O documento discute temas como ética na educação, a importância da escola como espaço de diálogo e intercâmbio, e apresenta a experiência inovadora da Escola da Ponte em Portugal, que não segue o modelo tradicional de ensino.
2. Reflexões sobre a escola
Ética Prática reflexiva da liberdade;
Escola Instância social e institucional;
Ruptura
processual
Apropriação de códigos e
sinais do seu tempo
Reformulação, invenção
3. ...
Escola de autoridade e disciplina
para o diálogo e
intercâmbio
Reformulação, “É muito mais cômodo para
invenção; um educador ser autoritário
em classe porque a
prepotência não exige
competência (…)” (FREIRE
POIS apud Eizirik, 2001, p.68)
5. ...
“(...) educadores são como velhas árvores.
Possuem uma face, um nome, uma 'estória' a ser
contada. (…) E a educação é algo para acontecer
neste espaço invisível e denso, que se
estabelece a dois. (…) Mas os 'professores',
onde o 'educador' pouco importa, pois o que
interessa é um critério cultural,(...) para fins
institucionais, nenhuma diferença faz aquele que
ministra (…) professores são entidades
'descartáveis'.”
(EIZIRIK, 2001, p. 69)
6. ...
• Proposta para repensar a desordem!
• o processo!
• envolver o corpo inteiro no
aprendizado!
7. Relação
Relação Viagem dangerosíssima
de Drummond;
Moral x Ética
8. ...
Moral x Ética
Moral mais ampla do que ética;
Moral oposta ao físico (ciências
morais – produções do espírito);
Dimensão ética da existência
abarca as relações com o outro;
9. Ética
Ethos Convite
Morada Troca
Cuidado
Está sempre em construção;
Desafio!
10. ...
Morada
Escola:
Ponto aglutinador de hábitos,
costumes, formas de ser,
constituir sujeitos;
Influencia aluno, que, por sua
vez, atinge a família.
11. ...
Construção de saberes e
Ética poderes sobre si e os
outros;
relações de forças
Ponto estratégico nas relações interpessoais
Escolhas!
12. ...
Ponto de partida
Assumir Condimento
responsa- ESCOLHAS vital
bilidades
Prática reflexiva da liberdade
13. Sua Majestade, o folclore
• Sebastião Rocha é antropólogo,
folclorista e educador popular. Usa jogos
e brincadeiras em aulas de matemática,
geografia, história...e o folclore em aulas
de cidadania e sexualidade;
• Quando criança, Tião como é conhecido,
sofria preconceito por gostar de
compartilhar particularidades de sua
família e vivência, como a história da “tia
rainha”.
14. ...
Conhecimento tradicional x
Conhecimento Científico
• A partir disso, ousou quando teve
possibilidade de usar novas abordagens,
inclusive o folclore, que era considerado
sem valor de aprendizado por não ser de
estudo científico.
15. ...
Terceirizar problemas
Tião sempre questiona se todos os métodos
já foram tentados: “Só no dia em que
esgotarem as oportunidades de educar
seus alunos é que a escola pode terceirizar
sua função social e dizer que o problema é
do desempenho ou da crise."
17. Escola da Ponte
A EBI Aves/São Tomé de Negrelos,
popularmente referida apenas como
Escola da Ponte, é uma instituição pública
de ensino, localizada em Vila das Aves, no
Distrito do Porto em Portugal.
18. ...
"Contei sobre a escola com que sempre
sonhei, sem imaginar que pudesse existir.
Mas existia, em Portugal...Quando a vi,
fiquei alegre e repeti, para ela, o que
Fernando Pessoa havia dito para uma
mulher amada: 'Quando te vi, amei-te já
muito antes...' "
Rubem Alves
19. Escola da Ponte e Nova Escola
• José Pacheco, educador português não
é o primeiro - e nem será o último - a
desejar uma escola que fuja do modelo
tradicional;
• O professor Zé, como gosta de ser
chamado, é que trata a entrevista
concedida à NOVA ESCOLA em São
Paulo, abril/2004.
