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INTRODUÇÃO
   Órgão localizado no abdomen superior
    encontrando-se em íntima relação topográfica
    com estômago, intestino, fígado e baço.
   Anatomicamente é dividido em três partes:
    cabeça que é a porção mais volumosa estando
    em contato com o duodeno; corpo que é a
    porção intermediária e cauda que é sua porção
    final encontrando-se próxima ao baço
   O pâncreas é uma glândula que tem duas funções
    principais.

       Secreção exócrina produzindo o suco pancreático rico
        em proteínas (enzimas) são essenciais no processo de
        digestão.

       Função endócrina produzindo hormônios

            Os principais são a insulina e o glucagon.
CÂNCER DO PÂNCREAS

MORTALIDADE
   Responsável por 4% das mortes por câncer, no
    Brasil. Nos Estados Unidos, é a quinta causa
    de morte por câncer
INCIDÊNCIA
   Responsável por cerca de 2% de todos os tipos de
    câncer, no Brasil.

   Apresenta a segunda maior incidência dentre os
    tumores malignos do tubo digestivo, sendo
    superado apenas pelo tumor colorretal.

   São estimados, no mundo, 185.000 novos casos
    por anos
ETIOLOGIA
   Desconhecida
    A absoluta maioria origina-se nos ductos que
    transportam o suco pancreático
    adenocarcinomas (90%)

   Um outro tipo mais raro é aquele que tem
    origem nas chamadas ilhotas pancreáticas, que
    são células produtoras de hormônios como a
    insulina.
   Tendem a invadir e infiltrar estruturas
    adjacentes como o estômago ou duodeno.

   Metástase.

   Os órgãos mais freqüentemente envolvidos são
    o fígado, os pulmões e, algumas vezes, os
    ossos.
FACTORES DE RISCO
   Idade.

   Tabagismo (duas a três vezes mais freqüente
    entre os fumantes).

   Diabetes (duas vezes mais que pessoas não
    diabéticas).

   Dieta (ricas em gorduras e pobres em frutas e
    vegetais).
   Pancreatite crônica

   Cirurgia do trato gastrintestinal

   Herança (Neoplasia pancreático familiar)

   Exposições ocupacionais
CLASSIFICAÇÃO
   Tumores Malignos
       Adenocarcinoma ductal
       Cistoadenocarcinoma mucinoso
       Carcinoma de células acinares
       Carcinoma de células grandes inclassificável
       Carcinoma de células pequenas
       Pancreatoblastoma

   Tumores com potencial maligno inconstante
       Tumor hipersecretor de mucina do ducto externo
       Cistoadenoma mucinoso
       Neoplasia papilar cistica

   Tumor Benigno
       Cistoadenoma seroso
SINTOMAS
   Doença silenciosa  raramente causa sintomas
    precocemente.

   A sintomatologia depende da localização e tamanho
    do tumor.

       Icterícia; Coluria; Acolia
       Dor
       Náuseas
       Inapetência
       perda de peso
       fraqueza.
DIAGNÓSTICO
   Clínica

   Ultrasonografia abdominal

   Tomografia computadorizada

   Ressonância nuclear magnética

   Angiografía
   Colangiopancreatografia retrograda endoscópica

   Ultrasonografía endoscópica

   Marcadores Tumorais (CA 19-9; CA 494;
    Elastasa imuno-reativa; relação testosterona-
    dihdrotesostrona; Oncoproteinas)

   Laparoscopia

   Biópsia
CLASSIFICAÇÃO TNM
   Tumor primário
      TX  Tumor primário não pode ser avaliado

      T0  Não tem evidencia do tumor primario

      T1  Tumor limitado ao pâncreas

         T1a  Tumor < 2 cm de diâmetro maior

         T1b  Tumor > 2 cm de diâmetro maior

      T2  Tumor com metástase a: duodeno, ducto

       biliar, tecidos peripancreáticos
      T3  Tumor com metástase a: estômago, baço,

       cólon, grandes vasos adjacentes
   Gânglios linfáticos regionais
       NX  Gânglios linfáticos regionais não avaliáveis
       N0  Não apresenta metástase dos gânglios
        linfáticos regionais
       N1  Metástase dos gânglios linfáticos regionais

   Metástase a distância
       MX  Presença de metástase a distância não pode
        ser avaliada
       M0  Não tem metástase a distância
       M1  metástase a distância
CLASSIFICAÇÃO POR
            GRUPOS
   Estágio I  T1, N0, M0
                T2, N0, M0

   Estágio II  T3, N0, M0

   Estágio III  Qualquer T, N1, M0

   Estágio IV  Qualquer T, Qualquer N, M1
TRATAMENTO
   Doença de difícil controle.

