As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 26,3% em janeiro de 2011 em comparação com o mesmo mês de 2010. O complexo soja foi o item com maior crescimento, seguido por café e carne de frango. Alguns países árabes, como Argélia, Marrocos e Egito, aumentaram significativamente suas importações de produtos agropecuários brasileiros no período.
1. CLIPPING — 14/02/2011
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Exportações do agronegócio crescem 26,3% em janeiro
Ascom Mapa
14/02/2011
Laila Muniz
O primeiro mês de 2011 manteve a tendência positiva no comércio internacional dos produtos do
agronegócio brasileiro. As exportações em janeiro somaram US$ 5,1 bilhões, resultado 26,3%
superior ao registrado no mesmo período de 2010. Esse é o melhor desempenho para o mês de
janeiro desde 1989, quando teve início a série histórica. O saldo da balança comercial do setor
agropecuário teve acréscimo de US$ 800 milhões, comparando com janeiro de 2010, e alcançou
US$ 3,9 bilhões. Nos últimos 12 meses, os embarques chegaram a US$ 77,5 bilhões, valor recorde
para o período.
Complexo soja (óleo, farelo e grão) foi o item com maior crescimento no mês em valor e volume
exportado, seguido do café e da carne de frango in natura. A receita com a soja em grãos subiu
136,3% e a quantidade embarcada aumentou 123,7%. Os resultados do óleo foram ainda mais
expressivos. O volume exportado saltou 377,8% e o valor foi 531% maior que o verificado em janeiro
de 2010. No total, as exportações do complexo soja totalizaram US$ 598,6 milhões, aumento de
89,3% no período.
Os embarques de café também foram destaque, com receita 65,9% maior que o valor obtido no
primeiro mês do ano passado, alcançando US$ 595,4 milhões. A quantidade embarcada do café em
grãos subiu 23,9% (155 mil toneladas ou 2,58 mil sacas de 60 kg).
O frango in natura foi responsável pelo bom desempenho das exportações de carnes (frango, bovino
e suíno) que somaram US$ 1 bilhão e superaram em quase 20% os números de janeiro de 2010. O
produto rendeu US$ 505 milhões, 51,4% a mais que o valor registrado em janeiro de 2010. O volume
exportado subiu 28%, resultando em 268 mil toneladas comercializadas.
De fevereiro de 2010 a janeiro de 2011, as exportações cresceram 19,8% na comparação com o
período de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010, quando a receita fechou em US$ 64,7 bilhões.
Os setores que mais contribuíram para esse desempenho foram: complexo sucroalcooleiro (38,5%),
produtos florestais (29,5%) e carnes (16,3%).
Destinos – Os países em desenvolvimento são os que mais têm ampliado as importações dos
produtos agropecuários do Brasil. Destaque para China (94,3%), Argélia (126,7%), Marrocos (108%),
Egito (83,6%) e Rússia (44,9%). Espanha (84,3%), França (46,5%), Itália (42,2%) e Bélgica (40,9%)
também aumentaram as aquisições do Brasil. Nos últimos 12 meses, as importações chinesas
passaram de US$ 8,8 bilhões para US$ 11,1 bilhões, uma variação de 25,5%. O país asiático é o
principal comprador de produtos do agronegócio brasileiro, com participação de 14%.
Informações detalhadas da balança comercial do agronegócio:
— Nota Completa
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/3470_nota_01_-_2011_(2).doc
— Resumo da balança
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/3471_bal_resum_-_janeiro_2011.xls
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2. SP: decreto do governo cria projeto inovador de financiamento
Ascom SAA/SP
14/02/2011
Durante almoço na BM&F Bovespa, nesta segunda-feira (14/02), na capital paulista, o governador
Geraldo Alckmin assinou decretos para a criação de linhas de crédito e subvenções aos produtores.
O principal deles e pioneiro no país foi o projeto de financiamento do custeio agropecuário atrelado a
contrato de opção, no qual o Governo do Estado banca 50% do prêmio pago nos contratos para
exercer o direito da opção.
