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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................4
1.0 Origens Da Civilização e Cultura Grega.........................................................5
2.0 A escultura..........................................................................................................5
2.1 Período Arcaico ..............................................................................................6
2.2 Período Clássico ............................................................................................7
2.3 Período Helenístico........................................................................................8
3.0 Arquitetura..........................................................................................................9
3.1 Ordem Dórica ................................................................................................13
3.2 Ordem Jônica ................................................................................................13
3.3 Ordem Coríntia..............................................................................................13
4.0 A pintura............................................................................................................15
4.1 Estilo Proto-Geométrico..............................................................................16
4.2 Estilo geométrico .........................................................................................16
4.3 Estilo arcaico ................................................................................................18
4.3.1 Fase orientalizante...................................................................................18
4.3.2 Fase arcaica .............................................................................................20
4.4 Estilo clássico...............................................................................................23
4.5 Época helenística .........................................................................................28
5.0 O Estádio...........................................................................................................28
6.0 O teatro..............................................................................................................29
CONCLUSÕES ............................................................................................................30
REFERÊCIAS BIBLIOGRAFICAS ...............................................................................31
4
INTRODUÇÃO
Ao olhar para trás, podemos notar várias culturas, várias formas de Arte, e várias
civilizações, cada qual com sua própria “Identidade Cultural”, como por exemplo
grandiosas pinturas e esculturas do período em que a igreja romana foi dominante.
Mas, neste trabalho iremos apresentar umas das mais belas, e influentes identidades
culturais da antiguidade: A Arte Grega.
A Arte Grega foi considerada livre, pois valorizava o homem, como estando no centro
do seu universo, além disso buscando a razão e democracia. O Povo Grego jamais
se submeteu a qualquer tipo de imposição de rei ou de sacerdote, valorizando acima
de tudo o conhecimento pela razão e não pela fé. A Arte volta-se para o gozo da vida
presente, tem como características a arte Grega: o racionalismo; amor pela beleza;
interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”
5
1.0 Origens Da Civilização e Cultura Grega
A civilização Grega se deu entre o século XII a.C e X a. C.; Inicialmente formada por
aqueus, jônios, dórios e eólios, depois se reunindo em grupos, chamados 'polis' grega,
os povos da Grécia continental e das ilhas do Mar Egeu. No início, eram uma
sociedade pobre, mas depois enriqueceram, tiveram contato com a cultura Egípcia e
posteriormente desenvolveram sua própria Arte.
Períodos da Arte Grega
A arte grega pode ser subdividida em 4 períodos:
Período Arcaico (Século VIII a VI a.C.);
Período Clássico (século V a IV a.C.);
Período Helenístico (século III a II a.C);
A arte grega é considerada e é realmente uma cultura de variedade no que se diz de
produção artística, as principais formas de arte são:
2.0 A escultura
A arte grega foi marcada pela sua escultura, no final do século VII A.C .
Os gregos buscavam no homem e na vida inspiração. O homem era considerado o
modelo, o padrão de beleza. Ele era retratado sem imperfeições, idealizado. Seus
deuses eram uma glorificação do próprio homem e tinham emoções e características
humanas
Os gregos apresentavam uma produção cultural livre, pois não se submetiam às
regras rígidas como os egípcios, por isso as esculturas puderam evoluir livremente,
pois não tinham uma função religiosa
6
Escultura de Efebo de Crítios
Fonte: Info Escola
A escultura grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. O
antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável.
O escultor grego acreditava que uma estátua que representasse um homem não
deveria ser apenas semelhante a um homem, mas também um objeto belo em si
mesmo.
2.1 Período Arcaico
Vai de meados do século VII a.C. até a época das Guerras Pérsicas, no século V a.C.
Nesse período houve uma forte influência egípcia, não só como fonte de inspiração,
mas também da própria técnica de esculpir em grandes blocos;
Os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens.
Apreciavam a simetria natural do corpo humano, esculpiam em rigorosa posição
frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Para deixar
clara ao observador essa simetria, o artista esculpia figuras masculinas nuas, eretas,
em rigorosa posição frontal e com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as
duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).
7
Estátuas gregas segundo o padrão kouros (homem jovem)
Fontes: Historia da Arte
2.2 Período Clássico
Este período teve início com as Guerras Pérsicas no século V a.C. e vai até o fim da
Guerra do Peloponeso, no século IV a. C. Desse período, destaca-se, sobretudo o
século V a.C., chamado “século de Péricles”, quando as atividades intelectuais,
artísticas e políticas manifestaram o esplendor da cultura grega.
Para superar a aparência de rigidez e imobilidade, o escultor grego procurou
representar as figuras em movimento, procurou dar movimento nas estátuas, para
isto, começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo
fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as
figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas.
8
Discóbolo, de Míron
Fontes: Historia da Arte
2.3 Período Helenístico
Nesse período podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não
eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também
segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a
grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de uma
figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade
e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados.