   Pode ser curada somente se diagnosticada em
    fase precoce.

   Nas fases mais avançadas, o tratamento é
    sintomático.
   A escolha do tratamento depende: do tipo,
    da localização, tamanho, extensão
    (estadiamento), idade e condição clínica
    do paciente.
MODALIDADES DE TRATAMENTO
   Cirurgias:
       Gastroduodenopancreatectomia (Cirurgia de
        Whipple).
       Pancreatectomia corpo-caudal.

   Radioterapia

   Quimioterapia
PREVALÊNCIA
   < 10 por 1 milhão de habitantes

    Insulinomas, Gastrinomas e PET não
    funcionantes são os mais comuns.

       Incidência de três novos casos por 1 milhão de
        habitantes
INSULINOMAS
   Tumor endócrino pancreático mais comum

   Incidência  1 caso por 1 milhão de pessoas
    por ano

   Pâncreas (100%), localizam-se na mesma
    proporção na cabeça, corpo ou cauda

   Malignidade 5-15%
   Clínica 
       Sintomas hipoglicêmicos
       Sintomas neuropsiquiátricos
       Alteração Visual
       Incoerência
       Transtornos do comportamento
       Sintomas adrenérgicos:
            Palpitações
            Sudorese
            Tremor (por neuroglucopenia)
   Diagnóstico 
       Hospitalização para observação dos sintomas da
        hipoglicemia

       Amostras de glicemia, insulina e péptido C

   Tratamento 
       Dieta fracionada

       Diazóxido

       Cirurgia
SINDROME DE ZOLLINGER-
           ELLISON (GASTRINOMAS)
   Tumor endócrino liberador de gastrina localizado no
    pâncreas (30%) ou duodeno (60%).

   Idade: 35 a 65 anos

   Mais comum em homens (60%)

    20-25% apresenta-se como parte do MEN1  Síndrome
    de neoplasia endócrina múltipla do tipo 1
   Sinais e sintomas:

       Úlcera péptica
            Dor abdominal (sintomas mais comum >80%)
            >85% úlceras no duodeno, jejuno ou estômago

       Doença de refluxo esofágico
            Azia 20%

       Diarréia
            60 a 70%
            Pode preceder a ulceração péptica 10-20%
   Diagnóstico clínico 

       Úlcera péptica recorrente, sem cura com o tratamento.

       Várias úlceras ou situadas em locais incomuns

       Sem associação com H. pylori

       Diarréia secretória crônica

       Tumor pancreático

       Historia Familiar ou pessoal de cálculos renais ou
        endocrinopatias
   Diagnóstico laboratorial 

       Achado laboratorial de hipercalcemia,
        hipergastrinemia ou hipersecreção de ácido gástrico

       Deve-se obter nível sérico de gastrina (paciente em
        jejum)

       pH do estômago (paciente em jejum)

       Teste de secretina e produção basal de ácido
   Diagnóstico por imagem 

       Cintigrafía de receptores da somatostatina (SRS)
        usando tomografia computadorizada de emissão de
        fótons.

       Identifica 60% dos gastrinomas primários

       Mais do 90% das metástases hepáticas  prónóstico
   Tratamento  controle da hipersecreção de
    ácido gástrico e para o próprio gastrinoma

       Inibidores da bomba de prótons

       Antagonistas dos receptores do H2
       Gastrectomia total

       Vagotomia seletiva

       Agentes quimioterápicos (estreptozocina, 5-
        fluorouracil e doxorrubicina)
GLUCAGONOMAS
   Aspectos fundamentais:

       Eritema migratório necrolítico (70-90%), em
        virilhas e nádegas

       Diabete Melito ou intolerância à glicose (40-90%)

       Anemia (30-85%)

       Hipoaminoacidemia (80-90%)
   Tromboembolia (10-25%)

       Diarréia (15-30%)

       Distúrbios psiquiátricos (=20%)


   Mais freqüente na cauda pancreática (>50%)

   45-80% metástase hepáticas
   Diagnóstico 

       Clínica
       Demostração de niveis plasmáticos elevados de
        gucagón (N: 150-200 pg/ml)

   Tratamento
       Octreotide (subcutáneo)  análogo sintético da
        somatostatina
       Cirúrgica
       Quimioterapía
       Quimioembolização
VIPOMAS
   Síndrome De Verner-Morrison, cólera pancreática e
    síndrome WDHA.