20. ...
A Escola da Ponte é bem diferente das
tradicionais. Como ela funciona?
JOSÉ PACHECO Lá não há séries, ciclos,
turmas, anos, manuais, testes e aulas.
Existem salas de aula?
PACHECO Não há salas de aula, e sim
lugares onde cada aluno procura pessoas,
ferramentas e soluções, testa seus
conhecimentos e convive com os outros.
21. ...
A arquitetura mudou para acompanhar o
sistema de ensino?
PACHECO Não. Aliás, isso é um
problema. Nosso sonho é um prédio com
outro conceito de espaço.
Os professores precisam de formação
específica para lecionar lá?
PACHECO Não. Eles têm a mesma
formação que os de outras instituições.
22. ...
Como os novos professores se adaptam à
proposta da escola?
PACHECO Há profissionais que estiveram
sozinhos em sala durante anos e quando
chegam constatam que sua formação e
experiência servem para nada.
23. ...
Qual o perfil dos alunos atendidos pela
Escola da Ponte?
PACHECO Eles têm entre 5 e 17 anos.
Cerca de 50 (um quarto do total) chegaram
extremamente violentos, com diagnósticos
psiquiátricos e psicológicos.
24. ...
Como os estudantes vindos de outras
escolas se integram a um sistema tão
diferente?
PACHECO Não é fácil. Há crianças e
jovens que chegam e não sabem o que é
trabalhar em grupo. Não conhecem a
liberdade, e sim, a permissividade.
25. ...
A escola nem sempre seguiu uma
proposta inovadora. Como ocorreu a
transformação?
PACHECO Até 1976, a escola era igual a
qualquer outra de 1ª a 4ª série. Cada
professor ficava em sua sala, isolado com
sua turma e seus métodos. Não havia
comunicação ou projeto comum. O
trabalho escolar era baseado na repetição
de lições, na passividade.
26. ...
Qual é a relação dos pais com a escola?
PACHECO Eles participam conosco de
todas as decisões. Se nos rejeitarem,
teremos de procurar emprego em outro
lugar.
Como sua escola é vista em Portugal?
PACHECO Há uma grande resistência em
aceitar o nosso modelo, que é baseado em
três grandes valores: a liberdade, a
responsabilidade e a solidariedade.
27. ...
Qual é o segredo de sucesso da proposta
seguida pela Ponte?
PACHECO Nós acreditamos que um
projeto como o nosso só é viável quando
todos reconhecem os objetivos comuns e
se conhecem.
28. ...
O modelo da Escola da Ponte pode ser
seguido por outras escolas?
PACHECO Não defendo modelos. A
Escola da Ponte fez o que as outras
devem e podem fazer, que é produzir
sínteses e não se engajar em um único
padrão.
29. ...
Hoje a escola pode funcionar sem o
senhor?
PACHECO Fui e continuo sendo um
intermediário. Não tenho mérito por isso,
apenas cumpro a minha missão.
"Percebi que na engenharia teria menos a
descobrir, enquanto na educação ainda
estava tudo por fazer.” (José Pacheco)
30. ...
"Será indispensável alterar a organização
das escolas, interrogar práticas
educativas dominantes. É urgente
interferir humanamente no íntimo das
comunidades humanas, questionar
convicções e, fraternalmente,
incomodar os acomodados“
(José Pacheco)
31. Referências Bibliográficas
EIZIRIK, M. Educação e escola: a aventura
institucional. Porto Alegre: AGE, 2001, p. 67-
75
José Pacheco e a Escola da Ponte. Disponível
em <
http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formaca
>. Acesso em: 28 set 2012
Sua Majestade, o folclore. Disponível em <
http://www.educacional.com.br/entrevistas/entrevi
>. Acesso em: 28 set 2012