2. CIVILIZAÇÃO
Sentidos:
1. “Bons modos”, hábitos de civilidade, intelectualidade,
estado ou estágio de avanço cultural...
2. Produto material e cultural
da ação humana:
Organização social, política e
simbólica.
TODAS AS CULTURAS PODEM SER
CONSIDERADAS CIVILIZADAS
3. CIVILIZAÇÃO
Revolução neolítica: Agricultura, pecuária,
sedentarização e concentração social
Formação das primeiras aldeias, dotadas de
características como: Limites de perímetros definidos,
separação entre campos agrícolas e pastos das áreas
de concentração habitacional, depósitos, cemitérios...
Cidades pré-históricas já eram vistas mesmo na
Eurásia, a exemplo de Çatalhuyuk (Turquia) ou
Lepenski Vir (Sérvia)
5. CIVILIZAÇÃO Entre a Europa, a Ásia e a
África, numa região
conhecida como Crescente
Fértil, foram desenvolvidas
algumas das primeiras
civilizações. A região atraía
a migração de povos
nômades que foram
fixando-se às margens de
grandes rios, onde
passaram a desenvolver
atividades e formar
comunidades complexas.
6. CIVILIZAÇÃO
As primeiras civilizações da
região dependiam dos
regimes de enchentes dos
rios e suas atividades eram
coordenadas pelo Estado,
instituição que se
desenvolvia por ocasião do
processo de transformação
das condições.
7. MESOPOTÂMIA
Localização: entre os rios
Tigre e Eufrates, numa
região desértica cercada
pela planície da Arábia e o
Planalto do Irã.
Características: clima árido,
relevo montanhoso.
• Norte: Assíria
• Centro: Acádia
• Sul: Suméria
8. MESOPOTÂMIA
Desde a pré-história
(aproximadamente 10.000
a.C.) o sul da Mesopotâmia
já atraía povos nômades,
que encontravam na área
condições adequadas
de sobrevivência.
Vista aérea geral da
Mesopotâmia e vista do
delta dos rios Tigre e
Eufrates.
9. OS SUMÉRIOS
Originários da região centro-asiática, os sumérios se
estabeleceram na região sul da Mesopotâmia
(Sumer/Suméria) antes do IV milênio a.C.
Desenvolveram a primeira civilização complexa e
construíram as primeiras cidades-estados. Entre estas
cidades estavam Ur, Uruk, Lagash, Eridu. Cada cidade era
governada por um patesi (rei) e possuía estruturas de
fortificação.
Os sumérios desenvolveram a roda, o arado de cobre,
utilizaram a força animal para o transporte, construíram
canais de irrigação e diques.
12. OS SUMÉRIOS
Escrita:
Inicialmente era empregada uma escrita pictográfica (com
pictogramas/figuras), que associava imagens a palavras e
ideias. No sul da Mesopotâmia foram identificados
registros de aproximadamente 4.000 aC, sendo evoluídos
(cerca de 3.000 aC) para a escrita denominada Uruk IV.
13. OS SUMÉRIOS
Escrita:
Escrita cuneiforme: Por volta de 2.500 aC a escrita evoluiu
para uma expressão mais sofisticada, empregando
símbolos em forma de cunha. Esta evolução podia
expressar conteúdos mais complexos.
14. OS SUMÉRIOS
Escrita:
Utilizando um
instrumento, a cunha,
os sumérios
registravam sua escrita
em blocos ou tabletes
de argila.
Posteriormente
passaram a esculpir
em rochas.
15. OS SUMÉRIOS
Escrita:
A escrita na
Mesopotâmia passou
por transformações e
aperfeiçoamentos ao
longo dos tempos.
17. O IMPÉRIO BABILÔNICO
Os avanços da civilização caminharam
para a formação de um império. Os
sumérios foram dominados pelos
acádios (aprox. 2.300 aC), que
unificaram seus domínios.