Com a assinatura do decreto, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento prepara convênio com o
Banco do Brasil para a operacionalização do projeto, o que deve levar mais um mês. O produtor
poderá nos contratos de financiamento, utilizar de instrumentos de seguro de preços na Bolsa e
pagará somente a metade da subvenção do prêmio. Isto é válido para os quatro produtos
comercializados na bolsa, que são milho, soja, café e boi.
O teto de subvenção por produtor é de R$ 24.000,00 e o Governo destina inicialmente R$ 6 milhões
para o pagamento por meio do FEAP (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista), órgão da
Secretaria responsável por crédito e seguro ao produtor com renda bruta anual de até R$ 400 mil.
“É inovador porque ajuda o produtor a fazer o seu hedge (proteção), o qual permite determinar o
nível de preço que vai receber. A partir do momento que ele adquire o direito de exercer a opção, ele
já está protegido. Se o preço cair, ele exerce a opção de venda, se os preços subirem até o
vencimento do contrato, ele entrega a mercadoria com a valorização adquirida. O ônus fica apenas
com os custos do pagamento do prêmio e estes serão pagos 50% pelo Governo do Estado”, explica
o secretário de Agricultura, João Sampaio.
FINANCIAMENTO – O Governador Alckmin assinou também mais 5 decretos criando linhas de
financiamento e subvenção. Aqueles produtores com renda até R$ 400 mil terão apoio para a
aquisição de mudas e sementes certificadas com crédito de até R$ 20 mil, com juros de 3% ao ano e
prazos de cinco anos para pagar.
Também recursos para a plantio de eucalipto, o teto por produtor é de R$ 100.000,00 para o que
chamamos de floresta plantada e com prazos de pagamento condizentes com o ciclo de vida planta,
neste caso até 8 anos para pagar.
BM&FBovespa:subsídio do governo/SP a prêmio em opção será de R$ 6 mi
Agência Estado
14/02/2011
Gustavo Uribe
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou hoje três decretos que beneficiam produtores
agropecuários. O primeiro deles prevê a subvenção de 50% dos prêmios pagos em operações
envolvendo contratos agropecuários na BM&FBovespa, tanto de opção de venda como de compra,
de milho, soja, café arábica e boi gordo. Também foi anunciada a criação de duas linhas de crédito
com recursos do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista para aquisição de mudas e sementes
certificadas. A terceira medida trata do financiamento de plantio de árvores com o objetivo de
aumentar a produção de madeira no Estado.
No caso das operações em bolsa, o teto de subvenção para cada produtor será de R$ 24 mil, de
acordo com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. O governo estadual irá destinar
a essas operações, em um primeiro momento, R$ 6 milhões por meio do Fundo de Expansão do
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3. Agronegócio Paulista (Feap). O restante virá do Banco do Brasil, por meio de uma parceria entre a
instituição financeira e a secretaria.
Em discurso na BM&FBovespa, Alckmin destacou que a medida ajudará os produtores a proteger o
preço de suas mercadorias. Ele afirmou que a iniciativa é pioneira e lembrou que São Paulo foi o
primeiro Estado também a conceder subvenção ao seguro agrícola para pequenos e médios
produtores. Em 2010, a negociação de contratos agropecuários foi recorde na BM&FBovespa,
atingindo 393.969 contratos, número 284% superior aos 102.466 registrados em 2009. Em janeiro,
contudo, houve queda no total de contratos de opção em relação a dezembro. O balanço com base
em informações da BM&F Bovespa mostra que no mês passado a negociação de ativos
agropecuários em contratos de opção caiu de 21.419 em dezembro para 16.539 (-22,7%). Em
relação a janeiro de 2010 (27.472 contratos), houve queda de 39,8%, puxada pela redução de 49,9%
no número de contratos negociados de boi gordo.
Segundo o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, considerando o fato de o Brasil ser um dos
maiores produtores agrícolas do mundo a negociação de contratos de opção no País ainda é
pequena. Ele disse que o decreto do governo paulista dará maior segurança ao produtor, que, com o
contrato de opção, protege o preço da sua safra.
