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O MUNDO DENTRO DA ESCOLA: REFLETINDO SOBRE OS RECURSOS
                    HIDRICOS COM O USO DO GOOGLE EARTH


                                        André Luiz Sarante∗ /Universidade Federal de Viçosa
                                                                             andre.sarante@ufv.br
                               Ana Cristina Venancio da Silva∗∗/Universidade de São Paulo
                                                                                    anacvs@usp.br




        INTRODUÇÃO
        O presente artigo intitulado “O mundo dentro da escola: refletindo sobre os
recursos hídricos com o uso do Google Earth” tem por objetivo apresentar uma proposta
de utilização do software Google Earth como recurso didático para o ensino de
Geografia. Para isso, dentre muitos assuntos possíveis, escolhemos fazer uma proposta
de ensino que aborda a importância da água e das bacias hidrográficas junto aos
estudantes das séries finais do Ensino Fundamental II e também do Ensino Médio, na
disciplina de Geografia.
        Essa proposta nasceu da junção de duas áreas de interesse: por um lado a
questão da água na atualidade – e a necessidade premente de apresentá-la como um
recurso e um patrimônio natural da humanidade – e, por outro, o interesse em utilizar o
computador, a internet e imagens de satélite no processo de ensino-aprendizagem, uma
vez que são recursos tecnológicos que despertam o interesse da quase totalidade dos
jovens de hoje.
        Para sua efetivação, esta proposta requer a disponibilização de algumas TICs
(Tecnologias da Informação e da Comunicação1) na escola, tais como: laboratório de


∗
  Geógrafo e pesquisador das relações e dos usos da tecnologia aplicada ao ensino de Geografia.
∗∗
   Historiadora, mestre em Educação, e pesquisadora de políticas públicas de utilização de recursos
tecnológicos na Educação.
1
  De acordo com Almeida (2005), as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são resultante da
junção entre a informática e a telecomunicação. Por meio de suportes (mídias) e de meios de
comunicação (tais como o jornal, o rádio, a televisão e a internet), as TICs possibilitam o acesso e a
veiculação de informações e de todas as demais formas de articulação comunicativa em todo o mundo.
informática conectado à internet, o programa Google Earth instalado em pelo menos
uma das máquinas e um projetor multimídia. Além disso, a proposta requer saídas a
campo para analisar os recursos hídricos da localidade e a estação de tratamento de água
e esgoto da cidade na qual a proposta estiver sendo efetivada. Dessa forma, este projeto
só poderá ser feito numa escola que contar com a infra-estrutura tecnológica e que
permita que professores e alunos façam trabalhos externos.
       É imperativo que fique claro, portanto, que este artigo visa apresentar um
modelo de uso de um recurso tecnológico como estratégia de ensino. Ao apresentarmos
uma forma concreta e estruturada de utilização do Google Earth para o ensino de um
grupo de conteúdos específicos que fazem parte do ensino escolar de Geografia
estaremos contribuindo para que mais educadores e estudiosos do tema possam
vislumbrar o emprego efetivo deste rico recurso tecnológico que é o Google Earth, uma
vez que ele pode propiciar a construção de aprendizagens significativas, bem como o
desenvolvimento de competências importantes não só para a ampliação do
conhecimento geográfico que se tem do mundo, mas também para a formação de
cidadãos críticos e participativos.
       A proposta pretende trabalhar o tema da água nas diferentes escalas, percorrendo
junto com os estudantes um caminho que começa com este recurso no contexto global,
passando pelos contextos nacional, regional até chegar ao abastecimento local no
município.
       De acordo com Callai (2004, p. 94), “a escala de análise é um critério importante
no estudo da Geografia. É fundamental que se considere sempre os vários níveis da
escala social de análise: o “local”, o “regional”, o “nacional” e o “mundial”. Ainda
segundo a autora, a compreensão das particularidades dos vários lugares pode ser o
caminho para se compreender o global, o mundo em que vivemos e para investigar as
relações que se estabelecem entre os homens e entre esses e a natureza.
        Acreditamos que, no caso da água, a contextualização possibilitada pelas
imagens disponibilizadas pelo Google Earth permitirá o surgimento de uma consciência
crítica e ampliada em relação a este recurso natural. Ao longo das atividades, em muitos
momentos o professor tem o dever de estimular discussões sobre a abundância e a
escassez desse recurso e os desdobramentos econômicos, sociais e culturais que essas
duas situações trazem, nos âmbitos local, regional e global. As noções de uso, mau uso,
desperdício e reuso da água devem ser apresentadas e discutidas com o intuito de
despertar uma consciência social acerca do tema.
Ao mostrar as bacias hidrográficas nas diferentes escalas, acreditamos que seja
possível tratar da realidade local com praticamente a mesma riqueza de detalhes que
costumeiramente encontramos nos livros didáticos quando eles tratam das principais
bacias do Brasil. Nesse aspecto, ao invés de trabalhar com o aluno uma realidade quase
sempre distante e abstrata, porque é diferente da sua, o professor abordará a realidade
local a partir do cruzamento das imagens oferecidas pela internet por meio do Google
Earth, e das saídas a campo feitas com os estudantes.
       A vivência virtual em três dimensões que o Google Earth propõe ao usuário será
apresentada como um complemento ao livro didático e ao atlas escolar, no qual as
imagens são estáticas, apresentam apenas alguns entre os vários espaços geográficos
brasileiros e mundiais, e oferece figuras em duas dimensões. Com isso, além de trazer
para dentro da escola algo que a princípio está fora dela (a internet e o uso de um
programa que, com efeito, não foi desenvolvido com vistas ao uso didático) será
possível mostrar aos estudantes que o computador e a internet podem ser usados não só
para o entretenimento, mas também para obter e construir novos saberes.
       A idéia aqui apresentada surge da dificuldade que alguns professores de
Geografia têm em utilizar recursos didáticos diferentes para explicar vários temas do
currículo escolar deste componente. Mesmo na atualidade, encontramos algumas
escolas em que o conhecimento ainda é transmitido de forma, “bancária” e autoritária
como já afirmou Freire (1981). Nelas, as aulas continuam se baseando apenas na
reprodução de conteúdos presentes em livros didáticos. Além disso, os exemplos, mapas
e fotos que são colocados em sala de aula, contidos nos livros didáticos, revelam,
discutem e problematizam assuntos ligados, principalmente, aos contextos global e
regional, desprezando, quase sempre, o contexto local e imediato de boa parte dos
estudantes.
       Isso significa que, no limite, a Geografia que é ensinada na escola é trabalhada,
na grande maioria das vezes, com exemplos abstratos e bastante distantes de muitos
alunos. É justamente neste aspecto que o software Google Earth pode contribuir para a
construção de saberes geográficos, trazendo o mundo – em diferentes escalas – para
dentro da escola, por meio das aulas de Geografia.


2 - A utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) no ensino
de Geografia
O momento atual destaca-se pela existência de uma profusão de projetos,
pesquisas e pesquisadores dedicados ao estudo do emprego das TICs na educação.
Dentre os pesquisadores ligados a essa área do conhecimento, destacamos João Manoel
Moran, José Armando Valente e Eduardo O. C. Chaves.
       Para esses pesquisadores, pensar novas formas de difundir o conhecimento é
uma necessidade urgente, já que é insustentável mantermos o paradoxo atual, no qual se
replica uma estrutura escolar criada pelos iluministas no século XVIII e popularizada no
século XIX, com professores que ainda estão no século XX e alunos cujos corações e
mentes fazem parte do século XXI. É preciso coragem e ousadia na busca de soluções
para esse impasse, já que se deseja uma escola com professores e alunos que estejam
numa mesma realidade espaço-temporal.
       Quando tratamos de modernizações no ensino e na escola, parte significativa das
inovações metodológicas surgem da utilização didático-pedagógica de recursos que
costumeiramente estão fora do espaço escolar, tais como o audiovisual, a música, o
computador, a internet, a imagem, os recursos multimídias, etc. Para Moran (1994),
Valente (2005) e Chaves (1998), o emprego das TICs pode ser significativo no processo
de ensino e aprendizagem, uma vez que elas contribuem significativamente para que os
alunos se sintam motivados a querer aprender cada vez mais, na medida em que ajudam
na contextualização dos conteúdos.
       A utilização de TICs no processo de ensino-aprendizagem pressupõe a tão
discutida “inclusão digital” de professores e alunos. No entanto, não podemos nos
esquecer que sem um certo domínio no manuseio das tecnologias, é impossível torná-las
meios (estratégias) para se atingir fins específicos.
       Dada a realidade socioeconômica de parte significativa da população brasileira,
cabe ao Estado promover ações com vistas a incluir digitalmente sua população, sob o
risco ter que lidar com uma nova categoria de analfabeto: o analfabeto digital.
       Na trajetória educacional do Brasil das últimas décadas, percebemos com nitidez
que, dentre os vários aparelhos eletrônicos que possibilitam o uso de TICs na escola, o
computador tem sido alvo da maioria das iniciativas. Políticas públicas e privadas estão
sendo realizadas com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática em
praticamente todas as redes de ensino de Educação Básica.
       Todavia, os principais pesquisadores deste tema são praticamente unânimes em
dizer que não basta equipar as escolas. É preciso encarar de frente a imensa resistência
vigente entre grande parte dos professores em relação à tecnologia, aos meios
eletrônicos e às inovações pedagógicas como um todo.
       Segundo Vieira (1999), a introdução das TICs na educação deve ser
acompanhada de uma sólida formação dos professores para que eles possam utilizá-las
de uma forma responsável e com potencialidades pedagógicas verdadeiras. Sob essa
perspectiva, deve fazer parte do cotidiano escolar, e constar no projeto pedagógico da
unidade, o treinamento contínuo e progressivo dos professores. Isso equivale dizer que a
formação inicial e continuada dos docentes é fundamental, pois, para se usar um novo
recurso, é imprescindível conhecê-lo bem.
       A inserção do computador e da internet nas escolas brasileiras poderá contribuir,
segundo Libâneo (2000), para a democratização de saberes socialmente significativos e
para o desenvolvimento das capacidades intelectuais e afetivas, tendo em vista a
formação de cidadãos contemporâneos. Vesentini (2007) defende que, se os educandos
são fascinados pelos computadores, pela imagem no lugar da escrita e também por
jogos, é interessante incorporar esses elementos como estratégias de ensino. Além disso,
o autor afirma também que o professor, cidadão que vive no mesmo mundo pleno de
mudanças, deve estar a par e participar das inovações tecnológicas, das alterações
culturais, trabalhando com esses recursos de maneira crítica, levando o aluno a usá-los
de forma ativa.
       No que diz respeito às políticas educacionais brasileiras, é pertinente destacar
ainda que a nova lei de diretrizes e bases da educação (9394/96) expõe a necessidade da
educação escolar trabalhar com conteúdos e recursos que qualifiquem o cidadão para
viver na sociedade moderna tecnológica.
       Este contexto favorece a introdução da tecnologia de sensoriamento remoto na
escola como conteúdo e recurso didático inovador no processo de ensino e
aprendizagem, frente às atuais exigências de reformulação da educação escolar impostas
pela conjuntura de nossa sociedade na aurora de um novo milênio.
       Fonseca e Oliveira (2007) falam que as imagens de satélite podem oferecer
muito, já que o produto que elas apresentam ultrapassa de longe o que o olho humano
pode ver. Tanto horizontalmente – que seria o planeta todo em sua simultaneidade
quanto verticalmente – aprofundando-se numa área, num lugar.
       Da mesma forma, Saussen e Machado (2004):

