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Os parentesOs parentes
desencarnadosdesencarnados
nos recebemnos recebem
após aapós a
morte?morte?
“E quando eu me for e vos tiver
preparado um lugar, virei novamente e
vos levarei comigo, a fim de que, onde eu
estiver estejais vós também.”
(Jesus, em João 14,3)
Tomaremos como base para esse estudo a
Parábola do mau rico e Lázaro, pela
narrativa do Evangelho de Lucas, que,
como se sabe, é o único autor bíblico que
a menciona.
Vejamos, então, o passo para em seguida
analisá-lo por trechos, visando responder
a essa pergunta.
“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e
linho fino e cada dia se banqueteava com requinte.
Um pobre, chamado Lázaro, jazia à sua porta, co-
berto de úlceras. Desejava saciar-se do que caía da
mesa do rico... E até os cães vinham lamber-lhe as
úlceras. Aconteceu que o pobre morreu e foi levado
pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o
rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, em
meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe
Abraão e Lázaro em seu seio. Então exclamou: 'Pai
Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro
molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua,
pois estou torturado nesta chama'. Abraão respon-
deu: 'Filho, lembra-te de que recebeste teus bens
durante tua vida, e Lázaro por sua vez os males;
agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és
atormentado. ==>
E além do mais, entre nós e vós existe um grande
abismo, a fim de que aqueles que quiserem passar
daqui para junto de vós não o possam, nem tam-
pouco atravessem de lá até nós'. Ele replicou: 'Pai,
eu te suplico, envia então Lázaro até à casa de meu
pai, pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu
testemunho, para que não venham eles também
para este lugar de tormento'. Abraão, porém, res-
pondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas; que os
ouçam'. Disse ele: 'Não, pai Abraão, mas se alguém
dentre os mortos for procurá-los, eles se arrepen-
derão'. Mas Abraão lhe disse: 'Se não escutam nem
a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém
ressuscite dos mortos, não se convencerão'."
(Lucas 16,19-31). (fonte: Bíblia de Jerusalém)
Essa parábola é também analisada em
O Evangelho Segundo o Espiritismo, no
cap. XVI – Não se pode servir a Deus e
a mamon, cujo destaque é a questão
da dificuldade da salvação dos ricos.
Mamon: palavra hebraica que significa riqueza.
(Dicionário Prático Barsa)
Sem negar o quanto é difícil a um rico se
salvar, pois, de fato, isso é bem uma ver-
dade, vamos, porém, tratar essa passa-
gem por uma outra ótica, mantendo-nos
firmes no propósito de realçar alguns os
princípios doutrinários.
O primeiro ponto que destacamos no
texto é o fato de que, por ele, se pode
concluir que a alma conserva sua indivi-
dualidade após a morte, o que confirma
o acerto da resposta dos Espíritos Supe-
riores a Kardec sobre isso:
150. Após a morte, a alma conserva a sua
individualidade?
“Sim; jamais a perde. Que seria ela, se não
a conservasse?”
150. Após a morte, a alma conserva a sua
individualidade?
“Sim; jamais a perde. Que seria ela, se não
a conservasse?”
150-a. Como a alma constata a sua indivi-
dualidade, uma vez que não tem mais o
corpo material?
“Ela tem ainda um fluido que lhe é próprio,
haurido na atmosfera do seu planeta e que
representa a aparência de sua última en-
carnação: seu perispírito.” (KARDEC, O Livro
dos Espíritos, p. 143-144)
Visando tornar mais fácil a apresentação
de nossas considerações ao texto bíblico,
iremos destacar os trechos, que julgamos
importantes para análise, buscando dar-
lhes uma visão espírita.
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
Os anjos representam os Espíritos, que, no
mundo espiritual, prestam assistência àque-
les que, pela morte, saem do mundo físico.
São, como se diz, “gente como a gente”; ape
nas que estão fora da carne e, seguramente,
num estágio evolutivo superior ao nosso, o
que lhes permite nos ajudar no momento do
trespasse de volta à nossa pátria de origem:
o mundo espiritual.
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
No texto bíblico, eles, os anjos, foram os Es-
píritos que participaram do processo de de-
sencarnação de Lázaro e depois o levaram
para onde se encontrava Abraão, o primeiro
patriarca hebreu.
Entre esses Espíritos podemos, inclusive, en-
contrar alguns parentes desencarnados, por-
quanto, os laços de amor são eternos, não se
rompem com a morte física.
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
128. Os seres a que chamamos anjos, arcan-
jos, serafins, formam uma categoria espe-
cial, de natureza diferente da dos outros
Espíritos?
“Não; são Espíritos puros: os que se acham
no mais alto grau da escala e reúnem todas
as perfeições.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 130)
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
129. Os anjos hão percorrido todos os graus
da escala?
“Percorreram todos os graus, mas do modo
que havemos dito: uns, aceitando sem mur-
murar suas missões, chegaram depressa;
outros, gastaram mais ou menos tempo para
chegar à perfeição.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos,
p. 130)
Escala Espírita – classes de Espíritos
Anjos cujos nomes são mencionados na Bí-
blia:
Gabriel (Daniel 8,16; 9,21; Lucas 1,19; 1,26)
Rafael (Livro Tobias)
Miguel (Daniel 10,13.21; 12,1, Judas 1,9; Apocali-
pse 12,7)
O detalhe bem curioso desses três nomes é
que são os mesmos que nós, seres humanos,
damos aos nossos filhos, o que torna viável
serem eles nada mais que espíritos humanos
desencarnados.