O superintende da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé, Lúcio Dias, disse que a
iniciativa é "extremamente importante" e que os produtores ainda não têm a dimensão das
possibilidades do mercado de opções. No último mês de janeiro, por exemplo, foram negociados
apenas 33 contratos de opção de café arábica. "A maioria dos produtores imagina que o mercado
futuro é uma especulação", afirmou. "Especula quem não participa. Quando o produtor compra
contrato de opção, ele está cobrindo seu custo de produção." De acordo com Dias, o contrato de
opção protege o preço do produto tanto num cenário de queda de cotação quanto de alta exagerada.
Receita diária de embarques atinge US$ 28,3 mi em fevereiro - Secex
Agência Safras
14/02/2011
A receita média diária obtida com as exportações brasileiras de café foi de US$ 31,213 milhões na
segunda semana de fevereiro (dias 07 a 13). A média diária acumulada do mês chegou a US$
28,288 milhões, e vai representando uma elevação de 0,1% na comparação com a média diária de
janeiro, de US$ 28,272 milhões.
Com relação a fevereiro/10, quando a média diária atingira US$ 20,249 milhões, a receita média de
exportações de café de fevereiro de 2011 é 39,7% superior, conforme os dados acumulados até o
dia 13. Os dados partem do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e
foram divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Embrapa RO começa levantamento sobre doenças em cafeeiros
Rondônia Dinâmica
14/02/2011
Kadijah Suleiman /Embrapa
A Embrapa Rondônia começa este mês um levantamento sobre a ocorrência de nematóides
Meloidogyne sp e Pratylenchus sp em cafezais das regiões Norte, Central e Zona da Mata do
Estado. As coletas – de solo e raízes - serão feitas em propriedades rurais dos 18 municípios que
representam 75% da área plantada de café em Rondônia.
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4. “A finalidade é identificar as espécies e as raças mais comuns dentro de cada uma delas”, explica o
pesquisador José Roberto Vieira Junior.
Segundo o pesquisador Cléberson de Freitas Fernandes, entre 2004 e 2007, foi feito um
levantamento preliminar desses dados e a ideia agora é “refiná-los”. A ação faz parte de um projeto
em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), que visa à caracterização de nematóides
em cafeeiros no Brasil.
De acordo com José Roberto, ao mesmo tempo, também serão coletadas amostras de ferrugem do
café, provocada pelo fungo Hemileia vastatrix, para identificação de raças que ocorrem no Estado. O
levantamento, que segue até 2013, também faz parte de um projeto em parceria com a UFV.
“Os resultados alcançados ajudarão no desenvolvimento de programas de combate dessas doenças,
além de subsidiar os programas de melhoramento genético para o lançamento de novas variedades
de cafeeiro em Rondônia”, finaliza o pesquisador.
Crescem exportações do agronegócio brasileiro aos árabes
ANBA
14/02/2011
Três países árabes apresentaram um grande crescimento de suas importações de produtos do
agronegócio brasileiro em janeiro deste ano na comparação com janeiro de 2010. No primeiro mês
deste ano, a Argélia importou 126,7% a mais, enquanto o Marrocos apresentou crescimento de
108% e o Egito de 83,6%.
No geral, os países árabes importaram 10,5% a mais em produtos do agronegócio brasileiro na
comparação entre o primeiro mês de 2010 e janeiro de 2011. Em valores, as exportações do Brasil à
região, no período de comparação, passaram de US$ 499,5 milhões para US$ 552 milhões. Já as
exportações totais do país nos meses analisados cresceram 26,3%. No período, a China, maior
comprador do agronegócio brasileiro, aumentou suas importações do país em 94,3%.
Com US$ 5,1 bilhões exportados em janeiro deste ano, o primeiro mês de 2011 teve o melhor
desempenho para o mês de janeiro desde 1989, quanto teve início a série histórica. O saldo da
balança comercial do setor agropecuário teve acréscimo de US$ 800 milhões, comparando com
janeiro de 2010, e alcançou US$ 3,9 bilhões. Nos últimos 12 meses, os embarques chegaram a US$
77,5 bilhões, valor recorde para o período.