                       Salientam que o uso de imagens de satélite no estudo da geografia em sala de
                       aula contribui para uma didática mais significativa na educação escolar,
porque esse recurso promove a realização de aulas mais diversificadas e
                          atrativas, nas quais o aluno poderá se sentir mais motivado, pois é possível
                          estudar o espaço geográfico da própria região com imagens de satélite que
                          permitem identificar o uso e cobertura do solo, o desenho urbano, os
                          impactos ambientais, entre outros aspectos e, a partir disso, propor possíveis
                          soluções, dando ao aluno maior compreensão dos processos atuantes na
                          sociedade em que vive. (SAUSSEN; MACHADO, 2004, p.1486).


          É com base na fala desses dois autores, que vemos a utilização do Google Earth
como uma ferramenta para tratar a questão da água em diversos tipos de escala. Além
do mais, Saussen e Machado (2004), afirmam ainda que à medida que a escala de
percepção espacial for gradativamente se expandindo, desencadeará um processo que,
no final, levará o aluno a obter um posicionamento crítico diante dos acontecimentos
sociais, contribuindo para a formação de um cidadão mais consciente e comprometido.
          Daí, a importância de trabalhar as tecnologias (o sensoriamento remoto, a
internet o e computador) no aproveitamento didático, para o nível de ensino médio nas
aulas de Geografia.
          Segundo Carvalho et. al. (2004):

                          A utilização de recursos de sensoriamento remoto possibilita aos alunos uma
                          apreensão sistêmica da área de estudo, favorecendo à análise do meio
                          ambiente e ecossistemas associados, considerando não apenas um único
                          aspecto/variável, mas sim a multiplicidade de aspectos/variáveis que possam
                          estar contribuindo para a degradação da qualidade das águas, estabelecendo
                          relações entre o impacto local e suas repercussões espaciais e revelando,
                          conseqüentemente, suas implicações para o declínio da qualidade de vida da
                          população atendida direta ou indiretamente por este manancial.
                          (CARVALHO et. al., 2004, p. 11).


          É fato que a qualidade das águas tem sido afetada pelas atividades produtivas ou
por seus reflexos (poluição por esgotos, derramamentos acidentais de produtos tóxicos,
disposição inadequada de rejeitos sólidos, etc.). Nesse aspecto, destaca-se, nesse
projeto, a utilização da bacia hidrográfica como recorte de um estudo geográfico,
enfatizando seu caráter físico como unidade sistêmica, onde a ação humana é mais uma
variável frente à questão ambiental.
          Entende-se, portanto, bacia hidrográfica como, segundo Barrella, W. et. al.
(2001);
                          Conjunto de terras drenadas por um rio e seus afluentes, formada nas regiões
                          mais altas do relevo por divisores de água, onde as águas das chuvas, ou
                          escoam superficialmente formando os riachos e rios, ou infiltram no solo para
                          formação de nascentes e do lençol freático. As águas superficiais escoam
                          para as partes mais baixas do terreno, formando riachos e rios, sendo que as
                          cabeceiras são formadas por riachos que brotam em terrenos íngremes das
                          serras e montanhas e á medida que as águas dos riachos descem, juntam-se a
                          outros riachos, aumentando o volume e formando os primeiros rios, esses
pequenos rios continuam seus trajetos recebendo água de outros tributários,
                           formando rios maiores até desembocar no oceano. (BARRELLA, W. et. al.,
                           2001, p. 138).


        Já para Fernandes (1999) apud Attanasio, (2004) o termo bacia hidrográfica
refere-se a uma compartimentação geográfica natural delimitada por divisores de água.
Este compartimento é drenado superficialmente por um curso d`água, principal e seus
afluentes.
        Cabe ressaltar, pela última vez, que acreditamos que os novos recursos
tecnológicos, dentre os quais destacamos o sensoriamento remoto, a internet e o
computador, devem ser utilizados como ferramentas que complementam e
contextualizam os conteúdos desenvolvidos em sala de aula, não substituindo de
maneira alguma o professor e o livro didático, como preconiza um determinado senso
comum dominado pela lógica do mercado capitalista.
        Utilizaremos, em suma, o olhar acurado possibilitado pelo sensoriamento remoto
no estudo das bacias hidrográficas, para propiciarmos uma aprendizagem significativa e
crítica em relação à água, seu consumo e sua importância.




3 - O Google Earth como recurso didático


        Em linhas gerais o Google Earth é um programa desenvolvido e distribuído pela
empresa Google2, cuja função é apresentar um modelo tridimensional do globo terrestre,
construído a partir de fotografias de satélites. Além de ser gratuito, o programa oferece
uma riqueza de detalhes e possibilita o desenvolvimento de uma nova maneira de olhar
e conceber geograficamente o mundo, uma vez que permite visualizar, de forma
dinâmica, diferentes aspectos globais, regionais e locais de vários fenômenos.
        O que chama a atenção em relação ao Google Earth é justamente o fato de ele
apresentar a realidade local – dificilmente abordada nos livros didáticos - e se renovar

2
  A Google Inc é a empresa que desenvolve e disponibiliza serviços online, cuja sede se situa nos EUA.
Seu primeiro serviço foi um sistema de buscas denominado Google, que, na atualidade, é considerado o
serviço de busca mais usado no mundo. O serviço de buscas Google foi criado a partir de um projeto de
doutorado de Larry Page e Sergey Brin, desenvolvido na Universidade de Stanford em 1996. Atualmente,
a Google, é uma empresa que fornece dezenas de outros serviços online, que são, na maioria das vezes,
gratuitos aos usuários da internet. O software Google Earth pode ser adquirido gratuitamente pelo
endereço eletrônico: http://earth.google.com/
de tempos em tempos e, por isso, disponibilizar imagens atualizadas do espaço
geográfico. Isso coloca o programa em vantagem em relação aos livros impressos que
normalmente abordam e mostram as realidades globais e regionais em detrimento da
local, impossível de ser retratada em sua totalidade, e que se tornam obsoletos pouco
tempo depois de impressos, dado o dinamismo com que as paisagens sofrem mudanças.
Nunca é demais lembrar que não se trata de desqualificar o livro didático, mas de
procurar formas de complementá-lo e atualizá-lo, papel que pode ser desempenhado
pelo Google Earth e também por outros programas e serviços disponibilizados pela
internet.


4 - A PROPOSTA DE ENSINO – OS ENCONTROS


        O modelo de uso que propomos pode ser utilizado com estudantes das séries
finais do Ensino Fundamental II e também do Ensino Médio. A proposta desenvolvida
foi estruturada a partir de onze encontros, sendo que cada encontro equivale a duas
aulas. Desses encontros, nove podem ser desenvolvidos em sala de aula e dois devem
ocorrem nos espaços em que ocorrerão as visitas monitoradas. Nestes onze momentos,
deve ser exposto e discutido o conceito de bacia hidrográfica, enfatizando suas
características e dimensões sociais, naturais e econômicas.
        Pensando-se em turma de aproximadamente 40 alunos, a cada encontro os
alunos deverão ser organizados em grupos. Este tipo de divisão tem o intuito de
promover debates, propor a realização de tarefas específicas e proporcionar o
desenvolvimento de habilidades de trabalho em grupo, tão valorizadas no mundo atual.
        Em relação às duas visitas monitoradas (quinto e décimo primeiro encontro),
elas foram pensadas com a finalidade de possibilitar o estreitamento entre a teoria e a
prática e fazer um estudo da realidade a partir das áreas mais próximas dos alunos.
        Para Tomita (1999), o trabalho de campo é uma prática indispensável para o
ensino de Geografia, mas não o suficiente. Não se deve encarar essa atividade como um
fim, mas como um meio que tenha o seu prosseguimento ao retornar à sala de aula.
        Segundo Pontuschka et. al. 2007;

