Este documento analisa os microclimas em duas áreas da Bacia Aérea II do Rio de Janeiro, comparando as diferenças de temperatura e umidade em função do uso do solo. Ele propõe que o crescimento urbano desordenado leva ao aumento da temperatura e diminuição da umidade, criando "ilhas de calor". Sugere que o planejamento urbano sustentável e o aumento de áreas verdes podem ajudar a minimizar esses efeitos.
1. Título do Trabalho Objetivo : analisar os microclimas na Bacia Aérea II do Estado do Rio de Janeiro, mostrando as diferenças termo higrométricas e de conforto humano em função das diversas formas de uso do solo dentro de uma mesma sub-região e compreender como a urbanização atua modificando o clima desta área. Método : analisar as medições de temperatura e umidade num perfil de 24 horas em dois pontos distintos, porém dentro da mesma bacia aérea: nos bairros da Taquara, que pertence à região administrativa de Jacarepaguá, e Recreio, pertencente à região administrativa da Barra da Tijuca. Os resultados obtidos serão comparados considerando as taxas de ocupação do solo e de conforto térmico humano em função das diversas formas de uso do solo, visando identificar a existência de microclimas urbanos em função das análises das diferenças entre os valores de temperatura e umidade relativa do ar, encontradas nos pontos analisados. Com os resultados será possível delimitar o cenário climático da sub-região e a correlação com o processo de urbanização.
2. Contextualização do Problema O crescimento das cidades, de forma desordenada, tem contribuído para que ocorram transformações significativas no clima, como o aumento da temperatura, mudanças na direção e velocidade dos ventos, intensificação do efeito estufa, surgimento de ilhas de calor e diminuição da umidade relativa do ar. Todos esses efeitos tornam desagradável qualquer ambiente, contudo é necessário que se compreenda que há mudanças a serem feitas, e estas devem ser realizadas o quanto antes para que possamos, ao longo de algumas décadas, conviver em harmonia com o meio ambiente. A preocupação com a qualidade ambiental urbana deve estar inserida em todo processo de urbanização, seja ele acelerado ou não, considerando assim o estudo da climatologia urbana um instrumento importante no processo de planejamento das cidades como também na busca de estratégias de amenizar os problemas climáticos urbanos já existentes.
3. Problema Foco Um obstáculo para o desenvolvimento sustentável é o crescimento urbano sem planejamento dessas regiões, que tem como ponto principal o aumento da frota veicular denominada fontes móveis de emissão de poluentes, essas fontes somadas fazem com que uma das principais vias de acesso na região - a Avenida das Américas - se torne a 2a. maior em emissão de poluentes do ar na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, perdendo somente para a Avenida Brasil que por sua vez conta com um fluxo intenso de veículos pesados que não são permitidos em outras vias de tráfego. As emissões móveis geradas nas vias de tráfego da Região em estudo somadas com o crescimento imobiliário sem os devidos planejamentos podem gerar diversos problemas, um deles chamado ilhas de calor. Sua formação ocorre em razão do aumento da temperatura de uma determinada área urbana se comparada com outras localidades.
4. Propostas 1 - Com o intuito de minimizar o efeito das ilhas de calor urbano, a presença de áreas verdes nas cidades está relacionada com a melhoria da qualidade de conforto térmico. Além de contribuir para o microclima das cidades, a vegetação urbana tem influência no comportamento social, na poluição do ar, no amortecimento no nível de barulho e na estética das cidades (GIVONI, 1976). 2 - Construções mais sustentáveis possível desde o planejamento visando o traçado urbano que pode determinar a melhor orientação dos lotes e em consequência o aproveitamento da radiação solar e dos ventos tanto no edifício como na malha urbana.