   80 a 90% situam-se no pâncreas

   Crianças com menos de 10 anos

   Decorrente de ganglioneuromas ou
    ganglioneuroblastomas em locais extrapancreáticos.

   50-75% cauda do pâncreas

   Secretam VIP e peptídeo histidina metionina
   Clínica 
     Diarréia aquosa intensa e de       Rubor
       grande volume( >3 l/dia),
       persiste durante o jejum, de      Hiperglicemia
       natureza secretória.
                                         Hipercalcemia
       Hipopotassemia
                                         Esteatorréia
       Desidratação

       Hipocloridria o Acloridria
   Diagnóstico 

       Clínica

   Tratamento 
       Octreotide
       Cirúrgica
       Quimioterapia
       Quimioembolização
SOMATOSTATINOMAS

   Pâncreas (60%)
       60-80% na cabeça do pâncreas

   Duodeno/Jejuno (40%)

   70-92% já terão feito metástase

   Associados com corpúsculos de psamoma
   Clínica 
       Diabetes Melito
       Doença da vesícula biliar
       Diarréia
       Esteatorréia
       Perda de peso
   Os sintomas ocorrem 3 a 4 vezes mais em
    pacientes com somatostatinomas pancreáticos.
   Freqüentemente associado a pacientes com
    doença de Von Recklinghausen
   Diagnóstico 
       Casual por laparotomia exploratória para
        colecistectomia ou durante uma endoscopia
       Aumento das concentrações plasmáticas e tumorais
        de imunorreatividade similar à somatostatina

   Tratamento 
       Octreotide
       Cirurgia
       Quimioterapia
       Quimioembolização
GRFOMAS
   Pulmão 54%
   Pâncreas 30%
       Ocorrem em combinação com ZES e associados
        com MEN 1
   Clínica  Acromegalia e queixa abdominal

   Diagnóstico  pela clínica, sem tumor
    pituitario ou com hiperprolactinemia

   Tratamento  Octreotide
TUMORES ENDÓCRINOS
PANCREÁTICOS NÃO-FUNCIONAIS
           (PET)
   Não secretam peptídeos

   Clínica 
       Dor abdominal
       Hepatoesplenomegalia
       Caquexia
       Icterícia
       Assintomáticos (20%)
   Diagnóstico 
       Por sintomas ou sinais de metástase
       Nível plasmático elevado de cromogranina A ou
       Polipeptídeo pancreático

   Tratamento 
       Cirurgia
       Quimioterapia
       Quimioembolização
ACTHOMAS E OUTROS TUMORES
     ENDÓCRINOS PANCREÁTICOS
              RAROS

   PET que secretam ACTH (4-16%) das causas
    de síndrome de Cushing ectópica

   PET que produz Hipercalcemia paraneoplásica

   PET causador de síndrome carcinóide
TUMOR                SINDROME            SINAIS OU SINTOMAS
                                                  PRINCIPAIS
GASTRINOMA         S. Zollinger-Ellison      Dor abdominal, Diarréia
                                             Sintomas esofágicos
INSULINOMA         Insulinoma                Sintomas Hiperglicêmicos

GLUCAGONOMA        Glucagonoma               Dermatite, Diabetes
                                             Perda de peso
VIPOMA             Verner-Morrison           Diarréia aquosa intensa
                   Cólera Pancreática WDHA   Hipopotasemia
                                             Acloridria
SOMATOSTATINOMA Somatostatinoma              Diabete Melito, diarréia
                                             Colelitíase
GFROMA             GRFoma                    Acromegalia

ACTHOMA            ACTHoma                   Síndrome de Cushing

NÃO-FUNCIONAL      PPoma não-funcional       Perda de peso
                                             Massa abdominal
TUMOR        LOCALIZAÇÃO       MALIGNIDADE   HORMÔNIO
                 (%)               (%)           CAUSADOR DA
                                                 SINDROME
GASTRINOMA       Pâncreas: 30      60-90         Gastrina
                 Duodeno: 60
INSULINOMA       Pâncreas= 100     5-15          Insulina

GLUCAGONOMA      Pâncreas= 100     60            Glucagon

VIPOMA           Pâncreas = 90     80            VIP

SOMATOSTATINO Pâncreas 56          60            Somatostatina
MA            Duodeno/jejuno 44
GFROMA           Pâncreas 30       30            GRF
                 Pulmão 54
ACTHOMA          Pâncreas = 4-16   >95           ACTH

