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OO
EEvangelhovangelho
SSegundo oegundo o
EEspiritismospiritismo
Cap. XVIICap. XVII
Sede perfeitosSede perfeitos
““A perfeição não é apostoladoA perfeição não é apostolado
de um dia e sim dos milênios ede um dia e sim dos milênios e
cada mente traz consigo ascada mente traz consigo as
marcas da própria ação demarcas da própria ação de
ontem e de hoje, determinando,ontem e de hoje, determinando,
por si mesma, o cárcere ou apor si mesma, o cárcere ou a
libertação de amanhã.”libertação de amanhã.”
(Bezerra de Menezes)
“Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos
que vos odeiam e orai pelos que vos perse-
guem e caluniam; porque, se somente amar-
des os que vos amam que recompensa tereis
disso? Não fazem assim também os publica-
nos? Se saudardes unicamente os vossos ir-
mãos, que fazeis com isso mais do que ou-
tros? Os pagãos não fazem o mesmo? Sede,
pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o
vosso Pai celestial.” (MATEUS, 5:44, 46 a 48.)
“Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos
que vos odeiam e orai pelos que vos perse-
guem e caluniam; porque, se somente amar-
des os que vos amam que recompensa tereis
disso? Não fazem assim também os publica-
nos? Se saudardes unicamente os vossos ir-
mãos, que fazeis com isso mais do que ou-
tros? Os pagãos não fazem o mesmo? Sede,
pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o
vosso Pai celestial.” (MATEUS, 5:44, 46 a 48.)
“Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos
que vos odeiam e orai pelos que vos perse-
guem e caluniam; porque, se somente amar-
des os que vos amam que recompensa tereis
disso? Não fazem assim também os publica-
nos? Se saudardes unicamente os vossos ir-
mãos, que fazeis com isso mais do que ou-
tros? Os pagãos não fazem o mesmo? Sede,
pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o
vosso Pai celestial.” (MATEUS, 5:44, 46 a 48.)
Comentários de Kardec:
“Visto que Deus possui a perfeição infinita
em todas as coisas, esta proposição: “Sede
perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celes-
tial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a
possibilidade de atingir-se a perfeição abso-
luta. Se fosse dado à criatura ser tão perfeita
quanto o Criador, ela se tornaria igual a este,
o que é inadmissível. Mas os homens a quem
Jesus falava não compreenderiam essa nuan-
ça. Jesus se limitou a lhes apresentar um
modelo e a dizer-lhes que se esforcem por
alcançá-lo.
==>
Aquelas palavras devem, pois, ser entendi-
das no sentido da perfeição relativa, a de
que a Humanidade é suscetível e que mais a
aproxima da Divindade. Em que consiste
essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os
nossos inimigos, em fazermos o bem aos que
nos odeiam, em orarmos pelos que nos per-
seguem”. Mostra, desse modo, que a essên-
cia da perfeição é a caridade na sua mais
ampla acepção, porque implica a prática de
todas as outras virtudes.
==>
Com efeito, se se observam os resultados de
todos os vícios e, mesmo, dos simples defei-
tos, reconheceremos não haver nenhum que
não altere mais ou menos o sentimento da
caridade, porque todos têm o seu princípio
no egoísmo e no orgulho, que lhes são a ne-
gação, já que tudo que superexcita o senti-
mento da personalidade destrói, ou, pelo me
nos, enfraquece os elementos da verdadeira
caridade, que são: a benevolência, a indul-
gência, a abnegação e o devotamento.
==>
No Dicionário Houaiss, lemos:
Egoísmo:
1 amor exagerado aos próprios interesses a
despeito dos de outrem; 2 exclusivismo que
leva uma pessoa a se tomar como referência
a tudo; orgulho, presunção.
Orgulho::
1 sentimento de prazer, de grande satisfa-
ção com o próprio valor, com a própria
honra; 2 pej. sentimento egoísta, admiração
pelo próprio mérito, excesso de amor-pró-
prio; arrogância, soberba.
Não podendo o amor do próximo, levado até
o amor dos inimigos, aliar-se a nenhum de-
feito contrário à caridade, aquele amor é, por
isso mesmo, sempre indício de maior ou me-
nor superioridade moral, donde resulta que o
grau da perfeição está na razão direta da sua
extensão. Foi por isso que Jesus, depois de
ter dado a seus discípulos as regras da cari-
dade, no que tem de mais sublime, lhes dis-
se: 'Sede perfeitos, como perfeito é vosso
Pai celestial'.” (KARDEC, ESE, cap. XVII, item 2)
Distinguem-se três fases com as quais po-
demos definir a nossa situação diante da
Doutrina Espírita.
Distinguem-se três fases com as quais po-
demos definir a nossa situação diante da
Doutrina Espírita.
1ª – nós entramos na Doutrina Espírita;
Distinguem-se três fases com as quais po-
demos definir a nossa situação diante da
Doutrina Espírita.
1ª – nós entramos na Doutrina Espírita;
2ª – a Doutrina Espírita entra em nós;
Distinguem-se três fases com as quais po-
demos definir a nossa situação diante da
Doutrina Espírita.
1ª – nós entramos na Doutrina Espírita;
2ª – a Doutrina Espírita entra em nós;
3ª – a Doutrina Espírita sai por nós
(a favor do próximo e de nós mesmos).
