1. EM BUSCA DE ALGUMAS
ALTERNATIVAS
Concepção Dialética-Libertadora do
Processo de Avaliação Escolar
“A gente toma a iniciativa...
... e vai contra a corrente...”
CHICO BUARQUE
Faculdade Pitágoras de Uberlândia
Pedagogia 2º e 3º Período
Avaliação da Aprendizagem Profª Ketiuce Ferreira Silva
Grupo: Dulcimar Pires
Joelma de Oliveira
Pricila Loanda
Priscila Moreira
2. Referência
VASCONCELOS, Celso dos Santos.
Em busca de algumas alternativas. In:
____; Avaliação: concepção
dialética-libertadora do processo de
avaliação escolar. 18. ed. São Paulo:
Libertad, 2008. Cap. 5, p. 65-102.
4. LINHAS DE AÇÃO
1ª Linha de Ação: Alterar a Metodologia de Trabalho
em Sala de Aula.
2ª Linha de Ação: Diminuir a Ênfase na Avaliação
Classificatória.
3ª Linha de Ação: Redimensionar o Conteúdo da
Avaliação.
4ª Linha de Ação: Alterar a Postura Diante dos
Resultados da Avaliação.
5ª Linha de Ação: Trabalhar na Conscientização da
Comunidade Educativa.
5. 1ª Linha de Ação: Alterar a Metodologia
de Trabalho em Sala de Aula
Conteúdo significativo
Metodologia participativa
a)Sentido para o conhecimento:
Estudar para aprender;
compreender o mundo que vivemos;
usufruir das conquistas feita pela humanidade;
transformar o mundo que vivemos.
b)Agir para conhecer:
• Problematização, debate, exposição interativa-dialogada, pesquisa,
experimentação, trabalho de grupo, dramatização, desenho, construção
de modelo, estudo do meio, seminários, exercícios de aplicação, etc..
6. 1ª Linha de Ação: Alterar a Metodologia
de Trabalho em Sala de Aula
c)Direito a dúvida:
“As dúvidas revelam ao professor o
percurso que o aluno está fazendo na
construção do conhecimento. O
professor deverá, ao contrário,
incentivar e garantir a prática de
perguntar durante a aula, combatendo
os preconceitos e as gozações,
estabelecendo um clima de respeito.”
(VASCONCELOS, 2008, p. 70)
7. 2ª Linha de Ação: Diminuir a Ênfase
na Avaliação Classificatória
Avaliação
Mudar forma e conteúdo.
Mudar a finalidade da Avaliação.
a)Avaliação no processo:
Contínua;
avaliar o produto no processo;
processo de ensino-aprendizagem.
b) Crítica à “prova”:
Ruptura com o processo de ensino-aprendizagem;
muita ênfase a nota;
classificar o aluno.
8. 2ª Linha de Ação: Diminuir a Ênfase
na Avaliação Classificatória
c)Não se trata de abolir a avaliação:
“É preciso esclarecer que quando se faz crítica à ênfase na
avaliação classificatória ou à prova, não se está fazendo
crítica à necessidade de avaliação ou à necessidade de
produção de conhecimento e expressão dos educandos...”
(VASCONCELOS, 2008, p.73)
d)Aprender x Tirar nota
Não fazer uso autoritário da nota;
mostrar ao aluno que se ele aprender a nota vem por
consequência;
o aluno se preocupa com a nota e caba não aprendendo.
9. 2ª Linha de Ação: Diminuir a Ênfase
na Avaliação Classificatória
e)Educação infantil:
Avaliação contínua.
Observação e registro Método de auxiliar a criança nas
sua necessidades.
f) Ensino fundamental e médio:
1ª série do ensino fundamental: mudança radical: Fim das
“Provas”.
Séries mais adiantadas: mudanças paulatinas: Ações
concretas.
10. 3ª Linha de Ação: Redimensionar o
Conteúdo da Avaliação
Avaliação reflexiva, relacional, compreensiva.
• Diversificação de tipos de questões;
• maior peso às questões dissertativas;
• contextualização de questões a partir de um texto,
gráficos, problemas com significados, etc.