                       A observação dirigida, quando realizada nas visitas e nos trabalhos de campo,
                       aprimora a habilidade de expressão gráfica e estética, de leitura e
                       interpretação dos sinais da natureza, de levantamento de hipóteses e de
                       confronto de explicações e teorias sobre, por exemplo, as tendências de
                       expansão ou degradação do espaço local. (PONTUSCHKA et. al., p.299).
As visitas monitoradas com os alunos podem propiciar a elaboração de um novo
recurso didático que contribui com a Geografia no ensino médio. Estamos nos referindo
aos chamados mapas mentais. Nogueira (2006, p. 129) fala que “os mapas mentais são
representações construídas inicialmente tomando por base a percepção dos lugares
vividos, experienciados. Isso equivale dizer, portanto, que eles partem de uma dada
realidade”. Ainda segundo a autora, os mapas mentais podem ser utilizados, para
levantar com os alunos os problemas sociais e ambientais dos lugares onde eles vivem.
          Em relação à música “Sobradinho”, de autoria da dupla Sá e Guarabira, devemos
pontuar que ela foi proposta com estratégia de ensino do décimo encontro, por
entendermos que cabe também a escola estimular reflexões filosóficas e artísticas sobre
o tema e não apenas as questões racionais que envolvem os usos da água no mundo
atual.
          A ampliação do universo cultural dos alunos, para além da cultura de massa que
é veiculada nos meios de comunicação é também, a nosso ver, um dever da escola.
Devemos levar os estudantes a ir além do senso comum e também a perceber a beleza e
força da poesia, bem como a importância e função delas nas sociedades humanas. O ser
humano é um ser de idéias, de contato social e, portanto, um ser de cultura. Nesse
sentido, é importante fazer uso também das manifestações culturais para sensibilizar e
propor reflexões. Foi pensando nesses aspectos que resolvemos lançar mão da citada
música, que será trabalhada com os estudantes de forma integral (letra e melodia).
          Com o intuito de oferecer uma visão geral do modelo de uso que estamos
propondo, organizamos abaixo uma tabela em que disponibilizamos os encontros e uma
síntese dos principais tópicos que devem ser trabalhados em cada um deles:


         Tabela 1: Principais tópicos que devem ser discutidos em cada um dos encontros propostos.

ENCONTROS                                              TEMAS
 1° encontro                            Distribuição das águas no Planeta Terra;
 2° encontro                                  Conceito de bacia hidrográfica
 3° encontro                               As bacias hidrográficas brasileiras;
 4° encontro             Elementos que fazem parte e/ou que estão no entorno de uma bacia
                                                        hidrográfica;
 5° encontro                      Visita a uma bacia hidrográfica perto da Escola;
 6° encontro                                   Os principais rios do Brasil;
7° encontro                    O Rio mais próximo da escola e seu entorno;
 8° encontro            O consumo de água pela: agricultura, indústria e sociedade;
 9° encontro                                 Poluição das águas;
 10° encontro         As hidrelétricas e os movimentos dos atingidos por barragens;
 11° encontro             Visita à estação de tratamento de água e de esgoto;
Fonte: SARANTE e SILVA (2009)



       A seguir, apresentamos o detalhamento de cada encontro previsto no presente
modelo de uso. A guisa de exemplo, optamos por utilizar a cidade de Viçosa-MG e a
Bacia do Rio São Bartolomeu para dar visualidade ao desenvolvimento didático da
proposta. Cremos que a leitura deles propiciará uma percepção concreta e
pormenorizada do trabalho que estamos propondo.


4.1 - Primeiro encontro: Distribuição das águas no Planeta Terra


       Objetivos: Este primeiro encontro tem como objetivo fazer com que o aluno
reflita através das imagens de satélites, se o Planeta no qual vivemos pode ser
classificado como Planeta Terra ou Planeta Água. Além disso, o professor pode discutir
com os alunos a porcentagem de água doce e a porcentagem de água salgada existente
no planeta, verificar onde a água doce está concentrada (calotas polares e geleiras, rios e
lagos, lençóis subterrâneos e outros tipos de reservatórios) e analisar a importância do
ciclo hidrológico. A seguir selecionamos imagens obtidas por meio do programa que
podem ser utilizadas em sala de aula:




Figura 1 - Vista parcial do Planeta Terra,    Figura 2 – Vista parcial do Planeta Terra, com
destacando a imensidão das terras emersas.    destaque ao Círculo polar antártico.
Fonte: Google EarthTM                         Fonte: Google EarthTM


4.2 - Segundo encontro: Conceito de Bacia Hidrográfica
Objetivos: Neste segundo encontro, o professor e os alunos devem dialogar
sobre vários conceitos de bacia hidrográfica e construir um novo conceito, respeitando
sempre os saberes que os alunos trazem para dentro da escola. Após esta etapa, o
professor deve analisar junto com os alunos, através das fotos de satélites do programa
Google Earth, uma área próxima à escola. Em seguida, o professor e os alunos
delimitarão uma bacia hidrográfica através da ferramenta “caminho”3 que se encontra
na barra de ferramentas do software. Para uma melhor delimitação, o professor poderá
utilizar o recurso “3D” para poder identificar e mostrar os divisores de água. A seguir
selecionamos imagens obtidas por meio do programa que podem ser utilizadas em sala
de aula:




Figura 3 – Bacia Hidrográfica próxima de uma        Figura 4 – utilização do recurso “caminho” e do
Escola Estadual da cidade de Viçosa – MG.           recurso “3D” para podermos delimitar os divisores
                                                    de água.
Fonte: Google EarthTM                               Fonte: Google EarthTM


4.3 - Terceiro encontro: As bacias hidrográficas brasileiras


        Objetivos: Neste encontro, o professor deverá delimitar, em linhas gerais, as
bacias hidrográficas brasileiras classificadas de acordo com a Agência Nacional das
Águas – ANA, por meio do emprego da ferramenta “caminho”. Em uma mesma
imagem o docente deverá destacar as bacias: Amazônica, do Tocantins-Araguaia, do
Atlântico Nordeste Ocidental, do Atlântico Nordeste Oriental, do Parnaíba, do São
Francisco, do Atlântico Leste, do Paraná, do Uruguai, do Atlântico Sudeste, do
Atlântico Sul e do Paraguai. Vale ressaltar que o programa permite que se mostre a



3
  A ferramenta “caminho” está localizada na barra de ferramentas do programa e pode ser utilizada para
marcar um determinado trajeto. Como exemplo, o professor ou o aluno pode utilizar essa ferramenta para
seguir um curso de um rio, uma via férrea, uma determinada avenida, etc. Além disso, o usuário poderá
salvar determinado percurso e colocar um título.
localidade de uma bacia por vez e também de todas juntas ao mesmo tempo.
Acreditamos que uso desse recurso de “animação” facilite a aprendizagem dos alunos.




Figura 5 - Construção de um banco de dados utilizando a ferramenta “caminho” para separar as bacias
hidrográficas de acordo com a Agência Nacional das Águas – ANA.
Fonte: Google EarthTM




4.4 - Quarto encontro: Elementos que fazem parte e/ou que estão no entorno de
uma bacia hidrográfica

        Objetivos: Neste encontro, o docente e os alunos devem analisar uma imagem
local de uma área próxima a escola. Com base na imagem, vai ser delimitada uma bacia
hidrográfica. Após esta delimitação, o professor poderá discutir com os alunos quais são
os elementos que fazem parte e que estão no entorno da bacia. Devem ou não aparecer
elementos como: porções reduzidas de áreas cobertas pela vegetação; pastagens
geralmente degradadas; áreas ocupadas pela população; etc. Após a análise dos
elementos contidos na imagem, o professor poderá propor para o próximo encontro uma
visita a mesma bacia hidrográfica delimitada na imagem. A seguir selecionamos uma
imagem obtida por meio do programa, na qual foi delimitada a Bacia do Rio São
Bartolomeu no município de Viçosa-MG:
Figura 6 - delimitação de uma bacia hidrográfica e os elementos contidos nela e em seu entorno.
Fonte: Google EarthTM


4.5 - Quinto encontro: Visita a bacia hidrográfica delimitada no encontro anterior

        Objetivos: Neste encontro extra-classe, os alunos deverão percorrer – a pé ou de
ônibus – , o percurso entre a escola e a bacia delimitada no encontro anterior. Após
realizar o trajeto, os alunos terão que fazer um mapa mental, desenhando os elementos
mais importantes observados tanto na imagem de satélite do encontro anterior, como no
percurso realizado neste encontro. Esta observação dirigida, realizada no trabalho de
campo, tem como função aprimorar a habilidade de expressão gráfica e estética, de
leitura e de interpretação dos sinais da natureza, de levantamento de hipóteses e de
confronto de explicações e teorias. Com o mapa mental, os alunos terão que, em uma
folha separada, descrever também quais são os elementos que causam os impactos
negativos presenciados através da análise da imagem de satélite e do trajeto à bacia
hidrográfica e, propor medidas mitigadoras para preservar as bacias hidrográficas da
região. Estes exercícios visam aproximar a teoria discutida nos encontros anteriores com
a realidade próxima do aluno.

