O documento discute a preocupação com a próxima safra de café no Brasil devido à demora nas chuvas nas principais regiões produtoras. Meteorologistas preveem que as áreas continuarão secas por mais 15 dias e só depois receberão chuvas normais. O atraso nas chuvas eleva os preços do café e ameaça reduzir a produção da safra 2015/2016 no Brasil, maior produtor mundial.
1. CLIPPING – 07/10/2014
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Demora nas chuvas aumenta preocupação com a próxima safra de café do Brasil
Thomson Reuters
07/10/2014
Por Roberto Samora; com reportagem adicional de Luc Cohen em Nova York e Reese Ewing em São
Paulo
Reuters - Uma demora para o desenvolvimento das chuvas nas principais áreas de café arábica do
Brasil, num mês em que normalmente ocorre a principal florada para a próxima safra no maior
produtor global, eleva as preocupações com a colheita de 2015/16, catapultando os preços nesta
segunda-feira.
As áreas de café deverão continuar secas em sua maioria nos próximos 15 dias, e só depois disso
receberão níveis normais de precipitações, ao final de outubro, disseram meteorologistas nesta
segunda-feira.
O café em Nova York começou a semana com alta de quase 10 por cento, para uma máxima de mais
de dois anos e meio de 2,255 dólares por libra-peso, com o mercado reagindo a previsões climáticas
numa situação de grande déficit hídrico nas regiões produtoras brasileiras, após os cafezais terem
sofrido com estiagem atípica no último verão, um dos mais secos da história.
"Cada dia sem chuva, a sede aumenta, e está caindo muita
folha dos cafezais... está desfolhando os pés de café e
secando os ramos... Uma chuva mais cedo iria manter o
potencial que a gente está estimando... Se demorar muito
a chover, só Deus sabe...", afirmou o agrônomo José Braz
Matiello, da Fundação Procafé, órgão de pesquisa do setor
cafeeiro.
A safra de café arábica 2015/16 do Brasil tem potencial,
segundo o pesquisador, para 27 milhões a 29 milhões de
sacas de 60 kg, e a de café robusta ficaria entre 13
milhões e 14 milhões de sacas.
Para Matiello, haveria uma estabilidade na produção total do próximo ano ante 2014/15, para 43
milhões de sacas, mas muito em função de um crescimento da safra de café robusta. "O divisor de
águas aí é o conilon (robusta), aparentemente está bom."
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vê uma safra 14/15 acima da previsão da
fundação, em 45 milhões de sacas, sendo 32 milhões de arábica.
Matiello, que esteve recentemente no Sul de Minas, principal região produtora de café do Brasil, disse
que a situação ainda é crítica com relação às floradas para 2015.
"Tem lugares que não abriu flor, outros abriu um pouco, outros abriu normal, as lavouras estão
murchas, isso na principal área produtora".
Segundo o pesquisador, uma vez que a florada ainda não está estabelecida na maioria das regiões, é
cedo para afirmar se o potencial vai ser alcançado ou não.
EFEITO DA SAFRA ANTERIOR
Ele disse ainda que as lavouras que não frutificaram na última safra ou que passaram por poda
anteriormente têm maior potencial produtivo, mas, claro, precipitações são necessárias de qualquer
modo. “As lavouras que estavam podadas, que descansaram da produção, elas estão com nível de
folha suficiente, desde que chova para abrir a flor...", disse.
Conselho Nacional do Café – CNC
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2. Quando os preços do café estavam em níveis muito baixos, antes mesmo da seca do início do ano,
muitos cafeicultores optaram pela poda, praticamente abrindo mão da safra 2014 e visando uma
produção maior em 2015.
O gerente de Desenvolvimento Técnico da Cooxupé, a maior cooperativa de
cafeicultores do Brasil, Mário Ferraz, lembrou que a próxima safra já seria uma de
baixa no ciclo bianual do arábica, e que muitas das lavouras, embora não tenham
produzidos bons frutos por conta da seca, tiveram uma frutificação intensa em 14/15.
"Se essa chuva demorar para vir, o déficit hídrico vai se agravar... já seria um ano de
safra mais baixa, principalmente no Sul de Minas... quanto mais demorar, mais vai se
agravar, com certeza vai ter prejuízo, as lavouras estão depauperadas", afirmou Ferraz, evitando
fazer estimativas.
