2. FORMAÇÃO
O nome petróleo significa óleo de pedra e
está relacionado com a maneira que o petróleo é encontrado, em
poços subterrâneos, depositados em rochas porosas
O processo de formação do petróleo começou há milhões de
anos quando restos de plantas e animais mortos se depositaram
no fundo dos mares e foram progressivamente sendo soterrados
e sofrendo transformações químicas bastante especiais e lentas.
Milhares de anos de alta pressão e temperatura foram
necessários para transformar a matéria orgânica em petróleo,
uma mistura de muitas substâncias, principalmente
hidrocarbonetos. Há ainda compostos orgânicos
nitrogenados (contém nitrogênio), sulfurados (contém enxofre) e
oxigenados (contém oxigênio).
3. EXTRAÇÃO
O petróleo é conhecido desde a antiguidade mas só
começou a se extraído em 1859.
Poucos países são responsáveis por quase toda produção de
petróleo. Estes países fazem parte da OPEP.
A confirmação de que havia petróleo no Brasil só ocorreu em
1939 em um poço furado na Bahia.
O Brasil embora não faça parte da OPEP, tem reservas muito
expressivas. Todavia, se comparado com a Arábia Saudita
(reserva de 259,1 bilhões de barris), responsável por 12% da
produção mundial, o Brasil leva uma imensa desvantagem. As
reservas provadas, segundo o Cera Institute, dos Estados
Unidos, são equivalentes a 9 bilhões de barris. Suspeita-se que
a reserva nacional possa bater os 40 bilhões de barris com
mais pesquisas e investimentos.
4. Cada barril contém 159
litros de petróleo!
A A extração do petróleo pode se dar no continente ou no
mar.
A tecnologia hoje existente permite que apenas 40% do óleo
do poço possa ser extraído, acima disso, fica economicamente
inviável (os custos são alto demais!), muitas pesquisas tem
como objetivo encontrar maneiras de aumentar esse índice.
Normalmente o petróleo tem que ser bombeado, pois a pressão
não é suficiente para trazê-lo à tona.
6. REFINO
O petróleo como é extraído não serve para muita coisa! Ele
deve ser separado em seus componentes. Este processo é
chamado refino e é realizado nas refinarias.
O Brasil possui hoje 12 refinarias:
• 10 pertencentes à Petrobrás
• 2 pertencentes à iniciativa privada:
• Ipiranga (do Grupo Ipiranga) em Rio Grande (RS)
• Manguinhos (pertencente ao consórcio formado
pela Repsol, espanhola e a YPF, Argentina) no Rio
de Janeiro (RJ).
7. 2007
Capacidade Instalada Volume Processado Utilização
Refinarias
(Mbpd) (Mbpd) (%)
Paulínia - Replan (SP) 365 348 95%
Landulpho Alves - Rlam (BA) 323 261 81%
Duque de Caxias -Reduc (RJ) 242 243 100%
Henrique Lage - Revap (SP) 251 236 94%
Alberto Pasqualini - Refap (RS) 189 148 78%
Pres. Getúlio Vargas - Repar (PR) 189 169 89%
Pres. Bernardes - RPBC (SP) 170 153 90%
Gabriel Passos - Regap (MG) 151 132 87%
Manaus - Reman (AM) 46 41 89%
Capuava - Recap (SP) 53 42 79%
Fortaleza - Lubnor (CE) 7 6 86%
Pasadena - Estados Unidos 100 91 91%
Ricardo Eliçabe - Argentina 31 29 95%
San Lorenzo - Argentina 50 47 95%
90%
(*) De acordo com a
titularidade reconhecida pela
ANP
(**) Inclui apenas as
refinarias com participação
(*) (**) Total 2.167 1.946
acionária igual ou maior que
50%
Atualização anualÚltima
atualização: Março de 2008
10. O processo de refino do petróleo está dividido em 3 etapas: a
destilação do óleo bruto, a destilação a vácuo e o craqueamento
(cracking).
1o) Destilação do Óleo Bruto (à pressão atmosféria): consiste na
separação das principais frações do petróleo. É realizada em
torres de destilação fracionada (ou torres de fracionamento) e
seu princípio é relativamente simples. O petróleo cru é aquecido
em uma fornalha (geralmente 5% do barril é queimado para que
95% possa ser separado), as moléculas recebem a energia e
passam para o estado gasoso. Na torre de fracionamento há
uma série de obstáculos que selecionam as moléculas
separando as frações. As menores e mais voláteis (menor ponto
de ebulição) sobem mais e são retiradas no alto da torre. Quanto
maior a molécula, menos volátil (maior ponto de ebulição),
portanto além de demorar mais para entrar em ebulição, vão
subir menos, assim serão retiradas em níveis mais baixos.
11.
