SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
Antonio da Costa Miranda Neto

Técnico em saneamento, engenheiro civil e sanitarista,
consultor, ex-secretário de saneamento do Recife.

Membro do conselho de assessoramento ao secretário-geral
da ONU, para assuntos de água e saneamento.
Roteiro
 Conceito de Saneamento Básico
 Conexões entre saneamento e “outras áreas”
 Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
 Natureza dos empreendimentos de saneamento
  básico
 Marco legal: A lei do saneamento
 Efetividade, sustentabilidade e controle social dos
  serviços de saneamento básico
 Recife: Em que pé estamos, e onde queremos
  chegar?
Conceito de Saneamento Básico
 Conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações
 operacionais de:
   a) abastecimento de água potável
   b) esgotamento sanitário
   c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
   d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas

                          (Lei Federal n.° 11.445/07)
Saneamento: Ação de...
 Saúde
   Cada R$ 1 investido em saneamento pode corresponder
    a até R$ 34 em benefícios econômicos (p.ex., ações
    médicas assistenciais). (Evaluación de los costos y
    beneficios de los mejoramientos del agua y del
    saneamiento a nivel mundial; Hutton, G., Haller, L.,
    OMS/ONU, 2004 )
   Cada 1% de ampliação de cobertura de água potável
    corresponde a uma redução de 1,17% no índice de
    mortalidade infantil. Para o esgotamento sanitário,
    0,44%. (Velásquez, K., e Faria, R., UCB, 2007)
Saneamento: Ação de...
 Preservação ambiental
   Água limpa: Bem natural finito, escasso, com valor
    econômico crescente. Há grande pressão política e
    econômica para que se torne “a commodity do milênio”
   No Recife, todos os 66 córregos, canais e rios, mais
    todos os manguezais, estão totalmente poluídos por
    lançamento de esgotos “in natura”, e por lançamento de
    lixo
Água, commodity ?!
“Commodity é um termo de lingua inglesa que, como o seu plural commodities, significa mercadoria,
   é utilizado nas transações comerciais de produtos de origem primária nas bolsas de mercadorias.

Usada como referência aos produtos de base em estado bruto (matérias-primas) ou com pequeno grau
   de industrialização, de qualidade quase uniforme, produzidos em grandes quantidades e por
   diferentes produtores. Estes produtos "in natura", cultivados ou de extração mineral, podem ser
   estocados por determinado período sem perda significativa de qualidade.

O que torna as commodities muito importantes na economia é o fato de que, embora sejam mercadorias
   primárias, possuem cotação e "negociabilidade" globais; portanto, as oscilações nas cotações destas
   commodities têm impacto significativo nos fluxos financeiros mundiais, podendo causar perdas a
   agentes econômicos e até mesmo a países. O mercado de derivativos surgiu como uma proteção aos
   agentes econômicos contra perdas provocadas pela volatilidade nas cotações das commodities.

Tipos
 Agrícola. Ex. café, trigo, soja;
 Mineral. Ex. ouro; petróleo.
 Financeira. Ex. dólar, euro; real
 Ambiental. Ex. água, Créditos de Carbono “