• avaliações interdisciplinares (envolvendo mais de uma
disciplina)
11. 3ª Linha de Ação: Redimensionar o
Conteúdo da Avaliação
Ortografia: Saber grafar x Adquirir sistema de escrita.
Levar em conta o conteúdo;
a argumentação;
valorizar mais a organização das ideias;
o aspecto gramatical;
a estética, etc.
12. 3ª Linha de Ação: Redimensionar o
Conteúdo da Avaliação
•Elaborar questões com mesmo nível de complexidade
desenvolvidos em sala de aula;
•não fazer uso de “pegadinhas”;
•abolir o questionário com perguntas “decorativas”;
•não vincular nota em avaliação sócio afetiva;
•não tratar a indisciplina com ameaças em relação à
nota;
•a nota de participação deve ser estabelecida por
critérios;
•distribuir notas para serem distribuídas de forma justa
em trabalhos de grupo de acordo com a participação
de cada um;
•promover um processo de recuperação para nova
avaliação.
13. 4ª Linha de Ação: Alterar a Postura
Diante dos Resultados da Avaliação
Alterar a Postura diante dos Resultados da Avaliação:
Perceber a necessidade do aluno e intervir na realidade
para ajudar a supera-la.
Deve-se avaliar para mudar o que tem que ser mudado.
Mudar a forma de trabalho tanto do professor, quanto
do aluno, e da escola.
O professor deve se preocupar não com a média, mas
com a aprendizagem.
14. 4ª Linha de Ação: Alterar a Postura
Diante dos Resultados da Avaliação
Importância do Erro
O professor deve saber trabalhar com o seu próprio erro, para
saber trabalhar o erro do aluno.
ERRO, hipótese de construção do conhecimento.
O erro faz parte da aprendizagem, na medida em que expressa
uma hipótese de construção do conhecimento.
Excelente material de análise para o educador, pois revela como
o educando esta pensando, possibilitando a ajuda.
O erro deve ser trabalhado como uma privilegiada oportunidade
de interação entre educando e o professor.
15. 4ª Linha de Ação: Alterar a Postura
Diante dos Resultados da Avaliação
Profecias Auto-realizantes
Os professores devem ser capacitados para a observação,
analise e expressão da avaliação de seus alunos;
estar atentos às “Profecias auto-realizantes”.
“O preconceito artificial do educador age de modo
determinante sobre o comportamento do educando. Ou
melhor, os bons e os maus alunos são inteiramente fabricados
pelos professores”. (VASCONCELOS, 2008, p. 92)
é necessário que o professor tenha confiança em seus alunos,
para que a classe tenha bons resultados.
16. 4ª Linha de Ação: Alterar a Postura
Diante dos Resultados da Avaliação
Conselhos de Classe
Podem ser importantes estratégias na busca de alternativas para a superação
dos problemas pedagógicos, comunitários e administrativos da escola.
Devem ser feitos durante o ano e não apenas no final.
Devem contar com a participação de todos os membros da comunidade
escolar.
O enfoque principal deve ser o processo educativo e não as nota e
comentários de cada aluno.
Devem apontar as necessidades de mudança em todos os aspectos da escola
e não apenas os relativos aos alunos.
Fazer conselhos para consolidar estigmas, é melhor não fazer.
Os conselhos de final de ano devem ser preparados com antecedência,
estabelecidos critérios para ajudar ou não os alunos e ainda feitos com
tempo para uma analise mais ponderada.
17. 4ª Linha de Ação: Alterar a Postura
Diante dos Resultados da Avaliação
Recuperação
O processo de recuperação precisa ser bem pensado;
a “recuperação” deve significar uma postura do educador
no sentido de garantir essa aprendizagem a todos os
alunos, deve ser instantânea;
pode acontecer que a recuperação não seja suficiente,
nesse caso, providenciar atividades diversificadas para o
aluno;
os monitoramentos de alunos mais velhos ou com mais
facilidade em determinadas matérias, também podem ser
utilizados.
18. 4ª Linha de Ação: Alterar a Postura
Diante dos Resultados da Avaliação
Questão da Reprovação:
• Chegará um dia em que não haverá mais reprovação,
no entanto, enquanto existir tal reprovação, que ao
menos seu processo de definição seja democratizado.