O complexo soja, seguido de café e carne de frango in natura, teve o maior crescimento no mês. A
receita com a soja em grãos subiu 136,3% e a quantidade embarcada aumentou 123,7%. Os
resultados do óleo foram ainda mais significativos. O volume exportado cresceu 377,8% e o valor foi
531% maior que o obtido em janeiro de 2010. No total, as exportações do complexo soja totalizaram
US$ 598,6 milhões, aumento de 89,3% no período.
Os embarques de café foram 65,9% maiores que o valor obtido no primeiro mês do ano passado,
alcançando US$ 595,4 milhões. A quantidade embarcada do café em grãos subiu 23,9% (155 mil
toneladas). Em relação ao frango in natura, foram US$ 505 milhões, 51,4% a mais que o valor
registrado em janeiro de 2010. O volume exportado subiu 28%, resultando em 268 mil toneladas
comercializadas.
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5. Código Florestal: Proposta é avanço e precisa ser votada logo, diz senadora
Coffee Break
14/02/2011
Fonte: Folha de S. Paulo
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil), afirma que a produção de alimentos será atingida se a reforma do Código Florestal não for
aprovada logo.
Folha - A sra. acha que são necessárias mudanças no atual Código Florestal brasileiro?
Kátia Abreu - Sim. Se as atualizações no texto do Código Florestal, propostas pelo substitutivo do
deputado Aldo Rebelo [PC do B-SP], não forem aprovadas pelo Congresso até 12 de junho deste
ano, 90% das propriedades rurais brasileiras terão suas atividades embargadas e ficarão na
ilegalidade. A produção de alimentos será duramente atingida, com graves consequências
econômicas e sociais. Culturas tradicionais, como o arroz do Rio Grande do Sul e grande parte do
café de Minas, deverão ser erradicadas.
Folha - Qual a sua avaliação sobre o substitutivo do deputado Aldo Rebelo?
A proposta tem o mérito de restabelecer o quadro de segurança jurídica no campo. Ouviu a todos e
buscou embasar o novo texto na ciência, adequando o Código Florestal a uma nova realidade. É
fundamental, por exemplo, que a legislação consolide as áreas tradicionalmente ocupadas pela
atividade rural, sem estimular o desmatamento de novas áreas. A suspensão do desmatamento em
áreas de floresta é um dos grandes avanços do projeto.
Folha - É imprescindível que o projeto seja votado logo?
Sim. Ao fixar regras mais claras, sua aprovação proporcionará as condições para que a agropecuária
brasileira continue apresentando ganhos de qualidade e de produtividade, reforçando a preservação
ambiental. A aprovação do novo texto na Câmara permitirá que se cumpra a tramitação antes de 12
de junho, prazo final estipulado pelo decreto 7.029/09, que colocará na ilegalidade a maior parte dos
produtores rurais do país.
Folha - A reforma do Código Florestal afeta as cidades ou vale apenas para ambientes rurais?
O texto vale sobretudo para as áreas rurais. Nos poucos pontos que dizem respeito às áreas
urbanas, remete para a legislação específica.
Cepea: Saca do arábica tipo 6 valoriza mais de R$ 75 neste ano
Cepea/Esalq USP
14/02/2011
Os preços do café arábica têm registrado fortes altas neste ano. Entre 30 de dezembro de 2010 e 10
de fevereiro de 2011, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura ou melhor, posto na
capital paulista, subiu expressivos 18,33%, ou 75,76 reais por saca. Atualmente, a saca de 60 kg
deste tipo de café está valendo quase 210 reais a mais que há um ano – nessa quinta-feira, 10, o
Indicador fechou a R$ 489,10/sc, contra R$ 280,62 no dia 10 de fevereiro de 2010.