Características da escultura do período helenístico:
 Tendência de expressar, sob forma humana, ideias e sentimentos, como paz, amor,
liberdade, vitória, etc.;
 Início do nu feminino;
 A grande novidade da escultura do período helenístico foi a representação de grupos
de pessoas, em vez de uma figura.
9
“Afrodite de Melos”, ou “Vênus de Milo” na designação romana.
Fontes: Historia da Arte
3.0 Arquitetura
A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de
entrada e o dos fundos.
Os tempos são as edificações que despertaram maior interesse. São construídos
com pedras sobre uma plataforma três degraus. O degrau mais elevado chamava-se
estilóbata e sobre ele eram erguidas muitas colunas para garantir a sustentação do
teto. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a
arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo
os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia. O espaço interno era pequeno,
destinado às imagens de deuses e sacerdotes. Os cultos eram realizados na parte
externa.
10
Estilos de Arquitetura Grega
Fonte: Blog Um Olhar Sobre a Arte
Santuário de Afaya
Fontes: Historia da Arte
11
O Erecteion da Acrópole
Fontes: Historia da Arte
Partenon da Acrópole
Fontes: Historia da Arte
12
Restos do templo de Apolo
Fontes: Historia da Arte
Ruínas do santuário de Palas Aten
Fontes: Historia da Arte
13
Templo da concórdia
Fontes: Historia da Arte
3.1 Ordem Dórica
Era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era sóbrio
e ausente de enfeites, uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela
se expressa o pensamento. Caracteriza-se pela coluna apoiada diretamente sobre a
plataforma do templo. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem
dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma ideia de solidez e
imponência. Traduz a forma do homem.
3.2 Ordem Jônica
Representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e não
se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel
era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem jônica traduz a forma
da mulher.
3.3 Ordem Coríntia
Era basicamente igual a jônica, seu capitel era formado com folhas de acanto e quatro
espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e
enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.
14
Colunas Gregas
Fontes: Historia da Arte
Em alguns templos, a função icónica das colunas adquire antropomorfismo num dos
pórticos, através da sua substituição por estátuas de figuras femininas - cariátides -
ou masculinas - atlantes;
Pórtico das cariátides no Templo do Erectéion, Atenas
Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
Em todas as suas construções, os arquitectos gregos procuraram uma ilusória
sensação de simplicidade, o que não é inteiramente verdade, pois verificaram-se em
templos dóricos determinadas deformações ópticas que foram corrigidas
matemáticamente (correcções ópticas): os elementos horizontais do templo que,
visualmente, são lidos de forma côncava, são ligeiramente encurvados para cima e
para fora; os elementos verticais inclinados para dentro e para cima segundo um
ponto de fuga; toda a colunata é construída ligeiramente inclinada para dentro do
templo, pois a tendência de leitura era ver o edifício curvado para fora; a distância
entre as colunas, exactamente iguais quando medidas, aparecem ligeiramente
distorcidas ao olho humano; o fuste das colunas era ligeiramente engrossado no
15
primeiro terço da sua altura (êntase) e o intercolúneo era maior entre as colunas das
pontas do que nas do meio;
Templo de Hefesto
Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
4.0 A pintura
A pintura dos gregos perdeu-se quase por completo, uma das razões era que os
gregos pintavam sobretudo em painéis de madeira, que não resistiram ao tempo.
Nossa única pista da beleza da pintura grega está quase toda na decoração de vasos,
uma arte relativamente menor e essencialmente utilitária.
A palavra “vaso” (que começou a ser usada no século XVIII como termo amplo para
designar a cerâmica grega) talvez crie equívocos. Ao contrário do que pode acontecer
hoje em dia, os gregos nunca faziam vasos apenas com fins decorativos; sempre
tinham em mente um propósito específico. Seus ceramistas produziam uma ampla
gama de produtos, em diversos formatos, tais como jarras de armazenagem, garrafas
de perfume e unguento e recipientes de líquidos usados em rituais.
Nas pinturas dos vasos, percebemos a preocupação com a anatomia, pois a figura
humana tornou-se o principal tema da arte e da filosofia gregas. Surge toda uma nova
maneira de ver a arte, em relação ao que o olho enxerga e a mente dispõe.
Os vasos gregos são conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também
pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação.
16
As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da
mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias.