                                                          Origem: Wikipédia
Saneamento: Ação de...
 Desenvolvimento econômico e
 social
  Novos empreendimentos industriais e comerciais
  Turismo
  Qualidade de vida dos habitantes
Saneamento: Ação de...
 Dignidade humana
   No Recife, 70% da população não dispõem do conjunto
    das ações de saneamento básico
   Mais de 30% sofreram, e uma parte ainda sofre –
    penosamente – as consequências do racionamento de
    água que perdura há vergonhosos 30 anos
Os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ONU, 2000)
 ODM n° 7, alvo 10: Reduzir pela metade, até 2015,
 a proporção de pessoas sem acesso a água potável
 e a condições sanitárias adequadas
   No Mundo: Água potável para mais 600 milhões de
    pessoas, e esgotamento sanitário adequado para mais
    1,3 bilhão de pessoas.
   No Brasil: Em pesquisa. Estima-se, grosseiramente: i)
    Água potável para mais 24 milhões de pessoas; ii)
    Esgotamento sanitário adequado para mais 61 milhões
    de pessoas.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ONU,
2000) (cont.)
  No ritmo atual, o mundo e o Brasil:
    Vão bem no cumprimento da meta de água, mas “em
     média” – há diferenças gritantes dentro de uma região e
     de um mesmo país;
    Vão mal na meta de condições sanitárias adequadas.
 Consenso: Investir maciçamente na melhoria da
  prestação dos serviços (cujos operadores de água e
  esgotos, 95% deles públicos, têm mau
  desempenho nos países em desenvolvimento, e
  pior nos subdesenvolvidos). O PAC é um bom
  começo.
Natureza dos empreendimentos de
saneamento
 Requerem boa operação e manutenção
 Tema para profissionais altamente especializados?
 Não somente:
   No Recife, mais de 200 mil pessoas com coletores de
    esgoto à porta, sem funcionar;
   Em 83 sistemas não-convencionais de esgotamento
    sanitário, estudados em 2003:
       De um total de 36, apenas 8 estações de bombeamento
        funcionavam. Em 6, sequer o acesso foi possível;
       De um total de 53 estações de tratamento, 31 estavam
        literalmente abandonadas.
   Racionamento de água
Natureza dos empreendimentos de saneamento (cont.)
 Requerem participação da população na fase de
  planejamento (*)
    Aprendizado do que não é tratado na maioria das
     escolas de engenharia (UFBA é uma das raras exceções):
     pobres e favelas.
    Inversão do ponto de vista, da oferta para a demanda:
     conhecimento da realidade.
(*) Por quê “participação da sociedade”?
 Os mecanismos de representação política são típicos
  do Brasil e não do Canadá;
 Falhas da democracia representativa podem ser
  compensadas:
    A longo prazo, com Educação;
    A curto prazo, com participação dos diversos setores da
    sociedade na gestão de serviços públicos.
Natureza dos empreendimentos de saneamento (cont.)
 Portanto requerem também a participação da
  sociedade no controle da prestação dos serviços:
    Planejamento e sua execução;
    Operação e manutenção;
    Política tarifária;
    Melhoria contínua da qualidade.
Natureza dos empreendimentos de saneamento (cont.)
 Requerem mecanismos adequados de regulação e
  fiscalização.
    Regulação: Refere-se à “organização do serviço público, que
     compreende não apenas a definição das condições do serviço
     prestado nos aspectos sociais, econômicos, técnicos e jurídicos,
     mas também na sua estruturação quanto à qualidade, direitos e
     obrigações tanto de usuários quanto de prestadores do serviço,
     política pública e cobrança, além de inclusão da variável
     ambiental”.
    Fiscalização: Refere-se ao “acompanhamento, monitoramento,
     controle e avaliação do serviço e aplicação de penalidades, no
     sentido de garantir a utilização, efetiva ou potencial, do serviço
     público.”

(definições adotadas pela assessoria jurídica da Presidência da República,
  por ocasião sanção da lei n.° 11.445)
“Lei do Saneamento”
Lei n.° 11.445, de 5/1/07 (em vigor desde 20/2/07):
  Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento
  básico e para a política federal de saneamento
  básico:
 - Reconhece a necessidade, e exige a implantação de
  mecanismos de controle social.
Como promover a efetividade
 Conhecendo as necessidades da população;
 Fazer bem-feito, independentemente da escala;
 Manter os empreendimentos sob cuidados
  permanentes quanto à operacionalidade;
 Ter instrumentos legais capazes de estimular a
  eficiência e dar respaldo a sanções (no caso de água e
  esgoto, Contrato de Programa).
Como promover a sustentabilidade
 Criando barreiras aos “efeitos colaterais” (às vezes
 bastante danosos), da sadia prática das eleições:
   Profissionalização da gestão (Estocolmo; Uganda)
   Criação de instâncias plurirepresentativas para a
    fiscalização de serviços de saneamento (Ex: DMAE de
    Porto Alegre (*), SAAE de Alagoinhas/BA, SEMASA de
    Santo André/SP, …)
(*) O Conselho Deliberativo do DMAE de Porto Alegre
 Criado por lei municipal, em 1961
 Competência – Avaliar e aprovar (ou não):
      Planos de trabalho
      Licitações
      Contratos e convênios
      Tarifas
      Orçamento anual
      Balanço
      Operações de capital
      Alienação de bens
      Política de pessoal
(*) O Conselho Deliberativo do DMAE de Porto Alegre (cont.)
  Composição (2011):
    1 – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental- ABES
    2 – Associação Comercial de Porto- Alegre –ACPA
    3 – Assembléia permanente de entidades em Defesa do Meio
    Ambiente - APEDEMA RS
    4 – Associação Riograndense de Imprensa – ARI
    5 – Centro das Indústrias do RS- CIERGS
    6 – Conselho Regional de Engenharia do Rio Grande do Sul- CREA
    7 – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-
         Econômicos- DIEESE
    8 – Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul- IARGS
    9 – Sindicato das Empresas de Compra e Venda, Locação e
    Administração de Imóveis - SECOVI/RS
    10 – Sindicato dos Municipários de Porto Alegre-SIMPA
    11 – Sociedade de Economia do RS
    12 – Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul- SERGS
    13 – União das Associações de Moradores de Porto Alegre- UAMPA
    14 – Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS
(*) O Conselho Deliberativo do DMAE de Porto Alegre (cont.)
  Porto Alegre:
     Planeja a longo prazo;
     Executa o planejado:
        Re-investe, em média, 20% da sua receita;
        99,9% da população com abastecimento água – sem
         racionamento;
        90% de cobertura de coleta e 77% de tratamento de esgotos;
    Não sofre maiores descontinuidades no seu
     desempenho há 50 anos.
Controle social: Para evitar…
 Pessoas não atendidas por serviços de saneamento
  básico;
 Pessoas mal atendidas;
 “Elefantes-brancos” (R$$$$)
Cria as condições para…
 Serviços efetivos
    Que sejam tecnicamente adequados, prontos para um
     funcionamento próximo do perfeito, e
 Serviços sustentáveis – do ponto de vista financeiro,
 econômico, ambiental, institucional e social
   Que permaneçam efetivos, ao longo do tempo.
Recife: Como estamos?
 Realização de empreendimentos: O maior volume
  das últimas décadas
 Institucionalmente:
   Faltam mecanismos de acompanhamento e controle
      social
     Falta melhor integração com as políticas municipais de
      saúde e meio ambiente, e mesmo dentro da área de
      saneamento básico (Sesan, Sanear, URB e Emlurb)
     Contrato de Programa com a Compesa ainda
      insuficiente – deficiências na regulação e fiscalização;
     Falta integração metropolitana;
     Profissionais da Sesan e Sanear sem vínculo de emprego
Recife: Onde queremos chegar?
           E quando?
Mais informações:
www.assemae.org.br
www.unsgab.org (conselho da ONU)