Kardec tinha a Doutrina Espírita como sendo
3ª Revelação divina a Humanidade, em razão
disso, teceu considerações sobre como os
seus adeptos a viam, classificando-os em
três graus. É o que se vê na “Conclusão” de
O Livro dos Espíritos, item VII, onde Kardec
explica que:
Kardec tinha a Doutrina Espírita como sendo
3ª Revelação divina a Humanidade, em razão
disso, teceu considerações sobre como os
seus adeptos a viam, classificando-os em
três graus. É o que se vê na “Conclusão” de
O Livro dos Espíritos, item VII, onde Kardec
explica que:
“O Espiritismo se apresenta sob três aspe-
ctos diferentes: o das manifestações, o dos
princípios de filosofia e de moral que delas
decorrem e o da aplicação desses princípios.
Daí, três classes, ou melhor, três graus de
adeptos:
1° os que creem nas manifestações e se limi-
tam a comprová-las; para esses, o Espiritis-
mo é uma ciência experimental;
2° os que compreendem as suas consequên-
cias morais;
3° os que praticam ou se esforçam por prati-
car essa moral.”
1° os que creem nas manifestações e se limi-
tam a comprová-las; para esses, o Espiritis-
mo é uma ciência experimental;
2° os que compreendem as suas consequên-
cias morais;
3° os que praticam ou se esforçam por prati-
car essa moral.”
1° os que creem nas manifestações e se limi-
tam a comprová-las; para esses, o Espiritis-
mo é uma ciência experimental;
2° os que compreendem as suas consequên-
cias morais;
3° os que praticam ou se esforçam por prati-
car essa moral.”
Em O Livro dos Médiuns, cap. III – Do
Método, item 28, Kardec acrescentou mais
uma nova categoria de espíritas:
“4º Há, finalmente, os espíritas exaltados. A
espécie humana seria perfeita, se sempre
tomasse o lado bom das coisas. Em tudo, o
exagero é prejudicial. Em Espiritismo, infun-
de confiança demasiado cega e frequente-
mente pueril, no tocante ao mundo invisível,
e leva a aceitar-se, com extrema facilidade e
sem verificação, aquilo cujo absurdo, ou im-
possibilidade a reflexão e o exame demons-
trariam. O entusiasmo, porém, não reflete,
deslumbra. Esta espécie de adeptos é mais
nociva do que útil à causa do Espiritismo.
==>
São os menos aptos para convencer a quem
quer que seja, porque todos, com razão,
desconfiam dos julgamentos deles. Graças à
sua boa-fé, são iludidos, assim, por Espíritos
mistificadores, como por homens que procu-
ram explorar-lhes a credulidade. Meio-mal
apenas haveria, se só eles tivessem que so-
frer as consequências. O pior é que, sem o
quererem, dão armas aos incrédulos, que
antes buscam ocasião de zombar, do que se
convencerem e que não deixam de imputar a
todos o ridículo de alguns. […].” (KARDEC, LM)
Foram os próprios Espíritos Superiores que
deixaram bem claro que o Espiritismo, além
de ser a 3ª revelação divina a humanidade,
é, também, o Cristianismo redivivo, então,
Kardec teve plena razão ao dizer que:
“Assim será com os adeptos do Espiritismo.
Pois que a doutrina que professam mais não
é do que o desenvolvimento e a aplicação da
do Evangelho, também a eles se dirigem as
palavras do Cristo. Eles semeiam na Terra o
que colherão na vida espiritual. […].” (KARDEC,
ESE, cap. XXIV, item 16)
Na Revista Espírita 1861, voltando ao assun-
to, Kardec disse:
“Traçamos, em O Livro dos Médiuns, o cará-
ter das principais variedades de Espíritas;
sendo essa distinção importante para o as-
sunto que nos ocupa, cremos dever lembrá-
la.
Podem-se colocar em primeira linha aqueles
que creem, pura e simplesmente, nas mani-
festações. O Espiritismo não é para eles se-
não uma ciência de observação, uma série
de fatos mais ou menos curiosos; a filosofia
e a moral são acessórios, dos quais pouco se
preocupam, ou dos quais não supõem a im-
portância. Nós os chamamos Espíritas expe-
rimentadores.
Vêm em seguida aqueles que veem no Espiri-
tismo outra coisa senão os fatos; compreende-
lhe a importância filosófica; admiram a moral
que dele decorre, mas não a praticam; exta-
siam-se diante de belas comunicações, como
diante de um eloquente sermão que se escuta
sem aproveitá-lo. Sua influência sobre seu
caráter é insignificante ou nula; não mudam
nada em seus hábitos e não se privariam de
um único gozo: o avarento é sempre sovina, o
orgulhoso sempre cheio de si mesmo, o inve-
joso e o ciumento sempre hostis; para eles a
caridade cristã não é senão uma bela máxima,
e os bens deste mundo dominam, em sua esti-
ma, sobre os do futuro: esses são os espíritas
imperfeitos.
Ao lado daqueles há outros, mais numerosos
do que se crê, que não se limitam a admirar
a moral espírita, mas que a praticam e lhe
aceitam, por si mesmos, todas as conse-
quências. Convencidos de que a existência
terrestre é uma prova passageira, tratam de
aproveitar seus curtos instantes para cami-
nhar na senda do progresso, esforçando-se
por fazer o bem e reprimir seus maus pen-
dores; suas relações são sempre seguras,
porque sua convicção os distancia de todo
pensamento do mal. A caridade é, em todas
as coisas, a regra de sua conduta; esses são
os verdadeiros Espíritas, ou melhor, os Espí-
ritas cristãos.”