De entre o artesanato artístico deixado pelos Gregos, a cerâmica é a que tem um
maior destaque, pois era uma mercadoria de primeira necessidade pelas
múltiplas funções que possuía (serviço doméstico, usos artesanais e comerciais,
apoio às cerimónias religiosas e fúnebres).O seu estudo é, entre o de todas as
outras artes gregas (arquitectura e escultura), aquele que melhor documenta a
evolução da plástica grega e também a evolução social, cultural e política da História
da Grécia. Evoluiu em cinco estilos principais:
4.1 Estilo Proto-Geométrico
(séc. XI a X a.C.), Idade das Trevas - Neste primeiro estilo predominam os motivos
naturalistas e a influência creto-micénica. Vão-se introduzindo formas geométricas
básicas tais como os losangos, os círculos, as linhas rectas e onduladas, entre
outras;
4.2 Estilo geométrico
(sécs. IX e VIII a.C.) - Este estilo tinha como principal característica o uso de motivos
geométricos numa decoração simples e sóbria, motivos esses que eram dispostos á
volta do corpo dos vasos, compondo bandas ou frisos; as bandas eram decoradas
com motivos organizados em combinações e variações criativas tais como
meandros, gregas, triângulos, losangos, linhas quebradas ou contínuas,
axadrezados, entre outros, que eram realçados a preto sobre o fundo de cor natural
do vaso. Este estilo sofre, no séc. VIII, alterações como a introdução de elementos
figurativos (animais e/ou figuras humanas) na decoração, que compunham cenas
descritivas e narrativas, como batalhas ou cerimónias fúnebre e que eram
apresentandos como meras silhuetas a negro, muito esquematizadas e estilizadas,
de onde se excluíram todos os outros pormenores secundários; surgiu ainda a
tendência para o aumento progressivo do tamanho das peças, que se destinavam a
ser colocadas nos cemitérios como indicadores das sepulturas, á semelhança de
estelas ou monumentos funerários. No final deste século o estilo geométrico entra
em fase de desintegração.
17
18
Vasos Gregos
Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
4.3 Estilo arcaico
(final do séc. VIII ao séc. V a.C.) - Subdividiu-se em duas fases evolutivas:
4.3.1 Fase orientalizante
(até aproximadamente 650 a.C.), que é profundamente marcada por influências
orientais. Os temascaracterizam-se pelo regresso ao figurativo (necessidade de
narrar e representar) e pelo aparecimento das cenas de carácter mitológico.
Afiguração define-se pela representação de animais míticos ou lendários e de
figuras híbridas como grifos (animais mitológicos, misto de leão e águia), esfinges
(figura mitológica com cabeça de mulher, corpo de leão, cauda de serpente e asas
de águia) e górgonas (figura mitológica, mulher com a cabeça armada de serpentes,
o mesmo que Medusa); e pela representação de elementos vegetais e naturalistas,
como lótus e palmetas; é dada preferência ás figuras de grande tamanho, tratadas
ainda em silhueta estilizada, mas incluindo a técnica da incisão, pequenos traços
19
realçados a branco ou vermelho que compunham pormenores anatómicos ou de
vestuário;
20
Vasos Gregos
Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
4.3.2 Fase arcaica
(finais do séc. VII até cerca de 480 a.C.) - Fase marcada pelo aparecimento da
cerâmica decorada com a técnica das figuras pintadas a negro. Sobre o fundo
vermelho do barro destacam-se os elementos figurativos, representados como
silhuetas estilizadas á maneira antiga (lei da frontalidade - rosto e pernas de perfil,
olho e tronco de frente e ancas a três quartos) e a técnica da incisão continua em
uso, permitindo pormenorizar o interior das figuras, agora enriquecidas com linhas
de contorno dos músculos e outros pormenores como a barba, o cabelo e até o
padrão do vestuário. Com todas estas preocupações e inovações, torna-se notório o
maior rigor aplicado ás figuras, que lhes imprime um grande realismo e
expressividade. Para além dos relatos mitológicos passam a ser representadas
cenas da vida familiar e do quotidiano;
21
22
Vasos Gregos
Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
23
4.4 Estilo clássico
(sécs. V e IV a.C.) - Este estilo corresponde ao período do apogeu técnico, estético
e conceptual do povo grego, no qual a arte foi encarada como uma consequência
directa da superioridade criativa, racional e filosófica da cultura grega. O desenho e
a pintura tiveram um enorme desenvolvimento através da descoberta,
aperfeiçoamento e aplicação de revolucionárias inovações técnicas e formais tais
como a criação dos cânones escultóricos, a perspectiva, as sombras e os claro-
escuro e a posição em escorço. É implantada a técnica das figuras vermelhas sobre
o fundo negro (mantendo-se, contudo, o fabrico da cerâmica das figuras negras),
que confere á pintura uma maior perspectiva, dinamismo, realismo, naturalismo e
expressividade. Nesta técnica, toda a superfície do vaso era coberta verniz negro, á
excepção das figuras, que mantinham a cor avermelhada natural; os pormenores
anatómicos e outros eram acrescentados com um pincel mergulhado em tinta preta.
24
25
Vasos Gregos
Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
26
Durante este período verificou-se uma enorme liberdade criativa entre os
modeladores e decoradores das peças cerâmicas: alguns autores misturaram
figuras vermelhas e negras com fundos amarelados ou brancos, figuras negras com
brancas, entre outras; nas oficinas da Ática desenvolveu-se uma cerâmica funerária
com fundo branco, cujas figuras se definiam exclusivamente pela linha de contorno,
traçada com precisão e onde a decoração primava pela austeridade (estilo belo);
noutras escolas incorporaram-se figuras modeladas em relevo, colocadas sobre as
partes mais largas dos vasos; surgiram também novas colorações, que em alguns
casos, chegaram até á policromia.