amirandaneto@yahoo.com

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Saneamento básico power point
Saneamento básico power pointSaneamento básico power point
Saneamento básico power point
Danielle Santos
 
Seminario saneamento básico Lei 11.445/2007
Seminario saneamento básico Lei 11.445/2007Seminario saneamento básico Lei 11.445/2007
Seminario saneamento básico Lei 11.445/2007
Nathy Oliveira
 
Apresentação Meio Ambiente
Apresentação Meio AmbienteApresentação Meio Ambiente
Apresentação Meio Ambiente
Marilucia Santos
 
Educação Ambiental e Mudanças de Hábitos
Educação Ambiental e Mudanças de HábitosEducação Ambiental e Mudanças de Hábitos
Educação Ambiental e Mudanças de Hábitos
carlosbidu
 
Agrotóxicos - aula para o ensino fundamental
Agrotóxicos - aula para o ensino fundamentalAgrotóxicos - aula para o ensino fundamental
Agrotóxicos - aula para o ensino fundamental
Priscila Oliveira Boralho
 

Mais procurados (20)

Compostagem
CompostagemCompostagem
Compostagem
 
Saneamento básico power point
Saneamento básico power pointSaneamento básico power point
Saneamento básico power point
 
Fundamentos de educação ambiental
Fundamentos de educação ambientalFundamentos de educação ambiental
Fundamentos de educação ambiental
 
Seminario saneamento básico Lei 11.445/2007
Seminario saneamento básico Lei 11.445/2007Seminario saneamento básico Lei 11.445/2007
Seminario saneamento básico Lei 11.445/2007
 
Aula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamentoAula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamento
 
Saneamento basico
Saneamento basicoSaneamento basico
Saneamento basico
 
Apresentação Meio Ambiente
Apresentação Meio AmbienteApresentação Meio Ambiente
Apresentação Meio Ambiente
 
Educação Ambiental e Mudanças de Hábitos
Educação Ambiental e Mudanças de HábitosEducação Ambiental e Mudanças de Hábitos
Educação Ambiental e Mudanças de Hábitos
 
Saúde e meio ambiente
Saúde e meio ambienteSaúde e meio ambiente
Saúde e meio ambiente
 
Educação ambiental
Educação ambientalEducação ambiental
Educação ambiental
 
Sustentabilidade ambiental
Sustentabilidade ambientalSustentabilidade ambiental
Sustentabilidade ambiental
 
Meio ambiente
Meio ambienteMeio ambiente
Meio ambiente
 
Meio ambiente e desenvolvimento sustentvel
Meio ambiente e desenvolvimento sustentvelMeio ambiente e desenvolvimento sustentvel
Meio ambiente e desenvolvimento sustentvel
 
Doenças água
Doenças águaDoenças água
Doenças água
 
Palestra Saneamento
Palestra SaneamentoPalestra Saneamento
Palestra Saneamento
 
Politicas publicas
Politicas publicasPoliticas publicas
Politicas publicas
 
Agrotóxicos - aula para o ensino fundamental
Agrotóxicos - aula para o ensino fundamentalAgrotóxicos - aula para o ensino fundamental
Agrotóxicos - aula para o ensino fundamental
 
Sustentabilidade e meio ambiente
Sustentabilidade e meio ambienteSustentabilidade e meio ambiente
Sustentabilidade e meio ambiente
 
Manual do Saneamento Básico
Manual do Saneamento BásicoManual do Saneamento Básico
Manual do Saneamento Básico
 