Qual é a máxima da Doutrina Espírita?
“FORA DO ESPIRITISMO
NÃO HÁ SALVAÇÃO.”
“Em vez do postulado: Fora da Igreja não há
salvação, que alimenta a separação e a ani-
mosidade entre as diferentes seitas religio-
sas e que há feito correr tanto sangue, o Es-
piritismo tem como divisa: Fora da Caridade
não há salvação, isto é, a igualdade entre os
homens perante Deus, a tolerância, a liber-
dade de consciência e a benevolência mú-
tua.” (KARDEC, Obras Póstumas)
“[…] inscrevemos sobre a bandeira do Espiri-
tismo: Fora da caridade não há salvação,
máxima aclamada, […] se tornando a palavra
de união de todos aqueles que veem no Espi-
ritismo outra coisa do que um fato material.
[…].
Inscrevendo no frontispício do Espiritismo a
suprema lei do Cristo, abrimos o caminho
para o Espiritismo cristão; fomos instituídos,
pois, em desenvolver-lhe os princípios, assim
como os caracteres do verdadeiro espírita
sob esse ponto de vista.” (Revista Espírita 1866)
Frontispício: fachada principal de um edifício. (HOUAISS)
Obviamente, que dentro dessa visão, só
temos um personagem para nos servir de
guia e modelo.
Esse foi um dos pontos que Kardec, para não
deixar margem a nenhuma dúvida, procurou
definir com os Espíritos Superiores:
625. Qual o tipo mais
perfeito que Deus já
ofereceu ao homem,
para lhe servir de guia
e modelo?
“Vede Jesus.”
625. Qual o tipo mais
perfeito que Deus já
ofereceu ao homem,
para lhe servir de guia
e modelo?
“Vede Jesus.”
se segue
se copia
Comentários de Kardec:
“Para o homem, Jesus constitui o tipo da
perfeição moral a que a Humanidade pode
aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o
mais perfeito modelo, e a doutrina que ensi-
nou é a mais pura expressão de Sua lei, por-
que, sendo Jesus o mais puro que já apare-
ceu na Terra, o Espírito Divino o animava.
==>
Se alguns dos que pretendem instruir o
homem na Lei de Deus algumas vezes trans-
viaram por meio de falsos princípios, foi por-
que se deixaram dominar por sentimentos
demasiado terrenos e porque confundiram
as leis que regulam as condições da vida da
alma com as que regem a vida do corpo.
Muitos deles apresentaram como Leis divinas
o que eram simples leis humanas, criadas
para servir às paixões e para dominar os
homens.” (KARDEC, LE)
Uma vez que, um pouco atrás, se falou em
caracteres do verdadeiro espírita, seria bom
refletirmos sobre eles visando “o conhecer a
si mesmo”, para que, de forma eficaz, pos-
samos trabalhar a transformação moral, que
nos dará a felicidade que tanto almejamos.
Vejamos alguns deles:
“O verdadeiro espírita não é o que crê nas
manifestações, mas aquele que aproveita do
ensino dado pelos Espíritos. De nada adianta
acreditar, se a crença não o levar a dar um
passo à frente no caminho do progresso e
não o tornar melhor para como seu próxi-
mo.” (KARDEC, O Espiritismo na sua expressão mais sim-
plesmente)
Resumindo...
“O verdadeiro espírita não é o que crê nas
manifestações, mas aquele que aproveita do
ensino dado pelos Espíritos. De nada adianta
acreditar, se a crença não o levar a dar um
passo à frente no caminho do progresso e
não o tornar melhor para como seu próxi-
mo.” (KARDEC, O Espiritismo na sua expressão mais sim-
plesmente)
“[…] Ora, o verdadeiro espírita vê as coisas
deste mundo de um ponto de vista tão eleva-
do; elas lhe parecem tão pequenas, tão mes-
quinhas, a par do futuro que o aguarda; a vi-
da se lhe mostra tão curta, tão fugaz, que,
aos seus olhos, as tribulações não passam de
incidentes desagradáveis, no curso de uma
viagem. O que, em outro, produziria violenta
emoção, mediocremente o afeta. […].” (KAR-
DEC, O Livro dos Espíritos – Introdução)
Fugaz: que desaparece rapidamente, que dura muito pou-
co; efêmero, passageiro. (HOUAISS)
“[…] O verdadeiro espírita jamais deixará de
fazer o bem. Lenir corações aflitos; consolar,
acalmar desesperos, operar reformas morais,
essa a sua missão. É nisso também que en-
contrará satisfação real. […].” (KARDEC, O Livro
dos Médiuns)
Lenir: tornar mais fácil de suportar; aliviar, lenificar,
suavizar. (HOUAISS)
“O verdadeiro Espírita não é aquele que che-
gou ao objetivo, mas aquele que quer seria-
mente atingi-lo. Quaisquer que sejam, pois,
seus antecedentes, é bom Espírita desde que
reconheça suas imperfeições, e que é sincero
e perseverante em seu desejo de se emen-
dar.” (KARDEC, Revista Espírita 1861)
“[…] o verdadeiro espírita é reconhecido por
suas qualidades. Ora, a primeira de que deve
dar provas é a abnegação da personalidade;
é, pois, por seus atos que o reconhecemos,
mais que pelas palavras. […] o verdadeiro
Espírita não é movido nem pela ambição,
nem pelo amor-próprio. […].” (KARDEC, Viagem
Espírita 1862)
“Reconhecereis, pois, o verdadeiro Espírita
pela prática da caridade em pensamentos,
em palavras e em ações, e dizei-vos que,
quem nutre em sua alma sentimentos de
animosidade, de rancor, de ódio, de inveja
ou de ciúme mente a si mesmo se pretende
compreender e praticar o Espiritismo.” (KAR-
DEC, Revista Espírita 1862)
“O verdadeiro Espírita, como verdadeiro cris-
tão, pode ter inimigos; - o Cristo não os te-
ve? - Mas não é o inimigo de ninguém, por-
que está sempre pronto a perdoar e a resti-
tuir o bem pelo mal. […].” (KARDEC, Revista Espíri-
ta 1862)
“A maneira pela qual o verdadeiro Espírita
encara as coisas deste mundo e do outro, le-
va-o a domar em si as mais violentas pai-
xões, mesmo a cólera e a vingança.” (KARDEC,
Revista Espírita 1863)
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua
transformação moral e pelos esforços que
emprega para domar suas inclinações más.”