NÃO-FUNCIONAL    Pâncreas = 100    60-90         Nenhum
BIBLIOGRAFIA
   Tratado de Medicina Interna  CECIL
   CANCER Princípios e Prática de Oncología 
    DeVita
   Gastroenterología  RESTREPO
   Gastroenterología  Hani-Gutierrez-Alvarado
   Apodaca-Torrez FR, Triviño T, Lobo EJ,
    Goldenberg A, Figueira A. Insulinomas do
    pâncreas: diagnóstico e tratamento

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  • 3.
  • 4.
  • 5. O pâncreas é uma glândula que tem duas funções principais.  Secreção exócrina produzindo o suco pancreático rico em proteínas (enzimas) são essenciais no processo de digestão.  Função endócrina produzindo hormônios  Os principais são a insulina e o glucagon.
  • 6. CÂNCER DO PÂNCREAS MORTALIDADE  Responsável por 4% das mortes por câncer, no Brasil. Nos Estados Unidos, é a quinta causa de morte por câncer
  • 7. INCIDÊNCIA  Responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer, no Brasil.  Apresenta a segunda maior incidência dentre os tumores malignos do tubo digestivo, sendo superado apenas pelo tumor colorretal.  São estimados, no mundo, 185.000 novos casos por anos
  • 8. ETIOLOGIA  Desconhecida  A absoluta maioria origina-se nos ductos que transportam o suco pancreático adenocarcinomas (90%)  Um outro tipo mais raro é aquele que tem origem nas chamadas ilhotas pancreáticas, que são células produtoras de hormônios como a insulina.
  • 9. Tendem a invadir e infiltrar estruturas adjacentes como o estômago ou duodeno.  Metástase.  Os órgãos mais freqüentemente envolvidos são o fígado, os pulmões e, algumas vezes, os ossos.
  • 10. FACTORES DE RISCO  Idade.  Tabagismo (duas a três vezes mais freqüente entre os fumantes).  Diabetes (duas vezes mais que pessoas não diabéticas).  Dieta (ricas em gorduras e pobres em frutas e vegetais).
  • 11. Pancreatite crônica  Cirurgia do trato gastrintestinal  Herança (Neoplasia pancreático familiar)  Exposições ocupacionais
  • 12.
  • 13. CLASSIFICAÇÃO  Tumores Malignos  Adenocarcinoma ductal  Cistoadenocarcinoma mucinoso  Carcinoma de células acinares  Carcinoma de células grandes inclassificável  Carcinoma de células pequenas  Pancreatoblastoma  Tumores com potencial maligno inconstante  Tumor hipersecretor de mucina do ducto externo  Cistoadenoma mucinoso  Neoplasia papilar cistica  Tumor Benigno  Cistoadenoma seroso
  • 14. SINTOMAS  Doença silenciosa  raramente causa sintomas precocemente.  A sintomatologia depende da localização e tamanho do tumor.  Icterícia; Coluria; Acolia  Dor  Náuseas  Inapetência  perda de peso  fraqueza.
  • 15. DIAGNÓSTICO  Clínica  Ultrasonografia abdominal  Tomografia computadorizada  Ressonância nuclear magnética  Angiografía
  • 16. Colangiopancreatografia retrograda endoscópica  Ultrasonografía endoscópica  Marcadores Tumorais (CA 19-9; CA 494; Elastasa imuno-reativa; relação testosterona- dihdrotesostrona; Oncoproteinas)  Laparoscopia  Biópsia
  • 17. CLASSIFICAÇÃO TNM  Tumor primário  TX  Tumor primário não pode ser avaliado  T0  Não tem evidencia do tumor primario  T1  Tumor limitado ao pâncreas  T1a  Tumor < 2 cm de diâmetro maior  T1b  Tumor > 2 cm de diâmetro maior  T2  Tumor com metástase a: duodeno, ducto biliar, tecidos peripancreáticos  T3  Tumor com metástase a: estômago, baço, cólon, grandes vasos adjacentes
  • 18. Gânglios linfáticos regionais  NX  Gânglios linfáticos regionais não avaliáveis  N0  Não apresenta metástase dos gânglios linfáticos regionais  N1  Metástase dos gânglios linfáticos regionais  Metástase a distância  MX  Presença de metástase a distância não pode ser avaliada  M0  Não tem metástase a distância  M1  metástase a distância