27
28
Vasos Gregos
Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
4.5 Época helenística
(Estilo helenístico - séc. III ao ínicio da Era Cristã), por várias razões, a cerâmica
grega perdeu o seu prestígio, qualidade artística e encanto, acabando por se
banalizar.
No que diz respeito á pintura grega, é á cerâmica que se vão colher todas as
informações necessárias para compreender a sua evolução e ainda para o
entendimento da cultura, da civilização e da plástica gregas, devido ao facto de
quase toda a grande pintura mural ter desaparecido.
Pintura funerária a fresco
Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
5.0 O Estádio
29
Os estádios eram construções destinadas á prática de jogos. A formação escolar
grega incluía aprender a ler, escrever, contar, tocar um instrumento, cantar, recitar,
dançar e praticar exercício físico nos ginásios, a fim de se prepararem para a Guerra
e também para os jogos.
Nos jogos só podiam participar os cidadãos gregos que fossem membros da boa
sociedade e tivessem boa consciência para com os homens e para com os Deuses;
por isso os atletas não eram profissionais.
Os melhores recebiam coroas de oliveira ou de loureiro e a admiração e estima dos
seus compatriotas, pois conseguiram ultrapassar os seus próprios limites na procura
da excelência, atingindo o supremo valor do pensamento grego. Além disso, eram
também imortalizados pelos poetas nos seus cantos de vitória e pelos escultores
nas suas estátuas.
No séc. IV a.C, por várias razões, as competições desportivas decaíram e os
participantes passaram a ser profissionais. Em 393 a.C., o imperador Teodósio
proibiu estes jogos, considerando-os pagãos.
6.0 O teatro
O teatro (theatron - local onde se vai para ver) nasceu no séc. VII e revestiu-se de
grande importância entre os gregos, por diversas razões. Pensa-se que está
relacionado ao culto do Deus Dionísio (Deus do Vinho).
Pisístrato e Péricles foram os dois grandes impulsionadores do teatro em Atenas. O
primeiro organizou os primeiros concursos dramáticos em 534 a.C., e o segundo foi
o grande defensor do teatro, nomeadamente com o theórikon (Péricles oferecia
bilhetes aos mais pobres, para que estes também podessem assistir ao
espectáculo).
O teatro tinha uma função cultural e de formação cívica e religiosa dos
espectadores, levando-os a pensar e a reflectirem sobre o sentido da existência
humana, o destino do Homem, o poder dos Deuses e a vingança destes sobre quem
os desafiasse. Era também através do teatro que se ensinavam as virtudes aos
cidadãos (ética, moderação, humanismo, pacifismo, sabedoria, coragem, entre
outras), levando-os também a reflectir sobre os vícios dos homens (adultério,
ambição, maldade, desrespeito pelas leis e pela religião, entre outros).
30
Os concursos estavam a cargo de um grupo de altos magistrados e cidadãos ricos
(coregia), que escolhia as peças, nomeava os actores e financiavam o espectáculo.
Os actores ou hipócritas eram sempre homens e interpretavam na mesma peça
vários papéis, inclusivé papéis femininos, por isso usavam uma grende variedade de
trajes e também máscaras que os ajudavam a caracterizar a personagem.
Existia também o coro, que dançava e cantava ao som do oboé, pois poesia, dança
e música estão sempre interligados.
As representações duravam quatro dias seguidos, sem entreactos ou intervalos;
tinham sempre uma assistência muito concorrida, atenta, divertida e participativa.
Os primeiros teatros eram construções bastante simples: a orquestraficava no ponto
mais baixo, em terra batida; as bancadas eram em madeira ou cávea e estavam
dispostas em semicírculo nas vertentes naturais; e o palco ou cena era uma espécie
de estrado com uma tenda que servia de cenário e camarim para os actores. Os
teatros em pedra surgiram apenas do final do séc. V a.C., nas cidades e nos
santuários, construídos no declive das colinas, pois a depressão geográfica criava
boas condições acústicas e propiciava a visão total do espaço, e virados para o mar
ou para a montanha, pois a paisagem natural integrava o cenário.
Estádio
Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
31
CONCLUSÃO
Podemos então perceber que o povo grego tinha uma explêndida e rica arte, por
mais que tenhamos perdido uma grande parte ainda é belo analisar e apreciar cada
uma, sendo sua arquitetura, escultura, pintura ou até mesmo seus belos teatros.Um
povo que fez história, e que fez história na Arte.
32
REFERÊNCIAS BILIOGRAFICAS
BLOG UM OLHAR SOBRE A ARTE. Disponível em <<
http://umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/tag/escultura+grega >>.Acesso em
05/03/2014
BLOG HISTÓRIA DA ARTE. Disponível em <<
http://umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/tag/cer%C3%A2mica+grega >>.Acesso em
04/03/2014
INFOESCOLA. Disponível em << http://www.infoescola.com/artes/arte-grega/>> .