4.6 - Sexto encontro: Os principais rios do Brasil

        Objetivos: Neste encontro, serão abordados os principais rios brasileiros e sua
importância para o desenvolvimento das regiões que eles percorrem. Destacam-se os
Rios: Amazonas, São Francisco, Paraná e Tietê. Em relação ao Rio Amazonas, o
professor pode discutir com os alunos a importância desse rio para a região norte do
país e a questão da quantidade de sedimentos que é depositado em sua foz, como
aparece na Figura 7. Ao falar do Rio São Francisco, o professor pode propor uma
discussão sobre a questão da transposição desse importante rio que nasce em Minas
Gerais e percorre boa parte do Estado da Bahia. O Rio Paraná, rio que separa os Estados
de São Paulo e Mato Grosso do Sul, pode ser destacado pela atividade agrícola intensa
que está ao seu redor. E por fim, o Rio Tietê, rio que corre para o interior do país e
deságua no Rio Paraná, pode ser destacado pela grande concentração populacional que
está em sua volta e a questão de sua poluição. A seguir selecionamos imagens obtidas
por meio do programa que podem ser utilizadas em sala de aula:




Figura 7 - Trecho do Rio Amazonas            Figura 8 - Trecho do Rio São Francisco
Fonte: Google EarthTM                        Fonte: Google EarthTM




Figura 9 - Trecho do Rio Paraná              Figura 10 - Trecho do Rio Tietê
Fonte: Google EarthTM                        Fonte: Google EarthTM
4.7 - Sétimo encontro: O Rio mais próximo da escola e seu entorno


        Objetivos: Neste encontro, a partir da imagem do Google Earth, os alunos vão
analisar a situação que se encontra o rio mais importante da cidade e verificar como está
à ação do ser humano em seu entorno.
Figura 11 - Percurso do Ribeirão São Bartolomeu e a ação do ser humano em seu entorno (exemplo de
análise de um rio localizado na cidade de Viçosa-MG).
Fonte: Google EarthTM


4.8 - Oitavo encontro: O consumo de água pela: agricultura, indústria e sociedade


        Objetivos: Neste oitavo encontro, o professor poderá analisar junto com os
alunos a utilização da água pela agricultura, pela indústria e pela sociedade. Em relação
à agricultura, a Figura 12 mostra claramente extensas áreas de cultivo. Nota-se um
importante rio que atravessa essas áreas de plantio. Para representar as indústrias, o
professor pode destacar uma indústria de papel e celulose (Figura 13), visto que, essa
atividade industrial utiliza grandes quantidades de água no processo de produção. E por
fim, na Figura 14, observa-se um grande reservatório de água que abastece a região
Metropolitana de São Paulo e que atualmente sofre sérios problemas com a ocupação
populacional e a poluição. A seguir selecionamos imagens obtidas por meio do
programa que podem ser utilizadas em sala de aula:




Figura 12 - Áreas agrícolas próximas ao Rio São   Figura 13 - Indústria de papel e celulose,
Francisco.                                        localizada no Estado do Espírito Santo.
Fonte: Google EarthTM                             Fonte: Google EarthTM




Figura 14 - Parte da Represa Billings.
Fonte: Google EarthTM

4.9 - Nono encontro: Poluição das águas

        Objetivos: Neste encontro serão discutidas as diversas formas de contaminação
das águas. Contaminação pelos esgotos domésticos; contaminação pelos resíduos
gerados pelas indústrias e contaminação gerada pela utilização de agrotóxicos na
agricultura. As duas primeiras formas de contaminação podem ser observadas na Figura
15, na qual, há grande concentração populacional e diversos tipos de indústrias. Já o
terceiro tipo de contaminação pode ser verificado na Figura 16, onde grandes
propriedades agrícolas que além de consumir grandes quantidades de água, lançam
enormes concentrações de substâncias tóxicas nos rios. A seguir selecionamos imagens
obtidas por meio do programa que podem ser utilizadas em sala de aula:




Figura 15 - Encontro do Rio Tietê com o Rio    Figura 16 - Grandes áreas agrícolas próximas ao
Pinheiros,      ambos     poluídos,  devido,   Rio São Francisco.
principalmente, pela deposição de esgotos
industriais e domésticos.
Fonte: Google EarthTM                          Fonte: Google EarthTM
4.10 - Décimo encontro: As hidrelétricas e os Movimentos dos Atingidos por
Barragens
       Objetivos: Neste encontro, o professor poderá analisar a história dos conflitos,
as lutas e as propostas dos Movimentos dos Atingidos por Barragens no Brasil. A partir
disso, através das imagens de satélites, o professor poderá mostrar aos alunos as
famosas obras “faraônicas” que desalojaram milhares de pessoas de suas terras, com
destaque para a obra de Sobradinho no Rio São Francisco e a construção da Usina de
Itaipu na bacia do Rio Paraná. A nível local, o professor juntamente com os alunos,
devem analisar e procurar noticias sobre pequenas construções de hidrelétricas no
município. No final desse encontro, o docente deverá analisar, juntamente com os
alunos a letra da música “Sobradinho” de Sá e Guarabira, associando esta, com as idéias
debatidas até este momento. A seguir selecionamos imagens obtidas por meio do
programa que podem ser utilizadas em sala de aula:
Figura 17 - Usina de Itaipu, geração de energia e   Figura 18 - Sobradinho no Rio São Francisco.
desalojamento de milhares de pessoas.
Fonte: Google EarthTM                               Fonte: Google EarthTM


4.11 - Décimo primeiro encontro: Visita à estação de tratamento de água e de
esgoto da cidade


        Objetivos: Neste último encontro, os alunos vão visitar a estação de tratamento
de água localizada na cidade. Além disso, o professor de Geografia deverá identificar,
junto com os estudantes, qual é a missão da estação, quantas estações de tratamento de
água e de esgoto a cidade possui e quantos habitantes são beneficiados por tal serviço.




CONSIDERAÇÕES FINAIS


        A confecção e divulgação de propostas de ensino, que também podem ser
chamadas de modelos de uso, é um trabalho de suma importância quando o que se
deseja é o uso efetivo de certo tipo de recurso didático no ensino. No caso da tecnologia,
não basta equipar a escola com laboratórios de informática ou mesmo dar breves
treinamentos acerca dos recursos de um software para os professores: faz-se necessário
pensar e produzir propostas detalhadas que cruzem a tecnologia com outras práticas
com as quais os professores já estejam habituados, como é o caso de saídas a campo.
Quando começamos a usar algo novo, o ideal é começar trilhando caminhos delineados
por outras pessoas, para, só depois, começarmos a alçar vôos mais altos. Essa é,
essencialmente, a função dos modelos de uso em educação.
        Sendo assim, neste artigo acadêmico, nos propusemos a mostrar, com riqueza de
detalhes, uma forma de utilização do software Google Earth como recurso didático nas
aulas de Geografia, trazendo aos alunos, um primeiro contato com as imagens de
satélite. Por meio desta proposta de ensino acreditamos que os estudantes serão levados
a observar os cursos de água existentes nas proximidades da escola, bem como os
divisores de água e analisar as formas de uso destes recursos hídricos pelas atividades
humanas nas diferentes escalas espaciais.
       Tal exercício foi pensando e forma a incentivar o desenvolvimento de
competências e também a criatividade dos estudantes, apresentando alternativas mais
prazerosas de aprendizagem e levando-as a enfrentar situações-problema e a elaborar
propostas de intervenção solidária na realidade. Acreditamos na validade da proposta,
sobretudo porque ela procura levar as TICs para dentro da sala de aula, explorando suas
potencialidades ao máximo, com vistas na formação de cidadãos preparados para
participações sociais consistentes e construtivas, colocando a escola como espaço de
uma inclusão digital que vá além de se ensinar o manuseio de microcomputadores, indo,
portanto, na direção de uma efetiva inclusão social.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, M. E. B. Prática e formação de professores na integração de mídias. Prática
pedagógica e formação de professores com projetos: articulação entre conhecimentos,
tecnologias e mídias. In: MORAN, J. M. (Org.); ALMEIDA, M. E. B (Org.). Integração
das Tecnologias na Educação. Brasília: Seed, 2005, p. 39.

ATANASIO, C. M. Planos de manejo integrado de microbacias hidrográficas com
uso agrícola: uma abordagem hidrológica na busca da sustentabilidade. 2004. 193p.
Tese (Doutorado em Recursos Florestais) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004.

BARRELLA, W. et. al. As relações entre as matas ciliares os rios e os peixes. In:
RODRIGUES, R.R.; LEITÃO FILHO; H.F. (Ed.) Matas ciliares: conservação e
recuperação. 2.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001.

BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares
Nacionais: ensino médio. Brasília, Brasil: MEC/SEMTEC, 2002. p. 275-360.
CALLAI, Helena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In:
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et. al. (org.). Ensino de Geografia, prática e
textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Editora Mediação, 2004, p. 83-134.

CARVALHO, V. M. S.G. et. al. Sensoriamento Remoto no Ensino Fundamental e
Médio. In: JORNADA DE EDUCAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO NO
ÂMBITO DO MERCOSUL. n° 4, 2004, São Leopoldo, RS. p. 1-36.

CHAVES, E. O. C. Tecnologia e Educação: o futuro da escola na sociedade da
informação. Campinas: Mindware, 1998, 194 p.

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FONSECA, F. P.; OLIVA, J. T. A geografia e suas linguagens: o caso da cartografia.
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CARLOS, Ana Fani A. (org.). A geografia na sala de aula. 2ª. ed. São Paulo:
contexto, 1999, v.1, p.62-78.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?: Novas exigências
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NOGUEIRA, A. R. B. (2002). Mapa Mental: recurso didático para o estudo do lugar.
In. Oliveira, Ariovaldo U. de & Pontuschka, Nídia Nacib (org). Geografia em
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MORAN, J. M. Os meios de comunicação na escola. In: FUNDAÇÃO PARA O
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PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, T. Y.; CACETE, N. H. (2007). Para ensinar e
aprender Geografia. São Paulo: Editora Cortez. Capítulo III da terceira parte.
SARANTE, A. L. Novos tempos, novos recursos: a presença das tecnologias da
informação e da comunicação nas escolas estaduais de Osasco – SP e o seu uso pelos
professores de Geografia. 2009. 76f. Monografia (Graduação em Geografia) –
Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2009.

SAUSSEN, T.M. e MACHADO, C. B. A Geografia na sala de aula: informática,
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estudo do espaço geográfico. In: Jornada de Educação em Sensoriamento Remoto
no Âmbito do Mercosul, 4. INPE: São Leopoldo, 2004. reg. 33.

SILVA, Ana Cristina V. Uma videoteca para a educação: O projeto Ceduc-vídeo, a
Videoteca Pedagógica e as publicações sobre cinema e educação produzidas na
Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE entre 1988 e 1997. 2009. 336f.
Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São
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TOMITA, L.M.S.; Trabalho de campo como instrumento de ensino em Geografia.
Londrina, PR, v. 8. nº 1, p. 13-15, mai de 1992.
VALENTE, J. A. Pesquisa, comunicação, e aprendizagem com o computador. O papel
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VESENTINI, J. W. Educação e ensino de Geografia: instrumentos de dominação e/ou
libertação. In. CARLOS, Ana Fani A. (org.). A geografia na sala de aula. 2ª. ed. São
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VIEIRA, Fábia Magali Santos. A Utilização das Novas Tecnologias na Educação
numa Perspectiva Construtivista, 1999. Disponível em:
http://www.proinfo.mec.gov.br/upload/biblioteca/191.pdf>. Acesso em: 27 set. 2008.

