         prestados ao rei, a quem estes
                                         nobres          cavaleiros      tinham
                                         obrigação de ajudar em caso de
                                         guerra.
         Doc. 8 – A Nobreza.
Alguns desempenhavam cargos importantes na administração central
e todos gozavam de inúmeros privilégios:


 • Não pagavam impostos:
 • Eram julgados em tribunais
 próprios;
 • Aplicavam a justiça e cobravam
 impostos    às   populações    que
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 cavalos.                                      Doc. 9 – O torneio.
À aristocracia guerreira e ao clero pertenciam extensas propriedades
rurais – senhorios ou feudos -, que estavam divididas em duas partes:

                                                  • A Reserva – área explorada
                                                  diretamente pelo senhor e
                                                  onde se encontrava o castelo
                                                  ou o mosteiro;


                                                  • Os   Mansos    –    pequenas
                                                  parcelas de terra do domínio
                                                  senhoria    arrendadas       aos
                                                  camponeses livres a troca de
                                                  géneros e serviços prestados
                                                  ocasionalmente na reserva.
        Doc. 10 – O domínio senhorial.
O Povo

        A maioria da população da Idade Média era constituída por
camponeses. Estes viviam e trabalhavam nos domínios senhoriais e estavam
dependentes dos grandes senhores nobres ou eclesiásticos.




                           Doc. 11 – os camponeses.
Pela terra que exploravam pagavam diversas rendas e serviços (as
corveias) e pelo uso do moinho , do forno e do lagar entregavam ao senhor uma
parte da produção (as banalidades).




                Doc. 12 – O capataz controlava os trabalhos agrícolas.
As relações feudo-vassálicas

        A sociedade medieval caracteriza-se pelo estabelecimento de uma
rede de relações e laços de dependência entre os vários estratos socias.


        Os    reis    ou   suseranos
desejavam controlar e assegurar a
fidelidade   dos     senhores    mais
poderosos.
        As camadas sociais mais
baixas da população interessava-lhes
a proteção que poderiam obter dos                Doc. 13 – As relações de

senhores.                                    dependência na sociedade feudal.
Esta ligação era formalizada através do contrato de vassalagem entre
um suserano (rei ou senhor feudal) e um vassalo que incluía obrigações e
deveres mútuos e era realizado através de uma cerimónia, da qual faziam parte
três atos simbólicos:




• A Homenagem – em que o vassalo se ajoelhava perante o suserano;
• O Juramento de Fidelidade – em que o vassalo se comprometia a ser fiel;
• A Investidura – que consistia na entrega ao vassalo de um objeto que
simbolizava o acordo efetuado e a entrega do feudo.