Acesso em 04/03/2014
HISTÓRIA DA ARTE: ARTE GREGA. Disponível em <<
http://lealuciaarte.blogspot.com.br/2012/01/arte-grega.html >> . Acesso em
03/03/2014
BLOG UM OLHAR SOBRE A ARTE. Disponível em <<
http://umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/tag/est%C3%A1dio+grego>>.Acesso em
05/03/2014

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Arte grega

  • 1. 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................4 1.0 Origens Da Civilização e Cultura Grega.........................................................5 2.0 A escultura..........................................................................................................5 2.1 Período Arcaico ..............................................................................................6 2.2 Período Clássico ............................................................................................7 2.3 Período Helenístico........................................................................................8 3.0 Arquitetura..........................................................................................................9 3.1 Ordem Dórica ................................................................................................13 3.2 Ordem Jônica ................................................................................................13 3.3 Ordem Coríntia..............................................................................................13 4.0 A pintura............................................................................................................15 4.1 Estilo Proto-Geométrico..............................................................................16 4.2 Estilo geométrico .........................................................................................16 4.3 Estilo arcaico ................................................................................................18 4.3.1 Fase orientalizante...................................................................................18 4.3.2 Fase arcaica .............................................................................................20 4.4 Estilo clássico...............................................................................................23 4.5 Época helenística .........................................................................................28 5.0 O Estádio...........................................................................................................28 6.0 O teatro..............................................................................................................29 CONCLUSÕES ............................................................................................................30 REFERÊCIAS BIBLIOGRAFICAS ...............................................................................31
  • 2. 4 INTRODUÇÃO Ao olhar para trás, podemos notar várias culturas, várias formas de Arte, e várias civilizações, cada qual com sua própria “Identidade Cultural”, como por exemplo grandiosas pinturas e esculturas do período em que a igreja romana foi dominante. Mas, neste trabalho iremos apresentar umas das mais belas, e influentes identidades culturais da antiguidade: A Arte Grega. A Arte Grega foi considerada livre, pois valorizava o homem, como estando no centro do seu universo, além disso buscando a razão e democracia. O Povo Grego jamais se submeteu a qualquer tipo de imposição de rei ou de sacerdote, valorizando acima de tudo o conhecimento pela razão e não pela fé. A Arte volta-se para o gozo da vida presente, tem como características a arte Grega: o racionalismo; amor pela beleza; interesse pelo homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”
  • 3. 5 1.0 Origens Da Civilização e Cultura Grega A civilização Grega se deu entre o século XII a.C e X a. C.; Inicialmente formada por aqueus, jônios, dórios e eólios, depois se reunindo em grupos, chamados 'polis' grega, os povos da Grécia continental e das ilhas do Mar Egeu. No início, eram uma sociedade pobre, mas depois enriqueceram, tiveram contato com a cultura Egípcia e posteriormente desenvolveram sua própria Arte. Períodos da Arte Grega A arte grega pode ser subdividida em 4 períodos: Período Arcaico (Século VIII a VI a.C.); Período Clássico (século V a IV a.C.); Período Helenístico (século III a II a.C); A arte grega é considerada e é realmente uma cultura de variedade no que se diz de produção artística, as principais formas de arte são: 2.0 A escultura A arte grega foi marcada pela sua escultura, no final do século VII A.C . Os gregos buscavam no homem e na vida inspiração. O homem era considerado o modelo, o padrão de beleza. Ele era retratado sem imperfeições, idealizado. Seus deuses eram uma glorificação do próprio homem e tinham emoções e características humanas Os gregos apresentavam uma produção cultural livre, pois não se submetiam às regras rígidas como os egípcios, por isso as esculturas puderam evoluir livremente, pois não tinham uma função religiosa
  • 4. 6 Escultura de Efebo de Crítios Fonte: Info Escola A escultura grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. O antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. O escultor grego acreditava que uma estátua que representasse um homem não deveria ser apenas semelhante a um homem, mas também um objeto belo em si mesmo. 2.1 Período Arcaico Vai de meados do século VII a.C. até a época das Guerras Pérsicas, no século V a.C. Nesse período houve uma forte influência egípcia, não só como fonte de inspiração, mas também da própria técnica de esculpir em grandes blocos; Os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Apreciavam a simetria natural do corpo humano, esculpiam em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Para deixar clara ao observador essa simetria, o artista esculpia figuras masculinas nuas, eretas, em rigorosa posição frontal e com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).
  • 5. 7 Estátuas gregas segundo o padrão kouros (homem jovem) Fontes: Historia da Arte 2.2 Período Clássico Este período teve início com as Guerras Pérsicas no século V a.C. e vai até o fim da Guerra do Peloponeso, no século IV a. C. Desse período, destaca-se, sobretudo o século V a.C., chamado “século de Péricles”, quando as atividades intelectuais, artísticas e políticas manifestaram o esplendor da cultura grega. Para superar a aparência de rigidez e imobilidade, o escultor grego procurou representar as figuras em movimento, procurou dar movimento nas estátuas, para isto, começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas.