USO RACIONAL E REUSO ÁGUA
USO RACIONAL E REUSO ÁGUAUSO RACIONAL E REUSO ÁGUA
USO RACIONAL E REUSO ÁGUA
 

Destaque

A História do Saneamento Básico
A História do Saneamento BásicoA História do Saneamento Básico
A História do Saneamento Básico
eloambiental
 
Plano de mobilizacao ceara mirim
Plano de mobilizacao ceara mirimPlano de mobilizacao ceara mirim
Plano de mobilizacao ceara mirim
Planenge
 
Trabalho sobre Industrias e revolução industrial
Trabalho sobre Industrias e revolução industrialTrabalho sobre Industrias e revolução industrial
Trabalho sobre Industrias e revolução industrial
Vinicius Chab
 
Caps. 11 e 12 - Indústrias e energia
Caps. 11 e 12 - Indústrias e energiaCaps. 11 e 12 - Indústrias e energia
Caps. 11 e 12 - Indústrias e energia
Acácio Netto
 
Saúde ambiental, salubridade e saneamento do ambiente
Saúde ambiental, salubridade e saneamento do ambienteSaúde ambiental, salubridade e saneamento do ambiente
Saúde ambiental, salubridade e saneamento do ambiente
Maria Ludes Maria
 

Destaque (20)

A História do Saneamento Básico
A História do Saneamento BásicoA História do Saneamento Básico
A História do Saneamento Básico
 
Apostila saneamento básico
Apostila saneamento básicoApostila saneamento básico
Apostila saneamento básico
 
Estudo Trata Brasil: A percepção do brasileiro quanto ao saneamento básico e...
Estudo Trata Brasil:  A percepção do brasileiro quanto ao saneamento básico e...Estudo Trata Brasil:  A percepção do brasileiro quanto ao saneamento básico e...
Estudo Trata Brasil: A percepção do brasileiro quanto ao saneamento básico e...
 
Johnny Ferreira - Seminário Saneamento e Tratamento da Água nos Processos de ...
Johnny Ferreira - Seminário Saneamento e Tratamento da Água nos Processos de ...Johnny Ferreira - Seminário Saneamento e Tratamento da Água nos Processos de ...
Johnny Ferreira - Seminário Saneamento e Tratamento da Água nos Processos de ...
 
Projeto evolução do saneamento básico
Projeto evolução do saneamento básicoProjeto evolução do saneamento básico
Projeto evolução do saneamento básico
 
Plano de mobilizacao ceara mirim
Plano de mobilizacao ceara mirimPlano de mobilizacao ceara mirim
Plano de mobilizacao ceara mirim
 
Apresentação Iberê - CREA/RN
Apresentação Iberê - CREA/RNApresentação Iberê - CREA/RN
Apresentação Iberê - CREA/RN
 
Folder Sala Verde Claro Grafica Pdf
Folder Sala Verde Claro Grafica PdfFolder Sala Verde Claro Grafica Pdf
Folder Sala Verde Claro Grafica Pdf
 
Apresentação - Saneamento básico: Capacidades e percepções sobre o exercício ...
Apresentação - Saneamento básico: Capacidades e percepções sobre o exercício ...Apresentação - Saneamento básico: Capacidades e percepções sobre o exercício ...
Apresentação - Saneamento básico: Capacidades e percepções sobre o exercício ...
 
Estudo Trata Brasil: Relatório da primeira fase do Projeto Trata Brasil na Co...
Estudo Trata Brasil: Relatório da primeira fase do Projeto Trata Brasil na Co...Estudo Trata Brasil: Relatório da primeira fase do Projeto Trata Brasil na Co...
Estudo Trata Brasil: Relatório da primeira fase do Projeto Trata Brasil na Co...
 
Seminário Saneamento | Apresentação Ministério das Cidades
Seminário Saneamento | Apresentação Ministério das CidadesSeminário Saneamento | Apresentação Ministério das Cidades
Seminário Saneamento | Apresentação Ministério das Cidades
 
as rês revoluções industrias
as rês revoluções industriasas rês revoluções industrias
as rês revoluções industrias
 
Situacao-problema
Situacao-problemaSituacao-problema
Situacao-problema
 
Saúde ambiental
Saúde ambientalSaúde ambiental
Saúde ambiental
 
Trabalho sobre Industrias e revolução industrial
Trabalho sobre Industrias e revolução industrialTrabalho sobre Industrias e revolução industrial
Trabalho sobre Industrias e revolução industrial
 
Saneamento Básico
Saneamento BásicoSaneamento Básico
Saneamento Básico
 
Engenharia civil e sustentabilidade nos empreendimentos imobiliarios
Engenharia civil e sustentabilidade nos empreendimentos imobiliariosEngenharia civil e sustentabilidade nos empreendimentos imobiliarios
Engenharia civil e sustentabilidade nos empreendimentos imobiliarios
 
