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Secções Cônicas

As Secções Cônicas representam uma parte muito especial dentro do estudo da
Matemática. Suas definições, equações e gráficos são utilizados em vários conteúdos
do

Cálculo Integral, além de serem muitas as aplicações das cônicas na história das
sociedades.

As secções cónicas começaram a ser estudadas no século III a.C., na Grécia
Antiga. O seu interesse inicial residia no contributo que a sua utilização poderia
dar para a resolução dos três problemas clássicos: trissectar um ângulo, quadrar
um círculo e duplicar um cubo. Euclides escreveu um tratado sobre as cónicas, que
se perdeu. A Apolónio (262?-190 a.C.), matemático grego, devem-se os nomes que
ainda hoje utilizamos para a elipse, a hipérbole e a parábola.

Os desenvolvimentos à volta das secções cónicas efectuados nessa altura vieram a
estar na base da formulação de várias teorias sobre curvas no séc. XVII. Por
exemplo, Kepler usou a elipse para descrever as trajectórias dos planetas e Galileu
a parábola para representar o movimento de projecteis na terra.

Uma secção cónica é uma curva que resulta da intersecção entre um plano e uma
superfície cónica assente numa base circular, que se estende indefinidamente
através do seu vértice em ambas as direcções.

Existem cinco tipos possíveis de secções cónicas: a elipse; a hipérbole; a parábola;
a circunferência; e um par de rectas concorrentes. Estes dois últimos são casos
particulares da elipse e da hipérbole, respectivamente.




Parábola
A parábola (do grego: παραβολή) é uma seção cônica gerada pela interseção de uma
superfície cônica de segundo grau e um plano paralelo a uma linha geradora do
cone(chamada de geratriz). Uma parábola também pode ser definida como o conjunto
dos pontos que são equidistantes de um ponto dado (chamado de foco) e de uma reta
dada (chamada de diretriz). É uma curva plana. [1]

Equações da geometria analítica

Em coordenadas cartesianas, uma parábola com um eixo paralelo ao eixo y com vértice
(h, k), foco (h, k + p), e diretriz y = k - p, com p sendo a distância entre o vértice e o
foco, possui a equação
ou, alternativamente




De maneira geral, uma parábola é uma curva no plano cartesiano definida por uma
equação irredutível da forma :                                                     tal
que                , em que todos os coeficientes são reais, em que A e/ou C é não nulo,
e na qual mais de uma solução, definindo um par de pontos (x, y) na parábola, existe. O
fato da equação serirredutível significa que ela não pode ser fatorada como um produto
de dois fatores lineares.




Elipse
Em geometria, uma elipse é um tipo de secção cônica: se uma superfície cônica é
cortada com um plano que não passe pela base e que não intercepte as duas folhas do
cone, a intersecção entre o cone e o plano é uma elipse. Para uma prova elementar disto,
veja esferas de Dandelin.

Em alguns contextos, pode-se considerar o círculo e o segmento de reta como casos
especiais de elipses, no caso do círculo, o plano que corta o cone é paralelo à sua base.

A elipse tem dois focos, que no caso do círculo são sobrepostos. O segmento de reta que
passa pelos dois focos chama-se eixo maior, e o segmento de reta que passa pelo ponto
médio do eixo maior e é perpendicular a ele chama-se eixo menor. Fixando o
comprimento do eixo maior e diminuindo o comprimento do eixo menor, obtêm-se
elipses cada vez mais próximas de um segmento de recta. A elipse é também a
intersecção de uma superfície cilíndrica com um plano que a corta numa curva fechada.

As medidas da elipse são dadas pela metade dos eixos maior e menor sendo chamadas,
respectivamente, de semi-eixo maior (a) e semi-eixo menor (b).

Algebricamente, uma elipse é a curva no plano cartesiano definida por uma equação da
forma




tal que              , onde todos os coeficiente são reais, e onde mais de uma solução,
definindo um par de pontos (x,y) na elipse, existe. O caso
corresponde ao círculo.

Quando os eixos da elipse são paralelos aos eixos coordenados a equação anterior torna
a forma mais simples:
,

onde (h,k) é o centro da elipse, e a e b são os semi-eixos da elipse.




Hipérbole
Em matemática, uma hipérbole é um tipo de seção cônica definida como a interseção
entre uma superfície cônica circular regular e um plano que passa através das duas
metades do cone.

Ela também pode ser definida como o conjunto de todos os pontos coplanares[1] para os
quais a diferença das distâncias a dois pontos fixos (chamados de focos) é constante.

Para uma prova geométrica simples de que as duas caracterizações acima são
equivalentes, veja esferas de Dandelin.

Algebricamente, uma hipérbole é uma curva no plano cartesiano definida por uma
equação da forma




tal que             , onde todos os coeficientes são reais, e onde mais de uma solução,
definindo um par de pontos (x,y) na hipérbole, existe.

Cartesiana

Hipérbole de abertura leste-oeste:




Hipérbole de abertura norte-sul:




Em ambas as fórmulas (h,k) é o centro da hipérbole, a é o semi-eixo maior (metade da
distância entre os dois ramos), e b é o semi-eixo menor. Note que b pode ser maior que
a.

A excentricidade é dada por
ou

Para hipérboles retângulares com os eixo de coordenadas paralelos às suas assíntotas
temos:



Polar

Hipérbole com abertura leste-oeste:



Hipérbole com abertura norte-sul:



Hipérbole com abertura nordeste-sudoeste:



Em todas as fórmulas o centro está no pólo, e a é o semi-eixo maior e menor.

Paramétrica

Hipérbole com abertura leste-oeste:




Hipérbole com abertura norte-sul:




Em ambas as fórmulas (h,k) é o centro da hipérbole, a é o semi-eixo maior, e b é o semi-
eixo menor.