  • 6. 8 Discóbolo, de Míron Fontes: Historia da Arte 2.3 Período Helenístico Nesse período podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados. Características da escultura do período helenístico:  Tendência de expressar, sob forma humana, ideias e sentimentos, como paz, amor, liberdade, vitória, etc.;  Início do nu feminino;  A grande novidade da escultura do período helenístico foi a representação de grupos de pessoas, em vez de uma figura.
  • 7. 9 “Afrodite de Melos”, ou “Vênus de Milo” na designação romana. Fontes: Historia da Arte 3.0 Arquitetura A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. Os tempos são as edificações que despertaram maior interesse. São construídos com pedras sobre uma plataforma três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas muitas colunas para garantir a sustentação do teto. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia. O espaço interno era pequeno, destinado às imagens de deuses e sacerdotes. Os cultos eram realizados na parte externa.
  • 8. 10 Estilos de Arquitetura Grega Fonte: Blog Um Olhar Sobre a Arte Santuário de Afaya Fontes: Historia da Arte
  • 9. 11 O Erecteion da Acrópole Fontes: Historia da Arte Partenon da Acrópole Fontes: Historia da Arte
  • 10. 12 Restos do templo de Apolo Fontes: Historia da Arte Ruínas do santuário de Palas Aten Fontes: Historia da Arte
  • 11. 13 Templo da concórdia Fontes: Historia da Arte 3.1 Ordem Dórica Era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era sóbrio e ausente de enfeites, uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Caracteriza-se pela coluna apoiada diretamente sobre a plataforma do templo. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma ideia de solidez e imponência. Traduz a forma do homem. 3.2 Ordem Jônica Representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem jônica traduz a forma da mulher. 3.3 Ordem Coríntia Era basicamente igual a jônica, seu capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação.
  • 12. 14 Colunas Gregas Fontes: Historia da Arte Em alguns templos, a função icónica das colunas adquire antropomorfismo num dos pórticos, através da sua substituição por estátuas de figuras femininas - cariátides - ou masculinas - atlantes; Pórtico das cariátides no Templo do Erectéion, Atenas Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte Em todas as suas construções, os arquitectos gregos procuraram uma ilusória sensação de simplicidade, o que não é inteiramente verdade, pois verificaram-se em templos dóricos determinadas deformações ópticas que foram corrigidas matemáticamente (correcções ópticas): os elementos horizontais do templo que, visualmente, são lidos de forma côncava, são ligeiramente encurvados para cima e para fora; os elementos verticais inclinados para dentro e para cima segundo um ponto de fuga; toda a colunata é construída ligeiramente inclinada para dentro do templo, pois a tendência de leitura era ver o edifício curvado para fora; a distância entre as colunas, exactamente iguais quando medidas, aparecem ligeiramente distorcidas ao olho humano; o fuste das colunas era ligeiramente engrossado no
  • 13. 15 primeiro terço da sua altura (êntase) e o intercolúneo era maior entre as colunas das pontas do que nas do meio; Templo de Hefesto Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte 4.0 A pintura A pintura dos gregos perdeu-se quase por completo, uma das razões era que os gregos pintavam sobretudo em painéis de madeira, que não resistiram ao tempo. Nossa única pista da beleza da pintura grega está quase toda na decoração de vasos, uma arte relativamente menor e essencialmente utilitária. A palavra “vaso” (que começou a ser usada no século XVIII como termo amplo para designar a cerâmica grega) talvez crie equívocos. Ao contrário do que pode acontecer hoje em dia, os gregos nunca faziam vasos apenas com fins decorativos; sempre tinham em mente um propósito específico. Seus ceramistas produziam uma ampla gama de produtos, em diversos formatos, tais como jarras de armazenagem, garrafas de perfume e unguento e recipientes de líquidos usados em rituais. Nas pinturas dos vasos, percebemos a preocupação com a anatomia, pois a figura humana tornou-se o principal tema da arte e da filosofia gregas. Surge toda uma nova maneira de ver a arte, em relação ao que o olho enxerga e a mente dispõe. Os vasos gregos são conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação.
  • 14. 16 As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras foi Exéquias. De entre o artesanato artístico deixado pelos Gregos, a cerâmica é a que tem um maior destaque, pois era uma mercadoria de primeira necessidade pelas múltiplas funções que possuía (serviço doméstico, usos artesanais e comerciais, apoio às cerimónias religiosas e fúnebres).O seu estudo é, entre o de todas as outras artes gregas (arquitectura e escultura), aquele que melhor documenta a evolução da plástica grega e também a evolução social, cultural e política da História da Grécia. Evoluiu em cinco estilos principais: 4.1 Estilo Proto-Geométrico (séc. XI a X a.C.), Idade das Trevas - Neste primeiro estilo predominam os motivos naturalistas e a influência creto-micénica. Vão-se introduzindo formas geométricas básicas tais como os losangos, os círculos, as linhas rectas e onduladas, entre outras; 4.2 Estilo geométrico (sécs. IX e VIII a.C.) - Este estilo tinha como principal característica o uso de motivos geométricos numa decoração simples e sóbria, motivos esses que eram dispostos á volta do corpo dos vasos, compondo bandas ou frisos; as bandas eram decoradas com motivos organizados em combinações e variações criativas tais como meandros, gregas, triângulos, losangos, linhas quebradas ou contínuas, axadrezados, entre outros, que eram realçados a preto sobre o fundo de cor natural do vaso. Este estilo sofre, no séc. VIII, alterações como a introdução de elementos figurativos (animais e/ou figuras humanas) na decoração, que compunham cenas descritivas e narrativas, como batalhas ou cerimónias fúnebre e que eram apresentandos como meras silhuetas a negro, muito esquematizadas e estilizadas, de onde se excluíram todos os outros pormenores secundários; surgiu ainda a tendência para o aumento progressivo do tamanho das peças, que se destinavam a ser colocadas nos cemitérios como indicadores das sepulturas, á semelhança de estelas ou monumentos funerários. No final deste século o estilo geométrico entra em fase de desintegração.