Conforme pesquisadores do Cepea, as altas no mercado brasileiro têm sido impulsionadas pelos
freqüentes aumentos nos preços internacionais. Essas elevações, por sua vez, são justificadas pelos
baixos estoques mundiais, pelo consumo crescente e por problemas climáticos em outros países
produtores do grão – como a Colômbia, que novamente deve produzir bem abaixo do seu potencial
produtivo.
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6. Os freqüentes avanços nas cotações brasileiras, contudo, ainda não elevaram expressivamente o
volume de negócios. Segundo pesquisadores do Cepea, diante das fortes altas, produtores
idealizam vender seus lotes de café tipo 6 bebida dura com 20% de catação a R$ 500,00/sc.
Compradores, por sua vez, têm oferecido tais valores apenas para cafés mais finos, abaixo de 15%
de catação.
As altas nos preços do arábica tipo 6 têm impulsionado os valores de outros tipos de grãos. Nos
últimos dias, as cotações do arábica tipo 7 bebida rio têm subido significativamente. Segundo
colaboradores do Cepea, a maioria dos negócios tem sido realizado em torno dos R$ 280,00/saca de
60 kg, preço que era observado para o café tipo 6, bebida dura ou melhor, no início de 2010 – em
termos nominais. Em casos de grãos mais preparados, com um bom percentual de peneira 17/18,
colaboradores do Cepea comentam que negociam acima dos R$ 300,00/sc.
Dada a escassez de grão no mercado disponível, já estão sendo realizados negócios da safra
2011/12. O volume efetivado, no entanto, ainda é pequeno, principalmente de arábica, cuja colheita
deve iniciar em meados de junho. Para o robusta, os trabalhos devem começar em maio. A maioria
das negociações de arábica é para entrega em setembro. Tanto para o arábica quanto para o
robusta, os lotes têm sido negociados um pouco abaixo dos patamares atuais. No Cerrado Mineiro, a
saca de 60 kg do arábica tipo 6, bebida dura, para ser entregue em setembro, é comercializada em
torno de R$ 420,00 a R$ 440,00/saca de 60 kg.
Alta brusca do café gera pressão para renegociar acordos no país
G1/Política
14/02/2011
Reuters / Por Roberto Samora
SÃO PAULO (Reuters) - A forte alta dos preços do café no mercado físico no Brasil nas últimas
semanas está fazendo com que produtores e cooperativas busquem renegociar com compradores
valores fechados em vendas realizadas no passado, para entrega a termo, disseram corretores.
Os preços do café de boa qualidade no mercado brasileiro estão quase o dobro de igual período no
ano passado e tiveram um forte aumento desde o início de 2011, o que aumentou o
descontentamento de produtores que fecharam vendas no ano passado.
O indicador de preços do Cepea, uma importante referência no mercado, aponta a cotação
atualmente em 489 reais a saca de 60 kg (posto na cidade de São Paulo), cerca de 210 reais acima
do registrado no mesmo período do ano passado e quase 80 reais mais alto ante o valor do início de
2011.
'Existem realmente no mercado problemas. Não digo isolados, mas representativos, de renegociação
de contratos', afirmou o corretor Marcus Magalhães, da Maros, com sede em Vitória (ES).
O café arábica vem sendo negociado no mercado nova-iorquino nos maiores valores em quase 14
anos, impulsionando as cotações no Brasil, diante da oferta apertada de café no mundo e da
demanda firme.
'O setor hoje tem vários traumas, seja ele financeiro, seja ele de abastecimento', afirmou, lembrando
que muitos produtores venderam barato o café há alguns meses na comparação com os preços
atuais.
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7. Segundo Magalhães, a alta de preços, em vez de euforia, trouxe 'muito mais apreensão ao
mercado', porque nenhum produtor que vendeu o café durante o ano passado esperava um aumento
tão forte.
E exportadores foram afetados também na medida em que precisam de mais recursos, muitas vezes
acima de seu limite de crédito.