• A reprovação não deve ser uma surpresa para aluno,
pais, professor, coordenação, orientação, direção,
todos devem estar cientes.
• Todos devem buscar meios para que a reprovação não
ocorra.
19. 5ª Linha de Ação: Trabalhar na
Conscientização da Comunidade
Educativa
a) Construção de Critérios Comuns.
Educadores, alunos e pais devem estar envolvidos para criar uma
nova mentalidade a respeito da avaliação.
Postura comum não significa perda de identidade.
Deixar claro aos pais e alunos, os critérios utilizados na
avaliação.
b) Aproveitamento Coletivo.
Incentivar entre os educandos, o caráter comunitário da
aprendizagem.
Os alunos devem compreender que o aproveitamento de cada um
depende do aproveitamento de todos.
A aprendizagem escolar é uma tarefa coletiva.
20. 5ª Linha de Ação: Trabalhar na
Conscientização da Comunidade Educativa
c) Trabalho com a Família.
A participação de todos da comunidade educativa é fundamental.
Os professores têm uma responsabilidade social no sentido de desempenharem
adequadamente suas funções.
A equipe educacional da escola deve se reciclar, aperfeiçoar e fundamentar
cientificamente suas práticas e mudar o que tem que ser mudado.
Fazer paralelamente a conscientização dos pais.
A escola deve explicitar sua proposta educacional.
A família deve ser orientada, no sentido de perceber seu importante papel na avaliação.
Os pais devem mudar sua postura diante da avaliação através de práticas concreta.
21. 5ª Linha de Ação: Trabalhar na
Conscientização da Comunidade Educativa
d) Questões das Transferências.
Não se pode organizar a escola pensando na transferência dos alunos.
As escolas devem ter autonomia nos seus projetos pedagógicos.
e) Não se trata de “Afrouxar”.
A educação libertadora corresponde a um ensino extremamente
exigente e inteligente.
f) Mudanças da Avaliação nos Cursos de Formação de Professores.
Trabalhar o verdadeiro sentido da avaliação.
As experiências que os futuros educadores têm em sua formação são
decisivas em sua postura.
Os que trabalham na formação de novos professores têm o
compromisso de mudar a prática de avaliação dos mesmos.
22. 5ª Linha de Ação: Trabalhar na
Conscientização da Comunidade Educativa
g) Avaliar não só o Aluno.
A avaliação deve atingir todo o processo educacional e
social.
O problema da avaliação não é mera “extensão
territorial de controle”.
Esse controle deve ser também sobre o professor, a
escola, etc.
É necessário mudanças na aprendizagem e no processo
educacional.
Política Educacional séria, ampla e comprometida.
23. 5ª Linha de Ação: Trabalhar na
Conscientização da Comunidade Educativa
Alteração progressiva das condições objetivas de trabalho, conforme Vasconcelos
(2008, p. 101):
Mais verbas para a educação e melhor aplicação dos recursos.
Melhor formação e remuneração para os professores.
Mais instalações, equipamentos e materiais.
Diminuição do controle burocrático e maior autonomia pedagógica e administrativa
das escolas.
Diminuição da rotatividade dos professores, coordenadores e diretores.
Organização dos profissionais da educação: participação em associações e entidades
de classe.
A escola deve mudar, a fim de cumprir melhor seus objetivos.
Buscar a gestão transparente e participativa.
Lutar para a superação do isolamento e pelo seu vínculo orgânico com a
comunidade e os movimentos sociais.
Empenhar-se na construção participativa de projeto Político-Pedagógico da Escola.
Conquistar o espaço constante de reflexão coletiva sobre a prática e de formação
permanente dos educadores.
Favorecer as formas de organização e participação dos estudantes.
24. 5ª Linha de Ação: Trabalhar na
Conscientização da Comunidade Educativa
h) Democratização da Sociedade
Democratização da escola e sociedade, a fim de que
não precise mais de instâncias de seleção social.
Educadores comprometidos com o processo de
transformação da realidade, alimentando um novo
projeto comum de escola e de sociedade.
25. Conclusão
A partir das provocações acima propostas
pelo texto de Vasconcelos (2008), pode-se
refletir, criticar e analisar sobre as práticas
da avaliação.