Caps. 11 e 12 - Indústrias e energia
Caps. 11 e 12 - Indústrias e energiaCaps. 11 e 12 - Indústrias e energia
Caps. 11 e 12 - Indústrias e energia
 
Saúde ambiental, salubridade e saneamento do ambiente
Saúde ambiental, salubridade e saneamento do ambienteSaúde ambiental, salubridade e saneamento do ambiente
Saúde ambiental, salubridade e saneamento do ambiente
 
Engenharia x Desenvolvimento Industrial
Engenharia x Desenvolvimento IndustrialEngenharia x Desenvolvimento Industrial
Engenharia x Desenvolvimento Industrial
 

Semelhante a Saneamento Básico para um Recife Sustentável

Marielene Ramos Politica Estadual De DestinaçãO De ResíDuos SóLidos
Marielene Ramos   Politica Estadual De DestinaçãO De ResíDuos SóLidosMarielene Ramos   Politica Estadual De DestinaçãO De ResíDuos SóLidos
Marielene Ramos Politica Estadual De DestinaçãO De ResíDuos SóLidos
Fórum de Desenvolvimento do Rio
 
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
ParceriaPtAgua
 
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
ppateste
 
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a ÁguaApresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água
ppateste
 
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Porto)
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Porto)Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Porto)
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Porto)
ParceriaPtAgua
 

Semelhante a Saneamento Básico para um Recife Sustentável (20)

Recursos Hídricos e Saneamento: Regulação e Desafios
Recursos Hídricos e Saneamento: Regulação e DesafiosRecursos Hídricos e Saneamento: Regulação e Desafios
Recursos Hídricos e Saneamento: Regulação e Desafios
 
Desenvolvimento Sustentável através do Saneamento Básico
Desenvolvimento Sustentável através do Saneamento BásicoDesenvolvimento Sustentável através do Saneamento Básico
Desenvolvimento Sustentável através do Saneamento Básico
 
Apresentao 3 - O que saneamento bsico.pptx.pdf
Apresentao 3 - O que  saneamento bsico.pptx.pdfApresentao 3 - O que  saneamento bsico.pptx.pdf
Apresentao 3 - O que saneamento bsico.pptx.pdf
 
Concorrência e Regulação no Setor de Saneamento
Concorrência e Regulação no Setor de SaneamentoConcorrência e Regulação no Setor de Saneamento
Concorrência e Regulação no Setor de Saneamento
 
Saneamento do meio
Saneamento do meioSaneamento do meio
Saneamento do meio
 
Lista 3 Gestão de Recursos Hídricos
Lista 3 Gestão de Recursos HídricosLista 3 Gestão de Recursos Hídricos
Lista 3 Gestão de Recursos Hídricos
 
Gestão de Recursos Hídricos
Gestão de Recursos HídricosGestão de Recursos Hídricos
Gestão de Recursos Hídricos
 
Política Nacional de Resíduos Sólidos
Política Nacional de Resíduos SólidosPolítica Nacional de Resíduos Sólidos
Política Nacional de Resíduos Sólidos
 
Si g
Si gSi g
Si g
 
Guia de orientação para adequação dos municípios à política nacional de resíd...
Guia de orientação para adequação dos municípios à política nacional de resíd...Guia de orientação para adequação dos municípios à política nacional de resíd...
Guia de orientação para adequação dos municípios à política nacional de resíd...
 
Fórum de saneamento integrado águas do amanhã (1)
Fórum de saneamento integrado águas do amanhã (1)Fórum de saneamento integrado águas do amanhã (1)
Fórum de saneamento integrado águas do amanhã (1)
 
Análise do Planejamento Metropolitano da Região Metropolitana de Porto Alegre...
Análise do Planejamento Metropolitano da Região Metropolitana de Porto Alegre...Análise do Planejamento Metropolitano da Região Metropolitana de Porto Alegre...
Análise do Planejamento Metropolitano da Região Metropolitana de Porto Alegre...
 
Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos - Mesa 1 Laura Bueno - Escassez ...
Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos - Mesa 1 Laura Bueno - Escassez ...Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos - Mesa 1 Laura Bueno - Escassez ...
Seminário Desafios Ambientais Contemporâneos - Mesa 1 Laura Bueno - Escassez ...
 