(KARDEC, ESE, cap. XVII – Sede perfeitos, item 4)
Lucas 8,4-8: “Ajuntou-se uma grande multi-
dão, e de todas as cidades as pessoas iam
até Jesus. Então ele contou esta parábola:
'O semeador saiu para semear a sua semen-
te. Enquanto semeava, uma parte caiu à bei-
ra do caminho; foi pisada e os passarinhos
foram, e comeram tudo. Outra parte caiu
sobre pedras; brotou e secou, porque não
havia umidade. Outra parte caiu no meio de
espinhos; os espinhos brotaram junto, e a
sufocaram. Outra parte caiu em terra boa;
brotou e deu fruto, cem por um'. Dizendo
isso, Jesus exclamou: 'Quem tem ouvidos
para ouvir, ouça'.”
No texto bíblico já se afirma que a narrativa
é uma parábola.
No dicionário Houaiss, lemos:
Parábola: 1 Narrativa alegórica que transmite
uma mensagem indireta, por meio de compara-
ção ou analogia; 1.1 Narrativa alegórica que
encerra um preceito religioso ou moral.
E do Michaelis, tomamos:
Alegoria: 1 Expressão de uma ideia sob forma
figurada; 2 Ficção que representa um objeto
para dar ideia de outro.
Jesus, a pedido de seus discípulos, explica-
lhes essa parábola do Semeador:
Lucas 8,11-15: “A parábola quer dizer o seguin-
te: a semente é a Palavra de Deus. Os que es-
tão à beira do caminho são aqueles que ouvi-
ram; mas, depois chega o diabo, e tira a Pala-
vra do coração deles, para que não acreditem,
nem se salvem. Os que caíram sobre a pedra
são aqueles que, ouvindo, acolheram com ale-
gria a Palavra. Mas eles não têm raiz: por um
momento, acreditam; mas na hora da tentação
voltam atrás. O que caiu entre os espinhos são
aqueles que ouvem, mas, continuando a cami-
nhar, se afogam nas preocupações, na riqueza e
nos prazeres da vida, e não chegam a amadu-
recer. O que caiu em terra boa são aqueles que,
ouvindo de coração bom e generoso, conservam
a Palavra, e dão fruto na perseverança.”
Se essas palavras do Cristo também se diri-
gem aos espíritas, então, cabe-nos pergun-
tar: como nós a estamos recebendo?
Cada um de nós, aqui presente nessa Casa
Espírita, que nos acolhe com carinho, deve-
mos refletir sobre a maneira que com esta-
mos recebendo a palavra de Deus, identi-
ficando qual tipo de semente somos.
Enquadramo-nos como a semente que caiu:
 à beira do caminho?
 sobre as pedras?
 entre os espinhos?
 em terra boa, dando frutos cem por um?
Lucas 12,43: “Muito se pedirá àquele a
quem muito se houver dado e maiores
contas serão tomadas àquele a quem
mais coisas se haja confiado.”
“O Espiritismo não veio para ser uma nova
forma de venerar a Deus ou ao Cristo, um
novo conjunto de rituais, mas para ser o
fator primordial de libertação das criaturas.
Libertação do domínio do erro e do vício pelo
esclarecimento das consciências.”
(Dr. Ary Lex, 1916-2001)
Referência bibliográfica:
ALMEIDA, J. S. As parábolas de Jesus nos dias de hoje. São
Paulo: DPL, 2001.
BATISTA, E. A. O Universo Maravilhoso das parábolas. Belo
Horizonte: EDIAME, 2010.
KARDEC, A. A Gênese, Rio de Janeiro: FEB, 2007.
KARDEC, A. Viagem Espírita em 1862. Matão, SP: O Clarim,
2000b.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de
Janeiro: FEB, 1990.
KARDEC, A. O Livro dos Médiuns, Rio de Janeiro: FEB, 2007a.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2007b.
KARDEC, A. Obras Póstumas. Rio de Janeiro: FEB, 2006.
KARDEC, A. Revista Espírita 1860. Araras, SP: IDE, 2000a.
KARDEC, A. Revista Espírita 1861. Araras, SP: IDE, 1993b.
KARDEC, A. Revista Espírita 1862. Araras, SP: IDE, 1993c.