  • 19. CLASSIFICAÇÃO POR GRUPOS  Estágio I  T1, N0, M0 T2, N0, M0  Estágio II  T3, N0, M0  Estágio III  Qualquer T, N1, M0  Estágio IV  Qualquer T, Qualquer N, M1
  • 20. TRATAMENTO  Doença de difícil controle.  Pode ser curada somente se diagnosticada em fase precoce.  Nas fases mais avançadas, o tratamento é sintomático.
  • 21. A escolha do tratamento depende: do tipo, da localização, tamanho, extensão (estadiamento), idade e condição clínica do paciente.
  • 22. MODALIDADES DE TRATAMENTO  Cirurgias:  Gastroduodenopancreatectomia (Cirurgia de Whipple).  Pancreatectomia corpo-caudal.  Radioterapia  Quimioterapia
  • 23.
  • 24. PREVALÊNCIA  < 10 por 1 milhão de habitantes  Insulinomas, Gastrinomas e PET não funcionantes são os mais comuns.  Incidência de três novos casos por 1 milhão de habitantes
  • 25. INSULINOMAS  Tumor endócrino pancreático mais comum  Incidência  1 caso por 1 milhão de pessoas por ano  Pâncreas (100%), localizam-se na mesma proporção na cabeça, corpo ou cauda  Malignidade 5-15%
  • 26. Clínica   Sintomas hipoglicêmicos  Sintomas neuropsiquiátricos  Alteração Visual  Incoerência  Transtornos do comportamento  Sintomas adrenérgicos:  Palpitações  Sudorese  Tremor (por neuroglucopenia)
  • 27. Diagnóstico   Hospitalização para observação dos sintomas da hipoglicemia  Amostras de glicemia, insulina e péptido C  Tratamento   Dieta fracionada  Diazóxido  Cirurgia
  • 28.
  • 29. SINDROME DE ZOLLINGER- ELLISON (GASTRINOMAS)  Tumor endócrino liberador de gastrina localizado no pâncreas (30%) ou duodeno (60%).  Idade: 35 a 65 anos  Mais comum em homens (60%)  20-25% apresenta-se como parte do MEN1  Síndrome de neoplasia endócrina múltipla do tipo 1
  • 30. Sinais e sintomas:  Úlcera péptica  Dor abdominal (sintomas mais comum >80%)  >85% úlceras no duodeno, jejuno ou estômago  Doença de refluxo esofágico  Azia 20%  Diarréia  60 a 70%  Pode preceder a ulceração péptica 10-20%
  • 31. Diagnóstico clínico   Úlcera péptica recorrente, sem cura com o tratamento.  Várias úlceras ou situadas em locais incomuns  Sem associação com H. pylori  Diarréia secretória crônica  Tumor pancreático  Historia Familiar ou pessoal de cálculos renais ou endocrinopatias
  • 32. Diagnóstico laboratorial   Achado laboratorial de hipercalcemia, hipergastrinemia ou hipersecreção de ácido gástrico  Deve-se obter nível sérico de gastrina (paciente em jejum)  pH do estômago (paciente em jejum)  Teste de secretina e produção basal de ácido
  • 33. Diagnóstico por imagem   Cintigrafía de receptores da somatostatina (SRS) usando tomografia computadorizada de emissão de fótons.  Identifica 60% dos gastrinomas primários  Mais do 90% das metástases hepáticas  prónóstico
  • 34. Tratamento  controle da hipersecreção de ácido gástrico e para o próprio gastrinoma  Inibidores da bomba de prótons  Antagonistas dos receptores do H2  Gastrectomia total  Vagotomia seletiva  Agentes quimioterápicos (estreptozocina, 5- fluorouracil e doxorrubicina)
  • 35. GLUCAGONOMAS  Aspectos fundamentais:  Eritema migratório necrolítico (70-90%), em virilhas e nádegas  Diabete Melito ou intolerância à glicose (40-90%)  Anemia (30-85%)  Hipoaminoacidemia (80-90%)
  • 36. Tromboembolia (10-25%)  Diarréia (15-30%)  Distúrbios psiquiátricos (=20%)  Mais freqüente na cauda pancreática (>50%)  45-80% metástase hepáticas
