1. Cartografia:
a representação da
Terra
As visões de mundo
As várias formas de
representação da superfície
terrestre
escalas
projeções cartográficas
convenções cartográficas
perfil topográfico
Profª Nilza M. P. Alonso
e curvas de nível
2. O desenvolvimento da
CARTOGRAFIA serviu
aos interesses de
diferentes povos para
fins de conquista,
exploração,
dominação e controle
do espaço terrestre.
O conhecimento do
espaço representa
uma forma de poder
assegurada pelo
controle do território.
3. E m função da F OR M A e
das CA R A CT E R Í S T I CA S do
pl aneta, há T R Ê S
P R OB L E M A S a ser em
r esol vi dos em sua
r epr esentação:
o T A M A NH O que pr eci sa ser
r eduzi do pr opor ci onal mente, o
que l eva à uti l i zação das
E SCA L A S.
a passagem da esfer a par a o
pl ano i mpl i ca D I ST OR ÇÕE S , o
que l eva ao uso das
P R OJ E ÇÕE S
CA R T OG R Á F I CA S.
a necessi dade de r epr esentar
os D I F E R E NT E S A S P E CT OS da
super fí ci e o que l eva à uti l i zação
de uma L I NG UA G E M V I S UA L ,
que uti l i za cor es, fi gur as e
l i nhas, i denti fi cadas pel a
L E G E ND A
4. Os mapas estão
presentes em todas
as culturas e
tornam-se, cada vez Os mapas mais modernos
mais, um são construídos a partir de
instrumento de imagens de satélites
trabalho essencial
para muitas
atividades: meios
de transportes,
planejamento da
produção e da
infra-estrutura,
organização das
atividades
econômicas em
geral.
Eles se tornam cada Geoatlas
vez mais “fiéis”
Magnoli- Projeto com o uso de
FOTOGRAFIAS
AÉREAS e imagens
5. Os dados coletados por fotografias aéreas e satélites são
processados por computadores.
Este mapa é o resultado do processamento de milhares de imagens
e apresenta as características naturais mais relevantes da
superfície terrestre: geleiras (branco), florestas (verde), desertos
(marrom claro), as massas oceânicas (azul).
Os contornos continentais e as montanhas também são
perceptíveis.
(observe que a “visão de mundo” apresentada é diferente da convencional, o “centro”
do mapa fica no Oceano Pacífico)
6. “ Os ma pa s se
As “VISÕES DE d e s e n v o lv e r a m lig a d o s a o s
MUNDO” influenciam E s t a d o s -M a io r e s , já q u e s u a
c o n f e c ç ã o e n v o lv e t é c n ic a s
na construção de e re c urs os que só os
mapas E s ta d o s N a c io n a is ou as
g ra nde s c orpora ç õe s
p o d e m d is p o r e , p o r is s o ,
se to rna m um S AB ER
E S P E C IA L IZ A D O .
O c id a d ã o c o m u m nã o
d o m in a e s s a lin g u a g e m e ,
d e s t a f o r m a t ê m u m a v is ã o
m u it o lim it a d a de “ s e u”
e s p a ç o e n ã o in t e r f e r e n a
e la b o r a ç ã o d e p la n o s q u e
e n v o lv e m as
tr a n s fo r m a ç õ e s d o e s p a ç o ,
t a is c omo a a b e rtura de
rua s , c o ns truç ã o de
pa rque s , d is p o s iç ã o das
lin h a s d e t r a n s p o r t e , e t c .
S u a v i s ã o t o r n a -s e , d e s t a
f o r m a , lim it a d a o q u e a ju d a
7. RESOLVENDO OS PROBLEMAS DE REPRESENTAÇÃO DA TERRA
1. TAMANHO ESCALAS
Enquanto no terreno, as distâncias são medidas em quilômetros, no papel
elas são, geralmente, expressas em centímetros, o que implica REDUZIR
proporcionalmente o que será representado. Para isso, utilizamos as
ESCALAS.