KARDEC, A. Revista Espírita 1863. Araras, SP: IDE, 2000b.
KARDEC, A. Revista Espírita 1866. Araras, SP: IDE, 1993e.
KARDEC, A. Revista Espírita 1867. Araras, SP: IDE, 1999.
NETO SOBRINHO, P. S. Espírito de Verdade, quem seria ele?,
disponível em www.paulosnetos.net, 2012.
XAVIER, F. C. A Caminho da Luz, Rio de Janeiro: FEB, 1987.
XAVIER, F. C. Missionários da Luz, Rio de Janeiro: FEB, 1986.
Imagens:
ESE:
http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2014/05/Capa-
Evangelio.png
Kardec: http://kdfrases.com/frases-imagens/frase-com-o-egoismo-e-o-
orgulho-que-andam-de-maos-dadas-havera-sempre-um-caminho-para-
o-mais-sagaz-allan-kardec-91653.jpg
Interrogação: http://inteliagro.com.br/wp-
content/uploads/2014/04/page4-img2.jpg
Caridade:
http://www.institutochicoxavier.com/images/stories/fotos/2013/10/25/c
aridade.jpg
Site:
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A perfeição espírita e seus graus

  • 1. OO EEvangelhovangelho SSegundo oegundo o EEspiritismospiritismo Cap. XVIICap. XVII Sede perfeitosSede perfeitos
  • 2. ““A perfeição não é apostoladoA perfeição não é apostolado de um dia e sim dos milênios ede um dia e sim dos milênios e cada mente traz consigo ascada mente traz consigo as marcas da própria ação demarcas da própria ação de ontem e de hoje, determinando,ontem e de hoje, determinando, por si mesma, o cárcere ou apor si mesma, o cárcere ou a libertação de amanhã.”libertação de amanhã.” (Bezerra de Menezes)
  • 3. “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perse- guem e caluniam; porque, se somente amar- des os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publica- nos? Se saudardes unicamente os vossos ir- mãos, que fazeis com isso mais do que ou- tros? Os pagãos não fazem o mesmo? Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial.” (MATEUS, 5:44, 46 a 48.)
  • 4. “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perse- guem e caluniam; porque, se somente amar- des os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publica- nos? Se saudardes unicamente os vossos ir- mãos, que fazeis com isso mais do que ou- tros? Os pagãos não fazem o mesmo? Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial.” (MATEUS, 5:44, 46 a 48.)
  • 5. “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perse- guem e caluniam; porque, se somente amar- des os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publica- nos? Se saudardes unicamente os vossos ir- mãos, que fazeis com isso mais do que ou- tros? Os pagãos não fazem o mesmo? Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial.” (MATEUS, 5:44, 46 a 48.)
  • 6. Comentários de Kardec: “Visto que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celes- tial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição abso- luta. Se fosse dado à criatura ser tão perfeita quanto o Criador, ela se tornaria igual a este, o que é inadmissível. Mas os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuan- ça. Jesus se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforcem por alcançá-lo. ==>
  • 7. Aquelas palavras devem, pois, ser entendi- das no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos per- seguem”. Mostra, desse modo, que a essên- cia da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes. ==>
  • 8. Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defei- tos, reconheceremos não haver nenhum que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm o seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a ne- gação, já que tudo que superexcita o senti- mento da personalidade destrói, ou, pelo me nos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indul- gência, a abnegação e o devotamento. ==>
  • 9. No Dicionário Houaiss, lemos: Egoísmo: 1 amor exagerado aos próprios interesses a despeito dos de outrem; 2 exclusivismo que leva uma pessoa a se tomar como referência a tudo; orgulho, presunção. Orgulho:: 1 sentimento de prazer, de grande satisfa- ção com o próprio valor, com a própria honra; 2 pej. sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor-pró- prio; arrogância, soberba.
  • 10.
  • 11. Não podendo o amor do próximo, levado até o amor dos inimigos, aliar-se a nenhum de- feito contrário à caridade, aquele amor é, por isso mesmo, sempre indício de maior ou me- nor superioridade moral, donde resulta que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de ter dado a seus discípulos as regras da cari- dade, no que tem de mais sublime, lhes dis- se: 'Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial'.” (KARDEC, ESE, cap. XVII, item 2)
  • 12. Distinguem-se três fases com as quais po- demos definir a nossa situação diante da Doutrina Espírita.
  • 13. Distinguem-se três fases com as quais po- demos definir a nossa situação diante da Doutrina Espírita. 1ª – nós entramos na Doutrina Espírita;
  • 14. Distinguem-se três fases com as quais po- demos definir a nossa situação diante da Doutrina Espírita. 1ª – nós entramos na Doutrina Espírita; 2ª – a Doutrina Espírita entra em nós;
  • 15. Distinguem-se três fases com as quais po- demos definir a nossa situação diante da Doutrina Espírita. 1ª – nós entramos na Doutrina Espírita; 2ª – a Doutrina Espírita entra em nós; 3ª – a Doutrina Espírita sai por nós (a favor do próximo e de nós mesmos).