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O mundo dentro da escola refletindo sobre os recursos hídricos com o uso do google earth

  • 1. O MUNDO DENTRO DA ESCOLA: REFLETINDO SOBRE OS RECURSOS HIDRICOS COM O USO DO GOOGLE EARTH André Luiz Sarante∗ /Universidade Federal de Viçosa andre.sarante@ufv.br Ana Cristina Venancio da Silva∗∗/Universidade de São Paulo anacvs@usp.br INTRODUÇÃO O presente artigo intitulado “O mundo dentro da escola: refletindo sobre os recursos hídricos com o uso do Google Earth” tem por objetivo apresentar uma proposta de utilização do software Google Earth como recurso didático para o ensino de Geografia. Para isso, dentre muitos assuntos possíveis, escolhemos fazer uma proposta de ensino que aborda a importância da água e das bacias hidrográficas junto aos estudantes das séries finais do Ensino Fundamental II e também do Ensino Médio, na disciplina de Geografia. Essa proposta nasceu da junção de duas áreas de interesse: por um lado a questão da água na atualidade – e a necessidade premente de apresentá-la como um recurso e um patrimônio natural da humanidade – e, por outro, o interesse em utilizar o computador, a internet e imagens de satélite no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que são recursos tecnológicos que despertam o interesse da quase totalidade dos jovens de hoje. Para sua efetivação, esta proposta requer a disponibilização de algumas TICs (Tecnologias da Informação e da Comunicação1) na escola, tais como: laboratório de ∗ Geógrafo e pesquisador das relações e dos usos da tecnologia aplicada ao ensino de Geografia. ∗∗ Historiadora, mestre em Educação, e pesquisadora de políticas públicas de utilização de recursos tecnológicos na Educação. 1 De acordo com Almeida (2005), as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são resultante da junção entre a informática e a telecomunicação. Por meio de suportes (mídias) e de meios de comunicação (tais como o jornal, o rádio, a televisão e a internet), as TICs possibilitam o acesso e a veiculação de informações e de todas as demais formas de articulação comunicativa em todo o mundo.
  • 2. informática conectado à internet, o programa Google Earth instalado em pelo menos uma das máquinas e um projetor multimídia. Além disso, a proposta requer saídas a campo para analisar os recursos hídricos da localidade e a estação de tratamento de água e esgoto da cidade na qual a proposta estiver sendo efetivada. Dessa forma, este projeto só poderá ser feito numa escola que contar com a infra-estrutura tecnológica e que permita que professores e alunos façam trabalhos externos. É imperativo que fique claro, portanto, que este artigo visa apresentar um modelo de uso de um recurso tecnológico como estratégia de ensino. Ao apresentarmos uma forma concreta e estruturada de utilização do Google Earth para o ensino de um grupo de conteúdos específicos que fazem parte do ensino escolar de Geografia estaremos contribuindo para que mais educadores e estudiosos do tema possam vislumbrar o emprego efetivo deste rico recurso tecnológico que é o Google Earth, uma vez que ele pode propiciar a construção de aprendizagens significativas, bem como o desenvolvimento de competências importantes não só para a ampliação do conhecimento geográfico que se tem do mundo, mas também para a formação de cidadãos críticos e participativos. A proposta pretende trabalhar o tema da água nas diferentes escalas, percorrendo junto com os estudantes um caminho que começa com este recurso no contexto global, passando pelos contextos nacional, regional até chegar ao abastecimento local no município. De acordo com Callai (2004, p. 94), “a escala de análise é um critério importante no estudo da Geografia. É fundamental que se considere sempre os vários níveis da escala social de análise: o “local”, o “regional”, o “nacional” e o “mundial”. Ainda segundo a autora, a compreensão das particularidades dos vários lugares pode ser o caminho para se compreender o global, o mundo em que vivemos e para investigar as relações que se estabelecem entre os homens e entre esses e a natureza. Acreditamos que, no caso da água, a contextualização possibilitada pelas imagens disponibilizadas pelo Google Earth permitirá o surgimento de uma consciência crítica e ampliada em relação a este recurso natural. Ao longo das atividades, em muitos momentos o professor tem o dever de estimular discussões sobre a abundância e a escassez desse recurso e os desdobramentos econômicos, sociais e culturais que essas duas situações trazem, nos âmbitos local, regional e global. As noções de uso, mau uso, desperdício e reuso da água devem ser apresentadas e discutidas com o intuito de despertar uma consciência social acerca do tema.
  • 3. Ao mostrar as bacias hidrográficas nas diferentes escalas, acreditamos que seja possível tratar da realidade local com praticamente a mesma riqueza de detalhes que costumeiramente encontramos nos livros didáticos quando eles tratam das principais bacias do Brasil. Nesse aspecto, ao invés de trabalhar com o aluno uma realidade quase sempre distante e abstrata, porque é diferente da sua, o professor abordará a realidade local a partir do cruzamento das imagens oferecidas pela internet por meio do Google Earth, e das saídas a campo feitas com os estudantes. A vivência virtual em três dimensões que o Google Earth propõe ao usuário será apresentada como um complemento ao livro didático e ao atlas escolar, no qual as imagens são estáticas, apresentam apenas alguns entre os vários espaços geográficos brasileiros e mundiais, e oferece figuras em duas dimensões. Com isso, além de trazer para dentro da escola algo que a princípio está fora dela (a internet e o uso de um programa que, com efeito, não foi desenvolvido com vistas ao uso didático) será possível mostrar aos estudantes que o computador e a internet podem ser usados não só para o entretenimento, mas também para obter e construir novos saberes. A idéia aqui apresentada surge da dificuldade que alguns professores de Geografia têm em utilizar recursos didáticos diferentes para explicar vários temas do currículo escolar deste componente. Mesmo na atualidade, encontramos algumas escolas em que o conhecimento ainda é transmitido de forma, “bancária” e autoritária como já afirmou Freire (1981). Nelas, as aulas continuam se baseando apenas na reprodução de conteúdos presentes em livros didáticos. Além disso, os exemplos, mapas e fotos que são colocados em sala de aula, contidos nos livros didáticos, revelam, discutem e problematizam assuntos ligados, principalmente, aos contextos global e regional, desprezando, quase sempre, o contexto local e imediato de boa parte dos estudantes. Isso significa que, no limite, a Geografia que é ensinada na escola é trabalhada, na grande maioria das vezes, com exemplos abstratos e bastante distantes de muitos alunos. É justamente neste aspecto que o software Google Earth pode contribuir para a construção de saberes geográficos, trazendo o mundo – em diferentes escalas – para dentro da escola, por meio das aulas de Geografia. 2 - A utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) no ensino de Geografia
  • 4. O momento atual destaca-se pela existência de uma profusão de projetos, pesquisas e pesquisadores dedicados ao estudo do emprego das TICs na educação. Dentre os pesquisadores ligados a essa área do conhecimento, destacamos João Manoel Moran, José Armando Valente e Eduardo O. C. Chaves. Para esses pesquisadores, pensar novas formas de difundir o conhecimento é uma necessidade urgente, já que é insustentável mantermos o paradoxo atual, no qual se replica uma estrutura escolar criada pelos iluministas no século XVIII e popularizada no século XIX, com professores que ainda estão no século XX e alunos cujos corações e mentes fazem parte do século XXI. É preciso coragem e ousadia na busca de soluções para esse impasse, já que se deseja uma escola com professores e alunos que estejam numa mesma realidade espaço-temporal. Quando tratamos de modernizações no ensino e na escola, parte significativa das inovações metodológicas surgem da utilização didático-pedagógica de recursos que costumeiramente estão fora do espaço escolar, tais como o audiovisual, a música, o computador, a internet, a imagem, os recursos multimídias, etc. Para Moran (1994), Valente (2005) e Chaves (1998), o emprego das TICs pode ser significativo no processo de ensino e aprendizagem, uma vez que elas contribuem significativamente para que os alunos se sintam motivados a querer aprender cada vez mais, na medida em que ajudam na contextualização dos conteúdos. A utilização de TICs no processo de ensino-aprendizagem pressupõe a tão discutida “inclusão digital” de professores e alunos. No entanto, não podemos nos esquecer que sem um certo domínio no manuseio das tecnologias, é impossível torná-las meios (estratégias) para se atingir fins específicos. Dada a realidade socioeconômica de parte significativa da população brasileira, cabe ao Estado promover ações com vistas a incluir digitalmente sua população, sob o risco ter que lidar com uma nova categoria de analfabeto: o analfabeto digital. Na trajetória educacional do Brasil das últimas décadas, percebemos com nitidez que, dentre os vários aparelhos eletrônicos que possibilitam o uso de TICs na escola, o computador tem sido alvo da maioria das iniciativas. Políticas públicas e privadas estão sendo realizadas com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática em praticamente todas as redes de ensino de Educação Básica. Todavia, os principais pesquisadores deste tema são praticamente unânimes em dizer que não basta equipar as escolas. É preciso encarar de frente a imensa resistência