Agricultura Urbana no Mundo
Agricultura Urbana no MundoAgricultura Urbana no Mundo
Agricultura Urbana no Mundo
 
Marielene Ramos Politica Estadual De DestinaçãO De ResíDuos SóLidos
Marielene Ramos   Politica Estadual De DestinaçãO De ResíDuos SóLidosMarielene Ramos   Politica Estadual De DestinaçãO De ResíDuos SóLidos
Marielene Ramos Politica Estadual De DestinaçãO De ResíDuos SóLidos
 
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
 
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água (Lisboa)
 
Projeto 17 Doc
Projeto 17 DocProjeto 17 Doc
Projeto 17 Doc
 
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a ÁguaApresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água
Apresentação da PPA - Parceria Portuguesa para a Água
 
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Porto)
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Porto)Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Porto)
Apresentação da PPA – Parceria Portuguesa para a Água (Porto)
 

Mais de Deputado Paulo Rubem - PDT

Mais de Deputado Paulo Rubem - PDT (20)

SUS e Seguridade: Retomar a cidadania e construir novas políticas econômicas
SUS e Seguridade: Retomar a cidadania e construir novas políticas econômicasSUS e Seguridade: Retomar a cidadania e construir novas políticas econômicas
SUS e Seguridade: Retomar a cidadania e construir novas políticas econômicas
 
Estado economia e o financiamento do pne 24 04 2018
Estado economia e o financiamento do pne 24 04 2018Estado economia e o financiamento do pne 24 04 2018
Estado economia e o financiamento do pne 24 04 2018
 
Terapia Ocupacional, saúde financiamento e participação social 1 09 2017
Terapia Ocupacional, saúde financiamento e participação social 1 09 2017Terapia Ocupacional, saúde financiamento e participação social 1 09 2017
Terapia Ocupacional, saúde financiamento e participação social 1 09 2017
 
"Reforma da Previdência", para o Sindicato dos Bancários em 21 06 2016 e para...
"Reforma da Previdência", para o Sindicato dos Bancários em 21 06 2016 e para..."Reforma da Previdência", para o Sindicato dos Bancários em 21 06 2016 e para...
"Reforma da Previdência", para o Sindicato dos Bancários em 21 06 2016 e para...
 
Dqf ufpe pec 241 23 11 2016
Dqf ufpe pec 241 23 11 2016Dqf ufpe pec 241 23 11 2016
Dqf ufpe pec 241 23 11 2016
 
Crise fiscal causas e alternativas uag 28 11 2016
Crise fiscal  causas e alternativas uag 28 11 2016Crise fiscal  causas e alternativas uag 28 11 2016
Crise fiscal causas e alternativas uag 28 11 2016
 
Exposição do seminário de educação no campo 9 de maio de 2014
Exposição do seminário de educação no campo 9 de maio de 2014Exposição do seminário de educação no campo 9 de maio de 2014
Exposição do seminário de educação no campo 9 de maio de 2014
 
Os desafios do país e das nações sintepe gravatá 19 12 2014
Os desafios do país e das nações  sintepe gravatá 19 12 2014Os desafios do país e das nações  sintepe gravatá 19 12 2014
Os desafios do país e das nações sintepe gravatá 19 12 2014
 
Pec 162
Pec 162Pec 162
Pec 162
 
Saude publica no recife
Saude publica no recifeSaude publica no recife
Saude publica no recife
 
Agenda Recife do Futuro
Agenda Recife do FuturoAgenda Recife do Futuro
Agenda Recife do Futuro
 
Exposicao seguridade e SUS
Exposicao seguridade e SUSExposicao seguridade e SUS
Exposicao seguridade e SUS
 
Plano Nacional de Educação
Plano Nacional de EducaçãoPlano Nacional de Educação
Plano Nacional de Educação
 
Prestação de contas ultima semana
Prestação de contas ultima semanaPrestação de contas ultima semana
Prestação de contas ultima semana
 
Transparência
TransparênciaTransparência
Transparência
 
Declarações
DeclaraçõesDeclarações
Declarações
 
Transparência
TransparênciaTransparência
Transparência
 
Cartaz emendas
Cartaz emendasCartaz emendas
Cartaz emendas
 
20 anos do estatuto da crianca e do adolescente
20 anos do estatuto da crianca e do adolescente20 anos do estatuto da crianca e do adolescente
20 anos do estatuto da crianca e do adolescente
 
20 anos do estatuto da criança e do adolescente
20 anos do estatuto da criança e do adolescente20 anos do estatuto da criança e do adolescente
20 anos do estatuto da criança e do adolescente
 