Lucas 20,34-36: “Jesus lhes respondeu: 'Os
filhos deste mundo casam-se e dão-se em ca
samento; mas os que forem julgados dignos
de ter parte no outro mundo e na ressurrei-
ção dos mortos, não tomam nem mulher
nem marido; como também não podem mor-
rer: são semelhantes aos anjos e são filhos
de Deus, sendo filhos da ressurreição.” (ver tb
Mateus 22,29-30; Marcos 12,24-25)
Atos 12,1-16: “[…] o rei Herodes […] mandou
matar à espada Tiago, irmão de João. Vendo que
isso agradava aos judeus, decidiu prender tam-
bém Pedro. […] De repente, apareceu o anjo do
Senhor, e a cela ficou toda iluminada. O anjo to-
cou o ombro de Pedro, […] 'Levante-se depres-
sa'. As correntes caíram […] Pedro […] foi para a
casa de Maria, […] Bateu à porta, e […] Rosa, foi
abrir. […] reconheceu a voz de Pedro, mas sua
alegria foi tanta que, em vez de abrir a porta,
entrou correndo para contar que Pedro estava
ali, junto à porta. […] Eles disseram: 'Então deve
ser o seu anjo!' Pedro, entretanto, continuava a
bater. Por fim, eles abriram a porta: era Pedro
mesmo. E eles ficaram sem palavras.”
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
285. Os Espíritos se reconhecem por terem
convivido na Terra? O filho reconhece o pai,
o amigo reconhece o seu amigo?
“Sim, e assim de geração em geração.” (KAR-
DEC, O Livro dos Espíritos, p. 219)
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
285-a. Como se reconhecem no mundo dos
Espíritos os homens que se conheceram na
Terra?
“Vemos a nossa vida pretérita e lemos nela
como num livro. Vendo o pretérito dos nos-
sos amigos e dos nossos inimigos, aí vemos
a sua passagem da vida para a morte.” (KAR-
DEC, O Livro dos Espíritos, 2006, p. 219)
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
286. Ao deixar os seus despojos mortais, a
alma vê imediatamente os parentes e amigos
que a precederam no mundo dos Espíritos?
“Nem sempre imediatamente. Como já disse-
mos, ela precisa de algum tempo para reco-
nhecer-se e desembaraçar-se do véu mate-
rial.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 219)
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
289. Nossos parentes e amigos vêm, algumas
vezes, encontrar-se conosco quando deixamos a
Terra?
“Sim, os Espíritos vão ao encontro da alma a
que se afeiçoaram. Felicitam-na, como se regres
sasse de uma viagem, por haver escapado aos
perigos da estrada, e ajudam-na a desprender-
se dos laços corporais. É uma graça concedida
aos bons Espíritos quando os seres que os a-
mam vêm ao seu encontro, ao passo que aquele
que se acha maculado permanece no isolamento
ou só tem a rodeá-lo os que lhe são semelhan-
tes. É uma punição.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos,
p. 219-220)
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
290. Os parentes e amigos sempre se reú-
nem depois da morte?
“Depende de sua elevação e do caminho que
seguem para progredir. Se um deles está
mais adiantado e caminha mais depressa do
que outro, não poderão ficar juntos; é possí-
vel que se vejam algumas vezes, mas só es-
tarão reunidos para sempre quando puderem
caminhar lado a lado, ou quando se houve-
rem igualado na perfeição. Além disso, a pri-
vação de ver os parentes e amigos é, às ve-
zes, uma punição.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p.
220)
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
Abraão, às vezes, designado de “pai Abraão”,
ele pode bem representar os nossos parentes
já desencarnados que, se tivermos elevação
moral, já os veremos até mesmo durante o
processo do nosso desenlace e, tão logo se
complete o desencarne, iremos encontrá-los.
O que se pode comprovar nas questões de O
Livro dos Espíritos, já citadas e, especial-
mente, com esta, que segue, transcrita da
obra O que é o Espiritismo:
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
“153. Encontra a alma no mundo dos Espí-
ritos os parentes que ali a precederam?
“Não só os encontra, como também a outros
muitos, seus conhecidos de outras existên-
cias. Geralmente, aqueles que mais a amam
vêm recebê-la à sua chegada no mundo espi
ritual, e ajudam-na a desprender-se dos
laços terrenos. Entretanto, a privação de ver
as almas mais caras é, algumas vezes,
punição para os culpados'.” (KARDEC, O que é o
Espiritismo, p. 212)
a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos
anjos ao seio de Abraão”
“O instante em que um deles vê cessar sua es-
cravidão, pela ruptura dos laços que o retêm ao
corpo, é um instante solene; em sua reentrada
no mundo dos Espíritos, é acolhido por seus
amigos, que vêm recebê-lo como no retorno de
uma penosa viagem; se a travessia foi feliz,
quer dizer, se o tempo de exílio foi empregado
de modo proveitoso, por ele, e o eleva na hierar
quia do mundo dos Espíritos, felicitam-no; aí re-
encontra àqueles que conheceu, mistura-se à-
queles que o amam e simpatizam com ele, e en
tão começa, verdadeiramente, para ele, sua no-
va existência.” (KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 87)
b) “Morreu também o rico e foi sepultado”
Considerando que tanto os bons quanto os
maus morrem, isso nos leva a concluir que a
morte não pode ser vista, pela ótica em que,
geralmente, a tomam, ou seja, como sendo
um castigo de Deus imposto à humanidade
por conta do “original” pecado de Adão e
Eva; até mesmo porque os animais, que na-
da têm a ver com essa história, também mor
rem. A morte, portanto, decorre de Lei Natu-
ral, sob a qual todos os seres vivos estão su-
jeitos, sem exceção alguma.
b) “Morreu também o rico e foi sepultado”
Diferente do que aconteceu com Lázaro, por
lhe faltar merecimento, o rico não foi recebi-
do pelos anjos (Espíritos) como, também,
não se encontrou com nenhum dos parentes
que o antecederam à morte. Certamente,
que aqui vale esta assertiva de Jesus: “a
cada um segundo suas obras”. (Mt 16,27).
c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os
olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio”
Algo bem interessante encontramos aqui. Tra
ta-se de perceber que, naquela época de
Jesus, acreditava-se em “mansão dos mor-
tos” e não em “céu e inferno”, como, às ve-
zes, nos querem fazer crer alguns teólogos
presos aos dogmas instituídos por sua Igreja.