  • 16. Kardec tinha a Doutrina Espírita como sendo 3ª Revelação divina a Humanidade, em razão disso, teceu considerações sobre como os seus adeptos a viam, classificando-os em três graus. É o que se vê na “Conclusão” de O Livro dos Espíritos, item VII, onde Kardec explica que:
  • 17. Kardec tinha a Doutrina Espírita como sendo 3ª Revelação divina a Humanidade, em razão disso, teceu considerações sobre como os seus adeptos a viam, classificando-os em três graus. É o que se vê na “Conclusão” de O Livro dos Espíritos, item VII, onde Kardec explica que: “O Espiritismo se apresenta sob três aspe- ctos diferentes: o das manifestações, o dos princípios de filosofia e de moral que delas decorrem e o da aplicação desses princípios. Daí, três classes, ou melhor, três graus de adeptos:
  • 18. 1° os que creem nas manifestações e se limi- tam a comprová-las; para esses, o Espiritis- mo é uma ciência experimental; 2° os que compreendem as suas consequên- cias morais; 3° os que praticam ou se esforçam por prati- car essa moral.”
  • 19. 1° os que creem nas manifestações e se limi- tam a comprová-las; para esses, o Espiritis- mo é uma ciência experimental; 2° os que compreendem as suas consequên- cias morais; 3° os que praticam ou se esforçam por prati- car essa moral.”
  • 20. 1° os que creem nas manifestações e se limi- tam a comprová-las; para esses, o Espiritis- mo é uma ciência experimental; 2° os que compreendem as suas consequên- cias morais; 3° os que praticam ou se esforçam por prati- car essa moral.”
  • 21. Em O Livro dos Médiuns, cap. III – Do Método, item 28, Kardec acrescentou mais uma nova categoria de espíritas:
  • 22. “4º Há, finalmente, os espíritas exaltados. A espécie humana seria perfeita, se sempre tomasse o lado bom das coisas. Em tudo, o exagero é prejudicial. Em Espiritismo, infun- de confiança demasiado cega e frequente- mente pueril, no tocante ao mundo invisível, e leva a aceitar-se, com extrema facilidade e sem verificação, aquilo cujo absurdo, ou im- possibilidade a reflexão e o exame demons- trariam. O entusiasmo, porém, não reflete, deslumbra. Esta espécie de adeptos é mais nociva do que útil à causa do Espiritismo. ==>
  • 23. São os menos aptos para convencer a quem quer que seja, porque todos, com razão, desconfiam dos julgamentos deles. Graças à sua boa-fé, são iludidos, assim, por Espíritos mistificadores, como por homens que procu- ram explorar-lhes a credulidade. Meio-mal apenas haveria, se só eles tivessem que so- frer as consequências. O pior é que, sem o quererem, dão armas aos incrédulos, que antes buscam ocasião de zombar, do que se convencerem e que não deixam de imputar a todos o ridículo de alguns. […].” (KARDEC, LM)
  • 24. Foram os próprios Espíritos Superiores que deixaram bem claro que o Espiritismo, além de ser a 3ª revelação divina a humanidade, é, também, o Cristianismo redivivo, então, Kardec teve plena razão ao dizer que: “Assim será com os adeptos do Espiritismo. Pois que a doutrina que professam mais não é do que o desenvolvimento e a aplicação da do Evangelho, também a eles se dirigem as palavras do Cristo. Eles semeiam na Terra o que colherão na vida espiritual. […].” (KARDEC, ESE, cap. XXIV, item 16)
  • 25. Na Revista Espírita 1861, voltando ao assun- to, Kardec disse: “Traçamos, em O Livro dos Médiuns, o cará- ter das principais variedades de Espíritas; sendo essa distinção importante para o as- sunto que nos ocupa, cremos dever lembrá- la.
  • 26. Podem-se colocar em primeira linha aqueles que creem, pura e simplesmente, nas mani- festações. O Espiritismo não é para eles se- não uma ciência de observação, uma série de fatos mais ou menos curiosos; a filosofia e a moral são acessórios, dos quais pouco se preocupam, ou dos quais não supõem a im- portância. Nós os chamamos Espíritas expe- rimentadores.
  • 27. Vêm em seguida aqueles que veem no Espiri- tismo outra coisa senão os fatos; compreende- lhe a importância filosófica; admiram a moral que dele decorre, mas não a praticam; exta- siam-se diante de belas comunicações, como diante de um eloquente sermão que se escuta sem aproveitá-lo. Sua influência sobre seu caráter é insignificante ou nula; não mudam nada em seus hábitos e não se privariam de um único gozo: o avarento é sempre sovina, o orgulhoso sempre cheio de si mesmo, o inve- joso e o ciumento sempre hostis; para eles a caridade cristã não é senão uma bela máxima, e os bens deste mundo dominam, em sua esti- ma, sobre os do futuro: esses são os espíritas imperfeitos.
  • 28. Ao lado daqueles há outros, mais numerosos do que se crê, que não se limitam a admirar a moral espírita, mas que a praticam e lhe aceitam, por si mesmos, todas as conse- quências. Convencidos de que a existência terrestre é uma prova passageira, tratam de aproveitar seus curtos instantes para cami- nhar na senda do progresso, esforçando-se por fazer o bem e reprimir seus maus pen- dores; suas relações são sempre seguras, porque sua convicção os distancia de todo pensamento do mal. A caridade é, em todas as coisas, a regra de sua conduta; esses são os verdadeiros Espíritas, ou melhor, os Espí- ritas cristãos.”
  • 29. Qual é a máxima da Doutrina Espírita?
  • 30. “FORA DO ESPIRITISMO NÃO HÁ SALVAÇÃO.”