Saneamento Básico para um Recife Sustentável

  • 1. Antonio da Costa Miranda Neto Técnico em saneamento, engenheiro civil e sanitarista, consultor, ex-secretário de saneamento do Recife. Membro do conselho de assessoramento ao secretário-geral da ONU, para assuntos de água e saneamento.
  • 2. Roteiro  Conceito de Saneamento Básico  Conexões entre saneamento e “outras áreas”  Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio  Natureza dos empreendimentos de saneamento básico  Marco legal: A lei do saneamento  Efetividade, sustentabilidade e controle social dos serviços de saneamento básico  Recife: Em que pé estamos, e onde queremos chegar?
  • 3. Conceito de Saneamento Básico  Conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de:  a) abastecimento de água potável  b) esgotamento sanitário  c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos  d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas (Lei Federal n.° 11.445/07)
  • 4. Saneamento: Ação de...  Saúde  Cada R$ 1 investido em saneamento pode corresponder a até R$ 34 em benefícios econômicos (p.ex., ações médicas assistenciais). (Evaluación de los costos y beneficios de los mejoramientos del agua y del saneamiento a nivel mundial; Hutton, G., Haller, L., OMS/ONU, 2004 )  Cada 1% de ampliação de cobertura de água potável corresponde a uma redução de 1,17% no índice de mortalidade infantil. Para o esgotamento sanitário, 0,44%. (Velásquez, K., e Faria, R., UCB, 2007)
  • 5. Saneamento: Ação de...  Preservação ambiental  Água limpa: Bem natural finito, escasso, com valor econômico crescente. Há grande pressão política e econômica para que se torne “a commodity do milênio”  No Recife, todos os 66 córregos, canais e rios, mais todos os manguezais, estão totalmente poluídos por lançamento de esgotos “in natura”, e por lançamento de lixo
  • 6. Água, commodity ?! “Commodity é um termo de lingua inglesa que, como o seu plural commodities, significa mercadoria, é utilizado nas transações comerciais de produtos de origem primária nas bolsas de mercadorias. Usada como referência aos produtos de base em estado bruto (matérias-primas) ou com pequeno grau de industrialização, de qualidade quase uniforme, produzidos em grandes quantidades e por diferentes produtores. Estes produtos "in natura", cultivados ou de extração mineral, podem ser estocados por determinado período sem perda significativa de qualidade. O que torna as commodities muito importantes na economia é o fato de que, embora sejam mercadorias primárias, possuem cotação e "negociabilidade" globais; portanto, as oscilações nas cotações destas commodities têm impacto significativo nos fluxos financeiros mundiais, podendo causar perdas a agentes econômicos e até mesmo a países. O mercado de derivativos surgiu como uma proteção aos agentes econômicos contra perdas provocadas pela volatilidade nas cotações das commodities. Tipos  Agrícola. Ex. café, trigo, soja;  Mineral. Ex. ouro; petróleo.  Financeira. Ex. dólar, euro; real  Ambiental. Ex. água, Créditos de Carbono “ Origem: Wikipédia
  • 7. Saneamento: Ação de...  Desenvolvimento econômico e social  Novos empreendimentos industriais e comerciais  Turismo  Qualidade de vida dos habitantes
  • 8. Saneamento: Ação de...  Dignidade humana  No Recife, 70% da população não dispõem do conjunto das ações de saneamento básico  Mais de 30% sofreram, e uma parte ainda sofre – penosamente – as consequências do racionamento de água que perdura há vergonhosos 30 anos
  • 9. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ONU, 2000)  ODM n° 7, alvo 10: Reduzir pela metade, até 2015, a proporção de pessoas sem acesso a água potável e a condições sanitárias adequadas  No Mundo: Água potável para mais 600 milhões de pessoas, e esgotamento sanitário adequado para mais 1,3 bilhão de pessoas.  No Brasil: Em pesquisa. Estima-se, grosseiramente: i) Água potável para mais 24 milhões de pessoas; ii) Esgotamento sanitário adequado para mais 61 milhões de pessoas.
  • 10. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ONU, 2000) (cont.)  No ritmo atual, o mundo e o Brasil:  Vão bem no cumprimento da meta de água, mas “em média” – há diferenças gritantes dentro de uma região e de um mesmo país;  Vão mal na meta de condições sanitárias adequadas.  Consenso: Investir maciçamente na melhoria da prestação dos serviços (cujos operadores de água e esgotos, 95% deles públicos, têm mau desempenho nos países em desenvolvimento, e pior nos subdesenvolvidos). O PAC é um bom começo.
  • 11. Natureza dos empreendimentos de saneamento  Requerem boa operação e manutenção  Tema para profissionais altamente especializados? Não somente:  No Recife, mais de 200 mil pessoas com coletores de esgoto à porta, sem funcionar;  Em 83 sistemas não-convencionais de esgotamento sanitário, estudados em 2003:  De um total de 36, apenas 8 estações de bombeamento funcionavam. Em 6, sequer o acesso foi possível;  De um total de 53 estações de tratamento, 31 estavam literalmente abandonadas.  Racionamento de água