Café: quebras são de 35% a 40% na região de Espírito Santo de Pinhal (SP)
Notícias Agrícolas
07/10/2014
Jhonatas Simião
A safra de café da Coopinhal, em Espírito Santo do Pinhal (SP), já foi encerrada e, mesmo com todos
os cuidados dos produtores, a cooperativa registrou quebras de 35% a 40% nas cidades atendidas
devido à falta de chuva e às altas temperaturas.
Segundo o engenheiro agrônomo da Coopinhal, Celso Scanavachi, a expectativa era receber de 120
a 125 mil sacas. No entanto, a cooperativa recebeu até o momento apenas cerca de 70 mil. “A
quebra foi acima da expectativa, apenas algumas áreas de serra, onde se tem clima mais ameno,
que tivemos uma perda menor, mas não deixou de ser menos que 20%”, afirma. Os cafezais irrigados
também já começam a registrar queda de produção.
A expectativa para a próxima safra é que os números sejam ainda menores. “Nós já sabemos que a
safra 2015 será baixa porque a lavoura vem com crescimento de ramo deficitário”, diz. Sem chuvas,
os cafeicultores também não conseguem realizar adubação nas plantas.
A região recebeu nos últimos dias floradas inexpressivas, mas os produtores têm dúvidas quanto ao
‘pegamento’. “Tudo depende do que vamos ter de umidade suficiente para o crescimento desses
chumbinhos daqui para frente”, afirma Scanavachi.
Com índice de chuva deficitário a planta precisa cada vez mais de água para manter o chumbinho. “A
planta usa a água para tentar salvar sua constituição física e joga o fruto fora para tentar se
reconstituir”, explica o engenheiro agrônomo.
No ano passado, quando a seca também afetou a região, o chumbinho já estava definido. No entanto,
neste ano ainda não, visto que a seca perdura desde o início do ano. Segundo Scanavachi, a safra
de 2015 pode ser 20% menor que a atual.
BSCA realiza série de ações promocionais na Rússia
P1 / Ascom BSCA
07/10/2014
Paulo A. C. Kawasaki
Neste ano, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) participou de importante evento na
Rússia, mercado que registra uma crescente aceitação pelos cafés especiais do Brasil. Nos dias 15 e
16 de setembro, a entidade esteve, pela primeira vez, na United Coffee & Tea Industry Event. Os
associados da BSCA fizeram uma série de contatos com potenciais clientes, visando à possibilidade
de parcerias e aproveitando a vantagem de o Brasil ser o único país produtor presente no evento.
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3. A diretora executiva da Associação, Vanusia Nogueira,
ministrou palestra para uma plateia com 23 russos do setor
cafeeiro e muitos profissionais da imprensa – importantes
para a formação de opinião – a respeito dos cafés
especiais do Brasil, a qual teve uma repercussão, segundo
ela, bastante interessante.
Além disso, foram realizadas duas sessões de prova e
degustação profissional do produto nacional, as quais
despertaram o interesse do público russo, causando até fila do lado de fora do espaço. “Esse feito
demonstra uma grande evolução do profissional da Rússia com relação aos critérios e métodos de
seleção de cafés especiais”, destaca.
BSCA NA RÚSSIA II
Em seu trabalho desenvolvido na passagem pela Rússia, no mês passado, a BSCA também marcou
presença na 23ª edição da maior feira de alimentos e bebidas daquele país, a World Food Moscow,
que ocorreu entre 15 e 18 de setembro. Realizada na capital russa, a feira contou com cerca de 30
mil visitantes, os quais puderam conhecer e apreciar os nossos cafés especiais em um dos dois
pavilhões brasileiros no local.
Por não ser um evento específico sobre café, a World Food Moscow não se trata de um ambiente
para prospectar vendas de fato. Assim, a BSCA focou sua participação na apresentação dos cafés
especiais brasileiros para o público consumidor local entender que existe esse produto superior. Além
disso, o associado Baggio Café contribuiu com a promoção de cafés torrados, o que também
possibilitou a realização de alguns contatos comerciais.