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  • 1. Secções Cônicas As Secções Cônicas representam uma parte muito especial dentro do estudo da Matemática. Suas definições, equações e gráficos são utilizados em vários conteúdos do Cálculo Integral, além de serem muitas as aplicações das cônicas na história das sociedades. As secções cónicas começaram a ser estudadas no século III a.C., na Grécia Antiga. O seu interesse inicial residia no contributo que a sua utilização poderia dar para a resolução dos três problemas clássicos: trissectar um ângulo, quadrar um círculo e duplicar um cubo. Euclides escreveu um tratado sobre as cónicas, que se perdeu. A Apolónio (262?-190 a.C.), matemático grego, devem-se os nomes que ainda hoje utilizamos para a elipse, a hipérbole e a parábola. Os desenvolvimentos à volta das secções cónicas efectuados nessa altura vieram a estar na base da formulação de várias teorias sobre curvas no séc. XVII. Por exemplo, Kepler usou a elipse para descrever as trajectórias dos planetas e Galileu a parábola para representar o movimento de projecteis na terra. Uma secção cónica é uma curva que resulta da intersecção entre um plano e uma superfície cónica assente numa base circular, que se estende indefinidamente através do seu vértice em ambas as direcções. Existem cinco tipos possíveis de secções cónicas: a elipse; a hipérbole; a parábola; a circunferência; e um par de rectas concorrentes. Estes dois últimos são casos particulares da elipse e da hipérbole, respectivamente. Parábola A parábola (do grego: παραβολή) é uma seção cônica gerada pela interseção de uma superfície cônica de segundo grau e um plano paralelo a uma linha geradora do cone(chamada de geratriz). Uma parábola também pode ser definida como o conjunto dos pontos que são equidistantes de um ponto dado (chamado de foco) e de uma reta dada (chamada de diretriz). É uma curva plana. [1] Equações da geometria analítica Em coordenadas cartesianas, uma parábola com um eixo paralelo ao eixo y com vértice (h, k), foco (h, k + p), e diretriz y = k - p, com p sendo a distância entre o vértice e o foco, possui a equação
  • 2. ou, alternativamente De maneira geral, uma parábola é uma curva no plano cartesiano definida por uma equação irredutível da forma : tal que , em que todos os coeficientes são reais, em que A e/ou C é não nulo, e na qual mais de uma solução, definindo um par de pontos (x, y) na parábola, existe. O fato da equação serirredutível significa que ela não pode ser fatorada como um produto de dois fatores lineares. Elipse Em geometria, uma elipse é um tipo de secção cônica: se uma superfície cônica é cortada com um plano que não passe pela base e que não intercepte as duas folhas do cone, a intersecção entre o cone e o plano é uma elipse. Para uma prova elementar disto, veja esferas de Dandelin. Em alguns contextos, pode-se considerar o círculo e o segmento de reta como casos especiais de elipses, no caso do círculo, o plano que corta o cone é paralelo à sua base. A elipse tem dois focos, que no caso do círculo são sobrepostos. O segmento de reta que passa pelos dois focos chama-se eixo maior, e o segmento de reta que passa pelo ponto médio do eixo maior e é perpendicular a ele chama-se eixo menor. Fixando o comprimento do eixo maior e diminuindo o comprimento do eixo menor, obtêm-se elipses cada vez mais próximas de um segmento de recta. A elipse é também a intersecção de uma superfície cilíndrica com um plano que a corta numa curva fechada. As medidas da elipse são dadas pela metade dos eixos maior e menor sendo chamadas, respectivamente, de semi-eixo maior (a) e semi-eixo menor (b). Algebricamente, uma elipse é a curva no plano cartesiano definida por uma equação da forma tal que , onde todos os coeficiente são reais, e onde mais de uma solução, definindo um par de pontos (x,y) na elipse, existe. O caso corresponde ao círculo. Quando os eixos da elipse são paralelos aos eixos coordenados a equação anterior torna a forma mais simples:
  • 3. , onde (h,k) é o centro da elipse, e a e b são os semi-eixos da elipse. Hipérbole Em matemática, uma hipérbole é um tipo de seção cônica definida como a interseção entre uma superfície cônica circular regular e um plano que passa através das duas metades do cone. Ela também pode ser definida como o conjunto de todos os pontos coplanares[1] para os quais a diferença das distâncias a dois pontos fixos (chamados de focos) é constante. Para uma prova geométrica simples de que as duas caracterizações acima são equivalentes, veja esferas de Dandelin. Algebricamente, uma hipérbole é uma curva no plano cartesiano definida por uma equação da forma tal que , onde todos os coeficientes são reais, e onde mais de uma solução, definindo um par de pontos (x,y) na hipérbole, existe. Cartesiana Hipérbole de abertura leste-oeste: Hipérbole de abertura norte-sul: Em ambas as fórmulas (h,k) é o centro da hipérbole, a é o semi-eixo maior (metade da distância entre os dois ramos), e b é o semi-eixo menor. Note que b pode ser maior que a. A excentricidade é dada por
  • 4. ou Para hipérboles retângulares com os eixo de coordenadas paralelos às suas assíntotas temos: Polar Hipérbole com abertura leste-oeste: Hipérbole com abertura norte-sul: Hipérbole com abertura nordeste-sudoeste: Em todas as fórmulas o centro está no pólo, e a é o semi-eixo maior e menor. Paramétrica Hipérbole com abertura leste-oeste: Hipérbole com abertura norte-sul: Em ambas as fórmulas (h,k) é o centro da hipérbole, a é o semi-eixo maior, e b é o semi- eixo menor.