8. A ESCALA indica quantas vezes o real (terreno) foi
reduzido para ser representado.
Ela é obtida a partir da seguinte fórmula:
E = d/ D
onde E é a escala;
d é a distância representada (geralmente indicada pelo
número 1 equivalendo a 1 centímetro);
D é a distância real transformada em centímetros
representados no mapa.
São dois tipos de ESCALA
a) NUMÉRICA, onde, p/ex 1 : 30 000 000 indica
que 1 cm no mapa corresponde a 30 000 000 de
centímetros no terreno (ou 300 km)
b) GRÁFICA é expressa através de uma régua
graduada onde cada centímetro equivale, neste caso, a
300 km.
9. Escala numérica TIPOS DE ESCALA
Escala gráfica
A escala permite a representação com diferentes
possibilidades de detalhes.
10. RESOLVENDO OS PROBLEMAS DE REPRESENTAÇÃO DA
TERRA
2. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
a passagem da superfície esférica do planeta para a superfície
plana do papel gera DISTORÇÕES.
Para resolver esse problema são utilizadas as PROJEÇÕES
CARTOGRÁFICAS.
A partir de determinadas FIGURAS GEOMÉTRICAS, “encaixa-se”
a esfera terrestre ou partes dela .
Só então são
desenhados os
PARALELOS e os
MERIDIANOS que
definem uma
grade: as
COORDENADAS
GEOGRÁFICAS,
que servem para
localizar os
diferentes
pontos, usando
as latitudes e as
11. LANISFÉRIOS são uma das formas mais comuns de representação da T
Os PLANISFÉRIOS são construídos imaginando-se que a Terra
ficaria envolta num CILINDRO. Os meridianos e os paralelos são
linhas retas.
Neste tipo de projeção as menores distorções ocorrem nas áreas
mais próximas ao Equador. As áreas polares ficam muito
12. Para representar as
regiões temperadas
(médias latitudes) e
reduzir as distorções
utiliza-se a
PROJEÇÃO CÔNICA.
Neste tipo de projeção
os paralelos são semi-
círculos e os
meridianos são linhas
convergentes que se
encontram nos polos.
As menores distorções
ocorrem próximas ao
ponto de tangência.
13. Para representar as
áreas polares utiliza-se
a PROJEÇÃO PLANA,
POLAR ou AZIMUTAL.
Neste tipo de projeção
determina-se um ponto
de contato com a
superfície. Os paralelos
são círculos
concêntricos e os
meridianos são retas
divergentes.
É um tipo de projeção
considerada
geopolítica, já que é
usada para justificar
certos tipos de
interesses
geoestratégicos ou
econômicos e permite
que qualquer ponto seja
considerado como o
“centro”.
14. A projeção AZIMUTAL
permite utilizar
qualquer ponto da
superfície como
“centro” do mapa.
Neste caso, o Brasil
foi posicionado com
relação à Antártida,
visando demonstrar
nossa “proximidade”,
justificando nossos
interesses em fazer
parte da divisão do
continente, ocupar e
montar uma base de
pesquisas na região, a
Estação Almirante
Ferraz.
Lembre-se que a Terra é redonda e está em constante movimento e
portanto, o MAPA NÃO ESTÁ DE PONTA CABEÇA!!!
15. OUTROS TIPOS DE PROJEÇÃO
São utilizados
com o
objetivo de
diminuir as
distorções,
ou de colocar
em destaque
uma das
partes do
planeta, o
que abre a
possibilidade
de diferentes
visões do
mundo
Amorim, &Terra - Geografia Geral
16. Regiões tecnológicas no mundo
Este tipo de mapa é uma ANAMORFOSE.
Ele é utilizado para representar proporcionalmente um dado fenômeno
– no caso os países de maior desenvolvimento tecnológico – cujo
tamanho/forma foram alterados para representar sua intensidade.