12. NÚMERO DE INTERVALO FRAÇÃO
ÁTOMOS DE DE USOS PERCENTUAL
FRAÇÃO CARBONO EBULIÇÃO (*)
(OC)
Gás de cozinha -15 a 20 Combustível para 7,5
GLP (gás C3 e C4 fogões.
liquefeito de
petróleo)40
Éter de petróleo C5 e C6 30 a 60 Solvente 12,0
Gasolina C6-C12 30 a 180 Combustível 16,0
Querosene C11-C16 170 a 290 Combustível 5,0
doméstico e de
aeronaves(aviões e
helicópteros)
Óleo Diesel C8-C18 70 a 300 Combustível de 34
(gás oil) veículos e
geradores de
eletricidade.
Óleos C18-C25 300 a 370 Combustível 16,3
combustíveis industrial
Óleos C26-C38 400 a 520 Lubrificação 1,5
lufrificantes e
parafinas
Asfalto C38 acima Pavimentação 2,0
13. Ainda há uma pergunta para você responder: qual
é a relação entre o tamanho das moléculas
e o ponto de ebulição?
2o) Destilação a vácuo(pressão reduzida): com a pressão
reduzida o ponto de ebulição diminui e é possível se destilar
substâncias que são sensíveis ao aquecimento.
3o) Craqueamento (Cracking): também é chamado de
craqueamento catalítico fluido (FCC), pirólise (grego: pyros=fogo,
lysis=quebra). Consiste na quebra de cadeias longas, cujo valor
comercial é baixo, em presença de catalisadores e altas
temperaturas(450-550 oC), transformando-as em moléculas
menores com valor comercial mais alto. Este processo
normalmente é feito para se aumentar a fração de GLP, óleo
diesel ou gasolina. Os catalisadores tem a capacidade de
acelerar as reações, abaixando a energia necessária para que
elas ocorram, são comuns os catalisadores sílica (SiO2) e
alumina (Al2O3).
14.
15. COMBUSTÍVEIS
COMBUSTÍVEL PODER CALORÌFICO
em kJ/kg Em kcal/kg
Gás liquefeito de petróleo 49.030 11.730
Gasolina sem álcool 46.900 11.220
Gasolina com 20% de álcool 40.546 9.700
Querosene 45.144 10.800
Óleo diesel 44.851 10.730
Carvão metalúrgico nacional 28.424 6.800
Gás canalizado 17.974 4.300
Lenha 10.550 2.524
Etanol 29.636 7.090
Álcool combustível 27.200 6.507
Metanol 22.200 5.311
Metano 53.922 12.900
Propano 49.951 11.950
Butano 49.324 11.800
Acetileno 40.964 9.800
Hidrogênio 120.802 28.900
17. Os numerinhos que a gente
tem que conviver!
Carros com 4 cilindros tem quatro dispositivos como o
mostrado acima, funcionando ao mesmo tempos só que em
estágios diferentes.
•O valor 1.0 L (ou 1000cm3), 1.6 L (ou 1600cm3), 2.0 L (ou 2000
cm3) se refere ao volume total do cilindro, quanto maior, maior a
movimentação do pistão.
•Motor 8 válvulas, são 2 por cilindro (1 de admissão e 1 de
escape).
•No motor 16 válvulas são 4 válvulas por cilindro (2 de admissão
e 2 de escape).
•56 cavalos, 125 cavalos, etc; se referem à potência do motor,
quanto mais cavalos, maior a potência!
18. OCTANAGEM DA GASOLINA
A compressão da mistura ar/vapor de combustível pode provocar
a combustão antes do tempo. Este fenômeno é prejudicial ao
rendimento. Quanto mais comprimida a mistura puder ser, maior
será o retorno mecânico. De acordo com esse fenômeno as
diferentes composições de gasolinas podem classificadas de
acordo com seu índice de octanagem. Quanto maior a
octanagem ou (índice de octanas) maior a qualidade da gasolina.
O índice funciona da seguinte maneira: dividiu-se o componentes
da gasolina em dois grupos, o das moléculas com comportamento
semelhante ao isooctano (alta compressibilidade) e o das
moléculas com comportamento semelhante ao n-heptano (baixa
compressibilidade). Um gasolina com índice de octanagem igual a
80 se comporta como uma mistura de 80% de isooctano e 20% de
n-heptano. Acima de 100 octanas só com moléculas semelhantes
ao octano e antidetonantes.
19. Para se aumentar a compressibilidade (octanagem)
normalmente são adicionados antidetonantes. São
antidetonantes muito comuns:
(metil-terc-butil-éter). Outro aditivo
o está em desuso
porque com a queima do combustível o chumbo era eliminado
na atmosfera, como se trata de um metal pesado, é muito tóxico
e é o causador do saturnismo.
A coloração da gasolina é devido a corantes adicionados
com o intuito de diferencia-las quanto a octanagem. Em ordem
crescente de octanagem: amarela, azul e verde.
contém moléculas
cuja função é limpar os locais por onde a gasolina passa no
motor.