  • 31. “Em vez do postulado: Fora da Igreja não há salvação, que alimenta a separação e a ani- mosidade entre as diferentes seitas religio- sas e que há feito correr tanto sangue, o Es- piritismo tem como divisa: Fora da Caridade não há salvação, isto é, a igualdade entre os homens perante Deus, a tolerância, a liber- dade de consciência e a benevolência mú- tua.” (KARDEC, Obras Póstumas)
  • 32. “[…] inscrevemos sobre a bandeira do Espiri- tismo: Fora da caridade não há salvação, máxima aclamada, […] se tornando a palavra de união de todos aqueles que veem no Espi- ritismo outra coisa do que um fato material. […]. Inscrevendo no frontispício do Espiritismo a suprema lei do Cristo, abrimos o caminho para o Espiritismo cristão; fomos instituídos, pois, em desenvolver-lhe os princípios, assim como os caracteres do verdadeiro espírita sob esse ponto de vista.” (Revista Espírita 1866) Frontispício: fachada principal de um edifício. (HOUAISS)
  • 33.
  • 34. Obviamente, que dentro dessa visão, só temos um personagem para nos servir de guia e modelo. Esse foi um dos pontos que Kardec, para não deixar margem a nenhuma dúvida, procurou definir com os Espíritos Superiores:
  • 35. 625. Qual o tipo mais perfeito que Deus já ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e modelo? “Vede Jesus.”
  • 36. 625. Qual o tipo mais perfeito que Deus já ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e modelo? “Vede Jesus.” se segue se copia
  • 37. Comentários de Kardec: “Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a doutrina que ensi- nou é a mais pura expressão de Sua lei, por- que, sendo Jesus o mais puro que já apare- ceu na Terra, o Espírito Divino o animava. ==>
  • 38. Se alguns dos que pretendem instruir o homem na Lei de Deus algumas vezes trans- viaram por meio de falsos princípios, foi por- que se deixaram dominar por sentimentos demasiado terrenos e porque confundiram as leis que regulam as condições da vida da alma com as que regem a vida do corpo. Muitos deles apresentaram como Leis divinas o que eram simples leis humanas, criadas para servir às paixões e para dominar os homens.” (KARDEC, LE)
  • 39. Uma vez que, um pouco atrás, se falou em caracteres do verdadeiro espírita, seria bom refletirmos sobre eles visando “o conhecer a si mesmo”, para que, de forma eficaz, pos- samos trabalhar a transformação moral, que nos dará a felicidade que tanto almejamos. Vejamos alguns deles:
  • 40. “O verdadeiro espírita não é o que crê nas manifestações, mas aquele que aproveita do ensino dado pelos Espíritos. De nada adianta acreditar, se a crença não o levar a dar um passo à frente no caminho do progresso e não o tornar melhor para como seu próxi- mo.” (KARDEC, O Espiritismo na sua expressão mais sim- plesmente) Resumindo...
  • 41. “O verdadeiro espírita não é o que crê nas manifestações, mas aquele que aproveita do ensino dado pelos Espíritos. De nada adianta acreditar, se a crença não o levar a dar um passo à frente no caminho do progresso e não o tornar melhor para como seu próxi- mo.” (KARDEC, O Espiritismo na sua expressão mais sim- plesmente)
  • 42. “[…] Ora, o verdadeiro espírita vê as coisas deste mundo de um ponto de vista tão eleva- do; elas lhe parecem tão pequenas, tão mes- quinhas, a par do futuro que o aguarda; a vi- da se lhe mostra tão curta, tão fugaz, que, aos seus olhos, as tribulações não passam de incidentes desagradáveis, no curso de uma viagem. O que, em outro, produziria violenta emoção, mediocremente o afeta. […].” (KAR- DEC, O Livro dos Espíritos – Introdução) Fugaz: que desaparece rapidamente, que dura muito pou- co; efêmero, passageiro. (HOUAISS)
  • 43. “[…] O verdadeiro espírita jamais deixará de fazer o bem. Lenir corações aflitos; consolar, acalmar desesperos, operar reformas morais, essa a sua missão. É nisso também que en- contrará satisfação real. […].” (KARDEC, O Livro dos Médiuns) Lenir: tornar mais fácil de suportar; aliviar, lenificar, suavizar. (HOUAISS)
  • 44. “O verdadeiro Espírita não é aquele que che- gou ao objetivo, mas aquele que quer seria- mente atingi-lo. Quaisquer que sejam, pois, seus antecedentes, é bom Espírita desde que reconheça suas imperfeições, e que é sincero e perseverante em seu desejo de se emen- dar.” (KARDEC, Revista Espírita 1861)
  • 45. “[…] o verdadeiro espírita é reconhecido por suas qualidades. Ora, a primeira de que deve dar provas é a abnegação da personalidade; é, pois, por seus atos que o reconhecemos, mais que pelas palavras. […] o verdadeiro Espírita não é movido nem pela ambição, nem pelo amor-próprio. […].” (KARDEC, Viagem Espírita 1862)
  • 46. “Reconhecereis, pois, o verdadeiro Espírita pela prática da caridade em pensamentos, em palavras e em ações, e dizei-vos que, quem nutre em sua alma sentimentos de animosidade, de rancor, de ódio, de inveja ou de ciúme mente a si mesmo se pretende compreender e praticar o Espiritismo.” (KAR- DEC, Revista Espírita 1862)
  • 47. “O verdadeiro Espírita, como verdadeiro cris- tão, pode ter inimigos; - o Cristo não os te- ve? - Mas não é o inimigo de ninguém, por- que está sempre pronto a perdoar e a resti- tuir o bem pelo mal. […].” (KARDEC, Revista Espíri- ta 1862)
  • 48. “A maneira pela qual o verdadeiro Espírita encara as coisas deste mundo e do outro, le- va-o a domar em si as mais violentas pai- xões, mesmo a cólera e a vingança.” (KARDEC, Revista Espírita 1863)
  • 49. “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.” (KARDEC, ESE, cap. XVII – Sede perfeitos, item 4)
  • 50. Lucas 8,4-8: “Ajuntou-se uma grande multi- dão, e de todas as cidades as pessoas iam até Jesus. Então ele contou esta parábola: 'O semeador saiu para semear a sua semen- te. Enquanto semeava, uma parte caiu à bei- ra do caminho; foi pisada e os passarinhos foram, e comeram tudo. Outra parte caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. Outra parte caiu no meio de espinhos; os espinhos brotaram junto, e a sufocaram. Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por um'. Dizendo isso, Jesus exclamou: 'Quem tem ouvidos para ouvir, ouça'.”