BSCA NA RÚSSIA III
A passagem da Associação Brasileira de Cafés Especiais pela Rússia também contou com uma visita
a Vladivostok, realizada em conjunto com a Kafema, parceira da Associação nessa região, de 17 a 21
de setembro.
Com o objetivo de promover e representar os cafés especiais brasileiros de seus associados, a BSCA
realizou sessões de provas durante dois dias, nas quais os produtos foram apresentados aos
profissionais locais do setor e aos convidados em geral.
“Transmitimos informações sobre as características e a sustentabilidade dos cafés especiais
brasileiros a aproximadamente 25 pessoas em cada sessão. Essa ação promocional gerou interesse
do público, principalmente por esta ser a primeira visita de produtores a Vladivostok”, destaca.
Vanusia conclui citando que esse trabalho foi de grande valia, “pois a aproximação traz uma interação
a partir de agora”.
Café: comercialização da safra 2014 chega a 47% no Paraná, aponta Deral
Agência Safras
07/10/2014
Fábio Rübenich
O Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado do Paraná, acompanha a comercialização da safra 2014
de café. Segundo levantamento semanal do Deral, o índice de produção de café já
comercializada no estado alcança 47 por cento até 06 de outubro, contra 45 por
cento na semana anterior, 29 de setembro.
O Deral indica que foram colhidas apenas 30.403 toneladas (506,7 mil sacas de 60 quilos) de café
em 2014, com queda de 70 por cento em comparação à safra anterior, em uma área de 33.593
hectares (recuo de 48 por cento). A produtividade dos cafezais foi de 905 quilos de café por hectare
cultivado, 41 por cento a menos que em 2013 (1.531 quilos por hectare).
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4. As geadas do ano passado e ainda a estiagem do último verão reduziram a produtividade dos
cafezais paranaenses, também com muitas lavouras sendo podadas e erradicadas.
Colômbia: cafés especiais em alta
Valor Econômico
07/10/2014
A Colômbia pretende dobrar suas exportações de cafés
especiais para aproveitar a demanda por produtos de
qualidade superior e "exclusivos", afirmou Luis Muñoz
(foto: Reuters/John Vizcaino), diretor da federação de
cafeicultores colombianos, à agência Bloomberg.
Os cafés especiais representam atualmente cerca de 35%
dos embarques colombianos de café. A federação deseja
que essa proporção suba para 70% até 2020.
Um surto de ferrugem do café na América Central também gerou maior procura pelo grão
colombiano, já que o fungo restringe a oferta e provoca alta dos preços lá.
Ontem, o café arábica negociado em Nova York alcançou o maior valor em mais de dois anos, em
meio às incertezas sobre os impactos da falta de chuvas na produção brasileira de 2015. Os lotes
com vencimento em dezembro subiram 6,92% (1.430 pontos), a US$ 2,208 a libra-peso.
Leia mais em: http://www.valor.com.br/agro/3724646/cafes-especiais-em-alta#ixzz3FT71a5Wd
Produção de café da Colômbia sobe 6% em setembro, diz federação
Thomson Reuters
07/10/2014
Luis Jaime Acosta
A produção de café da Colômbia subiu 6 por cento em setembro em relação ao mesmo mês do ano
passado, impulsionada por um aumento na produtividade de plantações mais novas, disse nesta
segunda-feira a Federação Nacional de Cafeicultores.
No nono mês do ano, o país sul-americano produziu 912 mil sacas de 60 quilos, em comparação com
860 mil sacas em setembro de 2013.
Mas a produção caiu em comparação com 1,15 milhão de sacas de agosto.
As exportações cresceram 23 por cento, para 830 mil sacas, informou a organização que reúne
produtores do país sul-americano.
Entre janeiro e setembro, a produção de café da Colômbia cresceu 16 por cento, para 8,83 milhões
de sacas, enquanto as exportações subiram 17 por cento, para 7,91 milhões de sacas.
Nos últimos 12 meses, a produção de café da Colômbia cresceu 22 por cento, para 12,1 milhões de
sacas, enquanto as exportações aumentaram 23 por cento, para 10,8 milhões de sacas, disse a
federação.
A Colômbia é o maior produtor de café arábica lavado. Em 2013, a safra foi de 10,9 milhões de
sacas.
Em 2014, a Colômbia espera colher cerca de 12 milhões de sacas.
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