  • 12. Natureza dos empreendimentos de saneamento (cont.)  Requerem participação da população na fase de planejamento (*)  Aprendizado do que não é tratado na maioria das escolas de engenharia (UFBA é uma das raras exceções): pobres e favelas.  Inversão do ponto de vista, da oferta para a demanda: conhecimento da realidade.
  • 13. (*) Por quê “participação da sociedade”?  Os mecanismos de representação política são típicos do Brasil e não do Canadá;  Falhas da democracia representativa podem ser compensadas:  A longo prazo, com Educação;  A curto prazo, com participação dos diversos setores da sociedade na gestão de serviços públicos.
  • 14. Natureza dos empreendimentos de saneamento (cont.)  Portanto requerem também a participação da sociedade no controle da prestação dos serviços:  Planejamento e sua execução;  Operação e manutenção;  Política tarifária;  Melhoria contínua da qualidade.
  • 15. Natureza dos empreendimentos de saneamento (cont.)  Requerem mecanismos adequados de regulação e fiscalização.  Regulação: Refere-se à “organização do serviço público, que compreende não apenas a definição das condições do serviço prestado nos aspectos sociais, econômicos, técnicos e jurídicos, mas também na sua estruturação quanto à qualidade, direitos e obrigações tanto de usuários quanto de prestadores do serviço, política pública e cobrança, além de inclusão da variável ambiental”.  Fiscalização: Refere-se ao “acompanhamento, monitoramento, controle e avaliação do serviço e aplicação de penalidades, no sentido de garantir a utilização, efetiva ou potencial, do serviço público.” (definições adotadas pela assessoria jurídica da Presidência da República, por ocasião sanção da lei n.° 11.445)
  • 16. “Lei do Saneamento” Lei n.° 11.445, de 5/1/07 (em vigor desde 20/2/07): Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico: - Reconhece a necessidade, e exige a implantação de mecanismos de controle social.
  • 17. Como promover a efetividade  Conhecendo as necessidades da população;  Fazer bem-feito, independentemente da escala;  Manter os empreendimentos sob cuidados permanentes quanto à operacionalidade;  Ter instrumentos legais capazes de estimular a eficiência e dar respaldo a sanções (no caso de água e esgoto, Contrato de Programa).
  • 18. Como promover a sustentabilidade  Criando barreiras aos “efeitos colaterais” (às vezes bastante danosos), da sadia prática das eleições:  Profissionalização da gestão (Estocolmo; Uganda)  Criação de instâncias plurirepresentativas para a fiscalização de serviços de saneamento (Ex: DMAE de Porto Alegre (*), SAAE de Alagoinhas/BA, SEMASA de Santo André/SP, …)
  • 19. (*) O Conselho Deliberativo do DMAE de Porto Alegre  Criado por lei municipal, em 1961  Competência – Avaliar e aprovar (ou não):  Planos de trabalho  Licitações  Contratos e convênios  Tarifas  Orçamento anual  Balanço  Operações de capital  Alienação de bens  Política de pessoal
  • 20. (*) O Conselho Deliberativo do DMAE de Porto Alegre (cont.)  Composição (2011): 1 – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental- ABES 2 – Associação Comercial de Porto- Alegre –ACPA 3 – Assembléia permanente de entidades em Defesa do Meio Ambiente - APEDEMA RS 4 – Associação Riograndense de Imprensa – ARI 5 – Centro das Indústrias do RS- CIERGS 6 – Conselho Regional de Engenharia do Rio Grande do Sul- CREA 7 – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio- Econômicos- DIEESE 8 – Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul- IARGS 9 – Sindicato das Empresas de Compra e Venda, Locação e Administração de Imóveis - SECOVI/RS 10 – Sindicato dos Municipários de Porto Alegre-SIMPA 11 – Sociedade de Economia do RS 12 – Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul- SERGS 13 – União das Associações de Moradores de Porto Alegre- UAMPA 14 – Universidade Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS
  • 21. (*) O Conselho Deliberativo do DMAE de Porto Alegre (cont.)  Porto Alegre:  Planeja a longo prazo;  Executa o planejado:  Re-investe, em média, 20% da sua receita;  99,9% da população com abastecimento água – sem racionamento;  90% de cobertura de coleta e 77% de tratamento de esgotos;  Não sofre maiores descontinuidades no seu desempenho há 50 anos.
  • 22. Controle social: Para evitar…  Pessoas não atendidas por serviços de saneamento básico;  Pessoas mal atendidas;  “Elefantes-brancos” (R$$$$)
  • 23. Cria as condições para…  Serviços efetivos  Que sejam tecnicamente adequados, prontos para um funcionamento próximo do perfeito, e  Serviços sustentáveis – do ponto de vista financeiro, econômico, ambiental, institucional e social  Que permaneçam efetivos, ao longo do tempo.
  • 24. Recife: Como estamos?  Realização de empreendimentos: O maior volume das últimas décadas  Institucionalmente:  Faltam mecanismos de acompanhamento e controle social  Falta melhor integração com as políticas municipais de saúde e meio ambiente, e mesmo dentro da área de saneamento básico (Sesan, Sanear, URB e Emlurb)  Contrato de Programa com a Compesa ainda insuficiente – deficiências na regulação e fiscalização;  Falta integração metropolitana;  Profissionais da Sesan e Sanear sem vínculo de emprego
  • 25. Recife: Onde queremos chegar? E quando?