Posteriormente os amorritas
formaram o Antigo Império da
Babilônia. O império existiu entre
1800 a 1600 anos aC. Sargão I, rei acádio que
unificou os domínios da
Mesopotâmia
18. O IMPÉRIO BABILÔNICO
Durante a existência do império
implantado pelos amorritas (o
Primeiro Império Babilônico), houve
intenso desenvolvimento territorial,
ampliação da produção agrícola e
unificações linguística e religiosa. O
mais destacado monarca do período
foi Hamurabi, reconhecido também
pela atribuição do código legal que
recebe seu nome (O Código de
Hamurabi). O imperador Hamurabi
19. O IMPÉRIO BABILÔNICO
O Código de Hamurabi
Frequentemente apontado
como mais antigo código legal
(embora outros tenham existido
antes mesmo na Mesopotâmia),
era baseado no princípio que
posteriormente os romanos
qualificaram como lex talionis
("lei idêntica"), consagrado pela
máxima "olho por olho, dente
por dente".
20. O IMPÉRIO BABILÔNICO
ALGUNS DOS 282 DISPOSITIVOS DO CÓDIGO DE HAMURABI
• §1 - Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem
não puder provar, então aquele que enganou deve ser condenado à
morte.
• §6 - Se alguém roubar a propriedade de um templo ou corte, ele deve ser
condenado à morte, e também aquele que receber o produto do roubo
do ladrão deve ser igualmente condenado à morte.
• §21 - Se alguém arrombar uma casa, deverá ser condenado à morte na
frente do local do arrombamento e ali ser enterrado.
• §128 - Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver
elações com ela, esta mulher não será esposa dele.
• § 131- Se um homem acusar a esposa de outrem, mas ela não for
surpreendida com outro homem, ela deve fazer um juramento e então
voltar para casa.
21. O IMPÉRIO BABILÔNICO
• §153 - Se a esposa de um homem tiver matado por outro homem a
esposa de outrem, os dois deverão ser condenados à morte.
• §154 - Se um homem for culpado de incesto com sua filha ele deverá ser
exilado.
• §157 - Se alguém for culpado de incesto com sua mãe depois de seu pai,
ambos deverão ser queimados.
• §162 - Se um homem casar com uma mulher, e esta lhe der filhos, se esta
mulher falecer, então o pai dela não terá direito ao dote desta moça, pois
tal dote pertencerão aos filhos dela.
• §168 - Se um homem desejar expulsar seu filho para fora de sua casa e
declarar frente ao juiz que "Quero expulsar meu filho de casa", então o
juiz deve examinar as razões deste homem. Se o filho for culpado de falta
pequena, então o pai não deve expulsá-lo.
• §185 - Se um homem adotar uma criança e der seu nome a ela como
filho, criando-o, este filho não poderá ser reclamado por outrem.
22. O IMPÉRIO BABILÔNICO
• §192 - Se o filho de uma amante ou prostituta disser ao seu pai ou mãe
adotivos: "Você não é meu pai ou minha mãe", ele deverá ter sua língua
cortada.
• §195 - Se um filho bater em seu pai, ele terá suas mãos cortadas.
• §196 - Se um homem arrancar o olho de outro homem, o olho do
primeiro deverá ser arrancado [Olho por olho].
• §199 - Se ele arrancar o olho do escravo de outrem ou quebrar o osso do
escravo de outrem, ele deve pagar metade do valor do escravo.
• §209 - Se um homem bater numa mulher livre e ela perder o filho que
estiver esperando, ele deverá pagar 10 shekels pela perda dela.
• §210 - Se a mulher morrer, a filha deste homem deve ser condenada à
morte.
23. O IMPÉRIO BABILÔNICO
• §244 - Se alguém contratar um boi ou um asno, e o animal for morto por
um leão, a perda será do proprietário.
• §245 - Se alguém contratar gado, e animais morrerem por mal
tratamento, a pessoa deverá compensar o proprietário, animal por
animal.
• §257 - Se alguém contratar um trabalhador, ele deve receber ao menos 8
"gur" de cereais por ano.
• §282 - Se um escravo disser a seu patrão " Não és meu mestre" e for
condenado, seu mestre deve cortar a orelha do escravo.
O Código não dispõe do parágrafo 13 propositalmente, pois o
número indicava má sorte
Os parágrafos 66 a 99 não são conhecidos, pois não constam no
registro exposto
24. OS ASSÍRIOS
Vindos do norte da Mesopotâmia, os assírios eram
habituados à guerra. Utilizavam armas de metal e eram
caracterizados pela crueldade militar. Eram combatentes
profissionais.
O centro do império passou a ser a cidade de Nínive
(Ninrud), no norte da Mesopotâmia e às margens do
Tigre e os domínios assírios chegaram a compreender
também a Síria, a Palestina, a Fenícia e o Egito.