'Você imagina aquele exportador que tinha um limite no banco de 5 milhões de reais... e num
mercado de 250 reais a saca, ele tinha um volume de crédito de 20 mil sacas de café. Hoje a saca é
500, e o limite dele continua 5 milhões, o próprio giro dele foi para 10 milhões, e o banco não
aumentou o limite dele, muito pelo contrário, ele ficou com medo do cara', afirmou Magalhães,
referindo-se ao 'squeeze' financeiro.
Um outro corretor, que pediu para não ser identificado, também comentou que há renegociação.
'O que andei ouvindo e vendo é de cooperativas e comerciantes. Lógico, ninguém fala: 'não vou
cumprir porque sou sem vergonha'. Fala: 'eu não recebi do produtor e não vou cumprir o negócio'.
Ou pedindo um acerto...', afirmou o corretor, destacando que vários casos ocorreram em Minas
Gerais, o maior produtor do Brasil, e em São Paulo.
Exportação – Na área exportadora, embora o corretor Magalhães acredite que exista problemas
para se cumprir entregas, o segundo corretor afirmou apenas que pode ser que haja um ou outro
caso, 'de um pessoal menos capitalizado e menos preparado', pois o Brasil tem tradição de honrar
seus compromissos externos.
Exportadores consultados pela Reuters afirmaram que não há casos de tentativa de renegociação de
contratos para embarques do produto ao exterior, embora um deles, entre os cinco maiores, também
tenha admitido que o problema ocorre na negociação com setor produtivo.
Ao ser questionado sobre o assunto, o diretor-geral do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café
do Brasil, Guilherme Braga, afirmou: 'se tiver algum caso, o que eu não acredito, é muito pontual'.
'Claro que a gente não pode falar em termos 100 por cento, mas pelas conversas que tenho com
exportadores frequentemente, não há esse tipo de situação', acrescentou, lembrando que os
embarques totais de café do Brasil em fevereiro devem ficar somente um pouco abaixo dos de
janeiro, em cerca de 2,6 milhões de sacas. 'O que é normal, já estamos no oitavo mês da safra'.
Também questionado sobre o assunto, o presidente do Conselho Nacional do Café, Gilson Ximenes,
que representa os produtores, disse que pode ser que alguns tenham tentado renegociar contratos,
mas não acredita que alguém tenha conseguido.
'Sempre tem gente tentando, mas é difícil, está vendido, fazer o quê? Seria uma quebra de contrato,
é muito difícil', comentou, acrescentando que ele próprio, um grande produtor, vendeu toda sua safra
por 270 reais por saca no ano passado.
Fundos reduzem saldo comprado na ICE Futures – NY
Agência Safras
14/02/2011
A CFTC (Commodity Futures Trading Comission) divulgou os números do relatório de compromissos
dos traders, com dados até 08 de fevereiro para o café na Ice Futures US. O levantamento mostrou
que os grandes fundos e grandes especuladores apresentavam uma posição líquida comprada
(long) de 39.330 contratos, contra os 40.864 contratos comprados na semana anterior.
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8. Até 08 de fevereiro, as empresas comerciais, como indústrias, casas corretoras e comerciantes,
estavam com uma posição líquida vendida de 44.923 contratos. No total, são 135.590 contratos long
(comprados) e 139.806 contratos short (vendidos). As posições não reportáveis, que representam
pequenos especuladores e negociadores locais, indicam uma posição líquida comprada de 4.216
contratos.
Até a última terça-feira (08), eram 146.637 contratos em aberto no mercado futuro de café arábica da
ICE Futures US, elevação de 4.105 contratos na comparação com a semana anterior (01 de
fevereiro).
Europa: estoque nos portos sobe p/ 10,1 mi sacas em dezembro
Agência Estado
14/02/2011
Gabriela Mello
Os estoques de café mantidos nos portos europeus subiram para 10,1 milhões de sacas de 60 quilos
cada em dezembro do ano passado, mostraram dados divulgados nesta segunda-feira pela
Federação de Café da Europa (ECF, na sigla em inglês).