E, conforme supunham, para a mansão dos
mortos iam, indistintamente, todos os Espíri-
tos desencarnados, fossem eles bons ou
maus.
c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os
olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio”
É oportuno observar que no texto está se afir
mando que o rico viu, ao longe, Abraão e Lá-
zaro, fato que prova estarem todos no mes-
mo local, ou melhor, na mesma região espiri-
tual.
Isto também pode ser comprovado com o
seu pedido a Abraão: “manda que Lázaro
molhe a ponta do dedo para me refrescar a
língua”.
c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os
olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio”
Bart D. Ehrman (1955- ), teólogo, ex-evangélico,
dá-nos notícia dessa crença:
“Os cristãos depois desenvolveram detalhadamente
a doutrina do céu e do inferno como os locais para
onde as almas individuais vão quando morrem. Es-
se ensinamento não é muito encontrado na Bíblia. A
maioria dos autores da Bíblia hebraica, quando acre
dita em vida após a morte, pensava que a vida
após a morte era uma existência no Xeol para todos
os seres humanos, fossem eles iníquos ou justos.
[…].” (EHRMAN, O problema com Deus, p. 226)
Xeol: É o nome hebraico dado no AT para os “infernos”,
“abismo” ou “morada dos mortos”. Julgava-se que o Xeol
ficava debaixo da terra. (Bíblia Sagrada - Vozes, p. 1539)
c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os
olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio”
Para nós, os espíritas, ambos – o rico e Lázaro
- estariam, certamente, no Umbral, região es-
piritual que circunda a Terra, como se fosse
um campo de força, no qual se acham retidos
todos os espíritos, que ainda estão vinculados
ao grau de progresso em que ela se encontra,
condição que não lhes permite irem para ou-
tros mundos mais evoluídos. Assim, permane-
cem vinculados a ela, onde, em reencarnações
futuras, passarão por novas experiências, até
conquistarem o grau máximo de evolução que
se pode alcançar aqui na Terra e a partir daí
habitarem um mundo mais elevado.
c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os
olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio”
Para explicar como é possível os bons e os
maus conviverem, ao mesmo tempo, no
Umbral, trazemos a seguinte questão de O
Livro dos Espíritos:
c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os
olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio”
278. Os Espíritos das diferentes ordens estão
misturados uns com os outros?
“Sim e não; quer dizer: eles se veem, mas se
distinguem uns dos outros. Eles se evitam ou se
aproximam, segundo a analogia ou a antipatia
de seus sentimentos, tal como acontece entre
vós. É todo um mundo, do qual o vosso é pálido
reflexo. Os da mesma categoria se reúnem por
uma espécie de afinidade e formam grupos ou
famílias, unidos pelos laços da simpatia e pelos
fins a que visam: os bons, pelo desejo de faze-
rem o bem; os maus, pelo de fazerem o mal,
pela vergonha de suas faltas e pela necessidade
de se acharem entre seres semelhantes a eles.”
c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os
olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio”
Kardec:
“Tal uma grande cidade onde os homens de
todas as classes e de todas as condições se
veem e se encontram, sem se confundirem;
onde as sociedades se formam pela analogia
dos gostos; onde o vício e a virtude convi-
vem lado a lado sem se falarem.” (KARDEC, O
Livro dos Espíritos, p. 217)
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
É certo que os Espíritos que, no plano espiri-
tual, estão numa melhor situação evolutiva,
podem ajudar aos retardatários, quer estes
estejam desencarnados ou encarnados.
Entretanto, essa ajuda só acontecerá, caso
haja a participação efetiva do coração daque-
le que a solicita. Além disso, o arrependimen
to sincero é, em muitas situações, necessário
para que se possa receber essa ajuda.
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
280. De que natureza são as relações entre
os bons e os maus Espíritos?
“Os bons se ocupam em combater as más in-
clinações dos outros, a fim de ajudá-los a su-
bir. É sua missão.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p.
216)
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
488. Os parentes e amigos que nos precede-
ram na outra vida têm mais simpatia por nós
do que os Espíritos que nos são estranhos?
“Sem dúvida, e quase sempre vos protegem
como Espíritos, segundo o poder de que dis-
põem.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 302)
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
569. Em que consistem as missões de que
podem ser encarregados os Espíritos erran-
tes?
“São tão variadas que impossível fora des-
crevê-las. Muitas há mesmo que não podeis
compreender. Os Espíritos executam as von-
tades de Deus e não vos é dado penetrar-lhe
todos os desígnios.”
==>
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
Kardec:
“As missões dos Espíritos têm sempre por
objeto o bem. Quer como Espíritos, quer co-
mo homens, são incumbidos de auxiliar o
progresso da Humanidade, dos povos ou dos
indivíduos, dentro de um círculo de ideias
mais ou menos amplas, mais ou menos es-
peciais e de velar pela execução de determi-
nadas coisas.
==>
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
Alguns desempenham missões mais restritas
e, de certo modo, pessoais ou inteiramente
locais, como sejam assistir os enfermos, os
agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de
quem se constituíram guias e protetores, di-
rigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-
lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que
há tantos gêneros de missões quantas as es-
pécies de interesses a resguardar, assim no
mundo físico, como no moral. O Espírito se
adianta conforme à maneira por que desem-
penha a sua tarefa.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos,
p. 335)
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
Além desses espíritos há, ainda, um que, es-
pecialmente, foi designado para velar por ca-
da um de nós. É importante termos consciên
cia de que todos nós temos um espírito pro-
tetor, conhecido popularmente como anjo da
guarda.
489. Há Espíritos que se liguem particular-
mente a um indivíduo para protegê-lo?
“Há o irmão espiritual, o que chamais o bom
Espírito ou o bom gênio.”
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
490. Que se deve entender por anjo de guar-
da ou anjo guardião?
“O Espírito protetor, pertencente a uma or-
dem elevada.”