  • 37. Diagnóstico   Clínica  Demostração de niveis plasmáticos elevados de gucagón (N: 150-200 pg/ml)  Tratamento  Octreotide (subcutáneo)  análogo sintético da somatostatina  Cirúrgica  Quimioterapía  Quimioembolização
  • 38. VIPOMAS  Síndrome De Verner-Morrison, cólera pancreática e síndrome WDHA.  80 a 90% situam-se no pâncreas  Crianças com menos de 10 anos  Decorrente de ganglioneuromas ou ganglioneuroblastomas em locais extrapancreáticos.  50-75% cauda do pâncreas  Secretam VIP e peptídeo histidina metionina
  • 39. Clínica   Diarréia aquosa intensa e de  Rubor grande volume( >3 l/dia), persiste durante o jejum, de  Hiperglicemia natureza secretória.  Hipercalcemia  Hipopotassemia  Esteatorréia  Desidratação  Hipocloridria o Acloridria
  • 40. Diagnóstico   Clínica  Tratamento   Octreotide  Cirúrgica  Quimioterapia  Quimioembolização
  • 41. SOMATOSTATINOMAS  Pâncreas (60%)  60-80% na cabeça do pâncreas  Duodeno/Jejuno (40%)  70-92% já terão feito metástase  Associados com corpúsculos de psamoma
  • 42. Clínica   Diabetes Melito  Doença da vesícula biliar  Diarréia  Esteatorréia  Perda de peso  Os sintomas ocorrem 3 a 4 vezes mais em pacientes com somatostatinomas pancreáticos.  Freqüentemente associado a pacientes com doença de Von Recklinghausen
  • 43. Diagnóstico   Casual por laparotomia exploratória para colecistectomia ou durante uma endoscopia  Aumento das concentrações plasmáticas e tumorais de imunorreatividade similar à somatostatina  Tratamento   Octreotide  Cirurgia  Quimioterapia  Quimioembolização
  • 44. GRFOMAS  Pulmão 54%  Pâncreas 30%  Ocorrem em combinação com ZES e associados com MEN 1  Clínica  Acromegalia e queixa abdominal  Diagnóstico  pela clínica, sem tumor pituitario ou com hiperprolactinemia  Tratamento  Octreotide
  • 45. TUMORES ENDÓCRINOS PANCREÁTICOS NÃO-FUNCIONAIS (PET)  Não secretam peptídeos  Clínica   Dor abdominal  Hepatoesplenomegalia  Caquexia  Icterícia  Assintomáticos (20%)
  • 46. Diagnóstico   Por sintomas ou sinais de metástase  Nível plasmático elevado de cromogranina A ou  Polipeptídeo pancreático  Tratamento   Cirurgia  Quimioterapia  Quimioembolização
  • 47. ACTHOMAS E OUTROS TUMORES ENDÓCRINOS PANCREÁTICOS RAROS  PET que secretam ACTH (4-16%) das causas de síndrome de Cushing ectópica  PET que produz Hipercalcemia paraneoplásica  PET causador de síndrome carcinóide
  • 48. TUMOR SINDROME SINAIS OU SINTOMAS PRINCIPAIS GASTRINOMA S. Zollinger-Ellison Dor abdominal, Diarréia Sintomas esofágicos INSULINOMA Insulinoma Sintomas Hiperglicêmicos GLUCAGONOMA Glucagonoma Dermatite, Diabetes Perda de peso VIPOMA Verner-Morrison Diarréia aquosa intensa Cólera Pancreática WDHA Hipopotasemia Acloridria SOMATOSTATINOMA Somatostatinoma Diabete Melito, diarréia Colelitíase GFROMA GRFoma Acromegalia ACTHOMA ACTHoma Síndrome de Cushing NÃO-FUNCIONAL PPoma não-funcional Perda de peso Massa abdominal
  • 49. TUMOR LOCALIZAÇÃO MALIGNIDADE HORMÔNIO (%) (%) CAUSADOR DA SINDROME GASTRINOMA Pâncreas: 30 60-90 Gastrina Duodeno: 60 INSULINOMA Pâncreas= 100 5-15 Insulina GLUCAGONOMA Pâncreas= 100 60 Glucagon VIPOMA Pâncreas = 90 80 VIP SOMATOSTATINO Pâncreas 56 60 Somatostatina MA Duodeno/jejuno 44 GFROMA Pâncreas 30 30 GRF Pulmão 54 ACTHOMA Pâncreas = 4-16 >95 ACTH NÃO-FUNCIONAL Pâncreas = 100 60-90 Nenhum
  • 50. BIBLIOGRAFIA  Tratado de Medicina Interna  CECIL  CANCER Princípios e Prática de Oncología  DeVita  Gastroenterología  RESTREPO  Gastroenterología  Hani-Gutierrez-Alvarado  Apodaca-Torrez FR, Triviño T, Lobo EJ, Goldenberg A, Figueira A. Insulinomas do pâncreas: diagnóstico e tratamento