  • 51. No texto bíblico já se afirma que a narrativa é uma parábola. No dicionário Houaiss, lemos: Parábola: 1 Narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de compara- ção ou analogia; 1.1 Narrativa alegórica que encerra um preceito religioso ou moral. E do Michaelis, tomamos: Alegoria: 1 Expressão de uma ideia sob forma figurada; 2 Ficção que representa um objeto para dar ideia de outro.
  • 52. Jesus, a pedido de seus discípulos, explica- lhes essa parábola do Semeador:
  • 53. Lucas 8,11-15: “A parábola quer dizer o seguin- te: a semente é a Palavra de Deus. Os que es- tão à beira do caminho são aqueles que ouvi- ram; mas, depois chega o diabo, e tira a Pala- vra do coração deles, para que não acreditem, nem se salvem. Os que caíram sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolheram com ale- gria a Palavra. Mas eles não têm raiz: por um momento, acreditam; mas na hora da tentação voltam atrás. O que caiu entre os espinhos são aqueles que ouvem, mas, continuando a cami- nhar, se afogam nas preocupações, na riqueza e nos prazeres da vida, e não chegam a amadu- recer. O que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo de coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto na perseverança.”
  • 54. Se essas palavras do Cristo também se diri- gem aos espíritas, então, cabe-nos pergun- tar: como nós a estamos recebendo?
  • 55. Cada um de nós, aqui presente nessa Casa Espírita, que nos acolhe com carinho, deve- mos refletir sobre a maneira que com esta- mos recebendo a palavra de Deus, identi- ficando qual tipo de semente somos. Enquadramo-nos como a semente que caiu:  à beira do caminho?  sobre as pedras?  entre os espinhos?  em terra boa, dando frutos cem por um?
  • 56. Lucas 12,43: “Muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores contas serão tomadas àquele a quem mais coisas se haja confiado.”
  • 57. “O Espiritismo não veio para ser uma nova forma de venerar a Deus ou ao Cristo, um novo conjunto de rituais, mas para ser o fator primordial de libertação das criaturas. Libertação do domínio do erro e do vício pelo esclarecimento das consciências.” (Dr. Ary Lex, 1916-2001)
  • 58. Referência bibliográfica: ALMEIDA, J. S. As parábolas de Jesus nos dias de hoje. São Paulo: DPL, 2001. BATISTA, E. A. O Universo Maravilhoso das parábolas. Belo Horizonte: EDIAME, 2010. KARDEC, A. A Gênese, Rio de Janeiro: FEB, 2007. KARDEC, A. Viagem Espírita em 1862. Matão, SP: O Clarim, 2000b. KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Rio de Janeiro: FEB, 1990. KARDEC, A. O Livro dos Médiuns, Rio de Janeiro: FEB, 2007a. KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB, 2007b. KARDEC, A. Obras Póstumas. Rio de Janeiro: FEB, 2006. KARDEC, A. Revista Espírita 1860. Araras, SP: IDE, 2000a. KARDEC, A. Revista Espírita 1861. Araras, SP: IDE, 1993b. KARDEC, A. Revista Espírita 1862. Araras, SP: IDE, 1993c.
  • 59. KARDEC, A. Revista Espírita 1863. Araras, SP: IDE, 2000b. KARDEC, A. Revista Espírita 1866. Araras, SP: IDE, 1993e. KARDEC, A. Revista Espírita 1867. Araras, SP: IDE, 1999. NETO SOBRINHO, P. S. Espírito de Verdade, quem seria ele?, disponível em www.paulosnetos.net, 2012. XAVIER, F. C. A Caminho da Luz, Rio de Janeiro: FEB, 1987. XAVIER, F. C. Missionários da Luz, Rio de Janeiro: FEB, 1986. Imagens: ESE: http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2014/05/Capa- Evangelio.png Kardec: http://kdfrases.com/frases-imagens/frase-com-o-egoismo-e-o- orgulho-que-andam-de-maos-dadas-havera-sempre-um-caminho-para- o-mais-sagaz-allan-kardec-91653.jpg Interrogação: http://inteliagro.com.br/wp- content/uploads/2014/04/page4-img2.jpg Caridade: http://www.institutochicoxavier.com/images/stories/fotos/2013/10/25/c aridade.jpg