491. Qual a missão do Espírito protetor?
“A de um pai com relação aos filhos; a de
guiar o seu protegido pela senda do bem,
auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas
suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas pro-
vas da vida.”
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
492. O Espírito protetor se dedica ao indiví-
duo desde o seu nascimento?
“Desde o nascimento até a morte e muitas
vezes o acompanha na vida espírita, depois
da morte, e mesmo através de muitas exis-
tências corpóreas, que mais não são do que
fases curtíssimas da vida do Espírito.” (KAR-
DEC, O Livro dos Espíritos, p. 303)
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
508. Os Espíritos que se achavam em boas
condições ao deixarem a Terra, sempre po-
dem proteger os que lhes são caros e que
lhes sobrevivem?
“Mais ou menos restrito é o poder de
que desfrutam. A situação em que se
encontram nem sempre lhes permite inteira
liberdade de ação.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos,
p. 309)
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
Interessante é o fato do rico reclamar “estou
torturado nesta chama”, porquanto, na con-
dição de espírito, sem o corpo físico, o calor
não lhe afetará em nada, conforme podemos
extrair desta fala de Kardec:
“[…] De fato, nem o frio, nem o calor são ca-
pazes de desorganizar os tecidos da alma; a
alma não pode congelar-se, nem se queimar.
[…].” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 202)
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”
Por outro lado, caso passe a sentir remorso
pelos erros cometidos, aí sim, sentir-se-á co-
mo que sendo consumido por uma chama. É
algo que até mesmo nós, os encarnados, po-
demos sentir, quando tomamos consciência
de algum ato infeliz, praticado mais por pura
ignorância das leis divinas, que a tudo rege
no Universo, do que por maldade.
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”.
Convém lembrar que o fogo, no simbolismo
bíblico, sempre foi considerado um elemento
purificador, como bem podemos ver pela se-
guinte passagem:
d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e
manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me
refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”.
Ezequiel 24,9-13: “Por isso, assim diz o
Senhor Iahweh: Ai da cidade sanguinária!
Também eu farei uma grande pilha. Amontoa
lenha bastante, acende o fogo. […] Coloque a
panela vazia sobre as brasas, para que fique
quente e seu cobre chegue a arder, de modo
que se derretam suas impurezas e sua ferru-
gem se consuma. Mas a sua ferrugem não
sairá com o fogo. As suas impurezas são
uma infâmia. Com efeito, procurei purificar-
te, mas tu não ficaste pura das tuas impure-
zas. […].” (Bíblia de Jerusalém)
e) "E além do mais, entre nós e vós existe um grande
abismo, a fim de que aqueles que quiserem passar daqui
para junto de vós não o possam, nem tampouco
atravessem de lá até nós”
Pode-se interpretar esse “grande abismo” de
duas maneiras: a primeira, seria em relação
a evolução espiritual de cada um; já a se-
gunda, consequência da anterior, diz respeito
a vibração que cada espírito emite. Só atra-
vés da reencarnação é que um espírito pode
atingir a evolução espiritual de um outro, mo
mento, no qual ambos passarão a estar no
mesmo nível. Quanto a questão vibracional,
sabe-se que os bons podem ir a qualquer lu-
gar, enquanto aos maus lhes serão restritos
certos lugares. Vejamos:
e) "E além do mais, entre nós e vós existe um grande
abismo, a fim de que aqueles que quiserem passar daqui
para junto de vós não o possam, nem tampouco
atravessem de lá até nós”.
279. Todos os Espíritos têm livre acesso a
qualquer região?
“Os bons vão a toda parte e assim deve ser,
para que possam exercer sua influência so-
bre os maus. Mas as regiões habitadas pelos
bons são interditadas aos Espíritos imperfei-
tos, a fim de não as perturbarem com suas
paixões inferiores.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos,
p. 217)
f) “Ele replicou: 'Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à
casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu
testemunho, para que não venham eles também para este
lugar de tormento'”
Nesse trecho encontramos duas coisas; uma
delas diz respeito à crença de que os mortos
podem se comunicar com os vivos, razão do
pedido do rico; a outra nos remete ao fato de
que os “mortos” não deixam de se preocupa-
rem com os vivos. Isso pode ser confirmado
com:
f) “Ele replicou: 'Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à
casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu
testemunho, para que não venham eles também para este
lugar de tormento'”
151. Conserva a alma as afeições que tinha
na vida terrena?
“Guarda todas as afeições morais e só esque
ce as materiais, que já não são de sua essên
cia; por isso vem satisfeita ver os parentes e
amigos e sente-se feliz com a lembrança de-
les. […].” (KARDEC, O que é o Espiritismo, p. 211)
f) “Ele replicou: 'Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à
casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu
testemunho, para que não venham eles também para este
lugar de tormento'”
Caso se rompessem os laços de amor, que
criamos com os parentes e amigos, não há
sentido algum em ter vida após a morte.
E os laços de família são tão fortes que o ri-
co, ainda que insensível às necessidades ma-
teriais do pobre, preocupou-se com seus cin-
co irmãos, pois não queria que eles fossem
para o lugar onde se encontrava. O amor é
algo que existe no íntimo de todos nós, ainda
que, por egoísmo, só o dediquemos aos mais
próximos de nosso coração.
g) “Abraão, porém, respondeu: 'Eles têm Moisés e os
Profetas; que os ouçam'. Disse ele: 'Não, pai Abraão, mas se
alguém dentre os mortos for procurá-los, eles se
arrependerão'. Mas Abraão lhe disse: 'Se não escutam nem a
Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos
mortos, não se convencerão'"
Interessante é que Abraão não disse que não ha-
via possibilidade de Lázaro avisar aos irmãos do
rico, o que comprovaria, biblicamente, não existir
a comunicação entre os vivos e os mortos. Em
sua resposta, ele, na verdade, apenas afirma da
inutilidade de tal coisa, pois se os irmãos do rico
não ouviam os vivos – Moisés e os profetas – mui
to menos dariam ouvidos aos mortos. Fato incon-
testável é que isso, inclusive, acontece até nos
dias de hoje, ao se ver que uma grande maioria
de crentes não dá crédito ao que os espíritos di-
zem, provando, portanto, que Abraão estava co-
berto de razão.