  • 5. vigente entre grande parte dos professores em relação à tecnologia, aos meios eletrônicos e às inovações pedagógicas como um todo. Segundo Vieira (1999), a introdução das TICs na educação deve ser acompanhada de uma sólida formação dos professores para que eles possam utilizá-las de uma forma responsável e com potencialidades pedagógicas verdadeiras. Sob essa perspectiva, deve fazer parte do cotidiano escolar, e constar no projeto pedagógico da unidade, o treinamento contínuo e progressivo dos professores. Isso equivale dizer que a formação inicial e continuada dos docentes é fundamental, pois, para se usar um novo recurso, é imprescindível conhecê-lo bem. A inserção do computador e da internet nas escolas brasileiras poderá contribuir, segundo Libâneo (2000), para a democratização de saberes socialmente significativos e para o desenvolvimento das capacidades intelectuais e afetivas, tendo em vista a formação de cidadãos contemporâneos. Vesentini (2007) defende que, se os educandos são fascinados pelos computadores, pela imagem no lugar da escrita e também por jogos, é interessante incorporar esses elementos como estratégias de ensino. Além disso, o autor afirma também que o professor, cidadão que vive no mesmo mundo pleno de mudanças, deve estar a par e participar das inovações tecnológicas, das alterações culturais, trabalhando com esses recursos de maneira crítica, levando o aluno a usá-los de forma ativa. No que diz respeito às políticas educacionais brasileiras, é pertinente destacar ainda que a nova lei de diretrizes e bases da educação (9394/96) expõe a necessidade da educação escolar trabalhar com conteúdos e recursos que qualifiquem o cidadão para viver na sociedade moderna tecnológica. Este contexto favorece a introdução da tecnologia de sensoriamento remoto na escola como conteúdo e recurso didático inovador no processo de ensino e aprendizagem, frente às atuais exigências de reformulação da educação escolar impostas pela conjuntura de nossa sociedade na aurora de um novo milênio. Fonseca e Oliveira (2007) falam que as imagens de satélite podem oferecer muito, já que o produto que elas apresentam ultrapassa de longe o que o olho humano pode ver. Tanto horizontalmente – que seria o planeta todo em sua simultaneidade quanto verticalmente – aprofundando-se numa área, num lugar. Da mesma forma, Saussen e Machado (2004): Salientam que o uso de imagens de satélite no estudo da geografia em sala de aula contribui para uma didática mais significativa na educação escolar,
  • 6. porque esse recurso promove a realização de aulas mais diversificadas e atrativas, nas quais o aluno poderá se sentir mais motivado, pois é possível estudar o espaço geográfico da própria região com imagens de satélite que permitem identificar o uso e cobertura do solo, o desenho urbano, os impactos ambientais, entre outros aspectos e, a partir disso, propor possíveis soluções, dando ao aluno maior compreensão dos processos atuantes na sociedade em que vive. (SAUSSEN; MACHADO, 2004, p.1486). É com base na fala desses dois autores, que vemos a utilização do Google Earth como uma ferramenta para tratar a questão da água em diversos tipos de escala. Além do mais, Saussen e Machado (2004), afirmam ainda que à medida que a escala de percepção espacial for gradativamente se expandindo, desencadeará um processo que, no final, levará o aluno a obter um posicionamento crítico diante dos acontecimentos sociais, contribuindo para a formação de um cidadão mais consciente e comprometido. Daí, a importância de trabalhar as tecnologias (o sensoriamento remoto, a internet o e computador) no aproveitamento didático, para o nível de ensino médio nas aulas de Geografia. Segundo Carvalho et. al. (2004): A utilização de recursos de sensoriamento remoto possibilita aos alunos uma apreensão sistêmica da área de estudo, favorecendo à análise do meio ambiente e ecossistemas associados, considerando não apenas um único aspecto/variável, mas sim a multiplicidade de aspectos/variáveis que possam estar contribuindo para a degradação da qualidade das águas, estabelecendo relações entre o impacto local e suas repercussões espaciais e revelando, conseqüentemente, suas implicações para o declínio da qualidade de vida da população atendida direta ou indiretamente por este manancial. (CARVALHO et. al., 2004, p. 11). É fato que a qualidade das águas tem sido afetada pelas atividades produtivas ou por seus reflexos (poluição por esgotos, derramamentos acidentais de produtos tóxicos, disposição inadequada de rejeitos sólidos, etc.). Nesse aspecto, destaca-se, nesse projeto, a utilização da bacia hidrográfica como recorte de um estudo geográfico, enfatizando seu caráter físico como unidade sistêmica, onde a ação humana é mais uma variável frente à questão ambiental. Entende-se, portanto, bacia hidrográfica como, segundo Barrella, W. et. al. (2001); Conjunto de terras drenadas por um rio e seus afluentes, formada nas regiões mais altas do relevo por divisores de água, onde as águas das chuvas, ou escoam superficialmente formando os riachos e rios, ou infiltram no solo para formação de nascentes e do lençol freático. As águas superficiais escoam para as partes mais baixas do terreno, formando riachos e rios, sendo que as cabeceiras são formadas por riachos que brotam em terrenos íngremes das serras e montanhas e á medida que as águas dos riachos descem, juntam-se a outros riachos, aumentando o volume e formando os primeiros rios, esses
  • 7. pequenos rios continuam seus trajetos recebendo água de outros tributários, formando rios maiores até desembocar no oceano. (BARRELLA, W. et. al., 2001, p. 138). Já para Fernandes (1999) apud Attanasio, (2004) o termo bacia hidrográfica refere-se a uma compartimentação geográfica natural delimitada por divisores de água. Este compartimento é drenado superficialmente por um curso d`água, principal e seus afluentes. Cabe ressaltar, pela última vez, que acreditamos que os novos recursos tecnológicos, dentre os quais destacamos o sensoriamento remoto, a internet e o computador, devem ser utilizados como ferramentas que complementam e contextualizam os conteúdos desenvolvidos em sala de aula, não substituindo de maneira alguma o professor e o livro didático, como preconiza um determinado senso comum dominado pela lógica do mercado capitalista. Utilizaremos, em suma, o olhar acurado possibilitado pelo sensoriamento remoto no estudo das bacias hidrográficas, para propiciarmos uma aprendizagem significativa e crítica em relação à água, seu consumo e sua importância. 3 - O Google Earth como recurso didático Em linhas gerais o Google Earth é um programa desenvolvido e distribuído pela empresa Google2, cuja função é apresentar um modelo tridimensional do globo terrestre, construído a partir de fotografias de satélites. Além de ser gratuito, o programa oferece uma riqueza de detalhes e possibilita o desenvolvimento de uma nova maneira de olhar e conceber geograficamente o mundo, uma vez que permite visualizar, de forma dinâmica, diferentes aspectos globais, regionais e locais de vários fenômenos. O que chama a atenção em relação ao Google Earth é justamente o fato de ele apresentar a realidade local – dificilmente abordada nos livros didáticos - e se renovar 2 A Google Inc é a empresa que desenvolve e disponibiliza serviços online, cuja sede se situa nos EUA. Seu primeiro serviço foi um sistema de buscas denominado Google, que, na atualidade, é considerado o serviço de busca mais usado no mundo. O serviço de buscas Google foi criado a partir de um projeto de doutorado de Larry Page e Sergey Brin, desenvolvido na Universidade de Stanford em 1996. Atualmente, a Google, é uma empresa que fornece dezenas de outros serviços online, que são, na maioria das vezes, gratuitos aos usuários da internet. O software Google Earth pode ser adquirido gratuitamente pelo endereço eletrônico: http://earth.google.com/
  • 8. de tempos em tempos e, por isso, disponibilizar imagens atualizadas do espaço geográfico. Isso coloca o programa em vantagem em relação aos livros impressos que normalmente abordam e mostram as realidades globais e regionais em detrimento da local, impossível de ser retratada em sua totalidade, e que se tornam obsoletos pouco tempo depois de impressos, dado o dinamismo com que as paisagens sofrem mudanças. Nunca é demais lembrar que não se trata de desqualificar o livro didático, mas de procurar formas de complementá-lo e atualizá-lo, papel que pode ser desempenhado pelo Google Earth e também por outros programas e serviços disponibilizados pela internet. 4 - A PROPOSTA DE ENSINO – OS ENCONTROS O modelo de uso que propomos pode ser utilizado com estudantes das séries finais do Ensino Fundamental II e também do Ensino Médio. A proposta desenvolvida foi estruturada a partir de onze encontros, sendo que cada encontro equivale a duas aulas. Desses encontros, nove podem ser desenvolvidos em sala de aula e dois devem ocorrem nos espaços em que ocorrerão as visitas monitoradas. Nestes onze momentos, deve ser exposto e discutido o conceito de bacia hidrográfica, enfatizando suas características e dimensões sociais, naturais e econômicas. Pensando-se em turma de aproximadamente 40 alunos, a cada encontro os alunos deverão ser organizados em grupos. Este tipo de divisão tem o intuito de promover debates, propor a realização de tarefas específicas e proporcionar o desenvolvimento de habilidades de trabalho em grupo, tão valorizadas no mundo atual. Em relação às duas visitas monitoradas (quinto e décimo primeiro encontro), elas foram pensadas com a finalidade de possibilitar o estreitamento entre a teoria e a prática e fazer um estudo da realidade a partir das áreas mais próximas dos alunos. Para Tomita (1999), o trabalho de campo é uma prática indispensável para o ensino de Geografia, mas não o suficiente. Não se deve encarar essa atividade como um fim, mas como um meio que tenha o seu prosseguimento ao retornar à sala de aula. Segundo Pontuschka et. al. 2007; A observação dirigida, quando realizada nas visitas e nos trabalhos de campo, aprimora a habilidade de expressão gráfica e estética, de leitura e interpretação dos sinais da natureza, de levantamento de hipóteses e de confronto de explicações e teorias sobre, por exemplo, as tendências de expansão ou degradação do espaço local. (PONTUSCHKA et. al., p.299).