17. R E SOL V E ND O P R OB L E M A S D E R E P R E SE NT A ÇÃ O
No mapa
3. A L I NG UA G E M V I SUA L OU G R Á F I CA
HIPSOMÉTRICO do
Brasil, pode-se
visualizar os diferentes
elementos utilizados
em sua confecção:
as coordenadas
geográficas que
servem para
posicionar o país no
globo;
as escalas, gráfica e
numérica que
indicam quanto o
território foi reduzido;
a linguagem visual
que se vale de cores,
linhas e formas para
identificar aspectos da
Geoatlas superfície (no caso as
formas de relevo)
18. AS CURVAS DE NÍVEL
A representação das formas de relevo implica considerar as
variações de forma e altitude. Para isso, o relevo é dividido em
diferentes planos, de acordo com as variações de altitude, em
intervalos equidistantes, (daí o nome de curvas de nível) que
projetados refletem suas características.
Obs.: quanto mais próximas forem as linhas mais acidentado é o
relevo
19. O esquema é uma
r epr esentação que r eúne
os di fer entes aspectos de
uma cer ta ár ea.
Nele estão pr esentes os
vár i os elementos
uti li zados na confecção
de mapas e pl antas:
a escala
a l ocali zação/ posi ção
o uso da li nguagem
gr áfi ca par a a
r epr esentação dos
di fer entes aspectos que
car acter i zam a ár ea
20. Os PERFIS TOPOGRÁFICOS são também uma forma especial de
representação
Seu objetivo é reproduzir as variações de FORMA e de ALTITUDE e, ao
mesmo tempo apresentar informações sobre a estrutura geológica. Nos
exemplos têm-se o perfil do relevo da região Sudeste do Brasil, desde o
Atlântico até a bacia do rio Paraná, ao longo do Estado de São Paulo.
O perfil abaixo, é um recorte do relevo europeu, desde a Irlanda até a Itália.
Fonte: Bocchicchio
21. Os perfis
topográficos
são utilizados
como forma de
sintetizar os
principais
aspectos da
topografia/
estrutura
geológica. Eles
“reproduzem”
as formas de
relevo e
apresentam
suas principais
características
23. A P OS SE E O CONT R OL E D O T E R R I T ÓR I O S Ã O
F OR M A S D E P OD E R ;
o que i mpl i ca
CONH E CE R e I NV E NT A R I A R A S V Á R I A S F ONT E S D E
R E CUR S OS NA T UR A I S,
A V A L I A R SUA S P OT E NCI A L I D A D E S,
E X E R CE R O CONT R OL E T E R R I T OR I A L
P L A NE J A R OS A S P E CT OS L I G A D OS À
OCUP A ÇÃ O E À E X P L OR A ÇÃ O
G E R E NCI A R
Neste contexto os M A P A S são um i mpor tante I NS T R UM E NT O
que subsi di am as demandas dos E S T A D OS NA CI ONA I S e das
G R A ND E S E M P R E SA S , pr i nci pal mente.
24. Esta é uma VISÃO DE MUNDO
muito difundida.
Nela a Europa é o CENTRO
DO MUNDO: suas dimensões
estão aumentadas por causa
da PROJEÇÃO utilizada e
pode ser interpretada em
função do papel e influência
que os europeus exerceram ao
longo da História sobre o resto
do mundo.
Nesta outr a V I SÃ O D E M UND O
a pr oposta é apr esentar a
Á F R I CA como o “ centr o” .
A “ i nver são” é pr oposital e dá
um destaque especi al aos P aíses
do Sul .
A mbos os mapas util i zam o
mesmo ti po de pr ojeção: a
ci l índr i ca.
26. OUTRAS VISÕES DE MUNDO
Fonte: GEOATLAS
Em todas essas “visões” os mapas são construídos a partir
de diferentes “centros” com o objetivo de destacar a área,
atribuindo-lhe uma importância aparentemente maior. A
escolha da projeção é fundamental, em função das
distorções e/ou “omissões” que apresentam e são usadas
como forma de destacar e dar relevo a uma área ou país.
27. Mapa de
propaganda
OUTROS TIPOS E USOS DE
MAPAS
FIM
Mapa temático