  • 15. 17
  • 16. 18 Vasos Gregos Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte 4.3 Estilo arcaico (final do séc. VIII ao séc. V a.C.) - Subdividiu-se em duas fases evolutivas: 4.3.1 Fase orientalizante (até aproximadamente 650 a.C.), que é profundamente marcada por influências orientais. Os temascaracterizam-se pelo regresso ao figurativo (necessidade de narrar e representar) e pelo aparecimento das cenas de carácter mitológico. Afiguração define-se pela representação de animais míticos ou lendários e de figuras híbridas como grifos (animais mitológicos, misto de leão e águia), esfinges (figura mitológica com cabeça de mulher, corpo de leão, cauda de serpente e asas de águia) e górgonas (figura mitológica, mulher com a cabeça armada de serpentes, o mesmo que Medusa); e pela representação de elementos vegetais e naturalistas, como lótus e palmetas; é dada preferência ás figuras de grande tamanho, tratadas ainda em silhueta estilizada, mas incluindo a técnica da incisão, pequenos traços
  • 17. 19 realçados a branco ou vermelho que compunham pormenores anatómicos ou de vestuário;
  • 18. 20 Vasos Gregos Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte 4.3.2 Fase arcaica (finais do séc. VII até cerca de 480 a.C.) - Fase marcada pelo aparecimento da cerâmica decorada com a técnica das figuras pintadas a negro. Sobre o fundo vermelho do barro destacam-se os elementos figurativos, representados como silhuetas estilizadas á maneira antiga (lei da frontalidade - rosto e pernas de perfil, olho e tronco de frente e ancas a três quartos) e a técnica da incisão continua em uso, permitindo pormenorizar o interior das figuras, agora enriquecidas com linhas de contorno dos músculos e outros pormenores como a barba, o cabelo e até o padrão do vestuário. Com todas estas preocupações e inovações, torna-se notório o maior rigor aplicado ás figuras, que lhes imprime um grande realismo e expressividade. Para além dos relatos mitológicos passam a ser representadas cenas da vida familiar e do quotidiano;
  • 19. 21
  • 20. 22 Vasos Gregos Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
  • 21. 23 4.4 Estilo clássico (sécs. V e IV a.C.) - Este estilo corresponde ao período do apogeu técnico, estético e conceptual do povo grego, no qual a arte foi encarada como uma consequência directa da superioridade criativa, racional e filosófica da cultura grega. O desenho e a pintura tiveram um enorme desenvolvimento através da descoberta, aperfeiçoamento e aplicação de revolucionárias inovações técnicas e formais tais como a criação dos cânones escultóricos, a perspectiva, as sombras e os claro- escuro e a posição em escorço. É implantada a técnica das figuras vermelhas sobre o fundo negro (mantendo-se, contudo, o fabrico da cerâmica das figuras negras), que confere á pintura uma maior perspectiva, dinamismo, realismo, naturalismo e expressividade. Nesta técnica, toda a superfície do vaso era coberta verniz negro, á excepção das figuras, que mantinham a cor avermelhada natural; os pormenores anatómicos e outros eram acrescentados com um pincel mergulhado em tinta preta.
  • 22. 24
  • 23. 25 Vasos Gregos Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
  • 24. 26 Durante este período verificou-se uma enorme liberdade criativa entre os modeladores e decoradores das peças cerâmicas: alguns autores misturaram figuras vermelhas e negras com fundos amarelados ou brancos, figuras negras com brancas, entre outras; nas oficinas da Ática desenvolveu-se uma cerâmica funerária com fundo branco, cujas figuras se definiam exclusivamente pela linha de contorno, traçada com precisão e onde a decoração primava pela austeridade (estilo belo); noutras escolas incorporaram-se figuras modeladas em relevo, colocadas sobre as partes mais largas dos vasos; surgiram também novas colorações, que em alguns casos, chegaram até á policromia.