  • 9. As visitas monitoradas com os alunos podem propiciar a elaboração de um novo recurso didático que contribui com a Geografia no ensino médio. Estamos nos referindo aos chamados mapas mentais. Nogueira (2006, p. 129) fala que “os mapas mentais são representações construídas inicialmente tomando por base a percepção dos lugares vividos, experienciados. Isso equivale dizer, portanto, que eles partem de uma dada realidade”. Ainda segundo a autora, os mapas mentais podem ser utilizados, para levantar com os alunos os problemas sociais e ambientais dos lugares onde eles vivem. Em relação à música “Sobradinho”, de autoria da dupla Sá e Guarabira, devemos pontuar que ela foi proposta com estratégia de ensino do décimo encontro, por entendermos que cabe também a escola estimular reflexões filosóficas e artísticas sobre o tema e não apenas as questões racionais que envolvem os usos da água no mundo atual. A ampliação do universo cultural dos alunos, para além da cultura de massa que é veiculada nos meios de comunicação é também, a nosso ver, um dever da escola. Devemos levar os estudantes a ir além do senso comum e também a perceber a beleza e força da poesia, bem como a importância e função delas nas sociedades humanas. O ser humano é um ser de idéias, de contato social e, portanto, um ser de cultura. Nesse sentido, é importante fazer uso também das manifestações culturais para sensibilizar e propor reflexões. Foi pensando nesses aspectos que resolvemos lançar mão da citada música, que será trabalhada com os estudantes de forma integral (letra e melodia). Com o intuito de oferecer uma visão geral do modelo de uso que estamos propondo, organizamos abaixo uma tabela em que disponibilizamos os encontros e uma síntese dos principais tópicos que devem ser trabalhados em cada um deles: Tabela 1: Principais tópicos que devem ser discutidos em cada um dos encontros propostos. ENCONTROS TEMAS 1° encontro Distribuição das águas no Planeta Terra; 2° encontro Conceito de bacia hidrográfica 3° encontro As bacias hidrográficas brasileiras; 4° encontro Elementos que fazem parte e/ou que estão no entorno de uma bacia hidrográfica; 5° encontro Visita a uma bacia hidrográfica perto da Escola; 6° encontro Os principais rios do Brasil;
  • 10. 7° encontro O Rio mais próximo da escola e seu entorno; 8° encontro O consumo de água pela: agricultura, indústria e sociedade; 9° encontro Poluição das águas; 10° encontro As hidrelétricas e os movimentos dos atingidos por barragens; 11° encontro Visita à estação de tratamento de água e de esgoto; Fonte: SARANTE e SILVA (2009) A seguir, apresentamos o detalhamento de cada encontro previsto no presente modelo de uso. A guisa de exemplo, optamos por utilizar a cidade de Viçosa-MG e a Bacia do Rio São Bartolomeu para dar visualidade ao desenvolvimento didático da proposta. Cremos que a leitura deles propiciará uma percepção concreta e pormenorizada do trabalho que estamos propondo. 4.1 - Primeiro encontro: Distribuição das águas no Planeta Terra Objetivos: Este primeiro encontro tem como objetivo fazer com que o aluno reflita através das imagens de satélites, se o Planeta no qual vivemos pode ser classificado como Planeta Terra ou Planeta Água. Além disso, o professor pode discutir com os alunos a porcentagem de água doce e a porcentagem de água salgada existente no planeta, verificar onde a água doce está concentrada (calotas polares e geleiras, rios e lagos, lençóis subterrâneos e outros tipos de reservatórios) e analisar a importância do ciclo hidrológico. A seguir selecionamos imagens obtidas por meio do programa que podem ser utilizadas em sala de aula: Figura 1 - Vista parcial do Planeta Terra, Figura 2 – Vista parcial do Planeta Terra, com destacando a imensidão das terras emersas. destaque ao Círculo polar antártico. Fonte: Google EarthTM Fonte: Google EarthTM 4.2 - Segundo encontro: Conceito de Bacia Hidrográfica
  • 11. Objetivos: Neste segundo encontro, o professor e os alunos devem dialogar sobre vários conceitos de bacia hidrográfica e construir um novo conceito, respeitando sempre os saberes que os alunos trazem para dentro da escola. Após esta etapa, o professor deve analisar junto com os alunos, através das fotos de satélites do programa Google Earth, uma área próxima à escola. Em seguida, o professor e os alunos delimitarão uma bacia hidrográfica através da ferramenta “caminho”3 que se encontra na barra de ferramentas do software. Para uma melhor delimitação, o professor poderá utilizar o recurso “3D” para poder identificar e mostrar os divisores de água. A seguir selecionamos imagens obtidas por meio do programa que podem ser utilizadas em sala de aula: Figura 3 – Bacia Hidrográfica próxima de uma Figura 4 – utilização do recurso “caminho” e do Escola Estadual da cidade de Viçosa – MG. recurso “3D” para podermos delimitar os divisores de água. Fonte: Google EarthTM Fonte: Google EarthTM 4.3 - Terceiro encontro: As bacias hidrográficas brasileiras Objetivos: Neste encontro, o professor deverá delimitar, em linhas gerais, as bacias hidrográficas brasileiras classificadas de acordo com a Agência Nacional das Águas – ANA, por meio do emprego da ferramenta “caminho”. Em uma mesma imagem o docente deverá destacar as bacias: Amazônica, do Tocantins-Araguaia, do Atlântico Nordeste Ocidental, do Atlântico Nordeste Oriental, do Parnaíba, do São Francisco, do Atlântico Leste, do Paraná, do Uruguai, do Atlântico Sudeste, do Atlântico Sul e do Paraguai. Vale ressaltar que o programa permite que se mostre a 3 A ferramenta “caminho” está localizada na barra de ferramentas do programa e pode ser utilizada para marcar um determinado trajeto. Como exemplo, o professor ou o aluno pode utilizar essa ferramenta para seguir um curso de um rio, uma via férrea, uma determinada avenida, etc. Além disso, o usuário poderá salvar determinado percurso e colocar um título.
  • 12. localidade de uma bacia por vez e também de todas juntas ao mesmo tempo. Acreditamos que uso desse recurso de “animação” facilite a aprendizagem dos alunos. Figura 5 - Construção de um banco de dados utilizando a ferramenta “caminho” para separar as bacias hidrográficas de acordo com a Agência Nacional das Águas – ANA. Fonte: Google EarthTM 4.4 - Quarto encontro: Elementos que fazem parte e/ou que estão no entorno de uma bacia hidrográfica Objetivos: Neste encontro, o docente e os alunos devem analisar uma imagem local de uma área próxima a escola. Com base na imagem, vai ser delimitada uma bacia hidrográfica. Após esta delimitação, o professor poderá discutir com os alunos quais são os elementos que fazem parte e que estão no entorno da bacia. Devem ou não aparecer elementos como: porções reduzidas de áreas cobertas pela vegetação; pastagens geralmente degradadas; áreas ocupadas pela população; etc. Após a análise dos elementos contidos na imagem, o professor poderá propor para o próximo encontro uma visita a mesma bacia hidrográfica delimitada na imagem. A seguir selecionamos uma imagem obtida por meio do programa, na qual foi delimitada a Bacia do Rio São Bartolomeu no município de Viçosa-MG:
  • 13. Figura 6 - delimitação de uma bacia hidrográfica e os elementos contidos nela e em seu entorno. Fonte: Google EarthTM 4.5 - Quinto encontro: Visita a bacia hidrográfica delimitada no encontro anterior Objetivos: Neste encontro extra-classe, os alunos deverão percorrer – a pé ou de ônibus – , o percurso entre a escola e a bacia delimitada no encontro anterior. Após realizar o trajeto, os alunos terão que fazer um mapa mental, desenhando os elementos mais importantes observados tanto na imagem de satélite do encontro anterior, como no percurso realizado neste encontro. Esta observação dirigida, realizada no trabalho de campo, tem como função aprimorar a habilidade de expressão gráfica e estética, de leitura e de interpretação dos sinais da natureza, de levantamento de hipóteses e de confronto de explicações e teorias. Com o mapa mental, os alunos terão que, em uma folha separada, descrever também quais são os elementos que causam os impactos negativos presenciados através da análise da imagem de satélite e do trajeto à bacia hidrográfica e, propor medidas mitigadoras para preservar as bacias hidrográficas da região. Estes exercícios visam aproximar a teoria discutida nos encontros anteriores com a realidade próxima do aluno. 4.6 - Sexto encontro: Os principais rios do Brasil Objetivos: Neste encontro, serão abordados os principais rios brasileiros e sua importância para o desenvolvimento das regiões que eles percorrem. Destacam-se os Rios: Amazonas, São Francisco, Paraná e Tietê. Em relação ao Rio Amazonas, o professor pode discutir com os alunos a importância desse rio para a região norte do país e a questão da quantidade de sedimentos que é depositado em sua foz, como aparece na Figura 7. Ao falar do Rio São Francisco, o professor pode propor uma discussão sobre a questão da transposição desse importante rio que nasce em Minas
  • 14. Gerais e percorre boa parte do Estado da Bahia. O Rio Paraná, rio que separa os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, pode ser destacado pela atividade agrícola intensa que está ao seu redor. E por fim, o Rio Tietê, rio que corre para o interior do país e deságua no Rio Paraná, pode ser destacado pela grande concentração populacional que está em sua volta e a questão de sua poluição. A seguir selecionamos imagens obtidas por meio do programa que podem ser utilizadas em sala de aula: Figura 7 - Trecho do Rio Amazonas Figura 8 - Trecho do Rio São Francisco Fonte: Google EarthTM Fonte: Google EarthTM Figura 9 - Trecho do Rio Paraná Figura 10 - Trecho do Rio Tietê Fonte: Google EarthTM Fonte: Google EarthTM 4.7 - Sétimo encontro: O Rio mais próximo da escola e seu entorno Objetivos: Neste encontro, a partir da imagem do Google Earth, os alunos vão analisar a situação que se encontra o rio mais importante da cidade e verificar como está à ação do ser humano em seu entorno.