Referências bibliográficas:
Bíblia de Jerusalém, nova edição, revista e ampliada, São Paulo:
Paulus, 2002.
Bíblia Sagrada, Edição Pastoral. 43ª impressão. São Paulo: Paulus,
2001.
EHRMAN, B. D. O problema com Deus. Rio de Janeiro: Agir, 2008.
KARDEC, A. A Gênese. Rio de Janeiro: FEB, 2007e.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Ed. Comemorativa. Rio de Janeiro:
FEB, 2006.
KARDEC, A. O que é o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 2001.
KARDEC, A. Revista Espírita 1858. Araras, SP: IDE, 20001a.
KARDEC, A. Revista Espírita 1859. Araras, SP: IDE, 1993e.
Imagem a morte: http://sphotos-f.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-
prn1/525073_472642212808953_1063401690_n.jpg
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Os parentes desencarnados nos recebem após a morte 1,5h

  • 1. Os parentesOs parentes desencarnadosdesencarnados nos recebemnos recebem após aapós a morte?morte?
  • 2. “E quando eu me for e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver estejais vós também.” (Jesus, em João 14,3)
  • 3. Tomaremos como base para esse estudo a Parábola do mau rico e Lázaro, pela narrativa do Evangelho de Lucas, que, como se sabe, é o único autor bíblico que a menciona. Vejamos, então, o passo para em seguida analisá-lo por trechos, visando responder a essa pergunta.
  • 4. “Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e cada dia se banqueteava com requinte. Um pobre, chamado Lázaro, jazia à sua porta, co- berto de úlceras. Desejava saciar-se do que caía da mesa do rico... E até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio. Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'. Abraão respon- deu: 'Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante tua vida, e Lázaro por sua vez os males; agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. ==>
  • 5. E além do mais, entre nós e vós existe um grande abismo, a fim de que aqueles que quiserem passar daqui para junto de vós não o possam, nem tam- pouco atravessem de lá até nós'. Ele replicou: 'Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu testemunho, para que não venham eles também para este lugar de tormento'. Abraão, porém, res- pondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam'. Disse ele: 'Não, pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for procurá-los, eles se arrepen- derão'. Mas Abraão lhe disse: 'Se não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão'." (Lucas 16,19-31). (fonte: Bíblia de Jerusalém)
  • 6. Essa parábola é também analisada em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no cap. XVI – Não se pode servir a Deus e a mamon, cujo destaque é a questão da dificuldade da salvação dos ricos. Mamon: palavra hebraica que significa riqueza. (Dicionário Prático Barsa)
  • 7. Sem negar o quanto é difícil a um rico se salvar, pois, de fato, isso é bem uma ver- dade, vamos, porém, tratar essa passa- gem por uma outra ótica, mantendo-nos firmes no propósito de realçar alguns os princípios doutrinários.
  • 8. O primeiro ponto que destacamos no texto é o fato de que, por ele, se pode concluir que a alma conserva sua indivi- dualidade após a morte, o que confirma o acerto da resposta dos Espíritos Supe- riores a Kardec sobre isso:
  • 9. 150. Após a morte, a alma conserva a sua individualidade? “Sim; jamais a perde. Que seria ela, se não a conservasse?”
  • 10. 150. Após a morte, a alma conserva a sua individualidade? “Sim; jamais a perde. Que seria ela, se não a conservasse?” 150-a. Como a alma constata a sua indivi- dualidade, uma vez que não tem mais o corpo material? “Ela tem ainda um fluido que lhe é próprio, haurido na atmosfera do seu planeta e que representa a aparência de sua última en- carnação: seu perispírito.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 143-144)
  • 11. Visando tornar mais fácil a apresentação de nossas considerações ao texto bíblico, iremos destacar os trechos, que julgamos importantes para análise, buscando dar- lhes uma visão espírita.
  • 12. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” Os anjos representam os Espíritos, que, no mundo espiritual, prestam assistência àque- les que, pela morte, saem do mundo físico. São, como se diz, “gente como a gente”; ape nas que estão fora da carne e, seguramente, num estágio evolutivo superior ao nosso, o que lhes permite nos ajudar no momento do trespasse de volta à nossa pátria de origem: o mundo espiritual.
  • 13. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” No texto bíblico, eles, os anjos, foram os Es- píritos que participaram do processo de de- sencarnação de Lázaro e depois o levaram para onde se encontrava Abraão, o primeiro patriarca hebreu. Entre esses Espíritos podemos, inclusive, en- contrar alguns parentes desencarnados, por- quanto, os laços de amor são eternos, não se rompem com a morte física.
  • 14. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” 128. Os seres a que chamamos anjos, arcan- jos, serafins, formam uma categoria espe- cial, de natureza diferente da dos outros Espíritos? “Não; são Espíritos puros: os que se acham no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 130)
  • 15. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” 129. Os anjos hão percorrido todos os graus da escala? “Percorreram todos os graus, mas do modo que havemos dito: uns, aceitando sem mur- murar suas missões, chegaram depressa; outros, gastaram mais ou menos tempo para chegar à perfeição.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 130)
  • 16. Escala Espírita – classes de Espíritos
  • 17. Anjos cujos nomes são mencionados na Bí- blia: Gabriel (Daniel 8,16; 9,21; Lucas 1,19; 1,26) Rafael (Livro Tobias) Miguel (Daniel 10,13.21; 12,1, Judas 1,9; Apocali- pse 12,7) O detalhe bem curioso desses três nomes é que são os mesmos que nós, seres humanos, damos aos nossos filhos, o que torna viável serem eles nada mais que espíritos humanos desencarnados.
  • 18.
  • 19.