O volume total estocado no período cresceu 41.871 sacas ante novembro, incluindo um aumento de
76.767 sacas na Antuérpia, onde as reservas agora somam 4,87 milhões de sacas, de acordo com a
federação. Os estoques de Hamburgo e Trieste também foram expandidos em dezembro.
O declínio mais acentuado foi registrado em Gênova, onde a quantia armazenada caiu 78.102 sacas
no último mês de 2010, para 1,09 milhão de sacas. As informações são da Dow Jones.
Empresa Tchibo eleva preços no varejo alemão
Agência Safras
14/02/2011
A companhia varejista alemã Tchibo, operadora de cafeterias, informou que vai elevar os preços de
seus cafés em 0,50 euro por libra-peso, em função das recentes altas nas cotações do café no
mercado mundial. As informações partem de agências internacionais.
Tchibo apontou que a especulação levou a fortes altas nos preços do café arábica, variedade
vendida pela companhia. E informou que demorou o máximo para elevar as cotações aos
consumidores, com o aumento sendo o menor possível. Se as cotações tiverem um ajuste para
baixo adiante, a companhia colocou que vai reduzir os preços ao consumidor final.
Com sede em Hamburgo, a Tchibo opera em mais de 850 lojas na Alemanha.
Dólar tem alta de 0,12% e vai a R$ 1,669 nesta segunda-feira
UOL – Economia
14/02/2011
Com informações da Reuters
A cotação do dólar comercial fechou em alta de 0,12% nesta segunda-feira (14), a R$ 1,669 na
venda. O Banco Central (BC) voltou a realizar dois leilões para a compra de dólares no mercado à
vista, com taxa de corte de R$ 1,669 e R$ 1,668. A operação visa frear a valorização do real frente à
moeda americana.
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9. Bolsas internacionais – As principais ações europeias atingiram a máxima de 29 meses no
fechamento desta segunda-feira. As mineradoras subiram após dados da China, que revelaram forte
demanda por matérias-primas.
Em Londres, o índice Financial Times fechou quase estável com leve baixa de 0,05%. Em Frankfurt,
o índice DAX subiu 0,34%. Em Paris, o índice CAC-40 recuou 0,11%.
As Bolsas de Valores da Ásia avançaram, interrompendo sequência de cinco perdas seguidas em
meio a rumores de dados menores que o esperado de inflação da China, que ajudaram a bolsa de
Xangai a subir ao maior nível em sete semanas.
Os mercados emergentes da Ásia têm apresentado uma das melhores performances após uma
recente onda de preocupações sobre se as autoridades serão bem sucedidas no combate à inflação.
COTAÇÕES DO CAFÉ E DO DÓLAR COMERCIAL NA 2ª-FEIRA
(14/02/2011)
Veja o fechamento do café nas bolsas de Nova Iorque, Londres e São Paulo, bem como o
desempenho do dólar comercial no dia.
COTAÇÕES DO CAFÉ E DO DÓLAR COMERCIAL
ICE Futures US - Nova Iorque (US$ cents por libra peso)
Contratos 11/02/2011 14/02/2011 Diferença (%)
Mar/11 251,95 258,65 6,70 2,66
Mai/11 254,95 261,70 6,75 2,65
Jul/11 256,55 263,30 6,75 2,63
BM&FBOVESPA - São Paulo (US$ por saca de 60 kg)
Contratos 11/02/2011 14/02/2011 Diferença (%)
Mar/11 335,05 335,25 0,20 0,06
Mai/11 331,35 335,50 4,15 1,25
Jul/11 325,75 331,95 6,20 1,90
Liffe - Londres (US$ por tonelada)
Contratos 11/02/2011 14/02/2011 Diferença (%)
Mar/11 2.216 2.239 23 1,04
Mai/11 2.255 2.283 28 1,24
Jul/11 2.272 2.300 28 1,23
Dólar x Real
US$ 11/02/2011 14/02/2011 Diferença (%)
Comercial R$ 1,667 R$ 1,669 R$ 0,002 0,12
Elaboração: P1 Agência de Notícias
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