O império durou de 1.200 até 612 aC.
25. OS ASSÍRIOS
Após a morte de Assurbanipal o
império entrou em decadência e foi
derrotado pelos caldeus.
O violento e cruel imperador
Assurbanipal.
“Por meio de batalhas e da carnificina,
eu tomei a cidade. Passei pelas armas
trezentos de seus guerreiros, muitos
atirei ao fogo e fiz um grande número
de prisioneiros vivos. De uns cortei as
mãos, de outros os narizes e as orelhas
e de muitos furei os olhos”.
28. O SEGUNDO IMPÉRIO BABILÔNICO
Os caldeus reconstruíram a cidade de
Babilônia, que voltou a ser o centro do
império. Durante este período o
império chegou a expandir ao máximo
sua força na região. Dominaram os
fenícios e os hebreus (Cativeiro da
Babilônia).
Babilônia era a maior e mais rica
cidade do Mundo Antigo até então e o
império existiu de 612 a 539 aC. Entrada de Babilônia
29. O SEGUNDO IMPÉRIO BABILÔNICO
Nabucodonosor II é
apontado como principal
soberano babilônico, tendo
sido atribuídas a ele
importantes intervenções e
realizações no auge do
império.
30. O SEGUNDO IMPÉRIO BABILÔNICO
O Portal de
Ishtar no
Museu
Pergamon,
Berlim,
Alemanha
34. CULTURA, ESTADO E SOCIEDADE
A grandiosidade do imperial exigiu uma organização
administrativa através da divisão do território em
províncias. Nobres, guerreiros, sacerdotes e comerciantes
formavam a elite da sociedade, sustentada pelo trabalho
de camponeses, trabalhadores urbanos (artesãos) e
escravos.
A religião era politeísta e os deuses universais e locais que
eram bons ou maus – as vezes sem distinção. Também
cultuavam demônios e espíritos da natureza.
Não era corrente a separação entre o Estado e da fé.
35. CULTURA, ESTADO E SOCIEDADE
Economia
Agricultura com grande produção de cereais, de frutas,
hortaliças e leguminosas;
Pecuária variada, com intensa produção de derivados
laticínios e lã;
Produção artesanal ceramista, ourivesaria, tecelagem,
madeireira, metalúrgica;
Prática de trocas diretas e comércio em espécie, fluxos
comerciais externos por meio de caravanas de
negociantes.
36. CULTURA, ESTADO E SOCIEDADE
Sociedade e divisão do trabalho
Forte estratificação e hierarquização social;
Intensa cobrança de tributos sobre os súditos;
Controle estatal da produção e distribuição de recursos
alimentares.
37. CULTURA, ESTADO E SOCIEDADE
Eannatum, rei de Lagash,
trazando escravos para seu
povo (aproximadamente
2.000 aC, no Museu do
Louvre, Paris)
38. CULTURA, ESTADO E SOCIEDADE
Religião
Divindades dotadas de qualidades e defeitos humanos;
As cidades podiam possuir suas divindades locais;
A relevância específica das divindades variou conforme a
época;
Construção de um rico e variado conjunto de mitos.
39. CULTURA, ESTADO E SOCIEDADE
Religião
Marduk – Deus de Babilônia
e herói mitológico
Ishtar – Deusa do amor, filha
da deusa Sin (Lua)
40. CULTURA, ESTADO E SOCIEDADE
Religião
Nergal – Senhor do reino dos
mortos
Ninurta – Deus da guerra
41. CULTURA, ESTADO E SOCIEDADE
Religião
Rainha da Noite – Deusa do
sexo e da fertilidade
Homem-Touro – Demônio
que ajuda o deus do Sol,
Shamash
42. CULTURA, ESTADO E SOCIEDADE
Religião
Escorpiões – ajudantes de
Shamash e protegem os
homens
Tiamat – demônio destruidor
43. CULTURA, ESTADO E SOCIEDADE
Artes e ciências
Desenvolveram estudos de astronomia, desenvolvendo a
noção de semana de sete dias, dias divididos em horas,
minutos e segundos. Sua matemática desenvolveu a
operação de multiplicação e sua geometria era já bastante
avançada.
Ligado à religião, a astrologia utilizava signos do zodíaco,
apelavam para interpretação de sonhos, adivinhações
através de voo de pássaros e entranhas de animais.