  • 20. Lucas 20,34-36: “Jesus lhes respondeu: 'Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em ca samento; mas os que forem julgados dignos de ter parte no outro mundo e na ressurrei- ção dos mortos, não tomam nem mulher nem marido; como também não podem mor- rer: são semelhantes aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.” (ver tb Mateus 22,29-30; Marcos 12,24-25)
  • 21. Atos 12,1-16: “[…] o rei Herodes […] mandou matar à espada Tiago, irmão de João. Vendo que isso agradava aos judeus, decidiu prender tam- bém Pedro. […] De repente, apareceu o anjo do Senhor, e a cela ficou toda iluminada. O anjo to- cou o ombro de Pedro, […] 'Levante-se depres- sa'. As correntes caíram […] Pedro […] foi para a casa de Maria, […] Bateu à porta, e […] Rosa, foi abrir. […] reconheceu a voz de Pedro, mas sua alegria foi tanta que, em vez de abrir a porta, entrou correndo para contar que Pedro estava ali, junto à porta. […] Eles disseram: 'Então deve ser o seu anjo!' Pedro, entretanto, continuava a bater. Por fim, eles abriram a porta: era Pedro mesmo. E eles ficaram sem palavras.”
  • 22. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” 285. Os Espíritos se reconhecem por terem convivido na Terra? O filho reconhece o pai, o amigo reconhece o seu amigo? “Sim, e assim de geração em geração.” (KAR- DEC, O Livro dos Espíritos, p. 219)
  • 23. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” 285-a. Como se reconhecem no mundo dos Espíritos os homens que se conheceram na Terra? “Vemos a nossa vida pretérita e lemos nela como num livro. Vendo o pretérito dos nos- sos amigos e dos nossos inimigos, aí vemos a sua passagem da vida para a morte.” (KAR- DEC, O Livro dos Espíritos, 2006, p. 219)
  • 24. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” 286. Ao deixar os seus despojos mortais, a alma vê imediatamente os parentes e amigos que a precederam no mundo dos Espíritos? “Nem sempre imediatamente. Como já disse- mos, ela precisa de algum tempo para reco- nhecer-se e desembaraçar-se do véu mate- rial.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 219)
  • 25. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” 289. Nossos parentes e amigos vêm, algumas vezes, encontrar-se conosco quando deixamos a Terra? “Sim, os Espíritos vão ao encontro da alma a que se afeiçoaram. Felicitam-na, como se regres sasse de uma viagem, por haver escapado aos perigos da estrada, e ajudam-na a desprender- se dos laços corporais. É uma graça concedida aos bons Espíritos quando os seres que os a- mam vêm ao seu encontro, ao passo que aquele que se acha maculado permanece no isolamento ou só tem a rodeá-lo os que lhe são semelhan- tes. É uma punição.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 219-220)
  • 26.
  • 27. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” 290. Os parentes e amigos sempre se reú- nem depois da morte? “Depende de sua elevação e do caminho que seguem para progredir. Se um deles está mais adiantado e caminha mais depressa do que outro, não poderão ficar juntos; é possí- vel que se vejam algumas vezes, mas só es- tarão reunidos para sempre quando puderem caminhar lado a lado, ou quando se houve- rem igualado na perfeição. Além disso, a pri- vação de ver os parentes e amigos é, às ve- zes, uma punição.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 220)
  • 28. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” Abraão, às vezes, designado de “pai Abraão”, ele pode bem representar os nossos parentes já desencarnados que, se tivermos elevação moral, já os veremos até mesmo durante o processo do nosso desenlace e, tão logo se complete o desencarne, iremos encontrá-los. O que se pode comprovar nas questões de O Livro dos Espíritos, já citadas e, especial- mente, com esta, que segue, transcrita da obra O que é o Espiritismo:
  • 29. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” “153. Encontra a alma no mundo dos Espí- ritos os parentes que ali a precederam? “Não só os encontra, como também a outros muitos, seus conhecidos de outras existên- cias. Geralmente, aqueles que mais a amam vêm recebê-la à sua chegada no mundo espi ritual, e ajudam-na a desprender-se dos laços terrenos. Entretanto, a privação de ver as almas mais caras é, algumas vezes, punição para os culpados'.” (KARDEC, O que é o Espiritismo, p. 212)
  • 30. a) “Aconteceu que o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” “O instante em que um deles vê cessar sua es- cravidão, pela ruptura dos laços que o retêm ao corpo, é um instante solene; em sua reentrada no mundo dos Espíritos, é acolhido por seus amigos, que vêm recebê-lo como no retorno de uma penosa viagem; se a travessia foi feliz, quer dizer, se o tempo de exílio foi empregado de modo proveitoso, por ele, e o eleva na hierar quia do mundo dos Espíritos, felicitam-no; aí re- encontra àqueles que conheceu, mistura-se à- queles que o amam e simpatizam com ele, e en tão começa, verdadeiramente, para ele, sua no- va existência.” (KARDEC, Revista Espírita 1859, p. 87)
  • 31. b) “Morreu também o rico e foi sepultado” Considerando que tanto os bons quanto os maus morrem, isso nos leva a concluir que a morte não pode ser vista, pela ótica em que, geralmente, a tomam, ou seja, como sendo um castigo de Deus imposto à humanidade por conta do “original” pecado de Adão e Eva; até mesmo porque os animais, que na- da têm a ver com essa história, também mor rem. A morte, portanto, decorre de Lei Natu- ral, sob a qual todos os seres vivos estão su- jeitos, sem exceção alguma.
  • 32. b) “Morreu também o rico e foi sepultado” Diferente do que aconteceu com Lázaro, por lhe faltar merecimento, o rico não foi recebi- do pelos anjos (Espíritos) como, também, não se encontrou com nenhum dos parentes que o antecederam à morte. Certamente, que aqui vale esta assertiva de Jesus: “a cada um segundo suas obras”. (Mt 16,27).