  • 15. Figura 11 - Percurso do Ribeirão São Bartolomeu e a ação do ser humano em seu entorno (exemplo de análise de um rio localizado na cidade de Viçosa-MG). Fonte: Google EarthTM 4.8 - Oitavo encontro: O consumo de água pela: agricultura, indústria e sociedade Objetivos: Neste oitavo encontro, o professor poderá analisar junto com os alunos a utilização da água pela agricultura, pela indústria e pela sociedade. Em relação à agricultura, a Figura 12 mostra claramente extensas áreas de cultivo. Nota-se um importante rio que atravessa essas áreas de plantio. Para representar as indústrias, o professor pode destacar uma indústria de papel e celulose (Figura 13), visto que, essa atividade industrial utiliza grandes quantidades de água no processo de produção. E por fim, na Figura 14, observa-se um grande reservatório de água que abastece a região Metropolitana de São Paulo e que atualmente sofre sérios problemas com a ocupação populacional e a poluição. A seguir selecionamos imagens obtidas por meio do programa que podem ser utilizadas em sala de aula: Figura 12 - Áreas agrícolas próximas ao Rio São Figura 13 - Indústria de papel e celulose, Francisco. localizada no Estado do Espírito Santo. Fonte: Google EarthTM Fonte: Google EarthTM Figura 14 - Parte da Represa Billings. Fonte: Google EarthTM 4.9 - Nono encontro: Poluição das águas Objetivos: Neste encontro serão discutidas as diversas formas de contaminação das águas. Contaminação pelos esgotos domésticos; contaminação pelos resíduos
  • 16. gerados pelas indústrias e contaminação gerada pela utilização de agrotóxicos na agricultura. As duas primeiras formas de contaminação podem ser observadas na Figura 15, na qual, há grande concentração populacional e diversos tipos de indústrias. Já o terceiro tipo de contaminação pode ser verificado na Figura 16, onde grandes propriedades agrícolas que além de consumir grandes quantidades de água, lançam enormes concentrações de substâncias tóxicas nos rios. A seguir selecionamos imagens obtidas por meio do programa que podem ser utilizadas em sala de aula: Figura 15 - Encontro do Rio Tietê com o Rio Figura 16 - Grandes áreas agrícolas próximas ao Pinheiros, ambos poluídos, devido, Rio São Francisco. principalmente, pela deposição de esgotos industriais e domésticos. Fonte: Google EarthTM Fonte: Google EarthTM 4.10 - Décimo encontro: As hidrelétricas e os Movimentos dos Atingidos por Barragens Objetivos: Neste encontro, o professor poderá analisar a história dos conflitos, as lutas e as propostas dos Movimentos dos Atingidos por Barragens no Brasil. A partir disso, através das imagens de satélites, o professor poderá mostrar aos alunos as famosas obras “faraônicas” que desalojaram milhares de pessoas de suas terras, com destaque para a obra de Sobradinho no Rio São Francisco e a construção da Usina de Itaipu na bacia do Rio Paraná. A nível local, o professor juntamente com os alunos, devem analisar e procurar noticias sobre pequenas construções de hidrelétricas no município. No final desse encontro, o docente deverá analisar, juntamente com os alunos a letra da música “Sobradinho” de Sá e Guarabira, associando esta, com as idéias debatidas até este momento. A seguir selecionamos imagens obtidas por meio do programa que podem ser utilizadas em sala de aula:
  • 17. Figura 17 - Usina de Itaipu, geração de energia e Figura 18 - Sobradinho no Rio São Francisco. desalojamento de milhares de pessoas. Fonte: Google EarthTM Fonte: Google EarthTM 4.11 - Décimo primeiro encontro: Visita à estação de tratamento de água e de esgoto da cidade Objetivos: Neste último encontro, os alunos vão visitar a estação de tratamento de água localizada na cidade. Além disso, o professor de Geografia deverá identificar, junto com os estudantes, qual é a missão da estação, quantas estações de tratamento de água e de esgoto a cidade possui e quantos habitantes são beneficiados por tal serviço. CONSIDERAÇÕES FINAIS A confecção e divulgação de propostas de ensino, que também podem ser chamadas de modelos de uso, é um trabalho de suma importância quando o que se deseja é o uso efetivo de certo tipo de recurso didático no ensino. No caso da tecnologia, não basta equipar a escola com laboratórios de informática ou mesmo dar breves treinamentos acerca dos recursos de um software para os professores: faz-se necessário pensar e produzir propostas detalhadas que cruzem a tecnologia com outras práticas com as quais os professores já estejam habituados, como é o caso de saídas a campo. Quando começamos a usar algo novo, o ideal é começar trilhando caminhos delineados por outras pessoas, para, só depois, começarmos a alçar vôos mais altos. Essa é, essencialmente, a função dos modelos de uso em educação. Sendo assim, neste artigo acadêmico, nos propusemos a mostrar, com riqueza de detalhes, uma forma de utilização do software Google Earth como recurso didático nas
  • 18. aulas de Geografia, trazendo aos alunos, um primeiro contato com as imagens de satélite. Por meio desta proposta de ensino acreditamos que os estudantes serão levados a observar os cursos de água existentes nas proximidades da escola, bem como os divisores de água e analisar as formas de uso destes recursos hídricos pelas atividades humanas nas diferentes escalas espaciais. Tal exercício foi pensando e forma a incentivar o desenvolvimento de competências e também a criatividade dos estudantes, apresentando alternativas mais prazerosas de aprendizagem e levando-as a enfrentar situações-problema e a elaborar propostas de intervenção solidária na realidade. Acreditamos na validade da proposta, sobretudo porque ela procura levar as TICs para dentro da sala de aula, explorando suas potencialidades ao máximo, com vistas na formação de cidadãos preparados para participações sociais consistentes e construtivas, colocando a escola como espaço de uma inclusão digital que vá além de se ensinar o manuseio de microcomputadores, indo, portanto, na direção de uma efetiva inclusão social. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M. E. B. Prática e formação de professores na integração de mídias. Prática pedagógica e formação de professores com projetos: articulação entre conhecimentos, tecnologias e mídias. In: MORAN, J. M. (Org.); ALMEIDA, M. E. B (Org.). Integração das Tecnologias na Educação. Brasília: Seed, 2005, p. 39. ATANASIO, C. M. Planos de manejo integrado de microbacias hidrográficas com uso agrícola: uma abordagem hidrológica na busca da sustentabilidade. 2004. 193p. Tese (Doutorado em Recursos Florestais) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004. BARRELLA, W. et. al. As relações entre as matas ciliares os rios e os peixes. In: RODRIGUES, R.R.; LEITÃO FILHO; H.F. (Ed.) Matas ciliares: conservação e recuperação. 2.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2001. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília, Brasil: MEC/SEMTEC, 2002. p. 275-360.
  • 19. CALLAI, Helena Copetti. Estudar o lugar para compreender o mundo. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos et. al. (org.). Ensino de Geografia, prática e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Editora Mediação, 2004, p. 83-134. CARVALHO, V. M. S.G. et. al. Sensoriamento Remoto no Ensino Fundamental e Médio. In: JORNADA DE EDUCAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO NO ÂMBITO DO MERCOSUL. n° 4, 2004, São Leopoldo, RS. p. 1-36. CHAVES, E. O. C. Tecnologia e Educação: o futuro da escola na sociedade da informação. Campinas: Mindware, 1998, 194 p. FREIRE, Paulo Freire. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. 150p. FONSECA, F. P.; OLIVA, J. T. A geografia e suas linguagens: o caso da cartografia. CARLOS, A. F. A. (org.). A Geografia na Sala de Aula. São Paulo, Contexto; 2007. In. CARLOS, Ana Fani A. (org.). A geografia na sala de aula. 2ª. ed. São Paulo: contexto, 1999, v.1, p.62-78. LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?: Novas exigências educacionais e profissão docente. 4ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 2000. 104p. NOGUEIRA, A. R. B. (2002). Mapa Mental: recurso didático para o estudo do lugar. In. Oliveira, Ariovaldo U. de & Pontuschka, Nídia Nacib (org). Geografia em Perspectiva. São Paulo: Contexto. MORAN, J. M. Os meios de comunicação na escola. In: FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Série Ideias: n. 9. São Paulo: FDE, 1994, p. 21-28. PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, T. Y.; CACETE, N. H. (2007). Para ensinar e aprender Geografia. São Paulo: Editora Cortez. Capítulo III da terceira parte. SARANTE, A. L. Novos tempos, novos recursos: a presença das tecnologias da informação e da comunicação nas escolas estaduais de Osasco – SP e o seu uso pelos professores de Geografia. 2009. 76f. Monografia (Graduação em Geografia) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, 2009. SAUSSEN, T.M. e MACHADO, C. B. A Geografia na sala de aula: informática, sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas – recursos didáticos para o estudo do espaço geográfico. In: Jornada de Educação em Sensoriamento Remoto no Âmbito do Mercosul, 4. INPE: São Leopoldo, 2004. reg. 33. SILVA, Ana Cristina V. Uma videoteca para a educação: O projeto Ceduc-vídeo, a Videoteca Pedagógica e as publicações sobre cinema e educação produzidas na Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE entre 1988 e 1997. 2009. 336f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. TOMITA, L.M.S.; Trabalho de campo como instrumento de ensino em Geografia. Londrina, PR, v. 8. nº 1, p. 13-15, mai de 1992.
  • 20. VALENTE, J. A. Pesquisa, comunicação, e aprendizagem com o computador. O papel do computador no processo de ensino-aprendizagem. In: MORAN, J. M. (Org.); ALMEIDA, M. E. B (Org.). Integração das Tecnologias na Educação. Brasília: Seed, 2005, p. 23-31. VESENTINI, J. W. Educação e ensino de Geografia: instrumentos de dominação e/ou libertação. In. CARLOS, Ana Fani A. (org.). A geografia na sala de aula. 2ª. ed. São Paulo: contexto, 1999, v.1, p.14-33. VIEIRA, Fábia Magali Santos. A Utilização das Novas Tecnologias na Educação numa Perspectiva Construtivista, 1999. Disponível em: http://www.proinfo.mec.gov.br/upload/biblioteca/191.pdf>. Acesso em: 27 set. 2008.