  • 25. 27
  • 26. 28 Vasos Gregos Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte 4.5 Época helenística (Estilo helenístico - séc. III ao ínicio da Era Cristã), por várias razões, a cerâmica grega perdeu o seu prestígio, qualidade artística e encanto, acabando por se banalizar. No que diz respeito á pintura grega, é á cerâmica que se vão colher todas as informações necessárias para compreender a sua evolução e ainda para o entendimento da cultura, da civilização e da plástica gregas, devido ao facto de quase toda a grande pintura mural ter desaparecido. Pintura funerária a fresco Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte 5.0 O Estádio
  • 27. 29 Os estádios eram construções destinadas á prática de jogos. A formação escolar grega incluía aprender a ler, escrever, contar, tocar um instrumento, cantar, recitar, dançar e praticar exercício físico nos ginásios, a fim de se prepararem para a Guerra e também para os jogos. Nos jogos só podiam participar os cidadãos gregos que fossem membros da boa sociedade e tivessem boa consciência para com os homens e para com os Deuses; por isso os atletas não eram profissionais. Os melhores recebiam coroas de oliveira ou de loureiro e a admiração e estima dos seus compatriotas, pois conseguiram ultrapassar os seus próprios limites na procura da excelência, atingindo o supremo valor do pensamento grego. Além disso, eram também imortalizados pelos poetas nos seus cantos de vitória e pelos escultores nas suas estátuas. No séc. IV a.C, por várias razões, as competições desportivas decaíram e os participantes passaram a ser profissionais. Em 393 a.C., o imperador Teodósio proibiu estes jogos, considerando-os pagãos. 6.0 O teatro O teatro (theatron - local onde se vai para ver) nasceu no séc. VII e revestiu-se de grande importância entre os gregos, por diversas razões. Pensa-se que está relacionado ao culto do Deus Dionísio (Deus do Vinho). Pisístrato e Péricles foram os dois grandes impulsionadores do teatro em Atenas. O primeiro organizou os primeiros concursos dramáticos em 534 a.C., e o segundo foi o grande defensor do teatro, nomeadamente com o theórikon (Péricles oferecia bilhetes aos mais pobres, para que estes também podessem assistir ao espectáculo). O teatro tinha uma função cultural e de formação cívica e religiosa dos espectadores, levando-os a pensar e a reflectirem sobre o sentido da existência humana, o destino do Homem, o poder dos Deuses e a vingança destes sobre quem os desafiasse. Era também através do teatro que se ensinavam as virtudes aos cidadãos (ética, moderação, humanismo, pacifismo, sabedoria, coragem, entre outras), levando-os também a reflectir sobre os vícios dos homens (adultério, ambição, maldade, desrespeito pelas leis e pela religião, entre outros).
  • 28. 30 Os concursos estavam a cargo de um grupo de altos magistrados e cidadãos ricos (coregia), que escolhia as peças, nomeava os actores e financiavam o espectáculo. Os actores ou hipócritas eram sempre homens e interpretavam na mesma peça vários papéis, inclusivé papéis femininos, por isso usavam uma grende variedade de trajes e também máscaras que os ajudavam a caracterizar a personagem. Existia também o coro, que dançava e cantava ao som do oboé, pois poesia, dança e música estão sempre interligados. As representações duravam quatro dias seguidos, sem entreactos ou intervalos; tinham sempre uma assistência muito concorrida, atenta, divertida e participativa. Os primeiros teatros eram construções bastante simples: a orquestraficava no ponto mais baixo, em terra batida; as bancadas eram em madeira ou cávea e estavam dispostas em semicírculo nas vertentes naturais; e o palco ou cena era uma espécie de estrado com uma tenda que servia de cenário e camarim para os actores. Os teatros em pedra surgiram apenas do final do séc. V a.C., nas cidades e nos santuários, construídos no declive das colinas, pois a depressão geográfica criava boas condições acústicas e propiciava a visão total do espaço, e virados para o mar ou para a montanha, pois a paisagem natural integrava o cenário. Estádio Fonte: Blog um Olhar Sobre a Arte
  • 29. 31 CONCLUSÃO Podemos então perceber que o povo grego tinha uma explêndida e rica arte, por mais que tenhamos perdido uma grande parte ainda é belo analisar e apreciar cada uma, sendo sua arquitetura, escultura, pintura ou até mesmo seus belos teatros.Um povo que fez história, e que fez história na Arte.
  • 30. 32 REFERÊNCIAS BILIOGRAFICAS BLOG UM OLHAR SOBRE A ARTE. Disponível em << http://umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/tag/escultura+grega >>.Acesso em 05/03/2014 BLOG HISTÓRIA DA ARTE. Disponível em << http://umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/tag/cer%C3%A2mica+grega >>.Acesso em 04/03/2014 INFOESCOLA. Disponível em << http://www.infoescola.com/artes/arte-grega/>> . Acesso em 04/03/2014 HISTÓRIA DA ARTE: ARTE GREGA. Disponível em << http://lealuciaarte.blogspot.com.br/2012/01/arte-grega.html >> . Acesso em 03/03/2014 BLOG UM OLHAR SOBRE A ARTE. Disponível em << http://umolharsobreaarte.blogs.sapo.pt/tag/est%C3%A1dio+grego>>.Acesso em 05/03/2014