  • 33. c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio” Algo bem interessante encontramos aqui. Tra ta-se de perceber que, naquela época de Jesus, acreditava-se em “mansão dos mor- tos” e não em “céu e inferno”, como, às ve- zes, nos querem fazer crer alguns teólogos presos aos dogmas instituídos por sua Igreja. E, conforme supunham, para a mansão dos mortos iam, indistintamente, todos os Espíri- tos desencarnados, fossem eles bons ou maus.
  • 34. c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio” É oportuno observar que no texto está se afir mando que o rico viu, ao longe, Abraão e Lá- zaro, fato que prova estarem todos no mes- mo local, ou melhor, na mesma região espiri- tual. Isto também pode ser comprovado com o seu pedido a Abraão: “manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua”.
  • 35. c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio” Bart D. Ehrman (1955- ), teólogo, ex-evangélico, dá-nos notícia dessa crença: “Os cristãos depois desenvolveram detalhadamente a doutrina do céu e do inferno como os locais para onde as almas individuais vão quando morrem. Es- se ensinamento não é muito encontrado na Bíblia. A maioria dos autores da Bíblia hebraica, quando acre dita em vida após a morte, pensava que a vida após a morte era uma existência no Xeol para todos os seres humanos, fossem eles iníquos ou justos. […].” (EHRMAN, O problema com Deus, p. 226) Xeol: É o nome hebraico dado no AT para os “infernos”, “abismo” ou “morada dos mortos”. Julgava-se que o Xeol ficava debaixo da terra. (Bíblia Sagrada - Vozes, p. 1539)
  • 36. c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio” Para nós, os espíritas, ambos – o rico e Lázaro - estariam, certamente, no Umbral, região es- piritual que circunda a Terra, como se fosse um campo de força, no qual se acham retidos todos os espíritos, que ainda estão vinculados ao grau de progresso em que ela se encontra, condição que não lhes permite irem para ou- tros mundos mais evoluídos. Assim, permane- cem vinculados a ela, onde, em reencarnações futuras, passarão por novas experiências, até conquistarem o grau máximo de evolução que se pode alcançar aqui na Terra e a partir daí habitarem um mundo mais elevado.
  • 37. c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio” Para explicar como é possível os bons e os maus conviverem, ao mesmo tempo, no Umbral, trazemos a seguinte questão de O Livro dos Espíritos:
  • 38. c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio” 278. Os Espíritos das diferentes ordens estão misturados uns com os outros? “Sim e não; quer dizer: eles se veem, mas se distinguem uns dos outros. Eles se evitam ou se aproximam, segundo a analogia ou a antipatia de seus sentimentos, tal como acontece entre vós. É todo um mundo, do qual o vosso é pálido reflexo. Os da mesma categoria se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias, unidos pelos laços da simpatia e pelos fins a que visam: os bons, pelo desejo de faze- rem o bem; os maus, pelo de fazerem o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se acharem entre seres semelhantes a eles.”
  • 39. c) “Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio” Kardec: “Tal uma grande cidade onde os homens de todas as classes e de todas as condições se veem e se encontram, sem se confundirem; onde as sociedades se formam pela analogia dos gostos; onde o vício e a virtude convi- vem lado a lado sem se falarem.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 217)
  • 40. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” É certo que os Espíritos que, no plano espiri- tual, estão numa melhor situação evolutiva, podem ajudar aos retardatários, quer estes estejam desencarnados ou encarnados. Entretanto, essa ajuda só acontecerá, caso haja a participação efetiva do coração daque- le que a solicita. Além disso, o arrependimen to sincero é, em muitas situações, necessário para que se possa receber essa ajuda.
  • 41. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” 280. De que natureza são as relações entre os bons e os maus Espíritos? “Os bons se ocupam em combater as más in- clinações dos outros, a fim de ajudá-los a su- bir. É sua missão.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 216)
  • 42. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” 488. Os parentes e amigos que nos precede- ram na outra vida têm mais simpatia por nós do que os Espíritos que nos são estranhos? “Sem dúvida, e quase sempre vos protegem como Espíritos, segundo o poder de que dis- põem.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 302)
  • 43. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” 569. Em que consistem as missões de que podem ser encarregados os Espíritos erran- tes? “São tão variadas que impossível fora des- crevê-las. Muitas há mesmo que não podeis compreender. Os Espíritos executam as von- tades de Deus e não vos é dado penetrar-lhe todos os desígnios.” ==>
  • 44. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” Kardec: “As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos, quer co- mo homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de ideias mais ou menos amplas, mais ou menos es- peciais e de velar pela execução de determi- nadas coisas. ==>
  • 45. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais, como sejam assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, di- rigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando- lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as es- pécies de interesses a resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme à maneira por que desem- penha a sua tarefa.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 335)
  • 46. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” Além desses espíritos há, ainda, um que, es- pecialmente, foi designado para velar por ca- da um de nós. É importante termos consciên cia de que todos nós temos um espírito pro- tetor, conhecido popularmente como anjo da guarda. 489. Há Espíritos que se liguem particular- mente a um indivíduo para protegê-lo? “Há o irmão espiritual, o que chamais o bom Espírito ou o bom gênio.”
  • 47. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” 490. Que se deve entender por anjo de guar- da ou anjo guardião? “O Espírito protetor, pertencente a uma or- dem elevada.” 491. Qual a missão do Espírito protetor? “A de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas pro- vas da vida.”
  • 48. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” 492. O Espírito protetor se dedica ao indiví- duo desde o seu nascimento? “Desde o nascimento até a morte e muitas vezes o acompanha na vida espírita, depois da morte, e mesmo através de muitas exis- tências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas da vida do Espírito.” (KAR- DEC, O Livro dos Espíritos, p. 303)
  • 49. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” 508. Os Espíritos que se achavam em boas condições ao deixarem a Terra, sempre po- dem proteger os que lhes são caros e que lhes sobrevivem? “Mais ou menos restrito é o poder de que desfrutam. A situação em que se encontram nem sempre lhes permite inteira liberdade de ação.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 309)
  • 50. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” Interessante é o fato do rico reclamar “estou torturado nesta chama”, porquanto, na con- dição de espírito, sem o corpo físico, o calor não lhe afetará em nada, conforme podemos extrair desta fala de Kardec: “[…] De fato, nem o frio, nem o calor são ca- pazes de desorganizar os tecidos da alma; a alma não pode congelar-se, nem se queimar. […].” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 202)
  • 51. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'” Por outro lado, caso passe a sentir remorso pelos erros cometidos, aí sim, sentir-se-á co- mo que sendo consumido por uma chama. É algo que até mesmo nós, os encarnados, po- demos sentir, quando tomamos consciência de algum ato infeliz, praticado mais por pura ignorância das leis divinas, que a tudo rege no Universo, do que por maldade.