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A Sociedade Senhorial

  • 1. A Sociedade Europeia nos séculos IX a XII Doc. 1 – A divisão tripartida da sociedade medieval. (A – Clero / B – Aristocracia Guerreira / C – Povo)
  • 2. A Sociedade Senhorial A insegurança que abalou a Europa durante o período das invasões contribuiu para a organização de uma sociedade tripartida e hierarquizada em que cada grupo tinha uma determinada função a cumprir. Doc. 2 – A sociedade tripartida A família do Senhor, que parece una, está, portanto, dividida em três ordens. Uns rezam, outros combatem, os últimos trabalham. Estas três ordens formam um único todo e não poderiam ser separadas , o que faz a sua força, é que, se uma delas trabalha para as outras duas, estas, por seu lado, fazem o mesmo por aquela; é assim que todas três satisfazem as necessidades umas das outras. Adalberon (finais do século X), Diálogo com o rei Roberto, in Les Mémoires de l’Europe (adaptado)
  • 3. O nascimento e o exercício de determinados cargos é que determinavam a pertença a uma ou outra ordem social. As desigualdades sociais daí resultantes acentuaram a existência de dois grupos na sociedade medieval: •os privilegiados (uma minoria, cheia de regalias ao qual pertenciam o clero e a nobreza); • os não privilegiados (constituído pela maioria da população, e do qual fazem Doc. 3 – Distribuição populacional na Idade Média. parte os camponeses, os artificies e os pequenos comerciantes).
  • 4. A Predominância do Clero Apesar da instabilidade provocada pelas invasões, a Igreja Católica continuou a manter as suas estruturas estáveis e bem organizadas. Os serviços que o clero prestava aos monarcas, o apoio que dava às populações e a religiosidade da época proporcionaram-lhe poder económico, prestígio social e privilégios. Doc. 4 – O clero era o grupo social mais instruído – O ensino e a cópia de manuscritos davam-lhe grande prestígio e poder.
  • 5. Doc. 5 – Do batismo à extrema-unção. Doc. 6 – As esmolas.
  • 6. Doc. 7 – O tratamento de doentes.
  • 7. Privilégios do Clero • Recebia grandes doações em terras e outros bens; • Exercício de cargos administrativos importantes; • Estava isento do pagamento de impostos; • Cobrava rendas e outros benefícios aos camponeses que viviam nas suas propriedades; • Tinham tribunais próprios; • Praticamente só o clero sabia ler e escrever na Idade Média; • Estava presente em todos os momentos importantes da vida das populações (no nascimento, no casamento e na morte; • Prestava assistência aos doentes e aos mais pobres e acolhia as pessoas nos mosteiros e nas igrejas nos períodos de guerra.
  • 8. No entanto, existiam grandes diferenças entre o alto e o baixo clero: • Alto Clero – era composto por arcebispos, bispos e abades que dirigiam a Igreja e administravam as suas propriedades. Os abades estavam à frente dos mosteiros; • Baixo Clero – formado por monges e párocos que viviam junto das populações, não usufruindo de grandes regalias ou privilégios.
  • 9. A Aristocracia Guerreira A aristocracia guerreira possuía grandes propriedades (os domínios senhoriais), o que a tornava num grupo social muito poderoso. A riqueza da nobreza podia ser herdada dos seus antepassados ou concedida como um benefício pelos serviços prestados ao rei, a quem estes nobres cavaleiros tinham obrigação de ajudar em caso de guerra. Doc. 8 – A Nobreza.
  • 10. Alguns desempenhavam cargos importantes na administração central e todos gozavam de inúmeros privilégios: • Não pagavam impostos: • Eram julgados em tribunais próprios; • Aplicavam a justiça e cobravam impostos às populações que viviam nos seus domínios; • Tinham o direito quase exclusivo de usar armas e possuir cavalos. Doc. 9 – O torneio.
  • 11. À aristocracia guerreira e ao clero pertenciam extensas propriedades rurais – senhorios ou feudos -, que estavam divididas em duas partes: • A Reserva – área explorada diretamente pelo senhor e onde se encontrava o castelo ou o mosteiro; • Os Mansos – pequenas parcelas de terra do domínio senhoria arrendadas aos camponeses livres a troca de géneros e serviços prestados ocasionalmente na reserva. Doc. 10 – O domínio senhorial.
  • 12. O Povo A maioria da população da Idade Média era constituída por camponeses. Estes viviam e trabalhavam nos domínios senhoriais e estavam dependentes dos grandes senhores nobres ou eclesiásticos. Doc. 11 – os camponeses.
  • 13. Pela terra que exploravam pagavam diversas rendas e serviços (as corveias) e pelo uso do moinho , do forno e do lagar entregavam ao senhor uma parte da produção (as banalidades). Doc. 12 – O capataz controlava os trabalhos agrícolas.
  • 14. As relações feudo-vassálicas A sociedade medieval caracteriza-se pelo estabelecimento de uma rede de relações e laços de dependência entre os vários estratos socias. Os reis ou suseranos desejavam controlar e assegurar a fidelidade dos senhores mais poderosos. As camadas sociais mais baixas da população interessava-lhes a proteção que poderiam obter dos Doc. 13 – As relações de senhores. dependência na sociedade feudal.
  • 15. Esta ligação era formalizada através do contrato de vassalagem entre um suserano (rei ou senhor feudal) e um vassalo que incluía obrigações e deveres mútuos e era realizado através de uma cerimónia, da qual faziam parte três atos simbólicos: • A Homenagem – em que o vassalo se ajoelhava perante o suserano; • O Juramento de Fidelidade – em que o vassalo se comprometia a ser fiel; • A Investidura – que consistia na entrega ao vassalo de um objeto que simbolizava o acordo efetuado e a entrega do feudo.