3. • “Ele supõe saber
alguma coisa e não
sabe, enquanto eu, se
não sei, tampouco
suponho saber. Parece
que sou um pouco mais
sábio que ele
exatamente por não
supor que saiba o que
não sei” Sócrates
4. • Nascido em Atenas, Sócrates (470-399 a.C.)
é tradicionalmente considerado um marco
divisor da história da filosofia grega.
• Conta-se que Sócrates fora filho de um
escultor e de uma parteira. Uma dupla
herança que, simbolicamente, o levou a
esculpir uma representação autêntica do
homem, fazendo-o dar à luz suas próprias
idéias.
• Sua intenção era unir o saber ao fazer, a
consciência intelectual à consciência prática ou
moral.
5. • Tanto quanto sofistas,
Sócrates abandonou
preocupação dos
filósofos pré-socráticos
• em explicar a natureza e
se concentrou na
problemática do
homem.
6. Embora tenha sido, em sua
época, confundido com os sofistas,
Sócrates travou uma polêmica
profunda com eles, pois procurava
um fundamento último para as
interrogações humanas
(O que é o bem?
O que é a virtude?
O que é a justiça?)
7. • A pergunta fundamental que Sócrates
tentava responder era: o que é a essência
do homem?
• Ele respondia dizendo que o homem é a
sua alma, entendendo-se “alma”, aqui,
como a sede da razão, o nosso eu
consciente, que inclui a consciência
intelectual e a consciência moral, e que,
portanto, distingue o ser humano de
todos os outros seres da natureza.
8. • O auto
conhecimento era um
dos pontos básicos da
filosofia socrática.
“Conhece-te a ti
mesmo”, frase
inscrita no Oráculo de
Delfos, era
recomendação básica
feita por Sócrates a
seus discípulos
9. • Sua filosofia era desenvolvida
mediante diálogos críticos com seus
interlocutores.
• Esses diálogos podem ser divididos
em dois momentos básicos: a ironia
e a maiêutica.
10. • A ironia
• Na linguagem cotidiana, a palavra ironia tem um
significado depreciativo, sarcástico ou de zombaria.
11. • Mas não é esse o sentido da ironia
socrática. No grego, ironia quer dizer
“interrogação”.
• Seu objetivo inicial era demolir, nos
discípulos, o orgulho, a arrogância e a
presunção do saber.
• A primeira virtude do sábio é adquirir
consciência
• da própria ignorância. “Sei que nada sei”,
dizia Sócrates.
12. •Nesta fase do diálogo, a
intenção fundamental de
Sócrates não era
propriamente destruir o
conteúdo das respostas
dadas pelos interlocutores,
mas fazê-lo tomar consciência
profunda de suas próprias
respostas, das conseqüências
que poderiam ser tiradas de
suas reflexões, muitas vezes
repletas de conceitos vagos e
imprecisos.
13. A maiêutica
• Libertos do orgulho da
presunção de que
• tudo sabiam, os discípulos
podiam então iniciar o
caminho da reconstrução de
suas próprias idéias.
• Nesta segunda fase do
diálogo, o objetivo de
Sócrates era ajudar seus
discípulos conceberem suas
próprias idéias.
14. • Sócrates não dava
importância à condição
socioeconômica de seus
discípulos. O que importava
eram as qualidades
interiores, psicológicas, de
cada pessoa.
15. • Para a democracia
ateniense, da qual não
participava a maioria da
população (composta de
escravos, estrangeiros e
mulheres), Sócrates foi
considerado subversivo, por
representar uma ameaça
social.
16. No final do processo foi
condenado a beber cicuta
(veneno extraído de uma
planta).
17. • Diante de seus juízes, Sócrates
• assumiu uma postura viril, altaneira,
imperturbável, de quem nada teme.
• Permanecia absolutamente em paz com
sua própria consciência.
• Se alguém lhe perguntasse “Não te
envergonhas, Sócrates, de ter dedicado a
vida a uma atividade pela qual te
condenam à morte?”,
• ele responderia:
18. • “estás enganado, se pensas que um
homem de bem deve ficar pensando,
ao praticar seus atos, sobre as
possibilidades de vida e morte.
• O homem de valor moral deve
considerar apenas, em seus atos, se
eles são justos ou injustos, corajosos ou
covardes”.
19. • Assim, Sócrates concluiu suas
últimas palavras:
• “É chegada a hora de partir. Eu para
a morte; vós para a vida. Quem
segue melhor rumo? Isso é
desconhecido de todos, menos da
divindade.”
20. • “Alguns filósofos ensinam filosofia,
• enquanto Sócrates viveu a filosofia.”
• A morte de Sócrates, (1787) -David