  • 52. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”. Convém lembrar que o fogo, no simbolismo bíblico, sempre foi considerado um elemento purificador, como bem podemos ver pela se- guinte passagem:
  • 53. d) "Então exclamou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama'”. Ezequiel 24,9-13: “Por isso, assim diz o Senhor Iahweh: Ai da cidade sanguinária! Também eu farei uma grande pilha. Amontoa lenha bastante, acende o fogo. […] Coloque a panela vazia sobre as brasas, para que fique quente e seu cobre chegue a arder, de modo que se derretam suas impurezas e sua ferru- gem se consuma. Mas a sua ferrugem não sairá com o fogo. As suas impurezas são uma infâmia. Com efeito, procurei purificar- te, mas tu não ficaste pura das tuas impure- zas. […].” (Bíblia de Jerusalém)
  • 54. e) "E além do mais, entre nós e vós existe um grande abismo, a fim de que aqueles que quiserem passar daqui para junto de vós não o possam, nem tampouco atravessem de lá até nós” Pode-se interpretar esse “grande abismo” de duas maneiras: a primeira, seria em relação a evolução espiritual de cada um; já a se- gunda, consequência da anterior, diz respeito a vibração que cada espírito emite. Só atra- vés da reencarnação é que um espírito pode atingir a evolução espiritual de um outro, mo mento, no qual ambos passarão a estar no mesmo nível. Quanto a questão vibracional, sabe-se que os bons podem ir a qualquer lu- gar, enquanto aos maus lhes serão restritos certos lugares. Vejamos:
  • 55. e) "E além do mais, entre nós e vós existe um grande abismo, a fim de que aqueles que quiserem passar daqui para junto de vós não o possam, nem tampouco atravessem de lá até nós”. 279. Todos os Espíritos têm livre acesso a qualquer região? “Os bons vão a toda parte e assim deve ser, para que possam exercer sua influência so- bre os maus. Mas as regiões habitadas pelos bons são interditadas aos Espíritos imperfei- tos, a fim de não as perturbarem com suas paixões inferiores.” (KARDEC, O Livro dos Espíritos, p. 217)
  • 56. f) “Ele replicou: 'Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu testemunho, para que não venham eles também para este lugar de tormento'” Nesse trecho encontramos duas coisas; uma delas diz respeito à crença de que os mortos podem se comunicar com os vivos, razão do pedido do rico; a outra nos remete ao fato de que os “mortos” não deixam de se preocupa- rem com os vivos. Isso pode ser confirmado com:
  • 57. f) “Ele replicou: 'Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu testemunho, para que não venham eles também para este lugar de tormento'” 151. Conserva a alma as afeições que tinha na vida terrena? “Guarda todas as afeições morais e só esque ce as materiais, que já não são de sua essên cia; por isso vem satisfeita ver os parentes e amigos e sente-se feliz com a lembrança de- les. […].” (KARDEC, O que é o Espiritismo, p. 211)
  • 58. f) “Ele replicou: 'Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; que leve a eles seu testemunho, para que não venham eles também para este lugar de tormento'” Caso se rompessem os laços de amor, que criamos com os parentes e amigos, não há sentido algum em ter vida após a morte. E os laços de família são tão fortes que o ri- co, ainda que insensível às necessidades ma- teriais do pobre, preocupou-se com seus cin- co irmãos, pois não queria que eles fossem para o lugar onde se encontrava. O amor é algo que existe no íntimo de todos nós, ainda que, por egoísmo, só o dediquemos aos mais próximos de nosso coração.
  • 59. g) “Abraão, porém, respondeu: 'Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam'. Disse ele: 'Não, pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for procurá-los, eles se arrependerão'. Mas Abraão lhe disse: 'Se não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão'" Interessante é que Abraão não disse que não ha- via possibilidade de Lázaro avisar aos irmãos do rico, o que comprovaria, biblicamente, não existir a comunicação entre os vivos e os mortos. Em sua resposta, ele, na verdade, apenas afirma da inutilidade de tal coisa, pois se os irmãos do rico não ouviam os vivos – Moisés e os profetas – mui to menos dariam ouvidos aos mortos. Fato incon- testável é que isso, inclusive, acontece até nos dias de hoje, ao se ver que uma grande maioria de crentes não dá crédito ao que os espíritos di- zem, provando, portanto, que Abraão estava co- berto de razão.
  • 60. Referências bibliográficas: Bíblia de Jerusalém, nova edição, revista e ampliada, São Paulo: Paulus, 2002. Bíblia Sagrada, Edição Pastoral. 43ª impressão. São Paulo: Paulus, 2001. EHRMAN, B. D. O problema com Deus. Rio de Janeiro: Agir, 2008. KARDEC, A. A Gênese. Rio de Janeiro: FEB, 2007e. KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Ed. Comemorativa. Rio de Janeiro: FEB, 2006. KARDEC, A. O que é o Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 2001. KARDEC, A. Revista Espírita 1858. Araras, SP: IDE, 20001a. KARDEC, A. Revista Espírita 1859. Araras, SP: IDE, 1993e. Imagem a morte: http://sphotos-f.ak.fbcdn.net/hphotos-ak- prn1/525073_472642212808953_1063401690_n.jpg Projeto imagem: http://img52.imageshack.us/img52/6931/71716791.png